Fanfics Brasil - Doce descoberta - adaptada

Fanfic: Doce descoberta - adaptada


Capítulo: 34? Capítulo

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— Não pude esperar pelo seu pai. Peguei o trem e vim. Céus! Ele é cabeludo.


Dulce riu. Riu de verdade!


— Pretos. Como os de Christopher. Ele não é lindo?


As duas ficaram enaltecendo a beleza do bebê, e Christopher permaneceu quieto. Exceto pelo breve período após o aborto, Dulce mostrou-se luta­dora, capaz de suportar tudo e seguir em frente. Ele sabia disso, mas estava espantado com sua rapidez em superar a dor do passado.


— Espero que não esteja desapontada, mãe...


— Desapontada? — indagou Christopher. — Por que ela estaria?


— O quarto bebê de Tomáz também foi menino — explicou Dulce. — Diego é o oitavo neto seguido. Mamãe estava querendo uma neta.


— Isso não importa, querida — assegurou a mãe. — Desde que ele seja saudável.


Christopher aprovou o sentimento sensato. Se a sogra queria uma neta, que pedisse a Anahí, Tomáz ou Dérick.


— Ele é perfeito, mãe — informou Dulce, orgulhosa. — Talvez venha uma menina, na próxima vez.


Christopher não acreditava no que ouvia. Próxima vez? Como Dulce podia pensar numa próxima vez? Estava com amnésia?


Alexandra Uckerman chegou em seguida. Pedro, um amigo do clube de bridge, a trouxera de Gosford. Pedro começava a constar em sua vida. Ela progredira muito desde a época do spa.


Alexandra olhou para o bebê e emocionou-se.


— Oh, mas é a imagem exata de Christopher!


Dulce riu. Novamente. Talvez fosse um tipo de euforia que se seguia ao parto, racionalizou Christopher.


— Não há dúvida de quem é o pai — concordou, sorrindo-lhe amorosa. Alexandra sorriu para o filho também e Christopher manifestou-se:


— Desculpe-me por não ter produzido uma menina, mãe. — Tanto vovó Saviñon quanto vovó Uckermann pensavam em itens cor-de-rosa. — Terá de se contentar com um menino. — Principalmente porque Diego Alejandro seria seu único neto...


— Bem, querido, tenho certeza de que você e Dulce terão tanta alegria com seu filhinho quanto seu pai e eu tivemos com você — retrucou Alexandra, emocionada.


— Claro que sim — concordou Christopher. — Só estava pensando em você.


— Não se preocupe comigo, querido. — Para espanto de Christopher, a mãe enrubesceu. — Acho que não terei muito tempo para bajular meu neto.


Ele não disfarçou a surpresa.


— Está me dizendo que após anos ralhando...


— Ora, Christopher, você disse que não iam ter o bebê por minha causa. Estou feliz por você e Dulce. Encantada por tudo ter saído bem. E ele é perfeito. Um bebê absolutamente adorável...


Havia um "mas" à espreita.


— Um neto não basta para você? — indagou Christopher, irritado.


— Claro que sim — protestou a mãe, chocada por ele pensar que não. — Sei que vou amar Diego demais. E quando estiver em casa...


— Vai viajar?


— Estava tentando lhe contar... — Alexandra parecia uma adolescente. — Pedro me convidou para viajar com ele. E eu pensei... por que não?


Christopher ficou espantado com a reviravolta inesperada naquela amizade.


— Tem razão, mãe. Por que não? — Christopher a aconselhara a não se prender ao passado, e ela já estava viúva havia três anos. Se a companhia de Pedro preenchia sua vida, ela devia agradecer a oportunidade.


A mãe suspirou de alívio.


— Estou tão contente por você não se opor, querido.


— A escolha é sua, mãe — declarou Christopher, desejando que desse tudo certo para ela.


Alexandra enrubesceu mais.


— Como não adianta desperdiçar tempo... e não ficaremos mais jo­vens... já escolhemos um roteiro, e falta só um mês para a partida.


Christopher teve de sorrir com a repetição de seu próprio argumento sobre desperdiçar a vida.


— Para onde vão... Europa?


— Não... não... já estive lá com seu pai. Aparentemente, Pedro não cairia naquela armadilha.


— Vamos pegar um barco para descer o rio Amazonas! — anunciou Alexandra, os olhos reluzentes de expectativa.


— Você o quê? — As surpresas se sucediam num turbilhão.


— Será uma aventura e tanto, Christopher.


Sua mãe... uma aventureira! Havia menos de um ano, ela mal acei­tava sair de casa!


— Depois disso, planejamos um cruzeiro até o Alasca.


— Alasca! — repetiu Christopher, incrédulo.


— E depois há um santuário de vida selvagem maravilhoso no Quênia...


— Está bem — Christopher ergueu a mão. — Entendi. Agora você tem muito por que viver. Não precisa de um neto.


— Claro que preciso de um neto — protestou Alexandra, sem perceber que Christopher a provocava. — Vou adorar contar a Diego sobre esses lugares maravilhosos, quando ele for grande o bastante para entender.


— Nós todos vamos querer ouvir sobre as suas aventuras, Alexandra — afirmou Dulce, carinhosa.


— Minha querida Dulce. —Alexandra olhou para a nora. — Você é uma mãe linda.


— Obrigada. — Outro sorriso. — Não sei se vou suportar deixar Diego com uma babá, portanto, não deixe Christopher fazê-la se sentir culpada.


