Fanfics Brasil - Doce descoberta - adaptada

Fanfic: Doce descoberta - adaptada


Capítulo: 22? Capítulo

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Dinamite! Sem dúvida, pensou Christopher exultante, ainda sentindo os efeitos no corpo. Sentia-se nas nuvens ao conduzir Dulce Saviñon ao barzinho na vila, atônito por ter chegado aos trinta e três anos sem nunca ter experimentado aquelas sensações. Mas só queria mais e mais daquela mulher a seu lado.


Entraram no barzinho. Christopher esquecera-se de como estava frio fora, até sentir o ar quente, a atmosfera aconchegante propiciada pela lareira enorme. Conduziu Dulce a uma mesa perto do fogo e instalou-a, soltando relutante sua mão.


— O que vai querer?


Ela mantinha os olhos bem abertos, parecendo ainda confusa. Es­perava que ela estivesse espantada com os mesmos sentimentos que ele experimentava. Era difícil concentrar-se em qualquer outra coisa.


— Cerveja, conhaque, gim... — sugeriu.


— Sim. Gim. E tônica — decidiu Dulce, insegura.


— Espere um pouco.


Christopher foi ao balcão, ansioso em ser servido e voltar para junto de Dulce o mais rápido possível Felizmente, o bar estava tranqüilo e o barman logo atendeu. Pediu dois gins e tônica, uma vez que o hálito de cerveja poderia não ser bem-vindo naquelas circunstâncias promissoras.


Aproveite cada dia, pensou Christopher, enquanto pagava os drinques. Pe­gou os copos e voltou para junto da mulher que queria como esposa. Agira certo ao agarrá-la a caminho dali. A atitude colocara tudo sob perspectiva em sua mente. Na verdade, mal esperava para agarrá-la novamente. A caminhada de volta ao spa parecia uma boa oportunidade.


Dulce parecia perdida em pensamentos, alheia ao que se passava a seu redor.


— Seu gim e tônica. — Christopher pousou o copo diante dela.


Dulce o encarou como se o visse pela primeira vez, concluindo que valia uma análise detalhada.


Christopher sentou-se na cadeira de frente para ela, cuidando para não pressioná-la, mas querendo-a na sua linha de visão. Um contato visual tranqüilo ajudava num momento de persuasão positiva. Obviamente, Dulce tinha muito em que pensar, e ele não tinha certeza de que ela estava convencida de que podiam ter um futuro juntos. Estava acostu­mado a tomar decisões duras e rápidas. Dulce podia estar em dúvida devido ao engano que cometera ao compará-lo com o camarada de Roma. Sorriu encorajador.


— Fico contente que tenhamos chegado a um acordo. Ela meneou a cabeça, expressando cautela.


— Acho que não chegamos a acordo nenhum. Obviamente, requeria-se estímulo a uma atitude positiva.


— Claro que chegamos — assegurou. Christopher, e passou a contabilizar nos dedos. — Não sou como o seu amante latino. Sou um solteiro casadouro com a melhor das intenções. Nós combinamos. Estamos prontos para nos casar e começar uma família. Não há nenhum impedimento ao casamento e quanto antes cuidarmos disso, melhor.


Christopher podia ter acrescentado que nunca se excitara tanto com outra mulher e mal podia esperar para fazerem amor, mas achou que o uso da lógica seria mais vantajoso naquele momento. Reforçaria a questão da paixão entre eles depois.


— Mas eu não te amo — declarou Dulce. Havia dúvida nos magníficos olhos azuis.


Amor... O padrão de raciocínio de Christopher abalou-se, o aspecto emocio­nal da palavra minava seu plano de ação direto.


— Com meu corpo, eu a desposo — disse ele. — Com certeza, temos a química certa para que isso seja um prazer mútuo. Não há como negar a centelha. Temos muito sobre o que construir, Dulce.


Ela enrubesceu, ofuscando a cor dos cabelos, e baixou o olhar. Pegou o copo.


