Fanfics Brasil - Doce descoberta - adaptada

Fanfic: Doce descoberta - adaptada


Capítulo: 23? Capítulo

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Seis dias — murmurou Anahí, erguendo o sobrolho para Dulce. — Não pode estar fa­lando sério. É loucura pensar em se casar com um camarada que só conhece há seis dias!


Dulce ergueu o olhar do bebê que embalava no colo e encarou a irmã pelo espelho com um sorriso sereno.


— Diga isso após conhecê-lo hoje.


Christopher não hesitara em enfrentar a família toda dela no batizado de Marcelino, dali a duas horas. Um homem que administrava uma empresa bem-sucedida estava acostumado a reuniões difíceis. Dulce não tinha dúvida de que Christopher encantaria a todos, passando a impressão de que tudo era possível com ele. De sua confiança inata emanava um poder que ela mesma achava irresistível.


Anahí voltou-se, aflita demais para terminar a maquiagem para o grande evento familiar.


— Você não me engana, Dulce. Anda fazendo loucuras desde que voltou para casa, de Roma. Os cabelos, a motocicleta... Esse noivado com Christopher Uckermann é reflexo do fim do relacionamento com Memo.


— Está enganada. É a decisão mais sensata que já tomei.


— O que reforça o que eu disse. — Anahí lançou um olhar acusador a Dulce. — Você não o ama.


Dulce sentiu um aperto no coração e voltou a se concentrar no bebê que mantinha junto ao peito. Marcelino dormira e parecia contente. Se tudo desse certo, em um ano teria seu próprio bebê para segurar, amar e acalentar. E o amor seria retribuído, um amor que vinha da confiança absoluta. Isso lhe bastaria. Cuidaria para que bastasse. Teria filhos e Christopher seria um ótimo pai. O vazio doloroso que sentia naquele momento seria preenchido várias vezes.


— Nem todo o mundo acerta na loteria, Anahí — replicou, esfor­çando-se para ocultar a angústia que sentia. Ergueu o olhar desafia­dora. — Gosto de Christopher. Ele me diverte. Talvez isso tenha mais valor do que amor.


— Ele sabe? — Anahí estava preocupada. — Não o está enganan­do... levando-o a acreditar...


— Não estou enganando ninguém. Nós nos entendemos perfeita­mente. Christopher quer filhos, também.


Anahí meneou a cabeça.


— Deve haver algo errado com ele.


— Por quê?


— Pedi-la em casamento desse jeito. E tão rápido. Ele é homossexual?


— Como?


Dulce riu, chocada com a pergunta.


— Não é brincadeira — afirmou Anahí, furiosa. — Estou preocu­pada com o que está se metendo. E se ele só a quiser para lhe dar uma família?


— Acredite... ele me quer para mais do que isso — afirmou Dulce. — Christopher é muito, muito heterossexual.


— Vocês já...


Dulce ficou séria no mesmo instante.


— Não, ainda não. E não faremos. Não até estarmos casados. Vou me render quando ele se render. Não serei feita de boba novamente, Anahí.


— Céus, está fazendo Christopher pagar pelo seu erro. Se não esquecer Memo, vai fazer desse casamento um martírio.


Dulce ergueu o queixo, beligerante.


— As pessoas costumavam esperar pela noite de núpcias. Em muitos países, ainda esperam.


— Você o quer? Quero dizer... Christopher Uckerman a desperta sexualmente, ou pretende suportá-lo para ter filhos? — pressionou a irmã.


Dulce enrubesceu.


— Não que seja da sua conta...


— Alguém tem de abrir seus olhos!


— Não me importarei em partilhar a cama com ele.


— Importar! Se ele é tão heterossexual, acha que vai gostar de amor tépido? Fique sabendo...


— Está bem! Ele me excita — confessou Dulce. — Ele tem apelo sexual. Satisfeita?


— Bem, pelo menos algo está certo nisso tudo — murmurou Anahí, e voltou-se ao espelho.


Dulce fumegava de mágoa. Ela e Christopher fariam o casamento dar certo, e isso não era da conta de ninguém, só deles. Fora ali para ajudar Anahí a se aprontar para o batizado e preparar o almoço que ofereceria à família após a cerimônia, e a irmã se achava no direito de criticar... sua irmã mais nova, que tivera tudo de mão beijada. Era fácil para ela posar de musa da perfeição, com tudo oferecido a seus pés...


