Fanfic: Lar... Doce Lar! | Tema: The Vampire Diaries
EPÍLOGO
"NEW ORLEANS"
Quando recebi a notícia que minha avó havia falecido, fiquei um pouco abalada. Não foi algo que me fez paralisar e chorar e gritar. Fiquei por alguns segundos sem falar, com imagens de minha avó em minha infância, mas só. Fiquei triste sim, mas era como se fosse um parente distante desde o fatídico dia em minha adolescência. Foi naquele dia que vovó não veio mais para Chicago, o que ela sempre fazia todos os anos na época do natal e ano novo.
Não era algo a se perdoar facilmente.
Terminei o almoço, salada com frango, servido no voo. O aviso do piloto é que estamos aterrissando no Louis Armstrong International Airport em New Orleans.
Recebi a notícia pela manhã e logo consegui agendar um voo ao meio dia. Enquanto arrumava minha mala consegui falar com uma empresa funerária para que realizasse os procedimentos necessários.
O velório seria ao meio da tarde, já marquei também o voo de volta a Chicago para amanhã de manhã. Não quero ficar mais que o necessário na cidade. O advogado de minha avó terá que conversar comigo por telefone mesmo.
Ao sair do Aeroporto, respiro profundamente, sabendo que aquela casa me traria algumas lembranças que eu não queria recordar. Pego um taxi, o qual logo desanda a falar sobre as maravilhas de New Orleans.
“Sabe que New Orleans tem o maior índice de assassinatos em todo o país?” Disse o taxista sorridente, como se isso fosse algo de se orgulhar.
Sorri sem graça e fitei a cidade lá fora, torcendo que o grisalho taxista ficasse em silêncio.
“A Senhorita veio a passeio?” Pergunta.
“Não, minha avó morreu.”
O rosto do taxista fica branco e seu sorriso desaparece.
“Você é neta da Sra. Forbes? Meus sentimentos!”
Encarei-o.
“Você conheceu minha avó?”
“Ah sim, a cidade não é tão grande assim. Tem muitos turistas por ser uma cidade intrigante, mas quem mora aqui se conhece bem.”
Então todos sabiam do falecimento de minha avó? Agora estava em dúvida se seria apenas eu no velório ou se toda a cidade estaria lá. Suspirei pensando em todos os abraços e pêsames que receberia. Seria uma tarde longa.
Atravessamos a cidade e entramos mata adentro, local onde os moradores com um pouco mais de dinheiro construíam suas casas, fugindo do caos do centro da cidade.
Alguns minutos depois, chegamos à casa da Vovó. Achei que me sentiria extremamente triste ao vê-la, mas a verdade é que um pequeno sorriso surgiu em meus lábios... Era como se eu tivesse o poder de voltar a minha infância, onde as coisas eram quase perfeitas... Quando eu tinha pessoas que me amavam e cuidavam de mim.
Era reconfortante, como se eu pudesse sentir novamente todo aquele amor e cuidado. Até consigo ver aquela menina loira correndo pelo gramado e se escondendo atrás das árvores, esperando todos ficarem preocupados e procurarem-na em todos os cantos.
Acordei de meus devaneios com o taxista batendo o porta-malas. Pego minha bolsa e saio do taxi.
“Muito obrigada, Senhor. Aqui está o dinheiro. Fique com o troco.” Sorri para o mesmo, o qual passou a ficar sério desde que descobriu que eu era neta de minha avó.
“Obrigado, Senhorita. Há que horas será o velório? Conversei poucas vezes com a Sra. Forbes, mas gostaria de comparecer ao velório. A Sra. Forbes era muito queria por todos moradores da cidade.”
“Será às 15 horas.” Disse. Eu não sabia que minha avó era tão querida por todos, o que me deixou com mais raiva ainda, sendo que ela me abandonou há tantos anos.
Sem mais delongas, despedi-me do taxista e segui em direção da casa.
Logo sou atendida pela governanta da casa, a Dona Ann.
“Caroline!” Exclamou quando me viu e logo me abraçou. “Estou tão feliz que você veio! Olhe só para você... Cada vez mais linda! A Sra. Cecília ficaria tão feliz em vê-la como está!”
Assim que a mesma finalizou a frase, logo se deu conta do que havia dito. Minha avó não poderia mais me ver.
“Eu sinto muito minha querida!” disse e me abraçou novamente.
“Não sinta. Não a via há muito tempo, Ann.”
Percebi que a mesma ficou constrangida. Ann estava na família há muitos anos, ela acompanhou e sabe de toda a história de nossa família.
“Dona Ann, será que você pode me ajudar? Agora são 14 horas e a funerária deve estar chegando pra organizar tudo. Você pode ficar aqui e auxiliar enquanto eu me arrumo?”
“Claro. – disse ela - Assim que a Senhorita ligou mais cedo, eu mandei avisarem na cidade pra que todos pudessem comparecer.”
Sorri para ela.
“Estou tão feliz em te ver depois de tantos anos, Caroline.” – disse-me. “Vou te ajudar a subir as malas. Venha.”
Look da Caroline para o velório:
Ao terminar de me arrumar, desço até a sala social para ajudar Ann e a funerária. Ao descer, vejo tudo pronto. Até mesmo comida e bebida a vontade. Ann deve ter visto minha surpresa.
“Assim que você me ligou comecei a fazer os lanches e outras coisas eu encomendei na cidade. Espero que esteja a seu gosto, Senhorita Caroline” – sorriu.
“Obrigada Ann, eu esqueci completamente desses detalhes. Nunca precisei pensar sobre isso, sempre os outros resolviam. – confessei.
Olhamos para fora quando escutamos o som de carros se aproximando da propriedade. Agora seria a parte mais difícil.
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Música: Koda - Staying (JacM Remix)
Link: https://www.youtube.com/watch?v=rnqUBmd5xRo&index=41&list=PLueuagiLstKxOVwV42rmT3PKNbBn8lr2a
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Fico a porta juntamente com Ann, cumprimentando os convidados, os quais falavam o quanto a Sra. Cecília Forbes faria falta a cidade, e em como ela era uma pessoa que ajudava o próximo. Apenas sorria e os agradecia. As coisas que falavam sobre minha avó não eram as mesmas que eu pensava ou sentia.
Após se passarem uma hora, muitos já haviam chegado e saído. Os que diziam ser mais próximos, continuavam sentados de frente ao caixão ou ficavam na sala conversando, comendo e bebendo.
Logo avisto o Padre Miguel chegar com suas vestimentas e a bíblia em suas mãos. Conversamos um pouco, lembramos-nos da época em que eu morava aqui e também de minha avó.
“Em meia hora começamos a mensagem.” Disse logo indo cumprimentar os presentes e a orar diante do caixão.
Até aquele momento eu não cheguei nem perto do caixão, não fazia a menor ideia de como minha avó estava. Mas estava na hora de ir, ou as pessoas começariam a estranhar.
“Acho que podemos ir agora, Ann. Antes que o Padre Miguel comece.” A mesma concordou comigo e entramos no local silencioso, com o caixão bem à frente.
Segurei automaticamente na mão de Ann e seguimos juntas até a frente, onde paramos em frente o caixão. Então, foi quando eu olhei-a. Não era a mesma que eu me lembrava de anos atrás. Ela havia envelhecido bastante, mas continuava com um cabelo perfeito e uma pele natural e bem cuidada.
Eu não sabia o que pensar daquela mulher. Naquele momento, eu não sentia nada. Levei um susto quando Ann levantou a mesma mão que me segurava para tocar as mãos de minha avó. Foi quando eu pensei no tempo em que ficamos afastadas, sem ter notícias uma da outra. Eu sentia por isso. Mas também sentia por ter sido ela quem me afastou.
Olhei para a foto que estava parada próximo ao caixão, com uma senhora de feições delicadas e amáveis, e fiquei me perguntando o porquê ela me abandonaria, o que eu havia feito a ela para merecer tudo isso.
Dei uma última olhada para o seu corpo sem vida e sentei-me na primeira fileira que estava reservada a mim e a Ann. Ann permaneceu por mais um tempo e veio sentar-se ao meu lado quando o Padre se direcionou para o outro lado do caixão, encarando a todos que estavam presentes.
Foto de Cecília Forbes próximo ao caixão:
Ao finalizar a mensagem, o caixão foi fechado pelos responsáveis e levado ao carro funerário. Todos deixaram com que eu passasse primeiro, junto com Ann em meu encalço. Havia vários carros no grande gramado e segui em direção a limousine que esperava.
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Música: Blue Foundation - Eyes On Fire
Link: https://www.youtube.com/watch?v=8IHFVn0sv14
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Deixei que Ann entrasse primeiro, todos os carros já estavam saindo.
Foi, então, quando avistei-os. Dois homens e uma mulher.Pareciam mais modelos de capa de revista de tão belos.
Um dos homens, de cabelo escuro segurava a porta para que a moça de pele cor de mel e cabelos brilhosos entrasse no carro. A mesma conversava algo, muito séria com o homem de cabelo castanho, o qual, percebo assustada, que está me encarando, como uma águia a quilômetros de distância escolhe sua presa.
Fico paralisada, olhando-os. Como ele não desviava seu olhar, a moça me encarou com um olhar gélido e entrou no carro. O homem de pele branca e cabelos pretos entrou no banco do motorista e o outro que me encarava pareceu sair de um transe quando a porta bateu. Entrou no carro e saíram em velocidade alta.
Eu não me lembrava de tê-los cumprimentado na entrada, apesar de ter falado com tantas pessoas, eu não teria esquecido.
“Caroline? Você está bem?” Ann me tirou dos meus devaneios. Balancei a cabeça, clareando as ideias, intrigada com a presença dos três.
“Sim, estou.” Entrei na limousine e seguimos para o cemitério, mas a imagem dos três, tão elegantes, não saia da minha cabeça. Havia algo estranho neles, como se não se encaixassem com o ambiente. E de onde eles conheciam minha avó?
Eles pareciam ter mais ou menos minha idade... O cara de cabelos castanhos me encarando volta a minha mente... Os pelos do meu braço se arrepiaram. Eu precisava saber a relação que eles tinham com a minha avó.
Autor(a): queen_bee
Esta é a unica Fanfic escrita por este autor(a).
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