Fanfic: ♥ Trust Me ♥ FINALIZADA | Tema: Anahi e Alfonso

Anahí respirou fundo enxugando o rosto com uma das mãos. Poncho apertou a mão dela, aquilo era uma carta de despedida e ele começava a se arrepender de tê-la levado até lá. Respirando fundo Anahí continuou a ler em voz alta.

Há algum tempo eu desconfio que sua mãe esta me traindo, mas não consigo me livrar dela, desse casamento, do que ela faz comigo, talvez não nos separamos por você ou pelo amor que eu sinto por ela. Ou talvez ambas as coisas.

Mas se as minhas suspeitas estiverem corretas eu não sei se vou suportar, eu quero, mas tenho medo de descobrir, de confirmar uma coisa que eu sei que é real... Por isso estou escrevendo essa carta pra pedir seu perdão, pra implorar que não me odeie.

Você foi a melhor coisa que eu fiz nesse mundo e agora eu sei que você É MINHA FILHA!

Anahí largou a carta e cobriu o rosto com as duas mãos. Poncho pegou a carta e continuou lendo sabendo que ela não conseguiria.

Eu fiz um teste de DNA há pouco tempo, escondido de você e de todos, Marichello já deu a entender que eu posso não ser seu pai, mas agora eu sei que sou. Eu sempre soube que você não parecia apenas comigo, mas que tinha meu sangue também e agora nós temos certeza. Esse é o motivo principal da carta, eu não quero que sua mãe te faça acreditar que você chamou a vida toda a pessoa errada de pai. Você é minha filha sim Any e eu quero que guarde com vc todos os momentos bons que passamos juntos, todas as aulas de piano, as conversas, as brincadeiras e que se um dia conseguir, me perdoe pelo que eu fiz.

Eu te amo e de onde estiver vou cuidar de você pra que seja feliz.

Beijos do seu pai.

Poncho dobrou a carta e ergueu o rosto de Anahí fazendo-a encará-lo.

- Ele sabia Any... Agora vc tem a confirmação do que tanto queria saber, vc e seu pai se parecem até nisso, os dois fizeram o teste de DNA e agora vc sabe que ele morreu sabendo que vc era filha dele.

Any: Onde vc achou isso Poncho?!

Poncho: Na sua casa... Mais cedo fui falar com sua mãe e Ray, ela tava mexendo com alguns papéis e encontrei esse envelope, na certa ela achou e te escondeu, eu não sabia o que era, mas senti que precisava entregar pra vc.

Any: Esse é o melhor presente que alguém podia me dar... Obrigada de verdade. - o abraçou com força quase o derrubando na cama.

Poncho a abraçou com força e fechou os olhos sentindo o perfume dela, como queria poder dizer pra ela o quanto a amava, como queria ficar com ela. Se ela soubesse que aquele abraço era uma despedida o que será que pensaria?

Anahí o abraçou com força mordendo os lábios pra não dizer que ainda o amava e muito. Pra ele ter trazido aquela carta era porque sabia que seria importante pra ela, porque se importava com ela. Ele tinha sim mudado, mas ela também e agora haviam outros problemas, ou melhor outra pessoa entre eles.

Quando se afastaram os dois se encararam e Anahí fechou os olhos, queria que ele a beijasse e a fizesse se esquecer de tudo. Sem resistir Poncho segurou o rosto dela entre as mãos e aproximou seus lábios dos dela.

- O que ta havendo aqui?

Anahí se afastou num pulo e encarou Joaquim sem saber o que fazer ou dizer.

Joaquim: Você ia beijar a minha namorada? - se aproximou furioso.

Poncho: Antes de dizer qualquer coisa, quero falar com vc, vem comigo.

Joaquim: Eu não vou com vc pra lugar nenhum, o que disse pra ela pra estar chorando? Não acha que já a machucou demais?

Any: Joaquim...

