Fanfics Brasil - Nascer e Renascer. Almost A Secret

Fanfic: Almost A Secret | Tema: Amor, amizade, suspensa, traição, mentiras.


Capítulo: Nascer e Renascer.

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Talvez não fosse um sonho, e sim um pesadelo, ou apenas possa ser uma questão de ponto de vista, mas naquele momento, isso não era importante, tudo o que eu conseguia lembrar enquanto via o corpo dela caído no chão sem vida, era de todos os momentos bons que tínhamos passado juntas, pobre Elisa, que fim trágico a aguardava, mas não posso dizer que ela não merecia, mas eu, Amelia, não pude fazer nada para evitar.


– Amelia, você está bem? . Gritava Catarina, que corria em direção a amiga.


Amelia não conseguia responder, um silêncio horrível caiu sobre seu coração, ela não conseguia deixar de encarar o corpo de Elisa, era uma espécie de culpa a corrompendo, mas nem tudo é o que parece ser.


– Por favor Melia (como Catarina costumava chamá-la), me responda o que aconteceu, por favor


– Eu... eu não sei, Elisa e eu estávamos indo para o rio, quando ela olhou.... bem assustada, e senti alguém batendo forte na minha cabeça,e então eu desmaiei.


– Ai meu Deus, Melia, e suas mãos, estão sujas de sangue.


– Cath (como Amelia costumava chamá-la), acredite em mim, eu não sei como minhas mãos se sujaram.


Amelia parecia muito apavorada e parecendo estar de volta a si, evitava olhar para o corpo de Elisa, estava confusa e seu subconsciente apontava para uma culpa que provavelmente não existia, ou talvez ela saiba que exista.


 


No dia anterior:


 


Na Cidade  do Mar, Elisa Dieter, era uma garota normal de 16 anos, mas normalidade tem um significado e interpretação diferente para cada um, mas para nossa Elisa, ser normal era ser feliz com seus amigos e ter uma boa relação com sua família, o que nos faz pensar que Elisa não teria motivos para ser assassinada tão brutalmente, mas talvez ela tivesse segredos que queria levar para o túmulo.


Elisa Dieter era melhor amiga de Amelia Aurich, e tinha como amigas próximas Madison Aurich, irmã de  Amelia, Catarina Garrido, Camila Goes e Laura Elizabeth Schieffer.


Amelia Aurich tinha 17 anos e estava no último ano do ensino médio, ela estudava na principal escola da Cidade do Mar. Amelia e Elisa se conhecem desde crianças e mantinham uma amizade que talvez ou com certeza fosse invejada por muita gente.


O plano para o fim de semana era, ou seria, comemorar o décimo sétimo aniversário de Amelia, Elisa havia dado a idéia de todos irem acampar, ela tinha conversado com as meninas e convidou mais uns amigos, assim todo mundo passaria um momento feliz e ficaria de recordação para Amelia, que entre todas era sua amizade mais especial, Elisa  convenceu ela da idéia dias antes enquanto saiam da escola, foi um pouco difícil pois Melia não cedeu tão fácil, mas Elisa tinha seu jeito, então não foi uma tarefa difícil, os amigos Peterson, Anthony, Antônio e James eram os que iriam junto com as meninas, o lugar que Elisa escolheu foi afastado da cidade, e os pais de Amelia e Madison iriam junto, para não perder o aniversário da filha, e também não passar a tal data longe dela.


 


– Elisa, você é alguma demente?. Indagou Madison


– O que você está dizendo, Mad?.


Elas estavam chegando no tal local escolhido por Elisa tinha uma cachoeira por perto e um bom lugar para de fato, acampar.


 


– Você vai dar uma festa aqui no mato, pra que todas essas coisas?.


– É óbvio que sim, afinal vamos comemorar a vida ou ceder a morte?, relaxa amiga.


– Faça como quiser. Finalizou Madison


 


Todos estavam se estabelecendo no local, além de Elisa, Amelia, Madison, Laura Elizabeth e Catarina, também vinha os meninos, o curioso era o fato do namorado de Amelia, Mateo, não ter vindo, talvez isso explicasse o fato dela não estar com uma cara tão boa, ou talvez ela mesma sabe que esse namoro não tem mais como dar certo, mas somente o tempo poderia fazer algo sobre isso.


