Fanfic: ♥ Diário de dois apaixonados ♥ | Tema: AyA

XX: E ai gatinha, vem beber com a gente.

“Mas que droga!”, xinguei por pensamento e segui andando mais rápido.

 De relance vi um deles se levantar e entrei em pânico.

- Eu vi a grana que vc pôs na mochila, vem cá pagar umas bebidas pra gente vem.

Tive vontade de correr. Maravilha, seria estrupada e morta por uns brutamontes, mas jurei que se eu morresse, iria atormentar Alfonso pelo resto da vida dele. Uma moto estacionou do meu lado e quase desmaiei ao ver Alfonso.

- Sobe! - ele ordenou estendendo o capacete pra mim e fuzilou o homem que parou de andar e acabou recuando.

Any: Você disse que não devia me ajudar.

Alfonso: É, mas não quero acordar amanhã e descobrir que vc foi morta ou ta desaparecida...Sobe!

Peguei o capacete e subi, acabei me agarrando a ele ainda assustada. Não queria nem pensar no que teria acontecido se ele não tivesse parado. Senti a mão de Alfonso acariciar a minha.

- Fica calma, logo, logo estaremos em Cancun... E me desculpe pelo que eu fiz.

Any: Tudo bem. - respondi relaxando.

Como sempre Alfonso falou pouco durante a viajem e a única coisa pessoal que consegui arrancar dele foi que desde pequeno era apaixonado por motos.

Meu estomago já estava roncando de novo, quando a moto começou a falhar e parou abruptamente.

Alfonso: Droga!

Any: O que foi?

Alfonso: Desce um pouco, por favor.

Fiz o que ele pediu e vi que a lateral da moto estava soltando fumaça.

Alfonso desceu e encarou a moto.

- Deu algum problema no motor, não acredito.

Any: E agora, o que a gente faz?

Alfonso: Tem uma cidade há uns cinco quilômetros daqui, na entrada tem uma oficina só de motos, é o mais próximo que eu conheço... Você esta com fome?

Any: Um pouco. - menti.

Alfonso: Tenho barra de cereais e água na mochila se quiser.

Any: Eu também tenho, trouxe algumas coisas na mochila. - respondi.

Alfonso: Ótimo, vamos andando então, talvez em uma hora e meia cheguemos a oficina.

Assenti e começamos a caminhar, Alfonso ia empurrando a moto.

- Não é incomodo pra vc?

Alfonso: Não, às vezes isso acontece. - deu de ombros.

Any: Ah ta. - respondi estudando-o.

Ele tinha braços fortes e peludos e tive que me conter pra não acariciar o braço dele. O que tava acontecendo comigo? Será que eu estava tão carente de atenção ou era Alfonso que tinha esse poder sobre as mulheres?

Ele me encarou e eu abaixei a cabeça envergonhada.

Alfonso: Tudo bem? - ele franziu o cenho.

Assenti mordendo o lábio e resolvi puxar assunto.

- É... Há quanto tempo vc é apaixonado por motos?

Alfonso: Comecei a gostar aos 06 anos, quando meu pai me deu um modelo infantil de controlo remoto.

Any: Ah ta... E com quantos anos vc começou a viajar?

Alfonso: Aos 22.

Any: Ah ta... Com quantos anos vc ta?

Alfonso: 24.

Assenti e fiquei calada, ele parecia ser mais velho. Jurava que tinha uns 26 anos, mas se ele tinha 24 a idade dele era mais perto da minha e isso fazia com que ele não me visse tanto como uma criança.

Mas o que eu estava falando? Ele era um cara viajado, aparentemente maduro, além de lindo, encantador e forte. Eu me sentia protegida com ele e esse ar de misterioso dele, além dos olhos lindos que tinha, faziam parte do charme dele. Era impossível não se sentir atraída por ele e comigo não seria diferente. Só havia uma diferença, eu sabia que ele era muita coisa pra mim, era como se ele fosse uma estrela do rock e eu apenas mais uma de suas milhões de fãs, eu não tinha nada de especial pra me destacar, pra chamar sua atenção.

Incomodada com aquele silêncio, comecei a chutar as pedrinhas e cantar em voz baixa.

- Millionaire say got a big shot deal and thrown it all away, but

Alfonso: But I`m not too sure how I`m supposed to feel, or what I`m supposed to say, but... - encarei Alfonso surpresa quando começou a cantar comigo e mesmo sem graça comecei a cantar junto. - I`m not, not sure, not too sure how it feels, to handle every day and I miss you, love.

Sorri encarando Alfonso e ele sorriu de volta daquele jeito que eu gostava, juntos continuamos a cantar.

Make room for the prey
`Cause I`m coming in
With what I wanna say, but
It`s gonna hurt
And I love the pain
A breeding ground for hate, but
I`m not, not sure, not too sure how it feels
To handle every day
Like the one that just past
In the crowds of all the people

Desafinamos um pouco o que nos fez rir e quando acabamos de cantar Alfonso me encarou.

- Bela escolha.

Any: Você achou? - o encarei e tentei conter o sorriso de idiota que devia estar estampado na minha cara.

Alfonso: Gosto dessa musica. - sorriu assentindo.

Any: Eu também. - sorri envergonhada e orgulhosa de saber que alguma coisa que me agradava também agradava a ele.

O sol estava forte e a minha garrafinha de água já havia sido toda consumida, Alfonso mantinha um ritmo constante e do nada resolveu tirar sarro da minha cara.

- Minha moto ta andando mais rápido que vc.

Any: Você ta levando ela. - respondi ofegante e morrendo de calor.

Alfonso: Ah não seja por isso. - respondeu sarcástico.

Mantendo uma mão no guidão da moto com a outra ele puxou a minha me surpreendendo.

- Vamos ver se assim vc caminha mais depressa. - brincou.

Encarei estática minha mão entrelaçada na dele e meu coração disparou. O que estava acontecendo comigo? Eu o conhecia a menos de 24 horas e já estava assim, isso nunca tinha acontecido antes.

Alfonso me guiou no seu ritmo conseguindo me levar pela mão e segurar a moto, aquilo devia dar trabalho então tentei caminhar mais depressa. Quando já estávamos na entrada da cidade eu estava literalmente acabada.

- Cara esse sol ta acabando comigo.

Alfonso: A gente já ta chegando, vem Any. - me puxou com força e eu parei em êxtase.

Any: Como vc me chamou? - sorri.

Alfonso: De Any, não é essa a abreviação pra Anahí? - assenti. - Você não gosta que te chamem assim?

Any: Eu gosto sim, prefiro que me chamem de Any. - sorri. “Ainda mais você!”, pensei.

Alfonso: Ok então. - sorri.

Any: E vc tem algum apelido?

Alfonso: Tenta adivinhar? - sorriu e achei aquilo fácil demais.

Any: Hum... Poncho?! - arrisquei.

Alfonso: Na mosca. - sorriu.

Any: Tem problema se eu te chamar assim? - ele negou com a cabeça. - Então agora somos Poncho e Any. - sorri e ele concordou, de alguma forma aquilo pareceu nos deixar ainda mais íntimos um com o outro.

Amanhã tem mais, pink promisse! ;) bjOs <3