Fanfic: Mil vidas atrás AyA | Tema: AyA

Alfonso: Eu vou parar de beber então. – passou a mão coberta pela manga da camisa no rosto enxugando as lágrimas sofridas, o gesto lembrava o de uma criança.

Anahí: Não prometa o que não pode cumprir… - um choro agudo interrompeu a discussão. Anahí suspirou olhando o ex-marido que olhava na direção em que vinha o som. Anahí deu as costas indo em direção ao corredor que dava acesso aos quartos quando deu por si Alfonso estava em seu encalço. – Você fica. – olhou para ele que parou a alguns passos dela. – Não quero você perto dele.

Alfonso: Eu quero ver ele. – disse cabisbaixo, como se pedisse autorização.

Anahí: Não. – disse firme.

Alfonso: Ele é meu filho também, me deixa ver ele Anahí. Não me afasta dele por favor… é o meu filho também. – voltou a chorar e ela suspirou cansada, o que se passava com aquele homem?

Anahí: Okay Alfonso, mas só um minuto e depois você vai embora. – se deu por vencida e ele assentiu ainda chorando. Se virou e entrou no quarto do filho que choramingava provavelmente de fome ou por ter a frauda suja. Acendeu a luz e foi até ao berço do pequeno que assim que a viu parou com o choro e a olhou atentamente, Alfonso observava quieto, ela pegou o pequeno no colo já sabendo o que se passava. – Acho que alguém encheu a frauda. – falou sorrindo pro menino que sem entender nada sorriu largamente para a mãe. Aquele sorriso banguela fez o coração de Alfonso se encher de alegria, como sentia a falta dele, do cheiro dele, do choro, sentia falta até mesmo de trocar as fraudas sujas. – Vamos trocar meu amor?!. – falou com ele que continuava olhando atento pra ela. O deitou na cama e começou a despir o pequeno. Alfonso se aproximou sentando na cama ao lado do filho. O menino estava cada dia mais parecido com ele, os cabelos negros e os olhos cor de oliva não deixavam qualquer duvida nisso, pouco lembrava a mãe, de onde apenas havia herdado o formato dos lábios porque de resto era todo o pai, até as unhas dos pés. Ele pegou na mãozinha pequena e beijou carinhosamente, o menino olhou para ele curioso e segurou forte o dedo do pai que sorriu derretido.

Alfonso: Oi meu amor. – falou baixinho – o papai sentiu tanto a sua falta. – confessou e Anahí olhou para ele, mordendo o lábio inferior. Por muitos defeitos que tivesse, Alfonso, nesses pouco mais de três meses de vida do filho foi um bom pai, trocava fralda, dava banho, colocava pra arrotar e dormir sem qualquer dificuldade, sabia bem que o que ele havia acabado de dizer não era mentira nenhuma. Ele amava aquele menino e o amava mais do que a si mesmo. – Você está crescendo tão rápido. – sorriu pra ele e o pedaço de gente a sua frente fez questão de retribuir, um sorriso contagiante capaz de alegrar um enterro se fosse necessário. Alfonso beijou a testa dele emocionado. – Posso pegar ele um pouquinho? – olhou para a ex-mulher que terminava de colocar as calças no filho novamente, ela apenas assentiu sabendo que não tinha qualquer direito de privar aquele contato entre os dois. Quando Alfonso o pegou no colo ela saiu do quarto o deixando apreciar o momento sozinho, ele parecia precisar daquilo.