Fanfic: Doce descoberta - adaptada
— Não. Eu estava perdida, Christopher. — Dulce ergueu o rosto e o acariciou. — Eu devia ter me apegado a você até me encontrar novamente.
— Talvez tenha sido melhor para você ter espaço para respirar — entendeu ele, aliviado com o fim do rompimento e contente em perdoar tudo.
Ela expressava gratidão pela compreensão.
— Temia ter magoado você demais... achava que você não permitiria que eu entrasse em seu coração novamente.
— Você nunca saiu do meu coração, Dulce. Desde o momento em que nos conhecemos.
Ela reagiu pasma.
— Verdade?
— Minha vida começou a girar a seu redor, desde então. Quando você interrompeu padre Pascual, quase tive um ataque cardíaco ali mesmo no altar.
Ela meneou a cabeça, espantada.
— Estava determinada a me casar com você. A razão aceitou o fato, Christopher. — Franziu o cenho. — Infelizmente, meu coração não foi tão perspicaz, até eu perceber o quanto a vida era vazia sem você.
— Está tudo bem. — Christopher riu, radiante de felicidade. — Só me importa ter você comigo novamente.
— Desta vez, será melhor — prometeu Dulce, fervorosamente. Ele ergueu o sobrolho.
— Não sei o que pode ser melhor. Ela riu e contorceu-se provocante.
— Eu disse a Ninel para não nos interromper.
— Que atencioso! — Ela deliberadamente o excitava. Não que ele precisasse de muito estímulo. Mas era ótimo que ela demonstrasse o quanto o queria e amava. — E ela concordou?
— Nem questionou. Disse que você estava se matando de tanto trabalhar e precisava ser salvo.
— Não observou que eu agüentaria firme até a missão de resgate estar completa? — Christopher começou a desabotoar sua blusa. — Pode levar algum tempo. Há um homem faminto aqui...
Dulce lhe segurou as mãos no meio da tarefa.
— Estou pronta para emergências. — Encarou-o divertida. — Na verdade, vim preparada para isso.
—Veio? — indagou ele, adorando a audácia e a excitação que gerava. Dulce riu.
— Estou sem calcinha.
Christopher sentiu o coração pular. Era como no dia do casamento, mas livres das dúvidas e medos de antes. Era um novo começo para ambos, carregado de conhecimento um do outro, e com a superação da dor. Sabiam quem eram... o que tinham juntos... sabiam que a união entre eles seria mais forte daquele momento em diante.
— Como posso fazer amor com você? — murmurou, espantado com o prazer dela. — Deixe-me contar as formas...
Christopher o fez com as mãos, a boca, o corpo e a alma, com cada toque, cada carícia, cada beijo. Sentiu a resposta de Dulce, como uma tranqüilidade doce, como um rio sem volta, como uma torrente de paixão, como um mar de êxtase.
Nem passou pela cabeça de Dulce conceber uma criança. Estava com o homem que amava e que a amava. Aquilo bastava.
No fundo, havia a gratidão profunda de terem encontrado um ao outro, de Christopher estar ali para ela, desejando-a, amando-a. Dulce sentiu as ondas de prazer invadirem seu coração e seu cérebro, liberando sua alma de qualquer sentimento de perda.
Quatro- filhos era inconcebível, concluiu Christopher... Um devia bastar.
— Aí está você, Diego Alerrandro — murmurou ao filho de um dia aninhado junto ao peito, demandando algo que o pai não podia suprir.
Dulce dormia, e Christopher já decidira não acordá-la. Ela precisava de todo o tempo de recuperação possível após o trabalho de parto traumático. Ele mesmo estava em choque, desolado com a agonia que ela sofrera para dar à luz aquele pinguinho de gente. Esgotara-se emocional e fisicamente só de ver Dulce sofrendo. Era tortura. Pura tortura.
— Agüente um pouco, Diego — instruiu, apoiando o bebê no ombro, afagando-lhe as costas para consolá-lo. — Controle um pouco os instintos e pense na sua mãe. Você a deixou exausta para nascer.
Embora não fosse culpa de Diego, concedeu Christopher. Tanto ele quanto Dulce estavam loucos para ter um bebê. Diego não pudera opinar. E era ótimo ter um filho, sem dúvida. Mesmo assim, o resultado não justificava os meios, em sua opinião reformada.
Na verdade, gostaria de voltar ao curso de pré-natal que ele e Dulce haviam feito e estrangular as instrutoras, fazê-las ter bebês de verdade para entenderem que as lições de controle de respiração eram impossíveis de reproduzir na hora H.
