Fanfic: Jamais te esquecerei | Tema: Ponny

Anahí acordou e Rodrigo estava lá, sentado ao lado de sua cama, a lembrança do médico lhe dizendo o estado de Poncho dias antes a fez sentar de imediato, queria vê-lo queria estar com ele.

Rodrigo: Ei... – levantou-se apressado a tentando parar – Onde pensa que vai? – a segurava pelo braço.

Anahí: Eu quero ver o Poncho, me deixa – respondeu ríspida e Rodrigo trincou os dentes. Estava debilitada, a dias precisou de sedativos para se manter tranquila e ainda queria pular da cama daquela forma?

Rodrigo: Não, você não vai – devolveu serio e Anahí se esquivou dele.

Anahí: Você não manda em mim – deixou a cama arrancando o soro e saiu apressada pela porta, Rodrigo tentou a segurar, nem sabia ao certo se estava bem, havia sangue no chão, muito provável pela agulha arrancada sem cuidados do braço. Saiu a procurando pelos corredores, como não a encontrou foi ao posto das enfermeiras informando o acontecido. Anahí saiu disparada, mas sabendo que Rodrigo iria atrás de si, esperou escondida atrás de um carrinho que havia no corredor, assim que as enfermeiras entraram apressadas no quarto ela conseguiu alcançar o elevador e um minuto depois estava próxima ao quarto de Poncho, viu quando os médicos entraram apresados a sua procura e logo depois quando saíram sem a encontrarem. Com todo receio do mundo, tinha medo de que houvessem mentido, tinha medo de que ele não estivesse mais lá. Caminhou descalça pelo corredor, parou segurando a maçaneta da porta, após respirar fundo entrou e lá estava ele dormindo livre de todos os aparelhos, o sono sereno, tranquilo era tudo que a confortava, um sorriso coberto por lágrimas brotou em Anahí, era sua felicidade, ele estava vivo e bem, tudo que sempre sonhou, ele estava vivo e era isso que importava. Se aproximou e acariciou o rosto dele não o querendo acordar, aproximou-se ainda mais selando os lábios e foi nesse momento que Alfonso abriu os olhos sentindo o delicado beijo, quando ela se afastou ele voltou a fechar os olhos, tinha medo de ser sonho, não sabia quem era a moça. Anahí olhou para ele por mais um tempo e logo foi a lateral onde tinha algumas fotos, não encontrou a sua, havia deixado ali sua imagem com ele, onde estava? Ruth deveria ter tirado, filha da mãe, mas não importava, ele não ficaria naquele hospital por muito tempo e o tempo que ficasse ela estaria por perto. Poncho a observava, não conseguia entender porque ela chorava, assim como não conseguia entender porque se sentia estranho, era algo novo, diferente, ela diferente das outras pessoas o fazia se sentir bem, o coração batia feito louco e as pernas formigavam o incomodando. Quando ela se virou mais uma vez para ele, Poncho tratou de fechar os olhos, queria que ela o tocasse outra vez, Anahí se aproximou voltando a selar a boca a dele e saiu. Poncho sorriu satisfeito mesmo sem conseguir entender o porque.

Assim que voltou ao quarto recebeu um belo sermão, mas pouco se importava, havia visto seu amor, ele estava bem e isso bastava, dane-se o que pensavam.

*****

Ruth estava disposta a recomeçar sua vida com o filho, Poncho estava vivo, mas sabia que se ele soubesse a verdade, que ela havia desistido dele, da vida dele, poderia se virar contra si, isso não poderia acontecer, mas o que fazer para isso não acontecer? Andava pela sala pensativa, estava realmente preocupada com isso.

Dulce: Tia? Algum problema? – questionou se jogando no sofá.

Ruth: Eu estava aqui pensando.... quando Poncho souber que autorizamos o desligamento da maquinas ele vai me odiar – Dulce a olhou entendendo, ficou pensativa por um minuto se colocando no lugar da tia.

Dulce: Talvez não... se contarmos para ele que os médicos não nos dava esperanças e que você estava pensando no sofrimento dele – tentou e Ruth balançou a cabeça.