 


 Amelia foi para a beira do rio onde pudesse ter um pouco de tempo  para si mesma, ela gostava de ter algum momento somente para si mesma, foi até a margem, molhou seu rosto e ficou encarando seu reflexo, seus longos cabelos pretos e seus olhos castanhos escuros, mas ela não estava sozinha, Laura foi chegando aos poucos mas não tinha a intenção de assustá-la.


– Algum problema, Melia? Sei que você não está bem pois não está interagindo com ninguém, o que está acontecendo?.


– Ah, que susto, é você, Laura, quase me matas do coração, eu.... eu apenas vim aqui na margem do rio pois tive vontade, não é nada demais.


– Minha amiga você não consegue me enganar, sabe que pode desabafar comigo quando quiser.


 – É que... eu estou em uma situação não muito agradável, e não sei o que fazer.


– Não estou entendendo qual o motivo disso minha amiga, ta tudo ocorrendo bem, seu aniversário é amanhã e a gente veio já um dia antes pra essa idéia mirabolante da Elisa, mas todo mundo está se divertindo, você não pode ficar assim.


– Eu sei, e é justamente sobre a Elisa, eu descobri uma coisa e não sei como reagir.


– O que foi? Estou curiosa.


– Aff... já tem uns dias... eu tava voltando da minha aula de violino quando vi ela e o Mateo, juntos obviamente, na maior pegação.


– COMO ASSIM?. Laura ficou pasma


– É isso mesmo Laura, eu meio que não sei como agir nessa situação, enquanto vejo ela fazendo planos e organizando essa merda de ‘’festa’’, sendo com certeza fingimento, me pergunto se a pessoa que eu acho que conheço desde a infância é a  ‘’pessoa’’ de verdade, cara, eu to na merda, eu não consigo acreditar que a Elisa seja essa vaca.


– Melia, por favor, calma.


– Eu estou calma, você ainda não me viu irritada Laura, eu não estou mentindo, mas porra, eu não sei o que fazer, de verdade.


...


...


...


 


Enquanto Amelia e Laura conversavam, elas não se deram conta que tinha alguém as espiando por trás.


– Buuh.


– Ah que susto, seu imbecil, quer me matar?.


– Sabia que é feio ficar espionando os outros?.


– Vai se foder, Peterson.


– O que tanto você está ouvindo da conversa de Amelia e Laura, pequena Elisa?


– Nada, apenas que eu subestimei a Amelia, e estou prestes a me dar mal.


– Ok ok, deixa eu adivinhar? Ela descobriu seu romance as escondidas não tão escondida com o namoradinho dela, é isso?.


– Peterson, você é um merda, mas não é à toa que é meu melhor amigo.


– O que você pretende fazer?


– Eu não sei, talvez eu diga que ele me obrigou já que ele não está aqui pra se defender,  mas é o que você sabe, é difícil os meninos resistirem a mim.


– E você não poupa ninguém, nem o namorado da sua amiga.


– Vamos nos afastar daqui, não quero que elas vejam.


 


........


 


–  Ouviu esse barulho, Melia?


– Sim, Laura.


 


Amelia se levantou e correu pra ver, mas não avistou ninguém.


 


...


 


– Peterson seu imbecil, ela notou que tinha alguém lá.


– Calma amiga, você tem tanto a esconder que se eu fosse você, teria medo da sua própria sombra.


– Já disse, e digo de novo, vai se foder Peterson, vai caçar uns boys pra melhorar esse seu veneno e esquecer de mim.


– Não precisa ser tão malvada, tanto eu quanto você temos nossos segredos.


– Muito bem lembrado, você iria gostar que a sua namorada Camila soubesse que você fica caçando meninos as cegas nas baladas? Pois eu tenho certeza que não.


– Calma amiguinha, vamos fingir ser boas pessoas que é nosso papel de cada dia, você na sua, eu na minha.


– Sai pra lá viado.


 


.......


 


– Você precisa escancarar a situação Amelia, a única pessoa que infelizmente sai prejudicada nisso, é você.


– Eu sei Laura, mas e minha amizade com a Elisa, como fica?


– Amelia, bota uma coisa na sua cabeça, se ela fosse sua amiga, isso nunca teria acontecido, ás vezes é melhor aceitar a verdade por mais dolorosa que ela seja.


– Não é fácil, eu não sei o que fazer.


– Então não faça nada, por hora, vamos voltar pra onde estão todos.


 


Laura levou Amelia de volta onde estavam  todos, e ela teve que disfarçar a tensão que a tomava conta, e tentar curtir o dia, afinal era seu aniversário, Laura era amiga de Antônio e sempre teve um sentimento por ele, mas no meio disso tudo, isso não ao caso.


