Capítulo 019
- Ai Mai - Dulce fez uma careta - Porque você penteia o cabelo assim? - Maite riu franzido o cenho enquanto se olhava no espelho.
- Como assim?
- Com esse rabo de cavalo tão alto. Suas orelhas ficam esquesitas.
- Falou aquela que tem o cabelo da cor de um tomate - brincou com ela, enquanto virava a banqueta da penteadeira para olhá-la. Dulce escolhia uma roupa.
- Eu não tenho culpa se combina comigo - deu de ombros - BJ disse que é parte da minha personalidade - a morena riu.
- Depois que o BJ concordou em pintar o cabelo do Chris de roxo eu desconfio de qualquer opinião que ele dê - a ruiva deu-lhe a língua - É sério mesmo esse lance de ir com Christopher ao Central Park? Você não vai matá-lo lá não é? Eu gosto mundo daquele lugar pra ter lembranças macabras - Dulce rolou os olhos risonha enquanto vestia um jeans simples e uma blusa de manga. O inverno parecia querer dar o ar da graça.
- Ele disse que precisa falar comigo - ela explicou enquanto colocava os brincos.
- Pra quem não queria vê-lo de jeito nenhum, você bem que mudou rapidinho de idéia - Maite ironizou.
- Acho que fui muito dura com Ucker - suspirou - Acho não, eu realmente fui muito dura com ele.
- Eu acho que você foi justa - opinou Maite - Christopher te fez de gato e sapato. Aliás, retiro o que disse - Dulce a olhou - Eu acho o que você fez foi pouco.
- Bom, o que importa é que tudo está se ajeitando e eu vou parar com essa loucura de usar o Muhaad pra deixar o Christopher com ciúme - passou um pouco de perfume - Não sei onde estava com a cabeça quando foi aceitar conselhos seus e da Anahí.
- E lá vamos nós a estaca zero. Ucker 10, Dulce menos 10.
- Já chega Mai, sem jogos dessa vez.
- Christopher vai brincar com você novamente. Só estou te dizendo pra abrir os olhos.
- Obrigada Mai - ela olhou-a séria -Mas eu estou com os olhos bem abertos. Você é quem deveria abrir os seus quanto ao Levy - então o interfone tocou e Dulce atendeu. Era ele. Ela não soube porque mas seu coração parecia querer saltar pela boca.
Assim que o encontro la embaixo, Christopher ja a esperava com um macchiato da Starbucks com bastante espuma, o preferido dela. Ela então lhe sorriu e os dois seguiram juntos até o Central Park. Sentaram-se próximo ao lago e enquanto Dulce entretía-se com o copo de café ele jogava algumas pequenas pedras no riu. O silêncio incomodada Dulce, que agradeceu mentalmente quando Christopher resolveu quebrá-lo.
- Você nunca esteve tão quieta - ele brincou e ela riu.
- Foi você quem me chamou pra conversar - ele assentiu com a cabeça.
- Eu queria falar com você, bem - pausou - Queria falar sobre nós.
- Você pode falar - ela disse tranquilamente enquanto o observava - Eu estou aqui. Ouvindo você.
- Tudo aquilo que eu disse, no dia em que levei os músicos na sua casa era verdade - ela o olhou - Eu sou completamente louco por você é me arrependo amargamente por ter te deixado escapar - ela ponderou.
- E eu devo confessar que acho você um idiota por isso.
- Um completo idiota - ele concordou - Eu achava bobagem quando diziam que só percebíamos a importância das coisas quando as perdíamos. Mas é exatamente assim que me sinto em relação a você - ele suspirou - Quando chego em casa e percebo que a minha secretária eletrônica não está cheia de mensagens suas - os dois riram - Ou que não vamos ver algum filme idiota comendo comida chinesa na cama - ele a olhou - Essas pequenas coisas, fazem todo o resto perder o sentido.
- Eu queria muito poder acreditar nessas palavras outra vez, Christopher - ela pausou - Mas meu coração está muito magoado. Não posso lidar com isso, não nesse momento entende?
- Eu imaginei que não seria fácil - ele coçou a cabeça, meio cabisbaixo - Olha Dulce, depois que sai do seu apartamento naquele dia eu pensei em muitas coisas. Coisas bem malucas eu devo admitir - riu baixinho e ela o olhou encantada. Ele era tão naturalmente ele quando os dois estavam sozinhos - Pensei em como eu me tornei tão cafageste em relação as mulheres, no quanto eu poderia ter qualquer uma delas e ao mesmo tem não saber valorizar nenhuma.
- E a que conclusão você chegou com isso? - ela realmente estava curiosa com aquela resposta.
- Eu cheguei a conclusão de que nenhuma delas me fez querer valorizá-las. Todas estavam comigo por dinheiro, aparência física, ou algum tipo de status que isso pudesse lhes proporcionar, mas com você é completamente diferente - o olhar de Dulce umideceu e ela teve que segurar firme pra não chorar com aquilo tudo - Você me enxerga como eu sou, você me admira pelo Christopher, o cara que gosta de cervejas artesanais, carros antigo e que tem mania de deixar a toalha molhada encima da cama.