— Vou aprontar o banho de Marcelino enquanto você acaba a maquia­gem — decidiu, e saiu do quarto apressada, envergonhada do arroubo de inveja. Sabia que a irmã falava porque se importava. Era só que... Anahí não entendia. Não podia. A vida dela fora totalmente diferente,


Christopher surpreendeu-se ao ver a mãe em prantos ao pegar a chave do carro para sair.


— É culpa minha — lamuriava-se ela, entrelaçando os dedos an­gustiada. — Sei que é culpa minha. Se não o tivesse pressionado para me dar um neto...


— Mãe! — Ele largou a chave do carro de novo no balcão da cozinha, desolado. — Já ouvi o bastante dessa bobagem ridícula. Quer se con­vencer de uma vez por todas que estou fazendo o que quero? Não tem nada a ver com você!


— Eu os pressionei e agora ela vai se casar com você por dinheiro!


— Bem, muito obrigado, mãe. Pensei que tivesse outras qualida­des. — Sarcasmo, sabia Christopher, não era bem-vindo, mas estava sendo pressionado.


— Vou sair mais. Vou me filiar a clubes. — Alexandra ergueu a voz, histérica. — Farei uma dieta e cuidarei mais de mim. Não precisa se preocupar comigo. Posso viver sem netos.


— Ótimo!


— Sendo assim, não precisa mais se casar.


— Acontece que quero me casar com Dulce Sanviñon, e nada do que diga me deterá, portanto, pode ir aceitando, mãe. Já disse... é como papai com você...


— Seu pai não foi tão rápido. Seis dias... foram seis meses antes de ele me pedir em casamento. Ele me cortejou. Agiu corretamente. E eu o amava...


Christopher sentiu um aperto no peito. Dulce não o amava. Haviam selado um acordo. Daria certo. Desejavam um ao outro, e isso bastava. Res­pirou fundo e soltou um suspiro resignado.


— Preciso ir. Chegarei tarde ao batizado se não sair agora. Lamento que esteja preocupada, mãe, mas garanto que não há motivo para isso. Dulce não está se casando comigo por dinheiro. Definitivamente, não. Agora, por favor... — Esboçou um sorriso sedutor. — Deseje-me sorte e deixe-me ir.


Dulce sentiu a tensão diminuir ao ver o automóvel de luxo de Christopher parar diante da igreja. Percebeu que conseguiria relaxar. Ele viera. Nem sequer estava atrasado. A família chegara cedo, ansiosa em se, reunir antes do batizado, a curiosidade em relação ao novo homem em sua vida suscitando perguntas constrangedoras.


— Lá está Christopher! — avisou, esperando que o tom parecesse mais satisfeito do que aliviado.


— Aquele carro é dele? — O irmão mais velho, Tomáz, estava im­pressionado.


— O que você disse que ele faz? — indagou Dérick, o símbolo de status aguçando seus sentidos.


— Christopher tem uma firma de comércio e representações. Chama-se Limeliglit — informou Dulce, com paciência exagerada.


— Acho que ele está acostumado a conseguir o que quer, quando quer — avaliou Tomáz.


Dulce fitou o irmão.


— Não vou me casar com Christopher por causa do dinheiro.


Embora estivesse contente por ele ser rico. Como a mãe costumava dizer, era muito mais fácil estabelecer um lar e criar uma família sem preocupações financeiras. Queria o melhor para seus filhos.


Christopher abriu a porta e saltou. Era ainda mais impressionante que o carro. Tinha o físico perfeito, vestia um terno azul-marinho de corte elegante e tudo nele sugeria um executivo de alto nível.  


— Oh! Que homem lindo! — exclamou a mãe, surpresa e satisfeita.


— Definitivamente, tem apelo sexual — murmurou Anahí.


Sim, ele tinha. Christopher era tudo aquilo, pensou Dulce, ligeiramente ansiosa.


— Com licença — pediu, e adiantou-se para falar com Christopher. Daria tudo certo... com o casamento, convenceu-se. Qualquer mulher ficaria orgulhosa em ter Christopher Uckermann como marido. E o sexo seria bom, sem dúvida. E o melhor de tudo, ele lhe daria a família que ela queria, porque era seu desejo também.