Apesar do clima de tensão, Elisa sabia que tinha culpa no cartório e sabia que Amelia sabia, e mesmo assim, ainda fingiu muito bem como nada tivesse acontecido, e Amelia, também não deixou barato em termos de falsidade, e as duas conversaram normalmente.


– Então amiga, hoje vai ter uma festa daquelas, pra comemorar. Falou Elisa.


– Com certeza, amiga, estou mais ansiosa do que nunca. Respondeu Amelia.


 


O ‘’acampamento’’ ficou restrito a algumas barracas, em uma ficavam os pais de Amelia e Madison, na outra as duas meninas recém citadas,  em outra barraca ficava Laura e Elisa, a primeira tem que lidar com a situação de falar normalmente mesmo sabendo o que a segunda tinha feito de errado, na terceira barraca, Peterson e Anthony, na quarta, Antonio e Catarina, o local para montar a festinha particular era um pouco depois, Elisa arquitetou tudo, ela e Anthony, montaram uma estrutura de balada com direito, na linguagem informal conhecido como ‘’aquela coisa que gira brilhando na balada’’, e també recheada de comida, Elisa podia ser uma pessoa diferente daquela que aparentava ser pra tudo e todos, mas sabia como fazer isso direito, e inclusive fingir ser uma boa amiga.


Pouco antes da festa começar, Amelia e o resto do pessoal voltou pra cidade pra irem para suas casas e se vestir do jeito que a ocasião exige, Amelia pediu  para que Laura  fosse e voltasse ao acampamento com ela, para não ficar com Elisa, falsidade tinha limite, passado o tempo, vestido pronto, pronta pra ocasião, era hora de voltar.


Madison também foi pra casa se arrumar e de lá foi junto com Amelia e Laura, ela não era boba nem nada, logo percebeu que havia alguma coisa no ar, mas achou que não fosse nada sério e resolveu guardar para si mesma, e curtir o momento.


 


– Tá tudo bem, Melia?. Perguntou Laura enquanto elas estavam voltando para o tal acampamento, junto com os pais dela, e Madison foi em outro carro com Elisa e Catarina.


– Tá sim, nunca esteve melhor. Respondeu.


 


Tudo poderia correr bem, e Amelia também poderia fingir bem, mas uma hora ela teria que deixar isso vir a público para que todos soubessem quem ela era, mas Amelia, de fato, não sabia mais quem Elisa era, e isso pode parecer bobo, mas o que Melia viu naquele dia, não dizia isso, Elisa agia com naturalidade e não parecia estar sendo obrigada a nada, estava dando cada beijo em Mateo, digno de cinema, e já havia dias que Melia descobriu mas não sabia o que fazer, o seu coração é puro, mesmo magoado.


 


– Laura.


– Oi Melia.


– Amanhã, não passa de amanhã.


– É o que eu estou pensando?


– Sim, não posso mais deixar isso ás escuras.


– Sabe que pode contar comigo, para o que der e vier, né?


– Com certeza amiga, vamos nos divertir e aproveitar a noite, o amanhã pertence a Deus.


 


 


Amelia estava chegando novamente no tal acampamento e tinha que estar uma verdadeira princesa, mas nem tanto levando em consideração que a festa era no meio do mato, mas o que importava era a intenção,  e disso ela estava cheia.


Mateo não foi na festa pois disse que teria compromisso inadiável para fazer, ele já está na faculdade, tem 19 anos, e pra todos, seu relacionamento com Amelia não poderia ser melhor, mas o grande dilema de várias pessoa é aparentar ser o que não é, e Mateo não era o bom moço que aparentava ser, mas não é isso que vamos descobrir agora.


 


7 horas depois (dia do assassinato de Elisa).


 


A festa estava indo de melhor maneira possível, Amelia dançou e esqueceu por uns instantes o que deveria fazer amanhã, todos estavam dançando na pista, Antônio e Laura ficaram juntos dançando a  maior parte da noite, Elisa e Peterson ficaram juntos embora ela e Amelia também conversaram novamente como se nada tivesse acontecido, Catarina ficou se divertindo ao som das músicas como se não houvesse amanhã,  os pais de Amelia e Madison não puderam ficar pos tinham um compromisso importante no próximo dia, e foi então, que a bebida alcoólica apareceu, Elisa sempre tinha os seus métodos, todo mundo bebeu bastante, e  isso também inclui Amelia, que quando bebia também saía do seu normal.


