Fanfics Brasil - Capítulo 11 O poder de sedução - AyA

Fanfic: O poder de sedução - AyA | Tema: Rebelde, AyA, Ponny, Anahi, Alfonso


Capítulo: Capítulo 11

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Apesar de estar tensa quando se deitou na cama, Anahí dormiu profundamente e despertou cheia de otimismo. Tinha sido uma tola em deixar que aquele homem a deixasse tão nervosa; trataria de evitá-lo no futuro. Christian podia encarregar-se de todos os detalhes referentes à venda das ações.


Cantarolando uma melodia, deu de comer a Samantha e felicitou à orgulhosa mãe pelos filhotinhos; depois preparou uma torrada. Não tinha adquirido o hábito inglês de tomar chá, assim bebeu café. Acabava de servir a segunda xícara quando Maite chamou pela janela da porta de trás. Anahí se levantou para abrir e reparou na expressão preocupada que escurecia o rosto habitualmente risonho de sua amiga.


-Aconteceu alguma coisa? -perguntou-lhe-. Espera, antes responda, quer  uma xícara de café? Maite fez uma careta.


-Café? Ainda não se habituou ao chá! Não, Jess, acho que deveria ver isto. É um artigo cheio de má intenções, e precisamente agora que começavam a esquecerem desse assunto desagradável. Preferia não lhe mostrar isso, Koko insistiu que não devia mostrar, mas, de qualquer maneira, você teria visto quando saísse de casa, que preferisse não ver na rua.


Sem dizer nada, Anahí esticou a mão para pegar o jornal, embora já soubesse do que se tratava. Maite tinha aberto o jornal nas páginas sociais, onde estavam duas fotografias. Uma, é obvio, mostrava Alfonso beijando-a. Considerando friamente, chegou à conclusão de que era uma boa foto. Nela apareciam Alfonso, forte e moreno, e ela, com sua constituição mais miúda, beijando-se por cima da mesa do restaurante. A outra foto tinha sido tomada quando saiam do restaurante e Alfonso  tinha  as mãos em seus ombros: olhava-a com uma expressão que a fez estremecer. Na rosto dele se via uma clara expressão de desejo; ao recordar o que tinha acontecido quando a tinha levado para casa, Anahí se perguntou de novo como Alfonso tinha sido capaz de parar ao vê-la assustada.


Mas Maite estava apontando a coluna que acompanhava às fotografias, e Anahí se sentou para ler. Estava escrita com um estilo engenhoso e sofisticado, embora em um determinado momento, a colunista tinha dado rédea solta ao veneno. Anahí sentiu uma sensação de náuseas enquanto lia por alto o texto impresso.


 


Ontem à noite a conhecida Viúva Negra de Londres esteve envolvendo em sua teia outra vítima encantada.  Alfonso Herrera, o esquivo multimilionário grego, parecia estar completamente cativado pelos encantos da Viúva. É possível que esta já tenha dilapidado o dinheiro que lhe deixou seu falecido marido, o admirado Robert Portilla? Sem dúvida, Alfonso pode ajudá-la a manter o estilo de vida a que está acostumada, embora, conforme indicam todas as fontes, pode ser que A Viúva não tenha tanta facilidade para caçá-lo como teve com seu primeiro marido. Podemos apenas nos perguntar qual dos dois acabará ganhando. A Viúva não parece deter-se ante nada, mas o mesmo cabe dizer de sua presa. Seguiremos os acontecimentos com interesse.


 


Anahí soltou o jornal em cima da mesa e fixou o olhar no vazio; não devia deixar-se incomodar pelos falatórios. E mais, já deveria estar acostumada, depois de cinco anos. Não obstante, parecia que, longe se tornar resistente, estava-se tornando cada vez mais sensível às críticas. Antes tinha  Robert para animá-la, para mitigar a dor e fazê-la rir, mas já não tinha  ninguém. Devia suportar toda a dor sozinha.


A Viúva Negra... Tinham lhe dado esse apelido depois da morte de Robert. Antes, pelo menos, chamavam-na por seu próprio nome. Os irritantes comentários sempre tinham sido mal intencionados, embora sem chegar ao extremo da difamação. Ela, de todas maneiras, não teria empreendido nenhuma ação legal. A publicidade gerada por um julgamento teria sido ainda mais desagradável, e ela desejava levar uma vida tranqüila, com seus poucos amigos e seus pequenos prazeres. Inclusive teria retornado aos Estados Unidos... A não ser pelos interesses financeiros de Robert. Tinha preferido ficar para zelar por eles e fazer uso dos conhecimentos que seu marido havia lhe incutido. Robert quereria assim, e ela sabia.


