Fanfic: Make Me Wanna Die | Tema: Originais
Prólogo
Eu penso bastante sobre morte. Como eu vou morrer, como meus pais vão morrer, como meus amigos vão morrer e como eu poderia me suicidar.
Mas é para isso que vivemos, certo? Para morrer. A única coisa que a gente nasce sabendo é que a gente vai morrer de um jeito ou de outro. Não importa se você fez algum pacto, a sua hora chegará.
Quando eu digo isso não estou com a menor intenção de soar pessimista, e sim realista. O que seria de nós sem um pouco de realismo? E uma dose de sinceridade é sempre bom.
Várias pessoas já me disseram que sou bem sincera e muitas delas se desculparam depois mas ora, você está sendo sincera com uma pessoa que gosta de sinceridade. Isso não é errado. Gosto de pensar naquelas pessoas que quando ficam bêbadas falam tudo que pensam na cara dos outros. Dizem que eu sou assim, mas não quando estou bêbada, quando eu estou sóbria.
Apesar de todo esse acúmulo de opiniões sinceras dentro de mim, muitas delas eu não exponho, pois infelizmente vivo num país que não aceita muito bem qualquer opinião vinda de uma “adolescente em sua pior fase de rebeldia”. Não só meu país, como minha escola também.
Em minha turma, sou rodeada por acéfalos que só se importam com aparências físicas e meninas do estilo Barbie. Tudo nelas é falso. Da unha postiça de seu pé até o aplique do cabelo.
Porém, se eles somente existissem e caminhassem numa distância favorável a mim, eu estava bem, calma e na paz. Mas é aí que entra minha rebeldia. Parece que eles gostam de ver meu rosto pegar fogo de raiva a cada palavra proferida a mim. Nojentos.
Em todas as aulas, eu tento ficar quieta e não expor nenhuma opinião que quase explode em minha mente. Mas era quase impossível. A quantidade de merda que saia da boca deles era muita. Parecia que tantos alistamentos nas cabeças das garotas tinham afetado seus cérebros.
Alguns garotos não gostavam nem de olhar para mim, achavam que eu tinha pacto com demônio e poderia matá-los em alguns segundos. Às vezes, eu sentia a necessidade de poder fazer isso.
As únicas pessoas que posso contar nessa escola são minhas duas amigas, Reagan e Naya. Elas pensavam que nem eu e quando eu contava a elas sobre como elas poderiam morrer, em vez de torcerem a boca para mim, como muita gente faz, elas só opinam sobre. E riem. Nós rimos da morte, sim, porque nós estamos só de passagem.
Talvez, só talvez, nos realmente sejamos um pouco fora do normal e um pouco do natural.
Eu poderia contar como eu vivi minha vida, gloriosamente, alegremente, surpreendentemente, mas não.
Estou, aqui neste lugar claro e hoje sem nuvens, para contar-lhes a história da minha morte. Como eu consegui sobreviver por seis meses com pessoas torturantes. Mas a minha hora estava para chegar, e eu estava sozinha. Assim como deveria estar.
Autor(a): phoebe
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