Fanfic: A Substituta (Adaptada AyA) | Tema: Ponny
- Olhe para a janela e me diga o que vê – ele pediu delicadamente.
Uma exclamação de surpresa saiu de seus lábios quando ela olhou para fora. Era como se as estrelas do céu tivessem descido à terra e estivessem avançando lentamente na direção da vila, pela estradinha que ligava à aldeia.
- Parece que todos os habitantes da ilha resolveram nos visitar – disse. – E todos estão carregando tochas acesas!
- Velas – Alfonso corrigiu, aproximando-se tanto, que o coração de Anahí quase parou. – Durante a missa que é rezada um pouco antes da meia noite, no Sábado de Aleluia, as velas do interior da igreja vão sendo apagadas aos poucos, até que à meia-noite em ponto a igreja está numa escuridão total. Logo depois, o padre sai da sacristia, carregando uma vela acesa, e anuncia ao mundo que Cristo ressuscitou. Os sinos começam a tocar e ele acende, com a sua, as velas dos que estão mais perto dele. Estes, por sua vez, acendem as dos que estão logo em seguida, e assim por diante. E todos trocam os desejos costumeiros dessa ocasião: ”Cristos anesti! Alithos anesti” ! Isso quer dizer: “cristo ressuscitou! Ele realmente ressuscitou!”.
Durante alguns segundos, os dois contemplaram em silêncio a multidão que se aproximava. Depois ele continuou:
- Os habitantes da ilha estão vindo nos desejar tudo de bom, protegendo cuidadosamente suas velas, para que não se apaguem e eles possam traçar uma cruz no batente da porta e das janelas, com a fumaça. Além disso, eles vão reacender as pequenas lamparinas que Cris já deve ter colocado debaixo de cada ícone. É o modo que eles têm de desejar as bênçãos de Deus para a nossa casa. Para nós, gregos, um novo ano está começando, Anahí, e é hora de esquecer as ofensas, fazer as pazes com nossos inimigos e dar início a uma vida nova. Não quer adotar os nossos costumes? – Os lábios másculos encostaram-se à orelha dela. – Não quer perdoar os meus erros e descer comigo, para receber os nossos convidados?
Os primeiros habitantes da ilha já estavam quase na porta da casa quando Anahí decidiu que podia ser generosa e descer com Alfonso, pois aquela era a última noite que passaria ali.
- Está bem... – concordou em voz baixa e trêmula. – Eu aprendi a amar e respeitar o povo desta ilha nestes dias que fiquei aqui, e é por causa deles que farei o que me pede.
No momento em que eles chegaram ao jardim para cumprimentar todos os moradores da ilha, já havia lanterninhas coloridas penduradas nos galhos de todas as árvores. Inúmeras mesas de vime tinham sido colocadas nos caminhos entre os canteiros de flores, cobertas com toalhas de branco imaculado, e em cima da cada uma delas havia uma cesta cheia de ovos cozidos, com as cascas pintadas de vermelho vivo, vários pratos, talheres, copos, garrafas de vinho e pãezinhos frescos.
Em pé ao lado do marido, sendo beijada no rosto por cada um daqueles visitantes de olhos escuros e brilhantes, que não escondiam sua intenção de se divertirem, Anahí começou a ficar um pouquinho mais animada, contagiada pela atmosfera de excitamento, bem-estar, calor e amizade que emanava de seus convidados. A beleza tranquila do ambiente também ajudou, e o jardim banhado pela luz prateada da lua cheia, que brilhava por cima dos enormes ciprestes e dos pinheiros cheirosos, as lanterninhas coloridas, que pareciam pedras preciosas por entre os galhos das árvores, o
céu estrelado e a brisa que soprava por entre as oliveiras, descendo a colina até encontrar o mar, que de tão manso mais parecia um espelho, acabaram com a sua depressão.
- “ Yassou”!
O brinde tradicional entoado por dezenas de vozes, quando os gregos levantaram os copos para saudar o “ Poncho“ e sua tímida noiva, a fez sorrir de leve. Com a aparência mais relaxada que ela já vira, Alfonso disse :
- Precisamos retribuir o brinde. Quer beber à saúde deles comigo?
Anahí aceitou o copo contendo uma dose mínima de “ouzo”,uma bebida alcoólica incolor, que ficava de um branco opaco quando misturada com agua.
Como se pudesse ver a careta que ela fez ao tomar o primeiro gole, Alfonso riu, um riso leve e despreocupado, que a fez levantar rapidamente os olhos surpresos para ele.
Autor(a): Besos de Fuego
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- O gosto pela nossa bebida nacional só vem aos poucos – ele explicou, os dentes muitos brancos formando um lindo contraste com a pele queimada de sol. – Com o tempo, você vai precisar cada vez menos de água, para bebê-la. No fim, quando gostar de seu sabor de aniz, poderá sentir todos os seus efeitos, que são bem potentes. ...
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 65
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maridamis Postado em 09/07/2016 - 03:11:45
Quase morri com o final!!!
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maridamis Postado em 09/07/2016 - 03:11:17
Maravilhosa!!!! Apaixonada por essa fic!!!!! Quero maiiis!
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foryouvondy👻 Postado em 06/05/2016 - 15:56:19
Confesso que fiquei com um gostinho de quero mais kkk fanfic simplesmente linda!
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michaelle_rbd Postado em 21/02/2016 - 16:12:13
Amo rosas, que fofo ele as palavras ditas por Alfonso. Perfeito <3<3<3
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franmarmentini♥ Postado em 18/11/2015 - 14:07:11
ai que lindooooooooooooooo amei amei de mais essa fic*
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franmarmentini♥ Postado em 18/11/2015 - 14:01:15
HAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA ELE TA VENDOOOOOOOOOOOOOO
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franmarmentini♥ Postado em 18/11/2015 - 12:41:02
ODEIOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOO ESSA VACA DA BELINDA
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franmarmentini♥ Postado em 18/11/2015 - 11:56:30
CREDO PQ ELE É CRUEL ASSIM COM A ANY TADINHA...
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franmarmentini♥ Postado em 18/11/2015 - 10:32:46
ELES VÃO CASARRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRR
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franmarmentini♥ Postado em 17/11/2015 - 21:29:55
Poncho é apaixonado por belindaaaa ecaaa