— É difícil — concordou Alexandra, sentando-se na cama para conver­sar. — Precisa me dar um conselho sobre meus cabelos, Dulce. Não poderei ir ao cabeleireiro por semanas quando estiver viajando. — Segurou a mãozinha de Diego. — Oh, que pele gostosa! Não é maravilhoso?


Christopher revirou os olhos e se isolou num canto. Mulheres, concluiu, definitivamente vinham de outro planeta. Dulce estava radiante, como se não tivesse quase morrido havia menos de vinte e quatro horas. A mãe dela apenas lamentava o fato de cor-de-rosa não entrar na ordem do dia, sem dar importância ao fato de a filha ter sobrevivido. Quanto a sua mãe... bem, ele a queria revitalizada, mas como podia estar fa­lando de si mesma, quando ela, dentre todas as pessoas, sabia a pro­vação que era dar à luz?


Alexandra quase morrera ao dá-lo à luz. Com certeza, ele não se esque­cera do que presenciara no dia anterior. Agora, entendia o que seu pai sentira, ao ver a esposa quase morrer.


Anahí chegou.


Agora, eram quatro mulheres tagarelando, mimando o bebê, esque­cidas da provação que ele impusera para chegar ao mundo. Seria algum tipo de conspiração feminina? Todas já haviam passado pelo parto, de uma forma ou de outra, e por isso, instintivamente, concordavam em esquecer o assunto? Bastava sobreviver e partir para o abraço?


Então, ele ouviu as palavras mais incríveis de sua vida. De Anahí! Aquela que dera à luz por último antes de Dulce.


— Só doze horas e nenhum ponto. Você teve um parto tranqüilo, Dulce!


Aquilo foi demais para Christopher.


— Tranqüilo? Está maluca, Anahí?


Quatro rostos femininos se voltaram para ele, com espanto, embora nenhuma delas entendesse por que ele estava tão alterado,


— Estive com Dulce em cada minuto dessas doze horas! — bradou ele. — E digo que não foi nada fácil.


— Já acabou, Christopher — observou a esposa, gentil.


— Só estava comparando com as doze horas que suportei — explicou Anahí. — E os seis pontos que levei...


— Pontos... — Christopher engoliu em seco e fechou os olhos, pálido com a descrição medonha. — Como... Como pode dizer que não foi nada? Foi terrível ver a agonia de Dulce.


Alexandra suspirou.


— Igual ao pai. — Lançou um olhar sábio a Dulce. — Meu marido desmaiava ao ver sangue. Terá de considerar isso com Christopher, se vai mesmo ter quatro filhos, querida.


— Não vamos ter quatro! — berrou Christopher. — Se acha que vou per­mitir que Dulce passe por isso mais três vezes...


— Christopher, o primeiro parto é sempre mais difícil — explicou Dulce, indulgente. — Geralmente, fica mais fácil a cada nascimento.


— Sim. O meu quarto parto foi tão rápido que nem cheguei ao hos­pital — comentou a mãe de Dulce, e olhou para a filha. — Os homens não lidam tão bem com a dor quanto as mulheres.


— Tem razão, mãe — concordou Anahí, pensativa. — Tinha me esquecido de como Alfonso ficou abalado no parto de Marcelino. Talvez não devessem permitir os pais na sala, embora deva dizer que foi bom poder segurar a mão dele.


— E partilhar a experiência — acrescentou Dulce, sorrindo para Christopher.


— Ajudou muito ter você perto de mim todo o tempo. Christopher estava confuso.


— Quer dizer... que quer mesmo passar por isso novamente? Dulce sorriu para o filhinho nos braços.


— Para ter outros três como ele, faria qualquer coisa. Amor...


Estava escrito no sorriso, no rosto reluzente, no brilho do olhar. Christopher emocionou-se. Quem era ele para impedir três bebês de receber um amor como aquele? Principalmente seus filhos.


— Bem, se para você está tudo bem, Dulce, acho que podemos, então concedeu.


Embora anotasse mentalmente que deveria tomar aulas de gerenciamento da dor e aprender técnicas de relaxamento. Devia haver mais do que aqueles exercícios de respiração.


Dulce sorriu.


— Não adianta ter uma casa linda se não a preenchermos com uma família.


Ela usava a lógica dele.


Christopher sabia quanto estava derrotado.


Quatro, refletiu.


Céus!



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Autor(a): natyvondy

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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 904



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  • stellabarcelos Postado em 13/04/2016 - 01:10:57

    Que fanfic linda! Amei amei amei

  • larivondy Postado em 18/10/2013 - 21:50:05

    noossa, Dul meio egoísta mas tadinha, tava mals, ameei a web!!

  • anjodoce Postado em 31/12/2009 - 03:05:24

    Sei que você já terminou de postar aqui a algum tempo, talvez nem venha mais aqui, eu também já terminei de ler a algum tempo, mas esqueci de dizer e preciso comentar, esta foi uma das mais belas histórias que eu já li no e-novelas.
    Assim como a Jessikavon, também espero que você volte a postar webs aqui algum dia... no mais, você sabe que é minha lindinha e torço muito por você,boa sorte com tudo o que for fazer, te adoro...
    Beijinhos da tua fã que te admira muito, muito, muito e que Papai do céu te abençoe sempre e sempre te ilunine em tua caminhada... *-*

  • anjodoce Postado em 31/12/2009 - 03:05:23

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  • anjodoce Postado em 31/12/2009 - 03:05:23

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  • anjodoce Postado em 31/12/2009 - 03:05:22

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  • anjodoce Postado em 31/12/2009 - 03:05:21

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  • anjodoce Postado em 31/12/2009 - 03:05:21

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