— Acho que isso não é suficiente para se construir um casamento — murmurou, e tomou um gole de gim e tônica.


— Tem razão. Boa vontade, objetivos comuns e um senso de com­promisso são mais importantes — reconheceu Christopher. — Metade do mun­do vai bem com casamentos arranjados, em que tais questões são es­tabelecidas de antemão. Amor não entra nisso.


— Eu mal o conheço — protestou Dulce, demonstrando a perturbação interior. Agitou os cubos de gelo no copo.


— Conhecia o homem que a enganou por dois anos? — rebateu ele, lamentando instantaneamente ao ver a dor no belo rosto. Raios! Não queria lembrá-la dele, embora Dulce precisasse aprender que o conhe­cimento vinha com fatos práticos, não apenas sentimentos. Já esboçara um bom retrato de sua vida e formação, assim como ela mesma já devia ter feito sobre ele.


— Dulce... podemos começar do zero — pressionou, gentil, querendo minimizar a mágoa. — Não há motivo para trazer uma bagagem emo­cional ruim do passado para o futuro que construiremos juntos. Valo­rizamos as mesmas coisas. Podemos partilhá-las.


Dulce interessou-se. Estava com ele novamente.


Ansioso em aplacar suas dúvidas e medos, Christopher ofereceu-se:


— O que quer saber? — Responderia a qualquer pergunta, a fim de melhorar sua imagem junto dela.


— O que está me oferecendo... é um casamento de conveniência — ponderou ela, devagar, concentrada.


— Sim. Por que não? — Se Dulce queria pensar daquela forma, Christopher não se importava, desde que pensasse neles juntos. — Pouparíamos tempo — justificou, buscando mais argumentos. — Não quero ser um pai velho. E não posso imaginar outra mulher como mãe dos meus filhos. Ótimos genes — acrescentou, por precaução.


Ela sorriu.


— Não é tão simples, é? Há a questão de morarmos juntos.


— Pessoas sensatas encontram uma solução — argumentou Christopher. Almas ternas também ajudavam, pensou. Dulce não gostava de magoar as pessoas. O senso de justiça que a levara a procurá-lo naquela noite era comovente. Gostava daquilo.


— E apesar de parecer muito viril, pode não dar em nada.


— Como?


— É pai?


Christopher recuperou-se do choque de ter sua potência posta em dúvida.


— Não sou um irresponsável — rebateu, veemente. Dulce deu de ombros.


— Só estou verificando. Se vamos entrar num casamento para ter filhos...


— Está bem. Faremos exames primeiro. Uma idéia sensata — apro­vou ele, embora não se sentisse nada sensato no que se referia a Dulce. Não queria que ela desistisse. Não havia motivo para aquilo, assegu­rou-se. O pai o gerara. Por que ele não seria bem-sucedido nesse quesito?


— Nunca se pode ter certeza — considerou Dulce. — Alguns casais passam anos tentando ter um bebê...


— Isso não acontecerá conosco — assegurou Christopher, determinado. Alguns camaradas tinham pouca potência sexual, mas esse não era o seu caso. Com Dulce, não teria problema em fazer hora extra para en­gravidá-la.


Ela reconheceu o brilho no olhar e riu constrangida.


— É loucura até falar sobre isso!


— Para mim, faz sentido — insistiu ele.


Dulce franziu o cenho, tomou mais um gole da bebida e meneou a cabeça.


— Nós nos conhecemos ontem.


— Quanto tempo é preciso para se reconhecer uma grande chance? Ela o fitou, insegura.


— Eu não poderia me casar com você sem um acordo pré-nupcial. Christopher franziu o cenho. Dinheiro... divórcio... abominava tais questões.


Com a formação dela... os pais ainda juntos... ela procuraria o mesmo tipo de união. Ou os pais não eram felizes? Seriam um bom ou mau exemplo?


De repente, percebeu que não sabia o necessário para tomar uma decisão e indagou:


— O que quer que conste nesse acordo?


