Fanfic: Mil vidas atrás AyA | Tema: AyA

Se sentou no sofá e ficou em silencio, pensando na vida, e no rumo em que ela estava tomando, nunca se imaginou separada do marido e com um filho nos braços para cuidar sozinha diariamente. Quando se envolveu com Alfonso a principio não se via tendo com ele um relacionamento longínquo e quando deu por si três meses depois estavam morando juntos fazendo planos e planos para o futuro, naquele momento percebeu que jamais quereria sair do lado dele. Engano seu, riu amargurada, ter saído de casa foi a melhor coisa que fez, por muito que doesse dizer que eles eram mais um casal a entrar para a estatísticas de divorciados do pais sabia que tinha feito a escolha certa. Alfonso se tornou agressivo demais para deixar de se preocupar e pensar que eram apenas problemas no trabalho. Um homem que chega bêbado em casa três dias ou mais na semana e sai quebrando tudo pela frente sem qualquer motivo não merecia qualquer tipo de confiança mas mesmo assim ela aguentou, aguentou três anos e quando o medo foi maior que o amor resolveu pular fora. Afinal até quando as agressões aos móveis iam durar até passar as agressões físicas dirigidas á ela ou até mesmo ao filho? Não, isso ela não iria suportar, amor nenhum suportaria se aquilo realmente viesse a acontecer. Amava Alfonso, obvio que amava, esteve com ele durante seis anos e hoje têm um filho mas só isso não bastava, ele precisava de ajuda, precisava mudar, não por ela mas sim por ele e pelo pequeno Pedro e foi pensando nele que ela resolveu tomar essa decisão, arrumou as coisas e saiu de casa, sem prensar duas vezes, sem nem olhar para trás, estava com medo do que iria enfrentar? Sim, estava, mas nada a iria fazer mudar de opinião.

Quando saiu do transe quase meia hora depois resolveu voltar para o quarto, Pedro com certeza deveria estar com fome. Parou na porta e ficou olhando para os dois. Alfonso tinha o pequeno adormecido nos braços ele aparentava estar bastante confortável. Ele olhava para o bebê carinhosamente, observava cada detalhe, como se quisesse gravar na memória para sempre, Anahí percebeu que ele ainda chorava, agora em silêncio, provavelmente para não acordar o filho. Nunca duvidou do amor que ele disse sentir por ela, afinal ele nunca demonstrou ter duas caras ou ser infiel, muito pelo contrário ele se mostrava extremamente orgulhoso ao andar com ela por ai, sempre de mãos dadas, quer fosse locais publicas ou momentos mais privados com amigos, não a largava, fazia questão de mostrar pra todo mundo que ela era dele e ai de quem pensasse o contrario, o bicho pegava, como pegou varias vezes, ela se perdeu nas contas de quantas vezes Alfonso saiu no morro com algum homem que ousara chegar perto dela, ele também levava, mas acredite quem o enfrentava ficava em um estado lastimável. Alfonso sempre fora muito possessivo mas ela nunca se importou, menos quando dava briga pois para ela nunca havia motivo suficiente para tal coisa mas para ele havia, ó se havia, bastava uma olhada para as pernas dela que a coisa ficava feia.

Ele cuidava dela como cuidava de uma flor, a mimava e a amava de um forma bonita de se ver e esse lado dele nunca deixara de existir entretanto o seu lado ruim foi tomando tanto o espaço que o seu lado amoroso e cuidadoso começou a passar despercebido, mas no fundo ela sabia que ele ainda estava lá. Maldita bebida que entrou na vida deles estragando tudo, maldita hora que ele se entregou desse jeito a esse vicio que acabou com a família que eles tinham começado agora a construir… Ela afastou novamente os pensamentos e entrou no quarto Alfonso percebeu e olhou para ela enquanto secava as lágrimas.

Anahí: Põe ele no berço, assim você pode ir pra casa. – disse sem jeito pela forma como ele a olhava e ele assentiu sabendo que havia perdido. Minutos depois os dois estavam na porta do apartamento, ela encostada na porta e ele do lado de fora pronto para ir embora mesmo sem querer.