Fanfic: 13 Verses - Adaptada (Laliter) | Tema: Laliter ♥

Capítulo 05. 

- Você o que?! – Exclamara Euge, deixando-se cair sobre a cama, enquanto Lali revirava o armário, procurando por algo para vestir.
- Aceitei jantar com Peter! – Sorriu, entusiasmada.
- E a parte antes disso. – Gesticulou com os dedos.
- Também aceitei a proposta que ele me fez... De tentar me provar que eu fico melhor com ele.
- Lali, você está bem?
Como nunca estive antes! – Suspirou, pegando um vestido de cor vermelha. – O que acha desse?
- Muito prostituta. Usa aquele seu Gucci preto! Além de lindo, é prático pára tirar.
- E para que raios – Interrompeu-se, fuzilando Euge com o olhar. – É só um jantar.
- Você só ia cozinhar, aquele era o último beijo que daria em Peter, assim como ele não sentia mais nada por você... Quer que eu continue?
- Vou me trocar, estou quase atrasada.
- Vai fugindo mesmo!

Se ficasse muito arrumada, poderia insinuar muito interesse. Porém, também não poderia ir totalmente desleixada. Aceitando a sugestão de Euge, colocou o vestido, deixando que os compridos cabelos castanhos caíssem-lhe pelos ombros nus. Completou o visual com um elegante scarpim preto.

- Como estou? – Perguntou, dando uma volta completa em torno do próprio eixo.
- Maravilhosa, gostosa e poderosa!
- Então já vou! Não faça a festa em meu apartamento. – Sorriu, dando-lhe um beijo no rosto.
- Vou te esperar, para saber das fofocas! – Exclamou, escutando a risada de Lali, que já havia saído do cômodo. – Não esqueça as camisinhas!

Você já pensou em mim? Você já chorou sozinha antes de dormir? No meio da noite quando você acorda.

O pequeno atraso de dez minutos fora o suficiente para deixar Peter nervoso. Talvez ela pudesse ter desistido, chegado a conclusão que ainda poderia acabar com aquilo enquanto houvesse tempo. Ou talvez não.

Quando a viu chegar a porta do restaurante, teve a certeza de que qualquer atraso poderia ser perdoado. Sorrir fora um reflexo, a única coisa que poderia fazer. Não havia ar em seus pulmões, ele esquecera como se respirava.

- Desculpe o atraso. – Sorriu, encabulada. – Te deixei esperando muito tempo? – Perguntou, de forma nervosa. – Peter, está tudo bem? – quando sentiu as finas mãos dela, tocarem-lhe o ombro, despertou, lembrando de que precisava de oxigênio.
- Céus! Eu devo ter enchido o restaurante com a minha baba. – Permitindo-se rir, agiu por impulso ao esconder o rosto no peito dele. Sentiu, então, o cheiro de seu perfume, lembrando-se porque gostava tanto de ser abraçada por aqueles braços.
- Vamos jantar? – Murmurou, afagando-lhe os cabelos. Assentindo de forma silenciosa, esticou-lhe a mão, para acompanhá-lo.

Você já recordou? Eu não consigo acreditar que estou agindo desta maneira...

O segundo piso do restaurante de Peter havia recebido um cuidado especial em seu paisagismo. Desde as paredes de vidro, até cada espécie de planta que fazia parte do canteiro que circundava todo o parapeito ao redor. A luz baixa adicionava o clima romântico ao lugar que, naquela noite, estava exclusivo a eles dois.

- Eu não lembrava de como aqui era tão bonito! – Exclamou Lali, sorvendo, em seguida, um pouco do vinho de sua taça.
- Trouxe você aqui para que lembrasse. Aliás... – Reiterou, esticando a mão para tocar a dela, sobre a mesa. – Hoje é uma noite para se lembrar de muitas coisas. – Com as mãos unidas, ergueu o olhar para o de Lali. – Sabia que hoje completamos seis meses separados?
- Nossa... O tempo passou rápido demais.

- Pode ter sido assim para você. Para mim foi, e continua sendo, uma verdadeira eternidade, associada a uma péssima tortura.

Ponto para ele! Novamente desarmada, agradeceu aos céus por, naquele momento, a comida ter chegado.

Eu sei que é estranho, como eu ainda consigo sentir seu beijo.

Durante o jantar, as indiretas da parte dele permaneceram, de forma mais branda, dessa vez. Com um clima agradável, o jantar foi passando, até chegar seu fim.

- Veio de carro? – Perguntou Peter à ela, quanto caminhavam em direção ao lado de fora.
- Não, peguei um táxi.
- Então vou deixar você em casa.
- Não... Precisa.
- Faço questão. – Insistiu, abrindo a porta do carona.
- Talvez... Nós... Pudéssemos fazer algo. – Murmurou, baixando o rosto. Levando os dedos para o queixo dela, Peter ergueu o rosto de Lali, encontrando seu olhar encabulado.
- Como o que por exemplo?
- Você... Ainda tem aquele Carbenet?
- Talvez eu tenha. – Sorriu de lado, esticando o braço para que ela entrasse. – Por que não checamos?!

Talvez pudesse ter sido um erro, mas Lali estava disposta a cometê-lo. E, em seu coração, não havia espaço para o arrependimento naquele momento.

São seis meses, oito dias, doze horas desde quando você partiu, eu sinto tanto a sua falta e eu não sei o que dizer.

Continua....... - Capítulo 06.