- Chris eu - ele continuou.
- E eu te admiro da mesma forma.
- Bom eu - ela ficou visivelmente sem graça - Eu realmente não sei o que dizer. Você me pegou de surpresa.
- Eu não quero que você diga nada, não há a necessidade - ele pegou as mãos dela entre as suas - Apenas me responda - ela confirmou com a cabeça - Muhaad faz seu coração bater assim quando estão juntos? - ele levou a mão dela ao peito. Maldito coração sempre a traindo.
- Eu não quero que você ache que o fato de eu ter aceitado sair com você, e vir até aqui vai fazer tudo ficar bem outra vez - ela disse séria se livrando das mãos dele. Todo aquele contato a preocupava profundamente.
- Desde o começo eu soube que seria assim - ele afirmou - Pedi pra conversarmos porque eu realmente queria lhe dizer todas essas coisas e queria que você ouvisse com o coração aberto.
- Eu ouvi, mas ainda não consigo assimilar, vou precisar de tempo pra isso - ele concordou.
- O tempo que você achar necessário. Não há outra pessoa que me interesse a não ser você, e eu realmente estou disposto a te provar por todos os meios isso - ela suspirou - Em momento nenhum nego que errei. Você sabe de tudo o que aconteceu e por mais canalha que eu possa ter sido eu nunca consegui olhar pra outra mulher como eu olho pra você. Mas tenha o tempo que precisar. Eu estarei aqui, esperando você - ele sorriu e Dulce sentiu o coração gelar. E se Maite estivesse certa? E se ele quisesse apenas se divertir as custas dela mais uma vez?
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- Ual - Anahí entrou em casa se deparando com o belo ramalhete de rosas vermelhas sobre o aparador. Maite comia um pacote de biscoito, ela ficara ali enquanto aguardava Dulce chegar do encontro com Christopher - Que lindas - ela disse passando o nariz por entre elas.
- Entregaram no começo da tarde, coloquei em um vaso já que você estava ocupada - comentou.
- Para quem são? - ela pediu jogando a bolsa sobre o sofá.
- Como para quem são Anahí? Acabei de falar que coloquei no vaso porque você não estava - Maite rolou os olhos - É óbvio que são pra você.
- Pra mim? - ela franziu o cenho confusa - Não tem cartão? Você provavelmente já deve ter bisbilhotato - ela riu e Maite deu-lhe a língua.
- Não tem cartão não, eu e Dulce não encontramos, ao menos - Anahí riu. Sabia que as duas iriam xeretar.
Mas rosas assim sem cartão? Será que eram de Alfonso? Ela mordeu o lábio pensativa. Mas os dois estiveram juntos a pouco tempo atrás, além do que ele sabia que ela não estava em casa, provavelmente mandaria as flores no hospital. Só que não havia nenhuma outra possibilidade, ela não estava saindo com mais ninguém a não ser ele. O IPhone dela tocou e ela viu no visor o número dele chamando, provavelmente querendo saber se ela havia recebido as rosas, ela riu atendendo e indo até seu quarto.
- Olá.
- Oi Annie, você tem um minuto? - ele pediu meio seco, e ela preferiu ignorar, talvez fosse apenas impressão dela.
- Claro - resolveu comentar - Aliás, amei as flores que você me mandou. São lindas - Alfonso franziu o cenho.
- Que flores?
- Como que flores? O ramalhete de rosas vermelhas. O entregador deixou aqui mais cedo e a Mai colocou em um vaso pra não murcharem.
- Annie eu não mandei flores pra você - ele disse e ela ficou realmente confusa.
- Mas então quem foi que - ele a interrompeu.
- Podemos falar sobre isso depois? - ela percebeu que o tom de voz dele mudara - Eu preciso falar com você sobre algo bem delicado.
- Claro Poncho - ela concordou rapidamente - Aconteceu algo com a Ísis? - pediu preocupada.
- Sim - a voz dele era trêmula e pesarosa ela reparou - Eu estou com os exames dela aqui e - ele tomou ar, respirando fundo - Ísis está com leucemia. Leucemia do tipo linfoide aguda.
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Primeiramente NÃO ME MATEM. "Segundamente", PRMEIRAMENTE. hahahahaha
Tá gente, sei que fui má agora mas é que a partir disso que muitas outras coisas vão começar a acontecer na fic. Não sei se vocês leram os comentários mas eu pedi pra vocês prestarem atenção no Diego (Diego González de Rebelde versão 2015/procurem no Google ele tá super gato) e no Mane (cantor Mane de la Parra) que vão entrar na fic. Postei um post fofinho pras vondys ja que eu estava sendo muito malvada com elas. Mas não fiquem muito felizes também hahahahaha eu prometi desde o começo que a fic não seria só rosas. Entaoooo, muitas coisas por serem reveladas, e muitos mistérios. Surpresas boas também *-* então não deixem de ler!
Obrigadíssima pelos comentários, las amo demasiado.
Beijocassssss Gabi