Fanfic: Liberdade Para Voar AyA [FINALIZADA] | Tema: AyA / Ponny

Capítulo 19 :

Eu Preciso Dizer Que Te Amo

Anny passou a noite noite ao lado de Poncho. Durante o dia pouco fez o serviço de casa e a toda hora ia no
quarto dele para ver se já tinha acordado. O calmante dado por Dr. Augusto o fez dormir por várias horas, despertando num período muito pequeno e voltando a cair num sono profundo novamente. Dona Ivone combinou com Anny que trocariam de função por aquele dia. Assim Dona Ivone cuidava da casa e de Beatriz e Anny poderia cuidar de Poncho.

Parte da noite Poncho teve alguns pesadelos e Anny teve dificuldades para fazê-lo dormir, já que o mesmo
estava bastante agitado. Felizmente com a ajuda de Dona Ivone, que ficara preocupada com ele, conseguiram fazê-lo dormir.

A manhã chegara e com ela Poncho despertara nos primeiros minutos assim que a luz do sol invadiu o quarto. Anny estava adormecida perto da cama dele. Quase não havia dormido. Acordou com Poncho a chamando bastante confuso porém bem mais calmo e relaxado. Anny se aproximou da cama dele bem devagar pegando em sua mão e segurando firme entre as suas.

-- Oi, Poncho. Como se sente ? -- Anny disse de forma bem suave para não assustá-lo

Poncho sorriu a olhando e esticou a mão que ela não segurava fazendo um leve carinho no rosto dela.

-- Oi, anjo. Você que me salvou ? -- Poncho disse baixo sem conseguir encontrar sua voz devido ao efeito do remédio que ainda não havia passado o efeito totalmente.

-- Salvei sim. Agora você está seguro. -- ela falou acariciando a mão dele que ainda segurava

Ao tentar se levantar um pouco, ele se sentiu tonto e Anny logo o fez deitar outra vez. Do lado da cama, já estavam os outros remédios receitados por Dr. Augusto caso Poncho acordasse com dor.

-- Está doendo muito amor ? -- ela perguntou ajeitando os travesseiros atrás da cabeça de Poncho

-- Um pouco. -- falou ainda bem rouco

-- Vou te dar seu remédio. -- Anny disse e pegou o copo que havia ali enchendo com um pouco de água e pegando o comprimido entregando a Poncho. Após, o ajudou a tomar um pouco de água o ajudando a engolir o remédio. -- Melhor você comer alguma coisa. Está muito fraco e não comeu nada desde ontem. Vou pedir a Dona Ivone algumas frutas e um suco. -- ela o falou

-- Não quero nada. Estou sem fome. -- Poncho reclamou ainda sentindo um pouco de dor

-- Tem que comer sim. Não seja teimoso.

-- Está bem ! -- Poncho disse se dando por vencido. Percebeu pelo jeito que ela falou que iria perder a discussão de
qualquer forma.

-- Já volto. -- Anny dizendo isso se levantou, o cobriu melhor e foi em direção a porta saindo do quarto.

Poncho apenas a observou e se sentiu amado. Nunca imaginaria que pudesse algum dia voltar a ser tão importante para alguém. Se lembrou das vezes que tentou demonstrar a Anny o quanto gosta dela, a fazendo sempre se assustar ou fugir dele. Poderia passar a vida toda cuidando dela retribuindo tudo que faz por ele e Ana. Ficou pensando em alguma forma de dizer isso sem encontrar nenhuma resposta.

Anny voltou com uma bandeja com pedaços de melancia, um mamão e maçã cortada também em pedaços. E logo ao lado um copo de suco de laranja fresquinho. Ela colocou a bandeja no colo de Poncho o mandando comer. Prontamente a atendeu com medo do olhar "maligno" que viu dela.

Por incrível que pareça, Poncho conseguiu comer bastante e tomou quase o suco todo. Ficou o tempo todo conversando com Anny que o distraía e assim o fez comer. Anny tirou a bandeja da cama colocando na cabeceira ao lado da cama voltando a se sentar do lado dele.

-- Então Poncho, tem uma pessoinha que ficou muito preocupada com você e quer te dar um abraço. Posso chamar ela aqui ?  -- perguntou com receio sabendo da tristeza que Beatriz estava por não poder ter visto o pai desde que chegara no dia anterior.

-- Beatriz ? -- ele perguntou sentindo lágrimas nos olhos

-- Sim. Ela está com saudade de você. -- ela disse limpando as lágrimas dele antes que terminassem de cair

-- Quero ver minha filha Anny. Por favor. -- Poncho pediu a chamando pela primeira vez pelo apelido.

Anny sorriu e foi até a porta pedindo para a menina entrar. Ao ver o pai ela abriu um sorriso e correu para a cama e
o abraçou com toda força que seus pequenos braços permitiram. Aninha chorou muito e Poncho acabou chorando junto a filha a apertando nos braços. Anny apenas observou a cena também emocionada. Triste pois Poncho ainda estava debilitado porém aliviada pois sabia que logo ele estaria bem outra vez. Com dor no coração ela teve de pedir a Aninha que saísse pois o pai ainda não podia fazer esforço. Pediu a menina para voltar a ficar com Dona Ivone. Beatriz ainda chorando um pouco teve de aceitar e saiu do quarto.

-- Ela é tão linda. Sou o culpado por ela estar sofrendo tanto. Sou um péssimo pai. -- Poncho disse derramando mais
algumas lágrimas

-- Nunca mais fale isso, ouviu bem ? Você é um dos melhores pais que eu já pude conhecer. Muitas pessoas gostariam de ter um pai como você. -- Anny o reeprendeu pela besteira que acabara de ouvir. Nem ela mesma teve tanto carinho do próprio pai assim. Quando começou a ter, simplesmente o perdeu rebecendo apenas o carinho de sua mãe. Amava a mãe, mas sentia muita falta do pai.

-- Anny ? Está chorando ? -- Poncho a olhou e viu que a mesma ficou de cabeça baixa e seus olhos azuis estavam
cheios de água

-- Estou bem Poncho. Não se preocupe. -- Anny respondeu não o convencendo muito. Ele enxugou algumas lágrimas dela e a viu fechar os olhos com aquele simples carinho

-- Tão linda. -- ele sussurou baixinho sem perceber

-- Que ? -- ela perguntou confusa pensando ter ouvido mal

-- Nada não. -- Poncho disse envergonhado

-- Anny ? -- ele a chamou

-- Sim -- ela o respondeu

-- Posso te chamar assim ? -- perguntou

-- Claro -- deu um risinho envergonhada

-- Tenho que te dizer algo. -- ele disse meio nervoso

-- Fale Poncho -- falou já parando de chorar

-- É que... -- ainda nervoso -- Preciso fazer algo para te agradecer por me ajudar tanto. -- Poncho disse a puxando
para mais perto de si

Anny imediatamente se sentiu enrubescer mas tentou disfarçar o máximo que pôde. Apenas sentiu Poncho a puxar um pouquinho e logo seus rostos estavam muito próximos. Poncho passou os lábios pelos dela querendo voltar a provar aquele gosto que a alguns meses não experimentou. Logo ele iniciou um beijo bem calmo a pegando totalmente de surpresa. Ela correspondeu inclinando um pouco o corpo sobre o dele. O beijo durou apenas poucos segundos e se separaram bem ofegantes.

Poncho a manteve junto a si não querendo que ela fosse embora nunca mais. Precisava dela e iria mostrar isso assim que se recuperasse.

Anny conseguiu se desvencilhar dele e se viu fugindo outra vez. Ficou na porta do quarto pelo lado de fora com os dedos sobre os lábios enquanto sentia seu coração bater mais forte por ter podido provar do beijo mais intenso que já recebera. Percebu que não podia mais esperar precisava dizer que o amava assim que Poncho ficasse recuperado outra vez.

-- Preciso dizer que te amo. -- ela disse baixinho pra si mesma antes de descer para ver Ana