Se tivesse poder, revolucionaria o sistema hospitalar também. A idéia de manter o bebê no quarto com a mãe o tempo todo podia fortalecer o vínculo entre mãe e filho mas, como a mãe podia descansar, assim? Ora eram as enfermeiras entrando para verificar o prontuário, ora era o bebê precisando de atenção. Se ele não estivesse ali para proteger Dulce da interferência constante do pessoal em serviço, ela provavelmente já estaria morta de cansaço.
Era ridículo e desumano. Devia haver uma lei obrigando somente enfermeiras que já fossem mães atuassem na ala da maternidade. Já dispensara duas atendentes rudes e antipáticas, exigindo uma profissional com um mínimo de compreensão para lidar com sua esposa. Não se incomodava em ser rotulado de "marido difícil". Prometera cuidar de Dulce e o faria.
Diego começou a sugar-lhe a camisa. Christopher imaginou que a frustração se manifestaria a qualquer momento e, para um bebê recém-nascido. Diego tinha pulmões bem fortes. Provavelmente, seria um bom nadador quando crescesse. Mas, por ora, só sabia usar os pulmões para gritar. Tentou distraí-lo andando pelo quarto e cantarolando lima velha canção do grupo Abba, que se lembrava da infância.
— Ganhando a guerra, Christopher?
Surpreso com a pergunta de Dulce, ele parou de embalar o filho. Ela estava bem acordada e sorria. Meneou a cabeça, espantado. Não entendia como Dulce podia sorrir após a provação do dia anterior, mas ela parecia encarar com naturalidade.
— Só estava contendo o ataque — explicou, exausto — O pequeno Diego tentava mamar minha camisa.
— Passe-o para mim. Já passou da hora de mamar.
— Eu não queria acordar você.
— Estou mais descansada agora, Christopher. Você foi maravilhoso o tempo todo.
Ele, maravilhoso? Sentia-se uma pilha de nervos, mal se contendo. Não entendia como Dulce podia parecer mais serena ao segurar o filho para amamentá-lo. O pequeno Diego também não apresentava estresse. Agarrar a mama era uma das melhores coisas do mundo, ciente de que era só sua por direito. Um pedaço do céu, pensou Christopher, recostado na cadeira, contemplando um dos milagres da natureza.
Christopher estava tão cansado que quase adormeceu. Ficou alerta novamente quando alguém bateu na porta. A atitude de cautela esvaiu-se ao ver a sogra, e não outra enfermeira rude.
— Mãe! Que prazer! — exclamou Dulce, surpresa. — Não a esperava senão hoje à noite.
Vovó Saviñon... escolha dela mesma... entregou ao genro os presentes que comprara para o bebê e correu a abraçar a filha.
Autor(a): natyvondy
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— Não pude esperar pelo seu pai. Peguei o trem e vim. Céus! Ele é cabeludo. Dulce riu. Riu de verdade! — Pretos. Como os de Christopher. Ele não é lindo? As duas ficaram enaltecendo a beleza do bebê, e Christopher permaneceu quieto. Exceto pelo breve período após o aborto, Dulce mostrou-se lutadora, c ...
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 904
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stellabarcelos Postado em 13/04/2016 - 01:10:57
Que fanfic linda! Amei amei amei
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larivondy Postado em 18/10/2013 - 21:50:05
noossa, Dul meio egoísta mas tadinha, tava mals, ameei a web!!
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anjodoce Postado em 31/12/2009 - 03:05:24
Sei que você já terminou de postar aqui a algum tempo, talvez nem venha mais aqui, eu também já terminei de ler a algum tempo, mas esqueci de dizer e preciso comentar, esta foi uma das mais belas histórias que eu já li no e-novelas.
Assim como a Jessikavon, também espero que você volte a postar webs aqui algum dia... no mais, você sabe que é minha lindinha e torço muito por você,boa sorte com tudo o que for fazer, te adoro...
Beijinhos da tua fã que te admira muito, muito, muito e que Papai do céu te abençoe sempre e sempre te ilunine em tua caminhada... *-* -
anjodoce Postado em 31/12/2009 - 03:05:23
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anjodoce Postado em 31/12/2009 - 03:05:23
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anjodoce Postado em 31/12/2009 - 03:05:22
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anjodoce Postado em 31/12/2009 - 03:05:22
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anjodoce Postado em 31/12/2009 - 03:05:22
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anjodoce Postado em 31/12/2009 - 03:05:21
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anjodoce Postado em 31/12/2009 - 03:05:21
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