Maite a observava com preocupação, de modo que Anahí se obrigou a respirar profundamente para poder falar.


-Um texto horrível não é? Quase havia me esquecido quanto cruéis podem chegar a ser... Mas não cometerei o erro de me verem outra vez. Não vale a pena.


-Mas não pode ficar a vida toda se escondendo -protestou Maite-. É muito jovem. É injusto que a tratem como se fosse uma... Uma leprosa!


Uma leprosa... Que pensamento tão espantoso! Mas Maite não estava tão longe da verdade, embora ninguém tenha a obrigado ainda a partir da cidade. Ainda era bem recebida em uns poucos lares.


Maite optou por mudar de assunto; embora Anahí tentasse fingir indiferença, seu rosto tinha empalidecido e adquirido uma expressão de angústia. Sua amiga apontou a foto no jornal e perguntou:


-O que me diz deste homem, Jess? É muito bonito! Quando o conheceu?        


-O que? -Anahí abaixou o olhar e enrubeceu enquanto contemplava a foto em que Alfonso a beijava. - Ah!... Conheci ele ontem mesmo.


-Caramba! Ele é dos rápidos! Parece um tipo forte e dominante, e que tem uma reputação incrível. Como é?


-Forte, dominante e incrível -Anahí suspirou-. Justo como acaba de dizer. Espero não ter que voltar a vê-lo nunca mais.


-Você é tola! -exclamou Maite indignada-. Sério, Jess, ele é incrível. A maioria das mulheres daria tudo para sair com um homem como este, bonito e rico, e você,  no entanto, não se interessa.


- Os homens ricos me dão medo. -respondeu Anahí afável-. Já vi uma amostra do que diriam de mim. Não quero passar por isso outra vez.


-OH! Sinto muito, Jess -desculpou-se Maite-. Não tive a intenção. Mas é que...  Alfonso Herrera!


Anahí não queria pensar em Alfonso; desejava esquecer tudo o que aconteceu na noite anterior. Depois de observar a cara pálida e absorta de seu amiga, Maite lhe deu um tapinha no ombro e partiu. Anahí continuou ali sentada, por algum tempo, com a mente em branco; quando se levantou para depositar a xícara e o prato na pia, a situação pareceu transbordar repentinamente e deixou que as lágrimas fluíssem sem reprimi-las.


Uma vez cessado o ataque de choro, sentiu-se exausta; encaminhou-se para a sala de estar para deitar-se no sofá, mas recordou como Alfonso tinha estado ali com ela, assim preferiu sentar-se em uma cadeira. Ergueu os pés, apoiando-os em uma poltrona, e envolveu as pernas com a camisa. Sentia-se morta, vazia por dentro; quando o telefone tocou, ficou olhando o aparelho durante vários instantes,  atordoada, antes de atende-lo.


-Alô -respondeu em tom lânguido.


-Anahí?


Retirou o fone do ouvido ao ouvir a voz profunda e desligou-o com irritação.


Quando a campanhia da porta tocou, alguns minutos depois, Anahí continuou sentada onde estava, decidida a não responder, mas após um momento ouviu que Christian a chamava em voz alta e se levantou.


-Bom dia -saudou-o enquanto ele a observava com atenção. Parecia cansada.


-Li o jornal. -disse Christian brandamente-. Suba  lave o rosto e se vista. Depois me contará tudo. Queria tela chamado ontem, mas tive que me ausentar da cidade. Vamos, querida, suba de uma vez.


Anahí fez o que ele pedia; lavou o rosto com abundante água fria e desembaraçou o cabelo. Depois tirou a camisa e a saia e pôs um bonito vestido de alças, branco com flores azuis. Apesar de seu atordoamento, alegrava-se com a chegada de Christian. Com seu frio intelecto, seu advogado seria capaz de escutá-la e ajudá-la a entender suas próprias reações. Christian era capaz de analisar os sentimentos de uma pedra.


-Assim esta muito melhor. - disse ele com aprovação ao vê-la aparecer na sala de estar-. Bom, está claro que meus temores estavam corretos. É evidente que Herrera se sentiu atraído por você. Mencionou o assunto do Dryden?


