Fanfics Brasil - Doce descoberta - adaptada

Fanfic: Doce descoberta - adaptada


Capítulo: 28? Capítulo

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— É sua esposa, Christopher — informou a secretária, ciente de que ele esperava aquele te­lefonema havia horas. Sua concentração no trabalho fora mínima na­quela manhã.


Ele agarrou o telefone.


— Dulce? — Erguera a voz, por ansiedade, e praguejou contra si mesmo. Se ela estivesse decepcionada...


— Estou grávida!


— O teste deu positivo?


— Sim. Não há dúvida. O alívio virou alegria.


— Isso é ótimo, Dulce! Ótimo!


— Vamos ter um bebê, Christopher.


A alegria na voz dela tinha o efeito de champanhe nele.


— Que notícia maravilhosa! A melhor de todas! — A animação era total. Conseguiram! Primeiro ponto! Só cinco semanas desde o casa­mento, e Dulce já estava grávida. — Como se sente?


— Tão excitada que acho que vou explodir. Mal posso esperar para contar a todo o mundo.


— Onde está?


— Ainda no consultório médico.


Christopher queria estar com Dulce, mas ela insistira em que fosse traba­lhar, dizendo que era tolice desperdiçar tempo só porque suas regras estavam atrasadas. Podia ser só um contratempo em seu ciclo normal. Christopher desconfiava de que ela se protegia contra a decepção dele. Ambos andavam muito esperançosos naquela última semana.


— Vou para casa agora, para espalhar a novidade — decidiu Dulce, triunfante. — Mas vou deixar que conte à sua mãe, Christopher.


Ele riu. Sem dúvida, ela passaria horas ao telefone.


— Vou chegar em casa cedo. Isso pede uma comemoração. Vamos sair para jantar.


— Não, Vamos jantar em casa. Comprarei algo especial, e teremos um jantar intimo para três. Você, eu e nosso primeiro filho.


Dulce suspirou satisfeita. Christopher sentiu um aperto no peito.


— Uma comemoração em família — repetiu, rouco. — Vou levar o melhor champanhe.


— Seria ótimo — incentivou ela. — Até mais.


Ela desligou antes que ele conseguisse mantê-la por mais tempo na linha. Um pouco da animação diminuiu com a ruptura, mas Christopher as­segurou-se de que tudo voltaria ao normal naquela tarde. Uma come­moração feliz. A mais feliz de todas. Um bebê lhes daria uma base sólida para continuar com o casamento.


Não que já não fosse bastante satisfatório. Nenhum homem são desprezaria a luxúria mútua, da qual muito haviam usufruído desde o incidente da rosa. Então, temeu que o desejo de Dulce por ele arrefe­cesse, agora que atingira o objetivo da gravidez. Veria nele apenas um reprodutor?


Christopher afastou esse pensamento. Era estupidez estragar o prazer da­quele dia. Além disso, o relacionamento deles era tão bom fora da cama quanto nela. Ele não podia ter escolhido melhor companheira, e nada os afetaria. Com o bebê a caminho, teriam mais sobre o que conversar e planejar.


Sorrindo, ele teclou o número do telefone da mãe.


Ela atendeu ao segundo toque:


— Alexandra Uckerman!


— É Christopher.


— Olá, querido! Estava de saída para o clube de bridge. Podemos conversar esta noite?


Clube de bridge, clube de análise, curso de cozinha asiática... tailandesa, chinesa e vietnamita... sessões semanais de tai chi... a mãe com certeza se lançara a atividades naqueles últimos meses, cumprindo a promessa de estabelecer uma nova vida para si mesma. Estava encantado com o esforço que ela empregara para dedicar-se a outros interesses.


— Não, estarei ocupado esta noite — respondeu ele. — Achei que gostaria de saber que Dulce está grávida de seu primeiro neto.


— Como? Já?


— Podia dizer "parabéns"...


— Claro, parabéns, querido. Aos dois. Embora seja cedo, Christopher. Es­pero... bem, vocês são adultos e sabem o que estão fazendo.


Ele franziu o cenho... a mãe ainda tinha dúvida quanto a seu casa­mento apressado com Dulce. E agora quanto ao bebê.


— E o que queremos, mãe — assegurou-lhe.


— Oh, é maravilhoso, querido. Meu primeiro neto. Não seria mara­vilhoso se fosse uma menina? Eu poderia dar tudo o que não pude comprar para você. Que emoção!


Christopher riu.


— Não posso garantir que seja menina.