Ruth: Não... não posso correr esse risco, o ideal seria ele nunca tomar conhecimento disso. Ele não precisa saber Dulce, não precisa sofrer com isso, mas Anahí vai contar, vai contar do jeito dela, vai querer se tornar a heroína dessa historia – considerou chorosa se acomodando ao lado da sobrinha.

Dulce: O que esta pensando em fazer? – questionou dando razão a tia, Anahí contaria.

Embora Dulce acreditasse que o melhor seria contar tudo e enfrentar as consequências, um dia ele entenderia, não ficaria contra a tia, considerava que ela já havia sofrido demais com tudo aquilo e precisa de apoio em suas decisões.

Ruth: Ainda não sei, mas pensarei em algo, por enquanto não conte nada a ele – pediu e Dulce assentiu, não contaria até porque achava que isso não lhe cabia.

Quando Ruth chegou no hospital naquela tarde foi direto a diretoria do hospital, pediu ao chefe da equipe o silencio referente a ações e decisões tomadas referente ao aparelhos que mantiveram o filho vivo por aquele período, Poncho só saberia a verdade de sua boca, faria o possível e impossível para manter esse segredo e no momento certo contaria a ele a verdade mostrando todos os detalhes que a fizera tomar aquela decisão. Os médicos não se opuseram, afinal era uma questão de família.

Quando entrou no quarto do filho, Poncho se alimentava com a ajuda de uma enfermeira, logo Ruth lhe tomou o lugar e passou a dar na boca do filho, uma mistura pastosa de legumes e verduras com carne, uma espécie de sopa grossa que ele tomava se engasgando de vez em vez.

Ruth: Vamos com calma meu amor – sorriu e Poncho a olhou sem entender, não conseguia escutar nada do que era dito, mas estava com fome, aquela comida lhe parecia saborosa, não importava o que aquela mulher dizia, ela sempre estava por perto, já havia se acostumado com sua presença, mas ainda procurava a morena de olhos azuis, onde ela foi? Quando voltaria? – Ficaremos bem meu anjo, agora você vai se recuperar – sorriu e Poncho continuava concentrado na colher parada no meio do caminho, será que aquela mulher não entendia que tinha fome?

Ruth passou a tarde naquele quarto, assim que o filho pegou no sono ela saiu o deixando sozinho, Anahí recebia alta no andar de cima e com ajuda de Rodrigo chegou ao quarto do namorado, quando entrou ele estava novamente dormindo, mas assim que ela se aproximou o acariciando o rosto como da outra vez Poncho abriu os olhos e ela se pos a chorar.

Anahí: Você.... você acordou meu amor – sorriu secando as lágrimas. Poncho se sentia perdido, gostaria de entender o que ela dizia, a via sorrir e mexer a boca, fechou os olhos ao sentir uma pontada na cabeça – O que foi? – se preocupou com a expressão sofrida dele, assustada o tocou no rosto e recebeu a mão do amado a segurando, aquele toque, aquele carinho, Deus era bom demais o ter de volta, Poncho sentiu um estalo seguido de um zunido nos ouvidos, deixou a mão dela levando as mãos tremulas aos ouvidos o cobrindo e deixando Anahí em desespero. – Amor... Poncho – enfim ele escutou, os olhos pararam sobre ela, a vendo em sua frente assustada, ele parou, o zunido continuava, a cabeça doía, mas aquela voz familiar, doce o chamou a atenção – Você está bem? – questionou e ele piscou sem saber como responder, ela sorriu com a carinha perdida dele – Eu te amo, que bom que voltou, eu morreria sem você – declarou se aproximando dele mais uma vez e Poncho se viu ansioso para que ela tocasse novamente seus lábios, mas dessa vez ela o beijou na testa – Preciso ir, amanhã eu volto – ele queria fazer algo, queria que ela ficasse, mas como? Nem sabia quem era, se era realidade ou sonho, esse anjo só aparecia as vezes e sempre quando ele estava sozinho.

Jhulya Grazioli: vamos ver se ele vai se lembrar dela :/ Continuando