Fanfic: A Substituta (Adaptada AyA) | Tema: Ponny
- E você não o abandonou? – Anahí endireitou o corpo, assombrada com o fato de só naquele momento estar vendo quantas falhas tinha o caráter de sua irmã. – O que me diz de Alex Sirvent? Eu me lembro muito bem de ter ouvido você dizer que ia ficar noiva dele, dentro de poucos dias.
Belinda abaixou a cabeça, mas logo em seguida encolheu os ombros e confessou:
- Descobri, em tempo, que a família de Alex não tem dinheiro nenhum.
- E aí você decidiu que Alfonso era o melhor partido – Anahí disse baixinho, não querendo acreditar que a irmã pudesse ser tão egoísta.
- Exatamente! – E sem o menor traço de vergonha, Belinda prometeu: - E pretendo consegui-lo de volta, minha querida irmã. Você pode achar que temos as mesmas chances, por que ele não sabe como você é e nunca poderá nos comparar. Mas existem muitas outras coisas capazes de atrair um homem, além da beleza física, e eu conheço todas... Pode acreditar em mim!
E, durante o jantar, Belinda começou a mostrar que sua promessa não tinha sido feita em vão. O coração de Anahí foi ficando cada vez mais apertado, à medida em que ela observava os olhos famintos da irmã devorarem Alfonso, que estava sentado à cabeceira da mesa, parecendo irresistível num smoking de veludo negro, que realçava seus ombros largos. A faixa de seda que envolvia sua cintura combinava perfeitamente com a camisa creme, também de seda, e com as calças muitíssimo bem passadas.
- Deixe-me ajudá-lo, querido – Belinda sussurrou possessivamente quando Nikos serviu o patrão de sopa.
Tanto Anahí quanto o criado gelaram de horror ao ver Belinda enfiar uma colher na mão e Alfonso. Mas seu horror chegou ao máximo quando ela perguntou a Anahí:
- Ele gosta de mais sal na sopa?
Uma pessoa mais mesquinha teria se rejubilado com o erro da rival, mas naquele momento Anahí só conseguia pensar em Alfonso, que ainda era tão sensível a respeito de sua cegueira e se ressentia demais quando as pessoas o tratavam do modo como Belinda acabara de fazer. Como já era de se esperar, ele reagiu de um jeito que deixou Anahí paralisada, apesar de não estar se dirigindo a ela:
- Como eu não sou surdo, nem mudo, nem retardado mental, quer ter a gentileza de fazer esse tipo de pergunta a mim mesmo? Eu lhe garanto que sou perfeitamente capaz de dizer se quero ou não sal. Além disso, se eu não soubesse comer corretamente com um garfo e uma faca, pediria para servirem minha comida numa tigela, toda misturada, como a ração de um cachorro, e comeria sozinho em meu quarto.
Apesar de o comportamento de Belinda ter confirmado as dúvidas que Anahí tinha, a respeito de ela poder ser uma boa companheira para Alfonso, foi difícil enfrentar o embaraço da irmã. No entanto, toda a simpatia que sentia por Belinda desapareceu quando, em vez de pedir desculpas, ela disse, sem a menor vergonha:
- Você precisa entender, querido, se eu cometer outros erros como este, enquanto estiver aqui. – Sua voz tremeu um pouquinho. – Afinal, o amor não pode ser desligado como se fosse uma lâmpada, e o fato de você estar agora casado com a minha irmã não acaba com a vontade que sinto de ajudá-lo, apesar de eu não saber como, e ter medo de fazer pouco, ou, ao contrário, fazer mais do que devo.
No silêncio que os envolveu quando Belinda acabou de falar, ninguém conseguia tirar os olhos da fisionomia dura de Alfonso, enquanto esperavam, tensos, por sua resposta. Anahí não ficou surpresa quando o marido reagiu com um sorriso ao encanto que já vira a irmã usar tantas vezes, para sair de situações difíceis.
- Acho que a culpa é minha, pelo menos em parte – ele declarou. – Eu me preocupo tanto em parecer à vontade quando estou na companhia de outras pessoas, que não reparei que elas podem precisar muito mais de ajuda do que eu. Para a maioria das pessoas, um cego é geralmente uma novidade. Você me faz bem, Belinda – ele continuou, num tom divertido. – Sei que posso confiar em você para apontar os meus erros, coisa que muita gente não teria coragem de fazer.
