Fanfic: Um Vizinho Perfeito - Vondy - Terminada | Tema: Vondy, DyC
- O quê?!
- E terá de ser convincente - salientou ela. - Se formos convincentes, ela se convencerá de que não estou realmente interessada em Johnny. Prometo que lhe pagarei mais cinquenta dólares por isso.
Christopher teve de se esforçar para continuar sério.
- Então, vai me pagar cinquenta dólares para que eu a beije?
- Como um bônus - justificou Dulce. - Farei qualquer coisa para mandar Johnny de volta para Nova Jersey. Aja como se estivesse sobre o palco, representando. Isso não precisa significar realmente alguma coisa. Ela ainda está olhando? - perguntou, mudando de posição.
- Sim - respondeu Christopher, mesmo sem olhar para a janela da sra. Wolinsky.
- Ótimo, então vamos lá. Aja com romantismo, está bem? Posicione os braços assim, em torno de mim, incline-se um pouco e...
- Sei como beijar uma mulher, Dulce.
- Claro que sabe. Mas um pouco de ensaio não fará nenhum mal...
Christopher se deu conta de que a única maneira de fazê-la parar de falar seria agindo. Em vez de circundar os braços em torno dela, puxou-a de uma vez para si. A última coisa que viu antes de seus lábios esmagarem os dela, foram os expressivos olhos castanhos se arregalarem de espanto.
Ele estava certo. Completamente certo, pensou Dulce. De fato, ele realmente sabia como beijar uma mulher. Teve de se apoiar nos ombros dele para não cair, pois seus pés mal estavam tocando o chão. Então, para seu próprio espanto, deixou escapar um gemido.
Sentia a cabeça zonza, como se, de repente, os dois estivessem em outro lugar, longe das pessoas e do mundo. Seu coração acelerado parecia estar batendo alto a ponto de ser ouvido, e seu corpo se tornara trêmulo, vulnerável ao apelo sensual da proximidade máscula daquele que estava se tornando uma pessoa cada vez mais presente em seus pensamentos mais íntimos.
Era quase como no sonho, pensou Christopher, só que melhor. Muito melhor. O sabor dos lábios de Dulce era adocicado e único, incapaz de ser resgatado apenas pela imaginação. Depois de saboreá-los com voracidade, afastou-a um pouco, mas somente para verificar se o ar de desejo estava tão evidente no semblante dela quanto deveria estar no dele.
Dulce ficou olhando para ele, ofegante, ainda com os braços circundando seu pescoço.
- O próximo é meu - disse ele.
Então Dulce se entregou mais uma vez àquele turbilhão de sensações deliciosas e provocantes. Não protestou quando ele insinuou a língua por entre seus lábios e começou a explorar os recantos mais secretos de sua boca.
Quando ele se afastou pela segunda vez, moveu-se tão devagar que foi quase como se não quisesse fazê-lo. Christopher queria poder tê-la ali mesmo, em meio à penumbra da noite e sob os olhares surpresos, e provavelmente escandalizados, dos transeuntes. Pouco lhe importava que olhassem. Queria saciar aquela sua sede pela energia sensual de Dulce. De fato, só se conteve por saber que uma atitude mais ousada acabaria assustando-a. Ele próprio estava assustado com sua reação. Era como se sempre houvesse guardado um vulcão dentro de si que, de repente, resolvera entrar em erupção.
- Acho que isso será suficiente - disse a ela.
- Suficiente? - repetiu Dulce, como se houvesse acabado de chegar de outro planeta.
- Suficiente para convencer a sra. Wolinsky.
- Sra. Wolinsky? - Ela balançou a cabeça, tentando ordenar os pensamentos. - Oh, sim, claro. Puxa, você é mesmo muito bom nisso, Uckermann.
Um sorriso relutante curvou os lábios dele. A sinceridade de Dulce era realmente encantadora, pensou Christopher. E perigosamente irresistível.
- Você também é muito boa nisso - respondeu ele, conduzindo-a em direção à entrada do prédio.
Dulce começou a cantar enquanto trabalhava, fazendo um dueto com Aretha Franklin. Atrás dela, a janela aberta revelava um belo dia ensolarado, vez por outra assaltado pela leve brisa fria de abril e permeado pelo inevitável ruído das ruas de Nova York.
No entanto, o sol do lado de fora não estava menos radiante do que o humor de Dulce. Virando-se para o espelho preso à parede, a seu lado esquerdo, tentou imitar uma expressão de espanto que pudesse ajudá-la na caracterização de sua personagem. Porém, tudo que conseguiu fazer foi sorrir. Sorrir com plena satisfação.
Já havia sido beijada antes, claro. E também fora envolvida pelos braços de um homem. Entretanto, todas as experiências que tivera se comparavam a um mero "incendiozinho" local, se comparadas à explosão vulcânica que fora se ver nos braços de Christopher.
Na noite anterior permanecera com aquela deliciosa sensação de zonzeira durante horas. Adorara cada um dos momentos daquela espécie de arrebatamento de sensualidade feminina. Poderia haver algo mais incrível do que sentir-se vulnerável e forte, boba e sábia, confusa e esclarecida, tudo ao mesmo tempo?
E tudo que precisava fazer para sentir aquilo era fechar os olhos e deixar sua mente devanear, livre de qualquer censura. Imaginou o que ele estaria pensando, o que estaria sentindo. Ninguém conseguiria ficar indiferente a um experiência daquela... magnitude. Um homem não poderia beijar uma mulher daquela maneira e não sofrer... digamos... algum efeito colateral.