 


Já era amanhecer e todo mundo estava ‘’caindo’’ de bêbado, Peterson foi o único que evitou a beber e aconselhou Elisa ao mesmo, que bebeu moderadamente, já eram 6 da manhã e o dia já estaria amanhecendo logo, Peterson observava Anthony dormir com a vontade de comer com os olhos, Laura ainda estava acordada mas estava completamente ‘’fora do ar’’, Amelia, a única que não conseguia dormir, curtiu  a festa mas ainda estava infeliz, Madison foi até sua barraca para conversar com ela.


 


–  E aí imbecil, como vai?.


– Oi, otária, eu estou ótima, obrigada por perguntar. Falou Amelia rindo.


– Pensei que no mínimo perguntaria como eu estava.


– Acho que isso não é necessário, dá pra ver pela sua cara feliz.


– Isso é verdade, mas falando em cara, a sua está me dizendo que não tá nada bem.


– Pelo visto você realmente me conhece, é um assunto que eu não prefiro comentar, pelo menos por enquanto.


– Tudo bem maninha, mas lembramos, sempre teremos a outra para contar, você é minha irmã mais nova e quero sempre te ajudar se possível.


– Eu sei, muito obrigado por isso, eu vou dar uma volta, você vá dormir, ok? Não quero que fique por aí passando mal.


– Ok Amelia, parece que você é a mais velha realmente, pena que  só parece.


– Idiota. Se despede Amelia rindo.


 


Amelia estava pensativa e resolveu voltar a tal margem do rio onde conversou e contou para Laura o que estava acontecendo. Caminhando lentamente a chutando as pedrinhas que estava pelo caminho, até chegar lá,  pensativa como sempre, ela acabou sendo surpreendida por uma ironia do destino.


– Aconteceu alguma coisa?.


Amelia gelou nesse momento mas não deixou-se prejudicar por isso, Elisa surgiu perguntando isso, como se a tivesse seguindo, para falar com ela, talvez sobre o que deve ser dito.


 


– Acho que você sabe, não é mesmo?. Rebateu Amelia.


– Bom, eu creio que sim, eu só espero que seja de fato o que eu estou pensando.


– Semana passada, perto da minha aula de violino, na praça, você não tinha um lugar melhor se quisesse de fato, me meter um par de chifres?


– Bom, era mesmo do que eu pensei.


– Você age desse jeito, quem é você de fato?


– Acho que isso não vem ao caso agora, minha cara Melia.


– Não me chame assim.


– Não vamos fazer aquele tipo de quem se estapeia por causa de algum garoto, Mateo é um canalha, ele me seduziu.


– Seduziu, como você tem a coragem de dizer isso?,eu vi muito bem aquele dia, eu não sou idiota Elisa, como você ainda tem coragem de organizar todo esse circo aqui fingindo ser minha amiga?.


– Eu não finjo, eu sou sua amiga...


– PARA COM ISSO, você deve ser pior do que eu estou imaginando que é


– Não adianta ficar aqui dizendo, você sabe o que eu fiz e eu sei o que eu fiz, mas você ainda tem muito o que descobrir sobre Mateo, você precisa enxergar as coisas como elas são....


 


Enquanto Elisa continuava falando, alguém chega por trás de  Amelia e dá uma grande pancada em sua cabeça, a fazendo desmaiar.


– Então, acha que será capaz disso? . Perguntou Elisa.


 


45 minutos depois (de volta ao presente).


‘’Talvez não fosse um sonho, e sim um pesadelo, ou apenas possa ser uma questão de ponto de vista’’


Elisa estava morta, pendura em uma árvore, com marcas de facadas no rosto e no corpo, sangue pingava e Amelia estava suja do tal sangue, ela estava acordando, e em breve levaria um choque que mudasse sua vida para sempre.


 


Catarina foi a primeira a sai procurando por Amelia e Elisa, e quando viu o que não queria, praticamente ficou pálida, a mão suja de Amelia e o corpo de Elisa dava a entender que uma coisa horrível aconteceu e que Melia fosse a culpada, Catarina nunca quis estar tão errada.


 


– Amelia, você está bem? . Gritava Catarina, que corria em direção a amiga.


 


Enquanto isso, vista do acampamento, ninguém saberia o que estava por vir, todos em suas barracas, e em um canto perto de onde ocorreu o assassinato, um alguém, de preto, e com uma faca na mão.


 


Continua....



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Autor(a): afterdarkness

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