Fanfic: ♥ Diário de dois apaixonados ♥ | Tema: AyA
Atualmente, Cancun...
Matheus encostou na poltrona e encarou Alfonso.
- Então vc não se deu conta de que estava gostando dela?
Alfonso: Mais ou menos... Desde o começo ela me atraiu... Além de linda, é espontânea, divertida, carinhosa, meiga e extremamente sincera.
Matheus: E vc acha que ela também se sentiu atraída por vc desde o começo?
Alfonso: Desconfio que sim, ela ficava envergonhada e eu pegava ela me encarando o tempo todo, mas eu não queria assumir isso pra mim, a verdade é que eu comecei a me dar conta de que gostava dela aos poucos... Depois que brigamos e seguimos viajem eu parei pra pensar no que teria acontecido se eu não tivesse voltado atrás e aceitado levar ela comigo... A idéia de alguém machuca-la... Me apavorou.
Matheus: Você já se sentia responsável por ela?
Alfonso: Não responsável, mas... Parecia que eu já a conhecia há anos, em certo momento a minha moto quebrou e começamos a andar, ela começou a fazer perguntas e não fiquei chateado em responder, eu adorava a curiosidade dela, o interesse que ela tinha de me conhecer. - sorriu. - Até cantamos juntos, acho que nesse momento percebi que ela não era mais uma simples desconhecida, só que eu tinha medo de mostrar que estava gostando dela, o que ela veria em mim? Ela era linda, talentosa com aquele caderno cheio de desenhos que expressava o quanto ela era especial... Quando vi o desenho que ela fez do irmão percebi que o amor dela por ele era bem maior do que eu imaginava e por alguns instantes imaginei como seria se... Ela sentisse um amor forte assim, mas de uma forma diferente por mim... Nunca vou me esquecer da primeira noite que dormimos juntos e foi ela quem cedeu a cama. - sorriu. - Eu não aguentei ficar perto dela e não tocá-la, acabei segurando a mão dela, lembro que estava tão macia, cheirosa... Tive vontade de abraça-la e beijá-la, mas eu não podia fazer isso, o que ela pensaria de mim?
Matheus: Você tinha medo dela te rejeitar?
Alfonso: Muito, eu não fazia ideia de que ela já gostava de mim, e na minha cabeça naquele momento aquilo era impossível... Eu fechei os olhos e senti o perfume dela me invadir, ela era perfeita, um sonho impossível pra mim, eu achava até que ela tinha deixado um namorado ou algo assim pra trás, tentei me convencer que ela não era pra mim, mas não consegui... Ela achou que eu estava dormindo e do nada senti ela acariciar meu rosto, não sei como consegui me conter e não abrir os olhos, mas meu coração disparou e senti minhas mãos ficarem geladas, nunca nenhuma garota tinha feito isso comigo... Tive que manter um controle de ferro pra ficar imóvel enquanto sentia ela me encarar e acariciar meu rosto... Naquele momento tive certeza que a queria, mas a realidade falou mais alto... Na manhã seguinte eu iria deixa-la assim que chegássemos em Cancun e nunca mais nos veríamos, pelo menos era isso que achávamos e na época doeu muito.
México.
Fernanda encarou o relógio e sabendo que ainda tinha um tempo vago, começou a ler o segundo capítulo do diário de Anahí...
Na manhã seguinte tomei café em silêncio e Alfonso fez o mesmo, eu tinha vontade de pedir que ele ficasse uns dias em Cancun com a família, mas eu não era ninguém pra pedir isso a ele e sabia que ele ia recusar. Enquanto ele ia buscar a moto eu voltei pro quarto e ajeitei minhas coisas, ao acabar deitei na cama e afundei o rosto no travesseiro onde Alfonso dormira, ainda dava pra sentir o cheiro dele.
Uma batida na porta me trouxe de volta. Era Alfonso que havia retornado pra me buscar e mesmo sem querer peguei minhas coisas e sai do hotel com ele.
As últimas duas horas se seguiram em silêncio, Alfonso e eu conversamos pouco, eu devia conversar mais com ele, aproveitar que tinha pouco tempo com ele, mas qualquer coisa que eu dissesse, quanto mais coisas dele eu soubesse, mais doeria quando eu me despedisse. Então encostei meu queixo no ombro dele e o abracei com um pouco mais de força do que o normal, era a minha forma de me despedir dele.
Em certos momentos Alfonso acariciava e segurava uma das minhas mãos, na minha cabeça fantasiei que ele também estava triste e aquilo era a forma dele de se despedir de mim.
Quando vi a entrada pra Cancun meu coração disparou e se apertou ao mesmo tempo. Agora eu estava perto do meu irmão, mas há um passo de me afastar do Alfonso. Ele diminuiu a velocidade da moto admirando um pouco a cidade e me permitindo fazer o mesmo. Mas em poucos minutos ele parou numa rodoviária e eu desci com uma vontade louca de pedir que ele ficasse.
Alfonso: Me empresta o endereço do seu irmão. - tirei o papel do bolsinho da mochila e entreguei pra ele. - Espera aqui um minuto, vou pedir uma informação e já volto.
Assenti com tristeza e ele se afastou. Abracei o capacete dele e vi quando ele perguntou algo pra uma das funcionárias da rodoviária, ele anotou alguma coisa num papel, agradeceu e veio na minha direção.
