Como prometido, venho tentando postar com mais freqüência, mas ainda assim quero saber a opinião de vocês sobre a web, sim?
Jay, como vai? Bem, ainda não vamos criar esse grupo já que ela ainda deve aprontar um pouco mais ;) muito obrigada pelo comentário.
Quando conseguiu colocar toda a roupa para jogar, ouviu o apito de Gastón, avisando que iria começar o treino. Correu como pode até o lado de fora e se juntou a fila ombro a ombro formada logo a frente da fila da turma de medicina.
O time de futebol americano é formado por cerca de 53 jogadores inscritos, mas apenas 11 em campo. Sendo assim, eram muito mais do que o dobro de alunos da medicina ali.
Fitou Anahi, era a terceira ao lado de Dulce e um rapaz baixo, da mesma altura que ela. Sentiu um incômodo quando ele cutucou-a e contou algo que a fez rir. Seria aquilo ciúmes?
Não, não gostava dela assim. Tudo o que queria dela era o corpo. E que corpo!
- Como já sabem, essa é a turma do quarto período de medicina. Ainda não fazem o atendimento em clínica, mas aqui vão fazer uma checagem rápida antes e depois do treino - Gastón disse num tom entediado, como se tudo não passasse de uma bobagem.
O professor pareceu irritado e interferiu - Meus alunos estão em treinamento para atenderem na clínica daqui a algum tempo - Deu um passo a frente e estendeu a mão indicando a fila de dez alunos - Como somos poucos, haverá cerca de cinco jogadores para sete alunos, e outros três vão ficar com seis jogadores.
Um dos rapazes mais jovens do time levantou a mão seguida de uma pergunta - Nos é que vamos escolher ou eles escolhem com quem querem trabalhar?
- Nenhum dos dois - Gastón respondeu ríspido.
- Eu vou escolher - O professor da turma deu um passo à frente. Se apresentou como Sr. Carson e chamou o primeiro aluno, distribuindo cinco jogadores a ele.
Ao se afastarem juntos, Sr. Carson chamou o segundo aluno, o baixinho que brincara com Anahi, dando a ele cinco jogadores também.
Quando chamou a loira, ela deu um passo a frente e ouviu-se assobios. Dentre os jogadores distribuídos a ela, estavam Derick, Christopher, Christian, Nico e Alfonso.
Os seis se afastaram das duas filas de alunos e Anahí pediu que os meninos tirassem o equipamento de proteção por alguns minutos.
- Gata, por você eu tiro até a roupa toda - Christian brincou, já tirando a camisa.
Os outros o acompanharam enquanto Anahi amarrava os cabelos num rabo de cavalo algo e colocava o jaleco branco com seu nome bordado em azul marinho, logo acima do logo da universidade.
Alfonso acabou se imaginando a puxando pelo cabelo amarrado até que seus joelhos tocassem o chão, enquanto ele permanecia de pé e imagens eróticas zanzaram por sua mente maliciosa.
Sentiu sua ereção e agradeceu aos céus que estava com protetor de sexo, e ela não pedira que tirassem.
Por fim, todos os cinco estavam apenas com uma camisa branca fina que usavam por baixo dos protetores, lado a lado com um braço de distância uns dos outros.
A loira pediu que afastassem um pouco as pernas e ela mesma o fez, esticando os braços para dos lados e tocando a ponta de cada dedo no dedão. Todos fizeram o mesmo, menos Alfonso que sentia dificuldade de manter o braço erguido e ainda mexer os dedos.
Minutos e pequenos exercícios depois, Anahi pediu que Nico se sentasse num pano estendido no chão, enquanto ela tocava a ponta do estetoscópio em seu peito e o ouvia. Mediu sua pressão e glicose, passou uma luz por seus olhos a fim de testar seus reflexos e bateu com um martelinho em seu joelho.
Logo, foi a vez de Christian, Christopher e Derick. O último a cantou algumas vezes, hora ou outra fazendo-a rir e deixando os nervos de Alfonso a flor da pele.
Por fim, ele se deitou sobre o pano, com ela ajoelhada ao seu lado.
- Muito bem Sr. Herrera. Respire fundo - Colocou a ponta fria do estetoscópio em seu peito, ainda por cima da camisa, e ele gemeu pela dor.
- O que aconteceu? - Ela Questionou tirando o instrumento do ouvido.
- Estou com um hematoma na costela.
- Tire a camisa, quero vê-lo - Disse, com a voz firme de uma médica, mas quase tão suave quanto a de uma amante.
Ele se espantou e arqueou as sobrancelhas, fazendo uma expressão maliciosa enquanto tirava a camisa.