Sofrer até que era uma palavra adequada, concluiu ela, pensando nas consequências em seu próprio corpo. Riu, suspirou alto, então voltou a se concentrar no trabalho, cantando com Aretha Franklin as maravilhas de se sentir like a natural woman. Sim, estava mesmo se sentindo como mulher natural. Natural até demais. O beijo de Uckermann deixara um rastro de chama em seu corpo e, embora aquilo fosse delicioso, era também assustador ao mesmo tempo.
- Pelo amor de Deus, Dul, está muito frio aqui!
Dulce levantou a vista.
- Oi, Anahi. Olá, meu amor! - acrescentou, olhando para Charlie.
O bebê olhou para ela com um sorriso sonolento, enquanto Anahi se aproximava da janela, mantendo-o apoiado sobre seu quadril.
- Está sentada diante de uma janela aberta, e a temperatura não deve estar mais do que quinze graus lá fora. - Anahi fechou o vidro, com um arrepio de frio.
- Eu estava sentindo um pouco de calor - declarou Dulce, deixando o lápis de lado para apertar a bochecha rechonchuda de Charlie. - É milagroso, não, que os homens se transformem dessa maneira? Nascem como bebês lindinhos assim e depois... Uau! Transformam-se naquilo tudo.
Anahi franziu o cenho, olhando a amiga com ar de curiosidade.
- Está com uma expressão meio engraçada - disse ela. - Sente alguma dor? - Pousou a mão sobre a testa de Dulce, em uma atitude maternal.
- Não está com febre. Agora mostre a língua.
Dulce obedeceu, ficando vesga ao mesmo tempo só para fazer Charlie cair na gargalhada.
- Não estou doente. Estou é em estado de graça.
- Hum... - Anahi apertou os lábios, não parecendo muito convencida. - Vou pôr Charlie em sua cama para tirar uma soneca. Ele está até zonzo de sono. Depois prepararei um café para nós duas e quero que me conte o que está acontecendo.
- Claro.
Voltando a adquirir o mesmo ar sonhador, Dulce pegou o lápis novamente e desenhou pequenos corações sobre o papel. Então se empolgou e começou a desenhar outros maiores, esboçando o rosto de Uckermann dentro de um deles.
Sim, ele tinha traços fortes e marcantes, mas que se amenizavam quando sorria. Ela adorava fazê-lo sorrir. Aliás, fazer as pessoas sorrirem era um de seus talentos.
Ficaria mais tranqüila quando conseguisse arranjar um emprego para ele. Depois providenciaria um sofá para aquela sala vazia, mas isso não seria difícil com seus contatos. Tinha muitos amigos que poderiam ajudá-la a encontrar móveis práticos e por um bom preço. Queria ver Uckermann instalado com mais conforto, só isso. Claro que não havia nenhum interesse de sua parte, afinal, faria isso por qualquer pessoa. Ainda mais por um vizinho maravilhoso que beijava como um deus saído diretamente do sonho de toda mulher.
Satisfeita com seus planos, cruzou as pernas sob si e voltou a se concentrar no trabalho.
Comentem
Autor(a): mdsvondy
Este autor(a) escreve mais 2 Fanfics, você gostaria de conhecê-las?
+ Fanfics do autor(a)Prévia do próximo capítulo
Depois de deixar Charlie no quarto, dormindo feito um anjinho, Anahi desceu para o andar de baixo e abaixou o volume do aparelho de som. Então, sentindo-se como se estivesse em sua própria casa, foi até a cozinha e preparou o café. Subiu a escada pouco depois, carregando uma bandeja com duas xícaras de café e alguns biscoitos. Aquele ...
Capítulo Anterior | Próximo Capítulo
Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 56
Para comentar, você deve estar logado no site.
-
alicia_moura Postado em 25/02/2021 - 18:05:24
terceira vez lendo essa fic e me emocino da mesma forma. parabens!
-
michaelle_rbd Postado em 21/02/2016 - 15:59:28
Que fofo eles dois, e eles vão se casar e construir uma familia isso é o que importa. *__*
-
stellabarcelos Postado em 20/11/2015 - 14:17:57
Cara a fanfic foi inacreditável de tão boa! Amei cada momento e esse final foi muito especial! Amei!!!! Parabéns e a gente se vê pelas outras fanfics ahhaha
-
liaa Postado em 19/11/2015 - 18:26:36
continuaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa, por favor... Sou leitora nova.
-
anny_freitas Postado em 19/11/2015 - 03:16:46
Ahhhhhhh voltaaaaa! Quero saber o que ele vai dizer! Esse final vai ser lindo! Ahhhhh!! malvada isso não vale ,super curiosa para saber . Continua
-
stellabarcelos Postado em 19/11/2015 - 02:40:02
Ahhhhhhh voltaaaaa! Quero saber o que ele vai dizer! Esse final vai ser lindo! Ahhhhh!!!! Continua
-
millamorais_ Postado em 19/11/2015 - 02:39:51
Aí mds a web já vai acabar? :o esse Christopher é um bobão mesmo né? Muito bem dul, não mostre interesse noque ele tem a dizer só pra machuca-lo um pouquinho ahahahah kkk espero que ele se declare perfeitamente *-----*
-
stellabarcelos Postado em 18/11/2015 - 13:45:01
Já tá acabando? Não acredito! Ele foi um idiota por pensar isso dela mas pelo menos ela falou que está apaixonada! Quero ver como ele vai fazer para voltar com ela agora! Continuaaaaa
-
Karina_vondy Postado em 16/11/2015 - 23:50:22
Oii leitora nova ... To AMAMDO A FIC , a fic ela ta muito linda . falta muito pra fic acabar ? Vai ter segunda temporada ?
-
stellabarcelos Postado em 16/11/2015 - 23:33:54
Que lindo!!!! Até que enfim ele está tratando ela como ela merece! Continua