-Sim -respondeu Anahí, - e conseguiu lhe dirigir um sorriso-. Vou vender as ações. Mas não pense que tudo foi fácil. Foi como se fossemos cão e gato. Perto dos comentários que ele fez sobre meu casamento, essa coluna de jornal é mínima... Esta manhã ele me ligou e não quis falar com ele. Será melhor  não voltar a vê-lo nunca mais, se você puder se ocupar de todos os detalhes da venda das ações.


-Claro que posso -apressou-se a responder Christian-. Mas você subestima esse homem. A julgar pela foto do jornal, ele quer mais do que suas ações do HerreraTech.


-Sim -admitiu Anahí-, mas é inútil. Não poderia suportar outra vez esse tipo de publicidade. E Herrera atrai jornalistas e fotógrafos as dúzias.


-Certo. Mas quando deseja que não publiquem alguma coisa, não publicam. Ele tem um poder enorme.


- Por acaso você esta sempre do lado dele, Christian? -perguntou Anahí com assombro-. Não compreende que essa atração é meramente temporária, que ele quer somente uma aventura?


Christian deu de ombros.


-Como a maioria dos homens. -disse Christian cinicamente-. A princípio.


-Bom, pois não me interessa. Por certo, venderei as ações pelo preço da bolsa. Ele ofereceu muito mais, mas não aceitei.


-Vejo que segue os princípios de Robert -comentou Christian.


-Não me venderei!


-Nem eu esperava que o fizesse. Gostaria de ter presenciado sua reunião, deve ter sido muito interessante.- Christian sorriu; seu rosto sereno e aristocrático refletiu o humor cínico que se ocultava atrás de suas maneiras elegantes e controladas.


-Muito, embora quase tenha acabado em assassinato.- de repente, Anahí se lembrou e sorriu de forma natural pela primeira vez desde que tinha lido a desagradável coluna do jornal. - Christian, Samantha teve cinco filhotes ontem à noite.


- Demorou. - observou ele-. O que pensa fazer com eles? Serão cinco filhotes ruidosos em casa, como vai agüentar?


-Darei de presente para alguém, quando tiverem idade suficiente. Há muitas crianças no bairro; não será difícil encontrar alguém que os queira.


-Você acredita? Alguma vez tentou dar de presente algum filhotinho de pai desconhecido? Quantas fêmeas são?


-Como vou saber? -disse ela, voltando a rir.


Christian sorriu zombeteiro e a seguiu até a cozinha, onde Anahí lhe mostrou orgulhosa os cachorrinhos, que permaneciam aconchegados em um pequeno monte. Samantha observava Christian atentamente, pronta para morde-lo se chegasse muito perto de seus bebês, mas ele, que conhecia bem o caráter da cadela, manteve-se a uma distancia prudente. Christian era muito meticuloso para ser amante dos animais, coisa que Samantha percebia.


-Vejo que não fez chá. -comentou olhando para a cafeteira-. Ponha água para esquentar, querida, e me conte mais detalhes de sua reunião com Herrera. O ambiente esquentou muito, ou estava brincando?


Suspirando, Anahí encheu um bule com água da torneira e a colocou no fogão.


-A reunião foi decididamente pouco amistosa. Hostil, inclusive. Não se engane por essa fotografia, Christian; Herrera fez isso para me castigar e me obrigar a fechar a boca. Não sei se... -ia dizer que não sabia com segurança se podia confiar nele ou não, mas o som da campanhia a interrompeu; Anahí engoliu em seco e sentiu um calafrio percorrendo suas costas-. Meu Deus é ele. Desliguei o telefone na cara dele e deve estar furioso.


-Serei valente e irei abrir a porta enquanto você prepara o chá -sugeriu Christian, usando o pretexto para falar com Herrera antes que ele pudesse magoar Anahí ainda mais. A habitual expressão de angústia tinha desaparecido dos olhos desta, mas ainda continuava magoada e vulnerável, e era incapaz de defender-se de alguém como Herrera.


 


 



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Autor(a): livros adaptados aya

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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 5



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  • losAsiempre Postado em 18/02/2016 - 22:19:08

    Olá leitora nova, e adorando a fic!!

  • nandacolucci Postado em 21/10/2015 - 21:38:54

    o que foi isso cara kkkk alfonso muito safado ainda bem que ele não fez nada, e esses fotografos metidos aff continuaaaa

  • Postado em 11/10/2015 - 08:47:50

    continuaaaa aê

  • nandacolucci Postado em 07/10/2015 - 23:47:05

    que drama da anahi haha e nasceu os cachorrinhos alfonso ajudando continuaaa

  • nandacolucci Postado em 07/10/2015 - 07:14:20

    1 leitora continuaaaaa


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