— Não. — Alexandra riu de si mesma. — Não ligue para o que digo. Isso não importa, desde que seja um bebê saudável. Vou amá-lo do mesmo jeito. Meu primeiro neto...


Era bom ouvir o orgulho e o prazer na voz da mãe.


— Já pensaram em nomes?


— Não. Talvez façamos isso esta noite.


— Bem, diga a Dulce que telefonarei amanhã, já que estarão ocupa­dos esta noite. Um beijo, querido.


— Obrigado, mãe. Divirta-se no jogo de bridge. Alexandra suspirou.


— Não vou conseguir me concentrar agora. Mas, não se preocupe, a felicidade compensa.


Christopher despediu-se e desligou o telefone. Foi até a porta de comuni­cação com a secretária, abriu-a e ficou ali parado, sorrindo para a mu­lher que o aconselhara a levar a mãe ao spa.


Ninel Conde tinha cinqüenta e poucos anos, era viúva e trabalhava na empresa havia anos. Christopher a contratara como secretária, principal­mente porque ela sabia soletrar e em parte porque tinha cinco filhos, provando ter organização e um bom senso que o atraiu.


A idéia do spa fora toque de gênio. Tantas coisas boas nasceram dali, tanto para ele quanto para sua mãe, que Christopher sentia-se eterna­mente grato. Fora isso, Ninel era ótima pessoa, sempre com o melhor para o chefe em vista, tanto pessoal quanto profissionalmente.


— Gostaria de uma semana no spa, Ninel?


— Como?


— Faça a sua escolha. Isso, ou fornecimento de chocolates belgas por nove meses.


— Como? — A secretária não compreendia aquela generosidade repentina.


— Bem, não posso lhe dar charutos. Parei de fumar e não é politi­camente correto.


Christopher podia quase ver as engrenagens do cérebro dela funcionando, até compreender e sorrir satisfeita.


— Um bebê...


— Paternidade, aí vou eu!


— Que bom para você! E para Dulce! Estou tão contente por vocês. — Ela riu. — E por mim! Vou pegar a semana no spa. Estou precisando, após a quantidade de chocolate que me deu no Natal.


— Ótimo! Marque no calendário, e eu pago a conta.


— Que tal flores?


— Quer flores também? Ninel revirou os olhos.


— Para a futura mamãe. Acho que uma dúzia de rosas vermelhas seria ótimo. Quer que encomende na floricultura?


— Não. Nada de rosas.


Christopher franziu o cenho, aborrecido por se lembrar da restrição de Dulce. Aquele bastardo traiçoeiro de Roma nunca lhe daria um filho. Por outro lado, não queria nem sombra do amante latino perto de Dulce naquele dia especial. Rosas estavam banidas, Entretanto, a idéia de flores era tão atraente que relutava em descartá-la. Por que não as mandaria? Dulce era sua esposa e estava carregando seu filho.


— Há flores azuis nesta época do ano? Ninel entendia do assunto.


— Íris. Embora não possa contar que seja menino, Christopher — observou, sábia.


— E cor-de-rosa?


— Cravos, tulipas...


— Tulipas — decidiu Christopher. Eram menos comuns do que cravos e sem conotações românticas. — Íris azuis e tulipas cor-de-rosa. Mande entregar um buquê de cada, Niel, e coloque no cartão: "Para comemorar a chegada do nosso menino ou menina!".


— Assinado... "Com amor, Christopher"? — indagou Niel, rascunhando a mensagem.


Ele quase confirmou, mas pensou em Dulce e procurou outras pala­vras, tentando não parecer falso.


— Não — respondeu devagar. — Acho... "Do papai" é melhor. Ninel riu.


— Um pai bobo de alegria saindo!


Christopher recuperou o bom humor. Dulce aceitaria o presente por causa da criança e sentiria prazer. Estava seguro daquela ação. Desde que se controlasse, havia chances de sair vencedor, no final.


— Quando pretende largar o emprego? — indagou Anahí.


— Não pensei nisso ainda — respondeu Dulce, contente. Só fazia vôos domésticos desde que voltara da lua-de-mel. Tendo obtido o bene­fício, parecia errado pedir demissão logo em seguida.


— Nunca vi comissária de bordo grávida.


— Não vai aparecer tão já, Anahí. E eu poderia usar o dinheiro para comprar coisas para o bebê.


— Podia vender aquela motocicleta... — Dulce irritou-se com o tom crítico da irmã.


— É prático para evitar o trânsito para ir e vir do aeroporto.


— Pensei que tivesse dito a Christopher que não ia se apegar à sua carreira.


