Fanfic: Amigos, amigos. Amantes a parte? | Tema: AyA

-Esta louca? Poncho ficou de pé com tal brutalidade, que empurrou Annie sem querer. O único pior que imaginar-se a si mesmo envolto naquela suja idéia era imaginar Annie com outro homem - Sinto muito.
Inclinou-se para lhe dar a mão e ajudá-la. Assim que a colocou de pé, soltou-lhe a mão às pressas e ela se sacudiu a parte traseira das calças.
-Poncho, por favor. Não posso ser virgem toda a vida.
-por que não?
Sabia que não estava sendo razoável, mas não podia evitá-lo. Merda, agora tinha se surpreendido olhando-a sacudir o traseiro e pensando em que era muito bonito. Maldição.
Ela suspirou e baixou a cabeça.
-Confiava tanto em sua ajuda!
-Oh, Deus - não só estava tendo pensamentos inapropriados a respeito dela, mas também agora sentia que a estava abandonando - Annie, sabe que eu faria tudo do mundo por você, mas não acredito que isto funcione.
Ela ergueu a cabeça com a esperança brilhando em seus olhos azuis e Poncho deu um passo atrás.
-Não me olhe dessa maneira.
-Assim é como o faremos. Espremeremos o cérebro com as possibilidades e tiraremos uma lista reduzida. Então você poderá inteirar-se se os meninos estão saindo com alguém porque não quero romper nenhum... 
-Uau! -o pânico lhe assaltou-. Nunca disse que o faria.
- Disse que faria tudo por mim.
-Tudo menos te buscar um amante! -só de pronunciar lhe dava calafrios. Fazia tantos esforços por não pensar em Annie nunca de forma sexual... E agora tinham passado todas as barreiras. Pela primeira vez, fixou-se em como a camiseta se esticava contra seus seios e na incitante curva de seus quadris - Acredito que isso é um pouco mais do que uma pessoa razoável poderia esperar, não acha?
- É perfeitamente razoável! Por que ia procurar por minha conta para acabar com algum imbecim lerdo que faça que minha primeira experiência seja um pesadelo quando posso confiar em seu conselho e passar uma bom momento?
Poncho não podia pensar enquanto tinha a imagem de Annie passando "um bom momento".
-Viu? -esboçou o sorriso de superioridade que sempre usavaa quando ganhava algum jogo-. Tem que admitir que tem sentido.
-Não tenho que admitir nada. por que não te ajuda uma de seus amigas? Pensei que as mulheres falavam dos meninos todo o tempo.
-Sim, mas você é uma melhor fonte de informação -meteu as mãos nos bolsos-. Você sai com mais meninos que ninguém a quem eu conheça. Sabe o que as mulheres dizem de um menino e teve a oportunidade de conhecê-los em pessoa e saber como são. E além disso, não confio em ninguém tanto como em você.
Poncho tragou saliva. Não sabia como dizer não. E gostaria que não seguisse assim de pé, com as mãos nos quadris e o peito elevado para frente. Não gostava. De acordo, gostava muito.
- Poncho.
Annie se adiantou e posou a mão em seu braço.
Ele tentou não dar um pulo. Lhe havia tocado um milhão de vezes e nunca tinha significado nada. Até esse momento.
-Escuta, Poncho. Você me tirou o primeiro dente, recorda?
-É um caso diferente.
-E me ensinou a conduzir. E me deu meu primeiro gole de uísque.
-Você me suplicou isso e depois vomitou.
-E você me segurou a cabeça. Olha, em todos esses momentos importantes da minha vida, você estava ali para me guiar.
-Isto é diferente.
-Não, se deixar de ser tão puritano.
-Eu não sou...
-O que te parece Donny?
-Donny Beauford? - bufou desdenhoso- Você não pode estar falando sério.
-Por que? O que tem de mau Donny?
Poncho não podia explicá-lo exatamente, só que quando pensava no Donny em um abraço íntimo com Annie, a pele lhe arrepiava. Olhou para o morro antes de olhar pra ela.
-Ele não... Te cuidaria.
-Oh! - se ruborizou-. Se refere... sexualmente?
-De qualquer maneira.
-Vê? Isso é exatamente o que eu preciso saber. E o que você acha de Stu?
-Oh, Deus! Esse pior.
-Cacho de cabelo?
-De maneira nenhuma.
-Já sei quem. Jerry.
-Certamente que não! É um abutre. Provavelmente lhe... Bom, não importa. Jerry não.
-De acordo. Então faz uma sugestão.
Ele a olhou no silêncio interrompido só pelo som da água e o eco dos cascos dos dois cavalos, que estavam inquietos cada vez mais com o calor. Sentiu suor nas costas, mas não, não acreditava que fora só do calor.
-Não me ocorre ninguém.
A verdade era que não queria pensar em ninguém.
-Possivelmente necessite mais tempo. Te peguei de surpresa.
-Certamente.
-Vou dizer uma coisa. Vamos pausar a discussão. Possivelmente podiamos jantar esta noite.
-É a noite de pôquer.
-Tem razão. Eu também não posso. Jogo pinocle na casa de Dulce. Bom, amanhã de noite.
Poncho decidiu que o atraso era o melhor que podia esperar. Não podia imaginar como sairia daquele embrulho em trinta e seis horas, mas possivelmente ocorresse um milagre.
-Vejo você no café Nugget.
-Bem. A seis?