Fanfic: A Substituta (Adaptada AyA) | Tema: Ponny
Na volta, eles pararam para comer alguma coisa em uma taberna, um restaurantezinho modesto, com poucas mesas rústicas, de madeira, colocadas debaixo de uma pérgula coberta por magníficas trepadeiras, num jardim que dava para o mar. O proprietário ficou entusiasmadíssimo com a presença dos dois e não sabia o que fazer para agradá-los.
Anahí teria achado a comida ali incrivelmente deliciosa, em qualquer outro momento, mas como as coisas estavam ela não fez mais do que brincar com o “dzadziki” que Alfonso tanto apreciava, uma mistura de coalhada fria, alho, pepino, óleo e vinagre, batidos juntos até formar uma massa cremosa. Uma brisa suave fazia as folhas das árvores farfalharem, movimentando o ar quente e abafado, mas ela tremia, sentindo a pele suada e fria.
Ela estava morrendo de vontade de voltar logo para a vila, não só porque a harmonia que reinava entre eles havia desaparecido como também sentia terrivelmente enjoada, desde que o proprietário trouxera uma travessa de “moussaka”, um prato que Alfonso ingeria com evidente prazer. Seu enjoo era tão forte, que não conseguiu nem mesmo comer os suculentos pêssegos e as uvas recém-apanhadas que o dono do restaurante havia providenciado quando reparou em sua falta de apetite.
Alfonso não disse uma só palavra o tempo inteiro, aparentemente surdo aos esforços do homenzinho para fazê-la comer e às respostas meio ásperas que Anahí não conseguia evitar de dar, tamanho era o seu mal-estar. Mas ele provou que não estava tão indiferente assim ao que acontecia em torno dele, quando comentou causticamente:
- Deus me livre de uma mulher temperamental! Ainda bem que não vamos passar o resto de nossas vidas juntos, pois uma pessoa mal-humorada fica cada vez pior, com a idade.
- Eu não sou temperamental! – Anahí protestou fracamente. – E nunca, em toda a minha vida, fui acusada de ser mal-humorada! Eu só não estou com fome...Deve ser por causa do calor. Ainda não tive tempo de me acostumar com o clima grego.
- Não está se sentindo bem? – Ele perguntou abruptamente.
- Não, eu estou bem – ela mentiu, por entre os dentes apertados. – Só estou me sentindo um pouco sonolenta.
- Nesse caso – o som da cadeira sendo arrastada no chão quando ele ficou em pé deu a Anahí a impressão de que uma faca tinha sido enfiada em suas têmporas – vamos embora para casa, imediatamente.
Desesperadamente consciente da necessidade de manter o raciocínio frio, para não trair a confiança que o marido tinha em sua capacidade de guiá-lo, Anahí lutou contra a tontura, a náusea e os calafrios, que se tornavam cada vez mais frequentes concentrando-se na descrição dos ciprestes, dos limoeiros e das oliveiras que cobriam as encostas das colinas. Quando começou a descrever uma praia deserta, banhada pelo sol poente que coloria o céu com todas as cores do arco-íris, sentiu-se tão mal, que só com muito esforço conseguiu não gaguejar e parecer normal.
Eles pararam duas vezes: uma para conversar com um homem que voltava para casa, depois de um dia de trabalho, puxando seu burrinho; e outra para aceitar a limonada fresca que lhes foi oferecido por uma velha senhora, que estava sentada na varanda de sua casa, tecendo renda para enfeitar a roupa de cama da neta que ia casar.
Anahí estava completamente atordoada quando atingiram a colina, no alto da qual ficava a vila, e foi por isso que teve de apertar os olhos, para poder enxergar com mais clareza o iate que se distanciava da ilha, com o convés cheio de passageiros que acenavam alegremente para a garota que, evidentemente, haviam acabado de deixar no ancoradouro. Uma garota loira , esbelta e bonita, que correspondia vivamente aos acenos, rodeada por uma pilha de malas.
O riso que saiu de sua garganta devia ter um som totalmente histérico, e sua voz estava quase irreconhecível quando ela desmontou em frente à porta da casa e murmurou:
- A sua sorte diabólica não o abandonou. Parece que é suficiente você manifestar um desejo, para que ele lhe seja imediatamente realizado. Agora há pouco você falou em quanto lamentava a ausência de Belinda, e veja só o que aconteceu: ela chegou!
Os minutos que se seguiram tomavam a forma de um sonho, ou melhor, de um autêntico pesadelo! Os criados receberam ordens de preparar rapidamente um quarto; providenciar uma bebida refrescante; colocar mais um lugar à mesa, para o jantar; levar para dentro a bagagem de sua inesperada visitante e escoltá-la até onde estava o dono da casa.
Autor(a): Besos de Fuego
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Trêmula Anahí estava em pé ao lado de Alfonso quando Belinda entrou no hall. - Queridos! – Belinda exclamou, abrindo os braços. – Que bom encontrar vocês com uma aparência tão boa! Como é, Annie? – ela perguntou, estendendo o rosto para a irmã, sem tirar os olhos brilhantes da fisionomia impass&ia ...
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 65
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maridamis Postado em 09/07/2016 - 03:11:45
Quase morri com o final!!!
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maridamis Postado em 09/07/2016 - 03:11:17
Maravilhosa!!!! Apaixonada por essa fic!!!!! Quero maiiis!
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foryouvondy👻 Postado em 06/05/2016 - 15:56:19
Confesso que fiquei com um gostinho de quero mais kkk fanfic simplesmente linda!
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michaelle_rbd Postado em 21/02/2016 - 16:12:13
Amo rosas, que fofo ele as palavras ditas por Alfonso. Perfeito <3<3<3
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franmarmentini♥ Postado em 18/11/2015 - 14:07:11
ai que lindooooooooooooooo amei amei de mais essa fic*
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franmarmentini♥ Postado em 18/11/2015 - 14:01:15
HAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA ELE TA VENDOOOOOOOOOOOOOO
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franmarmentini♥ Postado em 18/11/2015 - 12:41:02
ODEIOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOO ESSA VACA DA BELINDA
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franmarmentini♥ Postado em 18/11/2015 - 11:56:30
CREDO PQ ELE É CRUEL ASSIM COM A ANY TADINHA...
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franmarmentini♥ Postado em 18/11/2015 - 10:32:46
ELES VÃO CASARRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRR
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franmarmentini♥ Postado em 17/11/2015 - 21:29:55
Poncho é apaixonado por belindaaaa ecaaa