— Que, se não tivermos filhos, não terei direito a nada que já não tivesse antes do casamento. — Dulce inclinou-se para a frente, querendo reforçar a questão. — Não sou uma oportunista, Christopher. Se nos divor­ciarmos, não tentarei depenar você...


— Ótimo! — concordou ele, satisfeito com o forte senso de integri­dade dela. A questão do dinheiro fora superada, e um casamento sem filhos seria motivo para divórcio. A maioria das igrejas garantia anu­lação nesses casos. Não hesitou em aceitar. — Se isso a faz se sentir melhor, assinaremos um acordo. — Na verdade, engravidaria Dulce tão rápido que o acordo se tornaria nulo e inválido praticamente assim que o assinassem.


Ela recostou-se na cadeira aliviada.


— Quer mesmo quatro filhos? — questionou, a ansiedade de ter o sonho realizado sobressaindo-se à cautela.


— Sim, quero, — Christopher não disfarçava o alívio e triunfo. — Tenho certeza de que serei um ótimo pai, também.


Dulce riu e retraiu-se novamente, confusa com a reação.


— Isto é loucura...


Christopher pegou sua mão esquerda e acariciou o dedo anular.


— Posso lhe comprar um anel de noivado amanhã. Isso tornaria a coisa real para você?


Ela o fitou pensativa, percebendo que ele falava a sério e sem saber como agir. Christopher ganhou coragem quando ela não tentou recolher a mão. Continuou acariciando-a, sentindo o toque sedoso da pele.


— Finja por enquanto que é loucura — sugeriu ele. — Uma vez que a lei exige que esperemos um mês antes de nos casarmos, pode ser tudo a seu gosto. E a favor de um anel de noivado de diamantes? Ou de safiras, para combinar com seus olhos? Que tipo de casamento quer? Para onde gostaria de ir na lua-de-mel?


— Christopher...


— Vamos. Só por divertimento. Não faz mal só conversar. Dulce suspirou, relaxando.


— Só por divertimento, então — concordou.


Christopher procurou manter a descontração, enquanto absorvia os sonhos dela. Queria Dulce Saviñon e a conquistaria. Se não podia convencê-la racionalmente a se casar, então a seduziria, de um jeito ou de outro.



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Autor(a): natyvondy

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Seis dias — murmurou Anahí, erguendo o sobrolho para Dulce. — Não pode estar fa­lando sério. É loucura pensar em se casar com um camarada que só conhece há seis dias! Dulce ergueu o olhar do bebê que embalava no colo e encarou a irmã pelo espelho com um sorriso sereno. — Diga isso após conh ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 904



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  • stellabarcelos Postado em 13/04/2016 - 01:10:57

    Que fanfic linda! Amei amei amei

  • larivondy Postado em 18/10/2013 - 21:50:05

    noossa, Dul meio egoísta mas tadinha, tava mals, ameei a web!!

  • anjodoce Postado em 31/12/2009 - 03:05:24

    Sei que você já terminou de postar aqui a algum tempo, talvez nem venha mais aqui, eu também já terminei de ler a algum tempo, mas esqueci de dizer e preciso comentar, esta foi uma das mais belas histórias que eu já li no e-novelas.
    Assim como a Jessikavon, também espero que você volte a postar webs aqui algum dia... no mais, você sabe que é minha lindinha e torço muito por você,boa sorte com tudo o que for fazer, te adoro...
    Beijinhos da tua fã que te admira muito, muito, muito e que Papai do céu te abençoe sempre e sempre te ilunine em tua caminhada... *-*

  • anjodoce Postado em 31/12/2009 - 03:05:23

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  • anjodoce Postado em 31/12/2009 - 03:05:23

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  • anjodoce Postado em 31/12/2009 - 03:05:22

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  • anjodoce Postado em 31/12/2009 - 03:05:21

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  • anjodoce Postado em 31/12/2009 - 03:05:21

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