Fanfic: Nunca Seduza um Escocês *AyA*Ponny* | Tema: Ponny,AyA

Ela tinha certeza que ele rugiu a questão porque as vibrações eram fortes em seus ouvidos.

Sem esperar uma resposta, ele puxou a bandeja de suas mãos, empurrou-o para as mãos de uma mulher que servia nas proximidades e, em seguida, tomou o braço de Anahí e a levou em direção à mesa onde ele sempre sentava.

Ele se sentou com ela e logo em seguida tomou-lhe a mão, virando-as para que as bolhas e pele vermelha em suas mãos estavam facilmente visíveis.

Ele esperou até que ela erguesse o olhar para ele, e então disse claramente para que ela não pudesse interpretar mal suas palavras.

- Quem fez isso com você?

Sua testa franziu.

- Ninguém fez isso comigo.

Alfonso olhou para cima, e Anahí viu que ele estava olhando para Eddy e Derrick, que tinha chegado à mesa. Eles deviam ter lhe perguntado o que estava errado, porque ele levantou as mãos para que elas fossem visíveis para todos, e seus lábios se curvaram em um rosnado.

- Isto é o que está errado. Olhe para suas mãos. Olhe o que elas fizeram.

- Mas, Alfonso, ninguém fez isso comigo. - protestou ela. - Eu as raspei quando estava trazendo madeira para o corredor na manhã de ontem e as bolhas são da lavagem e da limpeza.

Eddy tomou o assento em frente a ela, sua carranca feroz como Alfonso. Ela olhou nervosamente para onde Derrick tomava seu assento ao lado de Eddy. Ele não parecia satisfeito também. Sua boca estava em uma linha firme.

- Eu não entendo. - disse ela em confusão. Ela se virou para Alfonso. - Eu ofendi você de alguma maneira?

A mão de Eddy veio em cima da mesa, empurrando a sua atenção de volta para ele.

- O que diabos você estava fazendo tentando carregar essas toras? Nem mesmo os rapazes podem içar os pedaços de madeira. Por isso que temos um dos homens fazendo, para que nenhuma das mulheres ocorra em ter uma lesão tentando começar os fogos no período da manhã.

As bochechas de Anahí aqueceram quando a realização a atingiu.

As outras mulheres tinham sabido que um dos homens tinha o dever de carregar a madeira. Por que então elas queriam que ela tentasse?

Seus lábios tremeram, mas estava determinada que ninguém a visse triste. Ela não iria dar às mulheres a satisfação de saber que tinham feito sentir-se tola, até mesmo por um momento.

Agora, ela se perguntava o que mais Nora tinha fabricado quando tinha instruído Anahí em suas funções. Pelo último par de dias, Anahí tinha trabalhado mais do que já tinha trabalhado em sua vida.

Executou tarefas que certamente tiveram que pertencer ao mais humilde membro do clã. E ainda assim ela não se queixou. Ela não hesitou.

Como elas devem ter rido atrás das costas enquanto assistiam sua luta para executar cada trabalho único que tinha sido atribuído a ela. Toda aquela conversa de liderar pelo exemplo. Anahí sentiu-se como uma simplória que tinha sido acusada de ser por muito tempo.

Ela olhou para suas mãos doloridas e rasgadas e puxou os punhos de suas mangas ainda mais sobre as palmas das mãos.

Alfonso tocou em seu braço, mas ela se recusou a olhar para ele. Não queria que ele visse a vergonha e humilhação nos olhos dela nem as lágrimas que ameaçavam.

Em vez disso, olhou para o oatcake mal-formado na frente dela e foi tentada a atirá-lo em toda a sala. A mesa tremeu, e ela olhou para cima a tempo de ver Alfonso longe da mesa.

Essas lágrimas que odiara e lutara tanto brilharam em sua visão. Como odiava tudo agora.

Tudo tinha sido tão perfeito entre ela e Alfonso e agora ele estava com raiva e ela estava miserável e tão humilhada, que queria morrer.

Ela tinha sido uma idiota confiante, tão ansiosa para agradar, tão determinada a ganhar um lugar no coração de seu clã novo quando tal coisa nunca ia ser possível.

Eddy alcançou sobre a mesa para pôr a mão sobre a dela, e ela voltou a olhar para ele, lutando contra as lágrimas com tudo o que tinha dentro dela.

Dane-se se ela os deixasse saber o quanto a tinha machucado. Malditos sejam todos.

- Anahí, ele não está bravo com você. - disse Eddy, sua expressão suave.

- Eles me odeiam. - ela sussurrou. - Eles todos me odeiam e não há nada a fazer sobre isso. Alfonso não pode fazê-los aceitar-me. Eu quero ir para casa.

Derrick abruptamente se levantou e também se virou da mesa. Anahí fechou os olhos para o pesadelo rapidamente em formação que virou sua vida.

Seu futuro. Nunca tinha olhado tão sombrio como o fez agora.

- Eu não estou com fome. - ela anunciou. - Tenho necessidade de um pouco de ar fresco.

Antes que Eddy pudesse dizer mais nada, ela se afastou dele por isso ele ficou efetivamente silencioso para ela.

Ela, também, deixou a mesa, mas recuou para a entrada dos fundos, que levava atrás do castelo. Existia um portal que levava ao prado na parte de trás onde as crianças frequentemente jogavam.

Ninguém estaria cedo, e ela podia caminhar além da curva no rio onde ele serpenteava através da terra de Herrera e cortando a encosta inclinada por trás do castelo.

Uma longa caminhada era o que ela precisava.

Longe dos outros. Longe de seu desprezo e zombaria e seus jogos infantis que jogavam para fazê-la se sentir estúpida.

Ela terminou em ser o objeto de sua diversão. Todos eles podiam apodrecer por tudo que ela se importava.

Pela primeira vez, entendeu o ódio do seu clã aos Herreras. Muito mais pessoas horríveis do que já conheceu.