- Quero ver o hematoma! - Ela corou notando a ambiguidade que falara.
Ele riu - Certo, certo.
Anahi estendeu a mão para a enorme marca arroxeada logo abaixo do peito direito. Tocou-o próximo a marca, ainda na pele limpa e ele estremeceu ao sentir as pontas dos dedos quentes sobre seu abdômen.
Por Deus, que mulher era aquela. Já quase havia se esquecido da dor se ela não tivesse perguntado.
- Sim, ainda dói. Cai ontem. - Lamentou-se quando seus dedos se afastaram.
- Sente dificuldades para virar o tronco?
- Não, só a dor. Não acho que estão quebradas.
- Também acho que não - Ela tornou a tocá-lo e ele fechou os olhos sentindo sua mão passar pela lateral de seu corpo. - Não quebrou, mas não pode treinar hoje.
- Mas eu consigo - Disse firme
Ela o olhou em descrença e tocou seu hematoma fazendo-o soltar um gemido de dor.
- E sua mão?
- Dói. Mas ainda consigo mexer sem problemas.
Anahi pegou a mão dele, constatando ser o dobro da sua. Era grande, grosseira e forte. Enquanto a sua, mais parecia a de uma criança.
Alfonso notou que ela não só examinava de maneira médica, mas também comparava as duas mãos, e imaginou-se apalpando o corpo da loira ajoelhada a sua frente.
Por baixo do jaleco fechado, sabia que estava bem vestida, mas sua imaginação o fez vê-la apenas com um pequeno e sexy biquíni.
Oh Deus! Que sonho!
- É apenas uma contorção, nada que uma tala, aspirinas e um bom repouso não possa ajudar.
- Mas e meu jogo?
- Não há jogo pra você por alguns dias.
Ela se levantou e estendeu a mão para ajudá-lo.
Logo os meninos tornaram ao treino, enquanto os alunos de medicina se dirigiam ao professor dando-lhe as notas dos jogadores.
Anahi entregou um relatório sobre o estado de Alfonso e logo depois se arrependeu de não ter esperado que o treinador saísse de perto. O mesmo ficou furioso com o moreno por não ter avisado antes.
- Any, me faz um favor - Christopher lhe chamou
- Claro bebê, é só falar.
- Vá ao vestuário pra mim. Procura no armário 28 um protetor de boca. O meu estragou e já me colocaram pra aquecer e jogar.
- Ah, certo. Já volto.
Correu para dentro do vestuário, imaginando não aparecer ninguém já que todos estavam do lado de fora jogando.
Achou o armário indicado pelo amigo e fuçou um pouco, até achar algo parecido com uma dentadura de cor azul escura.
- Sabe que se quiser me ver pelado pode apenas me pedir ne? - A voz de Alfonso soou pelo vestuário quase vazio.
Claro, ele estava ferido. Não estaria do lado de fora jogando, ele obviamente estava tomando banho e agora se encontrava a sua frente apenas com uma toalha perigosamente frouxa em sua cintura.
Por Deus, aquele homem era uma perdição!
- Vim apenas pegar o protetor de Ucker - Estendeu a mão mostrando o objeto azul.
- Ah, sim - Ele sorriu maliciosamente e ela instantaneamente umideceu - É uma pena que não veio mais cedo, poderia me pegar antes de colocar a toalha - Ousou mais uma vez naquele dia.
Ela engoliu a seco, imaginando se ele seria tão magnífico quanto estava imaginando.
- Nã... Não vim te ver Alfonso, afinal se o quisesse eu mesma pediria- Tentou sorrir imaginando se isso despistaria seu nervosismo pela brincadeira, apesar de saber que o rubor em seu rosto a entregava.
O que a espantou foi seu sorriso quase satisfeito - Certo, me peça qualquer dia então.
Ele riu, agora mais amigavelmente e ela pode respirar mais tranquila, apesar de ter saído correndo atrás de Christopher.
Quando o encontrou, jogou o protetor em suas mãos e ficou ao lado de Dulce, que estava mais uma vez irada com Victória que havia descido da arquibancada e procurado por Alfonso.
- O que aconteceu? - A ruiva Questionou examinando seu rosto
- Nada, por que?
- Está corada.
- Ah, deve ser o calor - Deu uma desculpa esfarrapada e bebericou a garrafa de água.
Suspirou aliviada quando a amiga a ignorou para assistir ao treino.
Imagine se ela descobrisse onde estava e como ele estava. E pior, o quanto ela queria que a toalha caísse...
Senhora Anahi está muito atentada...