Fanfic: Nunca Seduza um Escocês *AyA*Ponny* | Tema: Ponny,AyA

Ele não tinha sentido muito que o noivado houvesse sido dissolvido e que os dois clãs não estavam formalmente vinculados pelo casamento.

Os Portillas não eram rápidos em se aliar com os clãs vizinhos. Eles não precisavam.

Eram uma força poderosa, o suficiente para que, mesmo que os muitos outros clãs menores estivessem contra eles, teriam assegurado a vitória na batalha.

Henrique Portilla era exatamente como seu pai era diante dele. Desconfiado dos tratados e promessas. Ele não deu uma oportunidade de traí-lo e não confiava o bem-estar do seu clã a ninguém para os salvar.

Se eles não fossem tão amargos inimigos, Alfonso quase podia respeitar o vigor com que Henrique exercia seu poder e o fato de que ele não contou com ninguém para suporte.

Uma vez que o noivado havia sido dissolvido entre a filha de Portilla e o filho de McHugh, não muito mais foi dito, além dos murmúrios ocasionais que questionavam o estado de espírito da moça.

Desde que os Portillas não eram exatamente um clã social, e eles definitivamente seguraram para si mesmos, não muito escapou sobre a única filha.

Não, Alfonso não estava arrependido de que o casamento não tivesse ocorrido.

Sabia que McHugh usaria sua posição com Portilla para alimentar a fúria contra os Herreras. McHugh queria mais terras, mais poder, e a participação dos Herrera era um espinho no seu lado, porque o tinham encaixotado para o norte.

Mas agora ele estava indo para assumir a responsabilidade com uma mulher que ele sabia quase nada?

Já era ruim o suficiente que maluca e não podia se apresentar como esposa, mas ela era uma Portilla, o que significava que não importava se ela era a mulher mais perfeita em todo o planalto, Alfonso não queria nada com ela.

Quando se casasse, seria com uma moça de seu próprio clã.

Nunca se casaria com alguém que iria trazer perigo, raiva e discórdia para o seu povo. E Anahí Portilla certamente faria exatamente isso.

- Alfonso?

O sussurro pequeno veio da porta, e alguma de sua raiva e tensão fugiram quando sua irmã, Maite, olhou, sua expressão era ansiosa.

- O que foi, querida? - Ele perguntou, apontando para frente.

Maite tinha quinze anos, mas ela estava por trás da maioria moças de sua idade.

Enquanto a maioria tinha encontrado suas formas femininas e tinha crescido os seios, Maite ainda era fina e leve, e se não fosse por seus surpreendentes belos olhos negros e a feminilidade delicada de seu rosto, poderia muito bem se passar por um rapaz.

Com três irmãos mais velhos, seria de pensar que ela teria crescido capaz de assumir qualquer coisa, mas era extremamente tímida, e mais quieta do que qualquer moça de seu conhecimento.

Exceto em torno dele e de seus irmãos. Com eles, ela era mandona, exigente e travessa. Ela evitou o resto do clã e preferiu ficar em seu próprio mundo.

- É verdade o que Eddy disse?

Ela estava, alguns metros de distância agora, de pé em frente à mesa onde ele estava sentado, com as mãos ainda apertadas em punhos enquanto descansavam sobre a superfície de madeira.

- Você se casaria com uma Portilla?

Ele procurou sua expressão de medo, porque faria qualquer coisa para acalmar suas preocupações. Perder o pai tinha sido especialmente difícil para ela porque tinha sido o seu tesouro.

Ela mais do que qualquer um deles, viam os Portillas como monstros. Mas tudo o que ele viu foi um olhar, perturbado preocupado em seus olhos expressivos.

- Isso é o que o rei decretou.

Ela franziu o cenho.

- Mas por quê? Por que ele faria uma coisa dessas?

- Não é o seu lugar para questionar seus ditames. - disse ele, sem calor.

Não poderia repreendê-la por essa falta de respeito, quando ele mesmo questionou a mesma coisa.

- Eles mataram o Pai. - disse ela enfaticamente. - Como poderia haver a paz entre nós? Como poderia o rei acreditar que forçar um casamento entre você e uma delas iria resolver alguma coisa?

- Shhh. - ele disse suavemente. - Chega, Maite. Fomos convocados para ir nos Portillas e lá nós vamos.

Seu olhar de horror foi instantâneo.

- Ir lá? Para suas terras? Onde eles poderiam matar a todos nós? Porque não podem vir aqui? Por que somos os que devem sacrificar tudo? Eles fizeram alguma coisa para ganhar o favor do rei?

Por um momento, Alfonso sorriu, encontrando diversão em sua declaração.

- Não é provável que eles sintam que entregar sua filha para mim no casamento é o resultado de ganhar seu favor. Duvido que eles tenham gostado mais do assunto do que nós fazemos.

- Dizem que ela é demente. - Maite afirmou.

Alfonso suspirou.

- Acho que nós vamos descobrir no casamento, não vamos?