— Eu disse. E estava falando a sério. Mas ainda não tive o bebê, Anahí.


— Dulce, não quer se arriscar sem necessidade, não é?


— Oh, céus! Não sou nenhuma flor frágil.


— Desculpe-me. É só... sei o quanto essa gravidez significa para você. Quero que dê tudo certo. Para Christopher também. Vai considerar os sentimentos dele...


— Anahí, pare de se preocupar. Christopher está ótimo. Está nas nuvens por causa do bebê. Foi por isso que nos casamos, afinal.


— Dulce... — A irmã suspirou. — Não percebeu ainda...


A campainha tocou.


Era uma boa desculpa para não ouvir mais conselhos bem-intencionados, porém maçantes.


— Preciso desligar, Anahí. Tem alguém na porta.


— Bem... tenham uma comemoração feliz.


— Teremos.


Confiante, Dulce abriu a porta para um entregador carregado de flores.


— Sra. Christopher Uckerman?


— Sim.


— Para a senhora. — Ele sorriu e entregou-lhe as flores. Um buquê de íris azuis e um buquê de tulipas cor-de-rosa. — Parabéns, sra. Uckerman.


— Obrigada. — Dulce reagia confusa ao presente inesperado. A lem­brança do incidente com a rosa permanecia forte, e sentiu-se constran­gida com o presente.


O cartão logo a alegrou... Christopher ia ser papai.


Considere os sentimentos dele...


Lembrou-se do conselho de Anahí. Não que precisasse. Christopher tinha os mesmos sentimentos que ela em relação a começar uma família. Um menino ou uma menina... sorriu de prazer. As flores eram perfeitas. Ar­rumou-as com cuidado num vaso, que ornaria a mesa do jantar especial.


Foi um dos momentos mais felizes juntos. De algum modo, por causa do bebê, havia uma ternura extra entre eles, uma intimidade inusitada. Partilhavam o milagre do começo de uma nova vida, ponderou Dulce.


Durante o jantar, escolheram nomes, rindo de alguns, considerando seriamente outros. Foi divertido. Foi mágico.


Christopher sugeriu que começassem a procurar uma casa. O apartamento não era lugar para um bebê. Discutiram quais bairros seriam mais adequados, a uma distância aceitável da empresa. Dulce continuaria trabalhando por enquanto, mas, assim que encontrassem a casa ideal, ela gostaria de empregar todo o tempo transformando-a em lar. Planos maravilhosos...


Quando finalmente foram para a cama, Christopher foi tão carinhoso, tão gentil... acariciando e beijando-lhe o ventre, os seios... as sensações que ele despertava eram estranhas... o sugar gentil... Dulce acolheu a cabeça do marido, imaginando como seria segurar o bebê, sentindo a união do amor se formar...


E se esqueceu do conselho de Anahí. Não considerou os sentimentos de Christopher. Só pensou no bebê que teria.



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Autor(a): natyvondy

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— Christopher... — Ele captou o medo na voz de Dulce mes­mo sonolento. A luz estava acesa, o que significava que ainda não ama­nhecera. Estreitou o olhar, Dulce estava junto à porta, o rosto, coberto de lágrimas. — O que foi? — indagou, preocupado. — Estou sangrando. Sangrando... Com seis semanas de gravidez! As ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 904



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  • stellabarcelos Postado em 13/04/2016 - 01:10:57

    Que fanfic linda! Amei amei amei

  • larivondy Postado em 18/10/2013 - 21:50:05

    noossa, Dul meio egoísta mas tadinha, tava mals, ameei a web!!

  • anjodoce Postado em 31/12/2009 - 03:05:24

    Sei que você já terminou de postar aqui a algum tempo, talvez nem venha mais aqui, eu também já terminei de ler a algum tempo, mas esqueci de dizer e preciso comentar, esta foi uma das mais belas histórias que eu já li no e-novelas.
    Assim como a Jessikavon, também espero que você volte a postar webs aqui algum dia... no mais, você sabe que é minha lindinha e torço muito por você,boa sorte com tudo o que for fazer, te adoro...
    Beijinhos da tua fã que te admira muito, muito, muito e que Papai do céu te abençoe sempre e sempre te ilunine em tua caminhada... *-*

  • anjodoce Postado em 31/12/2009 - 03:05:23

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  • anjodoce Postado em 31/12/2009 - 03:05:23

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  • anjodoce Postado em 31/12/2009 - 03:05:22

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  • anjodoce Postado em 31/12/2009 - 03:05:21

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