Fanfic: Minha vida me condena AyA | Tema: Ponny

Já havia passado uma semana desde meu encontro com o Poncho, via notícias dele por todos os lugares mas ele ainda não tinha voltado. Descobri que ele ia passar um tempo em Monterrei e ao mesmo tempo que fiquei feliz , fiquei triste por ele não ter vindo me encontrar. Eu não podia me apaixonar , eu não podia gostar dele sobre hipótese alguma, eu era uma prostituta ele jamais se interessaria por uma mulher assim como eu. Mas aquilo estava me consumindo, quanto mais eu tentava me afastar, mais apaixonada eu ficava, eu pensava nele antes de dormir, no banho, quando trabalhava, ele não saia da minha mente , não saia do meu coração, e o fato de ele não ter voltado só me deixava triste, com vontade de me atirar do último andar de um prédio alto. Cada vez que ele vinha em minha mente sentia um frio na barriga, borboletas no estômago, eu não sabia o que era aquilo, eu só tinha falado com ele uma única vez como podia estar tão obcecada desse jeito.
- Anahi se veste, tem um cliente esperando por você — Leon disse áspero 
- Não to afim 
- Ninguém te perguntou. Você não faz nada aqui por vontade própria querida.
      Mal me arrumei, desci até o lugar onde o cliente se encontrava, eu era a mais disputada daquele cabaré, devia ser porque encantava todos com minha beleza e meus olhos azuis que deixavam qualquer um maravilhado, confesso que não me achava das mais bonitas mas era o que todos diziam. Também era a mais disputada por causa do meu talento dançava e cantava lindamente, todos ficavam loucos com o poder da minha voz.  

       Fomos para um quarto e transamos. Ele era um velho de mais ou menos uns 50 anos, devia ser casado pois usava uma aliança, me dava um certo nojo quando tinha que dar para homens compromissados, se fosse para chifrar a mulher que nem tivesse casado com ela ! Só sei que a todo momento que estive com aquele cara não parei de pensar no Alfonso aquilo já estava se tornando um tanto doentio, ficava sempre na esperança de ele aparecer para me ver mas eu só estava me iludindo.

        Depois de atender meu "querido" cliente, Leon me pediu para ir em um mercado mas que um segurança me acompanhasse, nunca tinha chances de fugir daquele lugar, sempre havia algum capanga idiota me seguindo para todo lugar que ia.
       A rua estava muito movimentada, mais que o normal, cheguei a estranhar mas ignorei. Havia um monte de garotas estéricas gritando alguma coisa que eu não conseguia entender. Em uma rua deserta próxima ao mercado uma coisa me chamou atenção.
- Psiu — alguém me chamou 
Olhei para o lado, o que vi me deixou muito feliz, conseguia sentir borboletas no estômago.
- Oi linda, sentiu minha falta?
- Na realidade tinha até me esquecido de você amor — Menti. Queria transparecer que estava nem aí para ele, mas eu sabia que não era verdade 
Ele riu alto , e abriu um grande sorriso, aquele sorriso mexia comigo, era tão lindo.
- Já eu, senti sua falta, desculpa não ter aparecido lá na boate de novo, mas é que tenho ficado cercado de paparazzis 24 horas por dia
- Não tem problema, como já disse não morri com sua ausência 
- Eu sei que você me ama
- Convencido 
- É apenas a realidade meu amor  — ele disse irônico 
- Alinda acho que é convencido — dei risada
- Não vai me dar um abraço ? — ele perguntou 
- Sinceramente, não 
Ele riu , e eu o acompanhei.
- então eu mesmo vou ter que fazer isso 
           Poucos metros de distância nos separavam, ele puxou meu braço e me abraçou o mais forte que conseguiu, parecia que nós dois éramos um só. Sentia arrepios por todos os centímetros do meu corpo, ainda bem que ele estava me segurando pois minhas pernas já não estavam sobre meu domínio. Tudo estava perfeito até o segurança notar minha demora e me chamar 
- Anahi, você tem coisas a fazer,se esse cara quer seus serviços ele que vá no cabaré 
Me soltei dos seus braços contra minha vontade.
- Bom Poncho, como você viu tenho que ir
Dei um leve beijo em sua bochecha e quando ia ir embora ele me puxou.
- Porque você deixa eles te tratarem assim ?
- Eu não tenho escolha. 
- Você é uma garota incrível não merece isso.
- Agora não tem volta.
                Me virei e sai. Aquilo doeu profundamente em mim, eu havia contado toda a minha história ao Alfonso mas em outra versão. Não disse que era obrigada a ficar ali, a única parte que contei foi que o Manuel me vendeu para um cabaré por 20.000 euros, mas que depois fiquei ali por vontade própria. O que mais doeu foi porque ele me via diferente que os demais, ele não me enxergava como um brinquedo sexual, mas sim como uma garota, como humana, e isso dói porque infelizmente nunca vou poder ser quem realmente sou, vou sempre ter que ser o brinquedo sexual de centenas de homens de toda a cidade.