- O ponto de ônibus fica ali embaixo, o ônibus que vc precisa tomar é esse aqui. - me estendeu um papel com o endereço do meu irmão e outro com o nome do ônibus. - A mulher disse que ele vai passar daqui uns 20 minutos, vc vai precisar descer um ponto depois do shopping onde esse ônibus vai parar, qualquer coisa vc pede informação ao cobrador. - assenti prestando atenção. - Vem, vou te levar até o ponto.
Caminhei atrás dele sem saber o que dizer, eu só queria que ele ficasse mais um pouco comigo, mas era pedir demais. Quando chegamos ao ponto de ônibus Alfonso me encarou.
- Tem certeza que não quer pegar um táxi é mais seguro, ainda mais com vc levando dinheiro na bolsa. - sussurrou.
Any: Eu gosto de ônibus e ninguém vai desconfiar de nada. - dei de ombros.
Alfonso: Ok então! - deu de ombros. - Bom vc já sabe que ônibus tomar e que horas ele passa aqui, se eu tiver correto o ponto é dois quarteirões antes do bar onde seu irmão ta, então quando vc descer pode pedir informação a alguém.
Any: Ok! - assenti mordendo meu lábio com força, aquilo era uma péssima hora pra chorar. - Pra onde vc vai agora? Que cidade?
Alfonso: Não sei! - deu de ombros.
Any: É... Poncho antes de vc ir queria te dizer uma coisa. - me aproximei sentindo meu coração sair pela boca.
Alfonso: O que? - ele estreitou as sobrancelhas.
Any: Gostei muito de ter viajado com vc, de verdade. Você foi a única pessoa em muito tempo que me ajudou e não tentou se aproveitar. - respondi sentindo minha garganta queimar.
Alfonso: Fico feliz de ter podido ajudar, também gostei da sua companhia. Vou sentir falta das nossas conversas. - respondeu e eu sorri, ele parecia tão sem jeito quanto eu.
Antes que não desse mais tempo peguei a mochila e tirei um bolo de notas, quase metade do dinheiro que tinha trazido e estendi pra ele.
- Pela ajuda que vc me deu.
Alfonso: Anahí vc é maluca? Guarda isso. - pegou o envelope e pôs na mochila certificando-se de que ninguém estava vendo. - Fica com seu dinheiro, vai precisar mais dele do que eu.
Any: Mas...
Alfonso: Por favor! - insistiu me olhando nos olhos.
Any: Ok! - concordei incapaz de fazer o contrário. - Vou ficar com saudades. - desabafei sentindo meus olhos marejarem. - Você tem facebook, twitter, instagram...?
Alfonso: Tenho todos, vc pode me procurar como Alfonso Herrera. - sorriu.
Assenti decorando aquele sobrenome.
Alfonso: Seu ônibus ta vindo... Vê se vc se cuida e não pede carona pra estranhos, pode não ter muita sorte na próxima. - forçou um sorriso tentando brincar.
Assenti outra vez e num impulso resolvi demonstrar o que não conseguia dizer. Abracei Alfonso com força querendo que ele entendesse que não queria que ele fosse embora. Parecia impossível, mas ele havia se tornado tão importante pra mim quanto Christian e eu não sabia se era por causa de tudo o que eu tinha passado ou se havia mais coisas no meio. Senti uma das mãos dele acariciar meu cabelo, graças à Deus ele retribuiu o abraço, tive que morder o lábio pra não bancar a ridícula pedindo que ele ficasse ou que me levasse pessoalmente até meu irmão.
- A gente precisa ir cada um pro seu lado Any! - sussurrou no meu ouvido, mas aquilo soo como uma mentira pra mim, como se ele estivesse tentando dizer outra coisa, será que também queria ficar, mas achava que não podia?
Me afastei enxugando o rosto e peguei minha mochila que caíra no chão com meu abraço.
- Obrigada Poncho, eu nunca vou esquecer vc.
Alfonso: Eu também não, é sério. - respondeu e acariciou meu rosto.
Contendo as lágrimas eu virei de costas e entrei no ônibus antes que perdesse a coragem, quando me virei pra janela Alfonso já não estava mais lá. Comecei a chorar ainda mais, agora tanto de tristeza quanto por achar que realmente eu não faria a menor diferença pra ele, do contrário ele teria esperado o ônibus ir.
Sentei em um dos acentos e peguei o desenho que havia feito dele, fiquei encarando aquele rosto e torcendo pra um dia revê-lo de novo.
comentem, bjOs <3
Autor(a): carol.ponny
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 36
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franmarmentini♥ Postado em 14/06/2016 - 10:14:02
continuaaaaaaaaaaa plissssssss
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Prica Portillo Herrera Postado em 13/03/2016 - 22:06:02
vai abandonar aqui Scar?!
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franmarmentini♥ Postado em 15/02/2016 - 23:19:54
;)
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franmarmentini♥ Postado em 15/02/2016 - 23:19:27
Quero logo eles juntinhos....se amando...e dizendo que se amam....
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franmarmentini♥ Postado em 15/02/2016 - 23:17:21
Poça q sofrimento...
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franmarmentini♥ Postado em 15/02/2016 - 23:16:46
Ameiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiii ameiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiii os capítulos!!!!!
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franmarmentini♥ Postado em 15/02/2016 - 23:16:13
Haaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa
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franmarmentini♥ Postado em 15/02/2016 - 21:08:37
Colocando a leitura em.dia....
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Prica Portillo Herrera Postado em 28/12/2015 - 21:20:39
Mais ^^
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carolyne_raquel Postado em 18/12/2015 - 07:01:52
postaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa