Capítulo 033
Assim que chegou a casa onde antes morava com Anahí e as filhas, o segurança liberou sua entrada. Ele então manobrou a caminhonete até a garagem a estacionando ali em frente.
Não demorou muito para que Anahí surgisse pela porta de vidro com um robe de seda escuro amarrado na cintura, os cabelos presos em um coque e os chinelos Gucci nos pés. Poncho soltou o ar todo de uma vez. Ela estava tão sexy.
Então eles entrara em casa e ele pode ver tudo no mesmo lugar onde sempre estivera. A única mudança aparente eram as fotos dos dois que não mais existiam na grande estante da sala de TV. Isadora então pulou para o colo da mãe aninhando-se em seus braços. Foi só então que Poncho olhou o céu pela grande janela de vidro: uma enorme tempestade estava por vir.
- Ainda está doendo princesa? - Anahí pediu a ela que respondeu com a voz manhosa.
- Dói minha barriguinha mamãe, por isso eu quis você - Alfonso as observava. Adorava vê-los juntas.
- Agora a mamãe está aqui e vai tomar conta de você tudo bem? - a pequena sorriu enquanto mãe acariciava os cabelos dela com carinho e lhe contava uma história. Poncho sentou sobre o braço oposto do sofá, colocando os pés da filha sobre seu colo.
Não demorou muito até que ela dormisse, e nem demorou para que a chuva comessasse. Ele então pegou-a no colo e levou até o quarto. Anahí deu-lhe um beijo após tocá-la, colocando um pijama, a cobriu e apagou a luz do abajur, os dois desceram a escada indo até a sala.
- Bom Annie, eu acho que já vou indo - disse sem graça. Ele tinha as mãos nos bolsos da calça.
- Poncho está perigoso pra sair assim nessa chuva - alertou - Porque você não espera acalmar um pouco?
- Eu não quero arranjar mais problemas pra você - ela entendeu a que ele se referia.
- Manuel está em Washington, e você é o pai da minha filha. Nos não estamos fazendo nada demais estamos? - e então os dois ouviram um trovão ecoar pela casa. Anahí ficou arrepiada, Poncho sabia que ela tinha verdadeiro pânico de tempestades.
- Tudo bem - ele concordou - Eu espero a chuva acalmar.
Anahí foi ate a cozinha e preparou um chá para ambos enquanto Poncho via o noticiário. Ao julgar, quem os olhasse de fora, era como se estivessem nos velhos tempos.
- Como foi o jantar? - ela pediu enquanto sentava na poltrona a frente dele cruzando as pernas. No ato,Poncho pode ver as pernas dela descobertas pela camisola. Ela não havia reparado mas o nó do robe havia de desfeito. Continuavam belas pernas observou, brozeadas, curvilineas. Amaldiçoou os próprios pensamentos.
- Foi divertido - disse sincero - Apesar de discreto. Meus pais perguntaram por você, aliás, todos perguntaram por você - ele deu um gole na xícara brincalhão - Parece que você realmente faz falta.
- Exceto para a sua namorada - ela riu - Aposto que ela não deve ter sentido minha falta - brincou. E ele sorriu. Ela estava com ciúmes.
- Ela não é minha namorada - confessou - E ela não estava. Foi a um desfile na Califórnia.
- Eu não te deixaria sozinho no dia do seu aniversário - escapou sem que ela percebesse. Baixinho mas alto o suficiente para que ele ouvisse.
- Eu não te deixaria sozinha nunca - ele disse por fim fazendo referência ao momento atual onde o marido dela havia viajado a deixando em casa.
- Vamos deixar claro que não foi bem assim - riu amargurada. Poncho estava adorando aquela movimentação toda por parte dela. Quanto mais se movia mais revelava o corpo por baixo daquela camisola curta. Quase podia ver os seios fartos dela ouriçados - Nos últimos meses você me deixou bastante sozinha, Dr.Herrera - ela foi irônica. Poncho estava a ponto de explodir. Não fora toda aquela imagem que ele tinha a sua frente ela o chamando assim agora ali, mais um pouco e ela não sabia se conseguiria aguentar.
- Eu tive meus motivos - justificou - Talvez um dia eu possa te contar.
E o assunto morreu ali. A chuva ficava cada vez mais intensa e os relâmpagos iluminavam toda a sala.
- Que ótimo - ela murmurou irritada olhando pela janela.
- Essa sua irritação é pela tempestade ou pela minha presença? - riu.
- As duas coisas - disse sincera - Mas com você eu ainda consigo lidar.
- Se você preferir eu posso ir pra casa - deu de ombros.
- Não - respondeu, rápido demais, vindo a se repreender na sequência - Digo, está muito tarde, dirigir na chuva é perigoso, sem falar que se a Isadora acordar doente eu vou precisar da sua ajuda.
- Maria está de folga? - ele pediu estranhando.