Com dignidade, Anahí aguentou o olhar de triunfo da Belinda, antes de abaixar os olhos para o prato. Sabia que tinha sido derrotada, mas ainda estava muito fraca e desanimada para se importar com isso. A irmã sempre conseguia o que queria, e evidentemente Alfonso não ia ser uma exceção. Por isso, não fez nenhuma tentativa para chamar a atenção do marido, ou para participar da conversa que abrangia sobre amigos comuns até a temporada de férias em Deauville.
Ele parecia ter se esquecido da presença da esposa, até que, quando os três se levantaram da mesa para ir para a sala de estar, onde Nikos recebera ordem de servir o café, ela disse timidamente:
- Espero que me desculpe por não lhes fazer companhia. Mas é que estou bastante cansada e, se me dão licença, vou para o meu quarto.
- Pode ir, não faça cerimônia. – Apesar de seu olhar zombeteiro, Belinda tomou cuidado ao falar, num tom de voz agradável: - Eu ficarei mais do que feliz em distrair o seu marido.
- Eu não ganho um beijo de boa-noite? – O pedido de Alfonso foi feito num tom de voz leve, mas autoritário, enquanto ele estendia uma das mãos na direção de Anahí.
Sem dizer nada, ela caminhou para ele e, ficando na ponta dos pés, depositou um beijo frio em sua boca zombeteira.
- Boa noite, Alfonso – sussurrou.
Um braço musculoso envolveu-a pela cintura com toda ternura, como se ela fosse uma peça de porcelana.
- “Kalispera, Annie” – ele disse baixinho, inclinando-se para retribuir seu beijo com outro, longo e cheio de significados, que ela foi incapaz de interpretar, mas que derreteu o gelo que a envolvia, dando-lhe uma sensação gostosa e aconchegante.
O brilho dos olhos de Anahí despertou o ciúme de Belinda, que comentou com maldade:
- Como seus amigos ficariam surpresos, Alfonso, se você lhes apresentasse a sua esposa! Conhecendo a sua atração por mulheres sofisticadas e experientes, eles iam estranhar muito se soubessem que a noiva de Herrera, o deus do ouro, subiu ao altar usando um vestido que já teria sido posto de lado há vários anos!
Autor(a): Besos de Fuego
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O mar tinha o mesmo tom de azul e brilhava quanto os olhos de Anahí, naquela manhã! No horizonte, podia-se ver uma nuvem, tão carregada quanto estava a fisionomia de Alfonso, desde a noite anterior, quando Belinda fizera aquele comentário maldoso. Enquanto Nikos dirigia a lancha através do braço de mar que separava Karios da grande i ...
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 65
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maridamis Postado em 09/07/2016 - 03:11:45
Quase morri com o final!!!
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maridamis Postado em 09/07/2016 - 03:11:17
Maravilhosa!!!! Apaixonada por essa fic!!!!! Quero maiiis!
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foryouvondy👻 Postado em 06/05/2016 - 15:56:19
Confesso que fiquei com um gostinho de quero mais kkk fanfic simplesmente linda!
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michaelle_rbd Postado em 21/02/2016 - 16:12:13
Amo rosas, que fofo ele as palavras ditas por Alfonso. Perfeito <3<3<3
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franmarmentini♥ Postado em 18/11/2015 - 14:07:11
ai que lindooooooooooooooo amei amei de mais essa fic*
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franmarmentini♥ Postado em 18/11/2015 - 14:01:15
HAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA ELE TA VENDOOOOOOOOOOOOOO
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franmarmentini♥ Postado em 18/11/2015 - 12:41:02
ODEIOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOO ESSA VACA DA BELINDA
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franmarmentini♥ Postado em 18/11/2015 - 11:56:30
CREDO PQ ELE É CRUEL ASSIM COM A ANY TADINHA...
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franmarmentini♥ Postado em 18/11/2015 - 10:32:46
ELES VÃO CASARRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRR
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franmarmentini♥ Postado em 17/11/2015 - 21:29:55
Poncho é apaixonado por belindaaaa ecaaa