Alargou o sorriso e sentiu a alma ficar leve enquanto caminhava ao encontro do homem que seria o pai de seus filhos.


Christopher esperou junto ao carro, observando-a aproximar-se, encantado demais para se mover. Temia que o peito fosse explodir. Dulce estava linda, ofuscava todo o resto do mundo. Seu sorriso provocava uma cor­rente de desejo em seu corpo. Dulce era exótica, linda, tudo o que ele sempre desejara numa mulher. E lhe pertencia. Ou logo lhe pertenceria.


O conjunto azul-royal lhe cobria as curvas sedutoramente, e Christopher sentiu-se excitado. A saia curta aumentava a tentação. As longas per­nas bem-torneadas ficavam mais atraentes nas meias de seda preta, despertando imagens eróticas. Desejava-a tanto! Precisou se esforçar para lembrar-se de que a família os observava e não podia tomá-la ali mesmo. Ainda.


— Oi! — saudou ela, o olhar meigo.


— Tudo bem? — indagou ele, assentindo à família, tentando desesperadamente concentrar-se na importância daquele dia.


Dulce sorriu maldosa.


— Espero que esteja preparado para a inquisição. Christopher mostrou coragem.


— Sou o homem de aço.


Dulce riu, o som agradável, contagiante, que lhe envolvia o coração de alegria, Tinha a impressão de que buscara aquilo a vida toda.


— Talvez isto ajude... — Christopher retirou uma caixinha de veludo do bolso da calça.


Ela fitou o presente, pegou e abriu. Ficou espantada com o anel de diamante. Mas não exclamou. Não fez menção de experimentá-lo. Per­manecia imóvel e pálida.


Christopher ouviu sinos de alerta. Ela percebera só naquele momento a realidade da decisão? Voltaria atrás após encarar aquele símbolo de comprometimento? Desejou abraçá-la. Decidiu então pegar o anel e colocá-lo em seu dedo anular.


— Permita-me — murmurou, desajeitado, porém determinado a se­lar o compromisso.


O diamante solitário brilhou desdenhoso para Dulce. Era como se algo pressionasse seu coração sem dó, Memo devia ter lhe dado um anel como aquele. Ela sonhara com o presente tantas vezes... Memo, tomando-lhe a mão, deslizando o anel no dedo...


Era errado... deixar Christopher Uckermann fazer aquilo.


Não posso continuar com isso. Não posso...


Mas, se não o fizer...


Diamantes são para sempre... como filhos... sonhos duradouros que viravam realidade...


O anel chegou ao lugar final.


Dulce respirou fundo e fitou o homem responsável por tanta emoção, o homem cujas promessas não eram vazias, o homem que queria ficar com ela, dar-lhe apoio, com quem poderia contar durante os anos que se seguiriam, quando tivessem uma família.


— Serei uma boa esposa para você, Christopher — prometeu, num sussurro.



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Autor(a): natyvondy

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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 904



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  • stellabarcelos Postado em 13/04/2016 - 01:10:57

    Que fanfic linda! Amei amei amei

  • larivondy Postado em 18/10/2013 - 21:50:05

    noossa, Dul meio egoísta mas tadinha, tava mals, ameei a web!!

  • anjodoce Postado em 31/12/2009 - 03:05:24

    Sei que você já terminou de postar aqui a algum tempo, talvez nem venha mais aqui, eu também já terminei de ler a algum tempo, mas esqueci de dizer e preciso comentar, esta foi uma das mais belas histórias que eu já li no e-novelas.
    Assim como a Jessikavon, também espero que você volte a postar webs aqui algum dia... no mais, você sabe que é minha lindinha e torço muito por você,boa sorte com tudo o que for fazer, te adoro...
    Beijinhos da tua fã que te admira muito, muito, muito e que Papai do céu te abençoe sempre e sempre te ilunine em tua caminhada... *-*

  • anjodoce Postado em 31/12/2009 - 03:05:23

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  • anjodoce Postado em 31/12/2009 - 03:05:23

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  • anjodoce Postado em 31/12/2009 - 03:05:22

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  • anjodoce Postado em 31/12/2009 - 03:05:21

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