- Dei folga a ela para aproveitar um tempo sozinha.
- Parece então que frustrados seus planos - ele brincou.
- Parcialmente, digamos que sim - riu - Mas essa casa é grande demais pra se ficar sozinha por muito tempo.
- Realmente não sei onde estávamos com a cabeça quando a compramos.
Na verdade os dois sabiam muito bem, tanto que o silêncio voltou a pairar sobre o ambiente. Eles queriam mais filhos, um cachorro, e isso justificava a casa de cinco quartos com pátio enorme.
- Como está - meio receoso - Digo,seu casamento?
- Normal - ela disse simplesmente - Na verdade passamos um bom tempo em contato com as ongs que mantemos, e os programas sociais do estado.
Poncho riu. Era engraçado vê-la falar sobre trabalho quando a pergunta era referente ao seu casamento.
- Você sabe que sou totalmente democrata e que não apoio o partido de Velasco - comentou.
- Sei, não só sei como já me enterei das duas petições online que você iniciou contra a última sanção dele aqui em Nova York - ela disse o provocando - Desde quando surgiu esse interesse repentino em política? - arqueou uma sobrancelha. Poncho ficou sem graça.
- Eu sempre me interessei por política.
- Não enquanto éramos casados, que eu lembre.
- Já disse que sou contra os republicanos e o que fazem com o país, não vou ficar aqui discutindo com você meus ideais políticos - ela riu. Ele estava visivelmente desconcertado.
- E o seu namoro como anda? - ela pediu com sarcasmo cortando a voz.
- Eu não tenho namorada.
- Não é o que a Viviana acha - advertiu achando graça.
- Pouco me importa o que ela acha ou deixa de achar - deu de ombros - Nunca me envolveria com uma mulher como ela.
- E com que tipo de mulher você se envolveria, Dr. Herrera? - pediu com o cenho franzido. E ele já estava com o tesão o consumindo.
- Com a única que realmente eu me envolvi até hoje - disse direto e viu ela ruborizar.
- Não consigo acreditar nas suas insinuações - disse pensativa - Na verdade, depois que você me deixou eu custei acreditar em tudo o que vivemos.
- Não diga isso Annie, você sabe que sempre fui sincero com você. Eu te amei, e ainda amo - revelou - Mas te deixar foi necessário. Nós não dávamos certo juntos. Até as meninas estavam sofrendo com isso.
Ela suspirou incomodada. Os dois brigavam constantemente, isso era uma verdade. Ela chegara a jogar um vaso nele entre uma discussão. As coisas definitivamente haviam fugido do controle dos dois.
- Quem ama não abandona - disse convicta - Eu estava aqui, esperando por você, tomando conta das nossas filhas enquanto você parecia pouco se importar - ele se aproximou a olhando nos olhos.
- Francamente, você acha que não sofri tanto quanto você? - o azul ja se chocava com o verde oliva - O que acha que eu senti ao ver você com aquele - fechou os punhos - Com aquele cara em todas as colunas sociais? O que você acha que eu senti quando vi ele entrar na nossa casa, casa que escolhemos juntos? Onde pretendíamos construir a nossa família? Você nunca pensou no meu lado da história não é? - ele disse enquanto enxugou uma lagrima que escorria pelo rosto dela.
- Se você não tivesse ido embora, se ainda estivesse aqui e cumprisse tudo o que me prometeu naqueles malditos votos de casamento que eu demorei tanto pra escrever, porque eu sou muito ruim com votos - os dois riram - Nada disso teria acontecido. Ele não estaria aqui ocupando o seu lugar. Eu não teria seguido com a minha vida, porque foi isso que você me pediu pra fazer naquele dia em que saiu daqui me deixando sozinha.
- E até hoje eu me arrependo, sempre que olho pros tablóides, ou assisto ao noticiário, sempre me pergunto porque diabos eu deixei você escapar - tocou o rosto dela entre os dedos.
- Desculpa - enxugou os olhos com as costas das mãos - Hoje é o seu aniversário, não devíamos ficar falando sobre essas coisas e - ele a interrompeu.
- Shiii - pousou um dedo sobre os lábios dela - Posso pediu um presente pra você? - ela assentiu desnorteada com a proximidade daquele hálito quente em seu rosto - Eu quero te beijar.
Então antes que ele pudesse esperar qualquer outra reação, ela colou os lábios nos dele e eles iniciaram um beijo lento e demorado, cheio de movimentos, cheio de saudade. Poncho a segurou firmemente pela cintura enquanto tinha a outra mão entre os cabelos dela. Ela por sua vez ja levava uma mão por dentre a camisa dele enqusnto lhe arranhava as costas suavemente. A outra estava em seu pescoço fazendo um delicado carinho na nuca.
Então as mãos passaram a funcionar com mais agilidade, o robe antes sobre o corpo dela agora estava no chão e a camisa dele já havia sido aberta pelas mãos dele com muita eficiência.