Poncho: Deixa Any, vem comigo e eu te explico tudo. - pediu o olhando. - Até mais Any.

Any: Obrigada! - sorriu.

Poncho: Não precisa agradecer. - sorriu e deu as costas saindo do quarto.

Any: Por favor, vá ver o que ele quer.

Joaquim bufou e saiu do quarto. Ao ficar sozinha Anahí se levantou ignorando a dor e a fraqueza e se aproximou da porta abrindo uma pequena fresta. Conseguiu ouvir quando Joaquim perguntou o que Poncho queria com ele.

Poncho: Você não precisa mais se preocupar comigo Joaquim, vc venceu.

Joaquim: O que quer dizer com isso?

Poncho: Eu estou indo pra São Paulo, vou ficar um tempo lá e quando eu voltar não vou mais interferir entre vc e a Any, vc venceu.

Joaquim: E por que mudou de ideia? - cruzou os braços.

Poncho: Porque como vc acabou de dizer eu já a machuquei demais, ao contrário de vc que só tentou fazê-la feliz.

Joaquim: Que bom que percebeu isso. - respondeu com ironia.

Poncho: Demorei, mas percebi, tive que machucar a Any pra perceber a garota maravilhosa que ela é, vc tem sorte em tê-la do seu lado, eu sei que ela gosta de vc e com o tempo vc pode fazê-la se apaixonar por vc.

Joaquim: É o que eu tento todos os dias.

Poncho: Eu só quero que vc a faça feliz, do jeito que eu não fui capaz... Você pode não acreditar, mas eu a amo de verdade, amo a ponto de abrir mão dela como estou fazendo, só... - respirou fundo contendo as lágrimas. - Só não a machuque Joaquim, Any não merece sofrer.

Joaquim: Eu sei e vou cuidar dela da forma que vc disse, não se preocupe.

Poncho: Obrigado e não fique zangado com ela pelo que houve, a culpa foi minha, eu só queria me despedir dela, acho que não vou mais vê-la por um bom tempo.

Joaquim: Não vou proibir que a visite, não sou tão horrível e infantil assim.

Poncho: Não é isso, eu to indo pra São Paulo essa noite e não volto antes de três meses.

Any: O que? Não! - sussurrou com os olhos marejados escondida atrás da porta.

Joaquim: Três meses? - perguntou surpreso. - Espero que tenha uma boa viajem então e aproveite esse tempo por lá.

Poncho: Obrigado... É melhor vc entrar e ficar com ela, eu já disse o que eu queria.

Joaquim: Obrigado pela sinceridade Alfonso e não se preocupe com a Anahí, eu a amo e vou cuidar dela.

Poncho: Eu sei... Até logo. - forçou um sorriso se despedindo.

Joaquim: Até. - respondeu e voltou pro quarto. - Ele me explicou o que houve, não estou chateado... Por que esta chorando?

Any: Ele me trouxe uma carta do meu pai, de antes dele morrer, só fiquei emocionada. - mentiu.

Joaquim: Eu to aqui com vc, calma. - sorriu segurando sua mão.

Any: Você pode me deixar sozinha, eu queria descansar um pouco.

Joaquim: Claro eu sai do estágio e passei pra cá, os animais de lá sentem sua alta assim como eu e as crianças do orfanato.

Any: Espero poder voltar logo. - sorriu.

Joaquim: Vai sim! - assentiu sorrindo. - Bom eu vou te deixar descansando, mais tarde eu volto ok? - Anahí assentiu. - Te amo! - sussurrou e a beijou antes de deixar o quarto.

Ao ficar sozinha Anahí pegou o celular e discou o número. Aquilo era errado, mas precisava ser feito.

- Oi Any! - a voz respondeu ao terceiro toque.

Any: Dulce, pelo amor de Deus vem pra cá, eu preciso da sua ajuda. - implorou voltando a chorar.

AI TO CHORANDO LENDO ISSO... 

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