- Poncho eu não posso eu - as palavras eram cortadas pela respiração descompassada.
- Eu também não posso, mas eu quero tanto - murmurou voltando aos lábios dela.
Anahí beijava o peitoral dele enquanto as mãos já brincavam entre o cós da calça e o cinto que ele usava. Ele então abaixou as alças da camisola dela e essa escorregou pelo corpo, deixando-a completamente nua. Anahí gemeu assim que sentiu os lábios quentes dele abocanharem seu seio. Ela estava ali nua, na frente dele, e aos olhos de Poncho, era ainda melhor do que ele se lembrava.
Então ela virou-se de costas após ele retirar a calça. Revoltou lentamente esfregando o bumbum no membro dele. Ele gemeu alto enquanto as mãos brincavam com a excitação dela ainda por cima da calcinha. Ela desceu lentamente ficando de joelhos. Retirou a cueca dele com as mãos e suavemente levou uma delas ao membro que já se encontrava duro. Passeou a língua ali e ele arfou soltando um gemido enquanto olhava pra cima.
- Você ja devia saber que eu gosto que olhe pra mim enqusnto faço isso - ordenou e ele assim o fez.
- Como você quiser gostosa - disse entre dentes gemendo em seguida. Ela o havia abocanhado todo e fazia movimentos de vai e vem com perfeição.
Então assim que sentiu que estava prestes a gozar, Poncho a pegou selvagemente mas com cuidado pelos cabelos e a jogou sobre o tapete persa da sala. Ele já fora cena de tantas noites de amor dos dois! Então abaixou a calcinha dela com a boca lentamente, e passeou sua língua atrevida pelo clitóris de Anahí. Ela jogou a cabeça pra trás de desfazendo do coque. Ele então continuou a chupá-la, introduzindo dois dedos dentro dela. Sabia que ela ficava louca com aquilo. Bastou mais um tempo a chupando daquela forma para que ela chegasse ao orgasmo ali, em seus lábios. Ele então se sentou no sofá, e assim que ela se recuperou, sentou-se sobre ele, cavalgando sobre seu membro. Os cabelos ondulados sobre os seios nus. Era o cúmulo da sensualidade para Poncho.
- Isso é loucura - ela comentou ofegante enquanto subia e descia sobre ele.
- Você é muito gostosa - apertou a cintura dela que rebolava mais forte - Eu quero você de quatro.
- Você não está pensando que - ela perguntou ainda rebolando sobre ele.
- Não é nada disso, você vai gostar - disse com a voz falhando pelo tesão.
- Poncho eu - ele a cortou.
- Apenas confie em mim.
E ela assim o fez, ficando com os joelhos sobre o sofá. Poncho então tocou o clitóris dela, lentamente, sentindo-a gemer alto. Segurou seu membro com firmeza enquanto entregava devagar a torturando.
- Vai logo com isso Poncho - murmurou absorta. Ele riu, algumas coisas entre eles nunca mudariam.
Ele então a penetrou, mas dessa vez foi diferente. Ele a penetrou com força. Tinha uma das mãos entre os cabelos dela e enquanto entocava, os puxava com um pouco de força, nada para machuca-la. Ela já gemia como louca, ele aumentava os movimentos e apertava sua bunda com força.
- Poncho - a voz quase inexistia.
- Estou te machucando? - pediu preocupado e ele se apressou em negar.
- Eu quero que você me bata - ele então se surpreendeu com o pedido incomum dela.
- Eu não vou te bater eu - ela o interrompeu.
- Eu quero que você bata na minha bunda. Vai Poncho, por favor - quase suplicou.
- Tem certeza disso?
- Tenho, vai logo - implorou.
Poncho então bateu levemente sobre a bunda dela. Ela gemeu alto pedindo que ele aumentasse a intensidade do tapa. Então ele assim o fez, aumentando os movimentos dentro dela. Com uma das mãos puxáva-lhe os cabelos e com a outra lhe dava alguns tapas firmes na bunda. Era a melhor sensação que Anahí sentia em anos. Mais algumas estocadas e ela gosou, levando-o ao ápice poucos segundos depois. Os dois caíram ofegantes no tapete da sala. Era o melhor orgasmo que haviam tido juntos.
Poncho abriu os olhos incomodado com a luz que entrava por eles. Ainda estava ali, no tapete da sala da casa que dividia com Anahí, então ouviu um barulho vindo da varanda, mais precisamente a risada de Isadora. Ele então levantou, agradeceu mentalmente por estarem vestidos, foi até lá e viu a menina descalça, apenas de calcinha brincando na chuva completamente molhada.
- Isadora! - ele gritou com ela irritado, o que fez Anahí acordar - Já aqui pra dentro, agora.
- Papai - ela gritou animada com um sorriso de orelha a orelha - Você voltou?