Fanfics Brasil - Capítulo 19 O poder de sedução - AyA

Fanfic: O poder de sedução - AyA | Tema: Rebelde, AyA, Ponny, Anahi, Alfonso


Capítulo: Capítulo 19

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Alfonso tinha cometido o engano de lhe soltar o braço, e Anahí se virou furiosamente para ele e lhe deu um tapa na cara com tanta força que a palma da mão ardeu. Pôs-se a chorar e engoliu em seco para tentar reprimir as lágrimas que corriam por suas faces, em um novo intento de escapar, começou a lutar contra Alfonso. Os resultados foram os mesmos: ele se limitou a segurá-la e a impedir que lhe desse mais golpes, até que ela ficou esgotada e sem respiração. A ira e a dor se mesclavam com seu sentimento de estar indefesa, de frustração, pois era incapaz de faze-lo compreender quão equivocado estava a respeito dela. Finalmente, deixou de lutar contra as lágrimas. Com um dolorido soluço, enterrou a cara no ombro do Alfonso e cedeu a sua tormenta emocional.


-Anahí! -exclamou ele com os dentes apertados, embora ela o tivesse ouvido nem prestou atenção. Sabia que Alfonso estaria furioso pela bofetada que acabava de receber. Não era um homem que permitisse que ninguém fosse homem ou mulher, o batesse e saísse impune. Mas nesse momento não lhe importava.


Seu delicado corpo tremia com a convulsiva força de seu choro. Jamais acabaria. Jamais cessariam as fofocas e as insinuações sobre seu casamento. Embora Alfonso não permitisse que outros falassem disso, ele mesmo acreditava em todas aquelas mentiras. O que não parecia compreender era que Anahí podia suportar que outros a insultassem, mas não consegui suportar que ele a insultasse, porque o amava.


-Anahí -sua voz era agora mais baixa e suave, e a intensa força que seus dedos exerciam sobre o braço dela se relaxou. Anahí notou que lhe acariciava as costas passando as mãos brandamente para cima e para baixo, e se aconchegou mais contra seu corpo.


Com ternura, Alfonso ergueu-lhe o rosto, e limpou as lágrimas e o nariz com seu lenço, como se fosse uma menina pequena. Ela ficou olhando-o com os olhos ainda brilhantes pelas lágrimas, e através destas pôde ver a marca vermelha que tinha deixado em sua face, ali onde o tinha esbofeteado. Tocou-a com dedos trêmulos.


-Eu... Sinto muito -disse, desculpando-se com voz rouca por causa do choro.


Sem dizer uma palavra, Alfonso virou a cabeça e lhe beijou os dedos; depois se abaixou mais e apertou-a contra si; antes que ela pudesse recuperar o fôlego, ele já a estava beijando; sua boca, ardente, feroz e faminta como a de um animal indômito, começou a saboreá-la, a mordê-la, a explorá-la. Sua mão procurou os seios de Anahí e continuou baixando, deslizando-as por seus quadris e suas coxas até chegar a seus Kokohos, introduzindo-as com impaciência sob o tecido de seu vestido.


Horrorizada Anahí compreendeu que Alfonso tinha perdido o controle, o domínio  de sua vontade por sua própria ira e pela resistência dela, pelo contato do suave corpo que se contorcia e se esticava contra ele. Nem sequer parecia disposto a lhe dar tempo de responder a seu beijo, e o medo fez seu coração se acelerar, pois tinha consciência de que dessa vez seria incapaz de detê-lo.


-Alfonso, não. Aqui, não. Não! - sussurrou com voz feroz e terna ao mesmo tempo. Não tentou resistir, consciente de que, a essa altura, isso só serviria para excitá-lo ainda mais. Ele estava machucando-a; percorria com as mãos todo seu corpo, tocando-a ali onde nenhum homem a havia tocado antes, tirando-lhe a roupa.


Anahí ergueu as mãos e emoldurou com elas o rosto dele, repetindo seu nome com suavidade, com urgência, algumas vezes, até que, de repente, ele a olhou nos olhos e ela compreendeu que tinha conseguido captar sua atenção.


Um espasmo cruzou o semblante de Alfonso; apertou os dentes e amaldiçoou baixinho. Ajudou Anahí a ficar de pé, tirando-a do colo e se levantou como se  sentisse dolorido. Ficou olhando-a um momento, enquanto ela recuava até a mesa em busca de apoio; depois amaldiçoou de novo, afastou-se alguns passos e permaneceu de costas para ela enquanto massageava a nuca com gesto cansado.


Ela contemplou suas largas e musculosas costas em silêncio, sem lhe dizer nada, pois não sabia se seria prudente fazê-lo. O que devia fazer agora? Queria ir embora, mas suas pernas tremiam tanto que não estava certa de poder caminhar sem ajuda. E tinha o vestido amarrotado e desabotoado. Com dedos moles e lentos, arrumou a roupa o melhor que pode, e olhou para Alfonso, insegura. Tinha a aparência de um homem que lutava consigo mesmo, e Anahí não queria fazer nada que pudesse incomodá-lo. Mas o silêncio estava tão denso entre ambos que se sentiu incomodada, de modo que obrigou a suas pernas bambas a moverem-se, com a intenção de recolher a bolsa e sair dali antes que a situação piorasse.


-Não irá a nenhum lugar.- disse ele em voz baixa, e Anahí se deteve. Então Alfonso se voltou para ela, com uma expressão de cansaço em seu rosto moreno-. Sinto muito -disse suspirando-. Eu a machuquei? - Aquela desculpa era o oposto da reação que Anahí tinha esperado; por um momento, foi incapaz de dar uma resposta. Logo negou com a cabeça lentamente e ele pareceu relaxar. Aproximou-se dela e, passou-lhe um braço ao redor da cintura, convidando-a a apertar-se contra ele com suave insistência. Sem resistir, Anahí recostou a cabeça no ombro confortador.


-Não sei o que dizer -murmurou Alfonso-. Quero que confie em mim; mas, em vez disso, a assustei.


-Não diga nada. -respondeu Anahí, tendo recuperado o domínio de sua voz-. Não é necessário que comecemos de novo. Não assinarei o documento, e não há mais nada a dizer.   


-Não queria insultá-la,  era só uma simples necessidade jurídica.


-Mas eu não sou sua amante. -afirmou ela-. Portando esse documento não é necessário.


-Ainda não. -conveio Alfonso-. Como disse, meu advogado se antecipou a meus desejos. Equivocou-se.- seu tom de voz não pressagiava nada bom para o pobre advogado, embora Anahí estivesse agradecida a aquele homem desconhecido. Ao menos, sabia com exatidão o que Alfonso pensava dela, e preferia saber a dolorosa verdade antes que viver um sonho.


-Talvez seja melhor não voltarmos a nos ver. -começou a dizer, mas ele lhe apertou o braço com uma expressão sombria no semblante.


-Não seja ridícula. -respondeu-. Não a deixarei ir, então não gaste saliva dizendo isso. Prometo me controlar melhor no futuro e, agora, esqueceremos o que houve..


Retirando a cabeça de seu ombro, Anahí lançou-lhe um olhar frio. Seria verdade que ele pensava que poderia esquecer que a considerava uma dessas mulheres que se vendiam por um preço? A revelação feria-lhe o coração como uma faca, mas igualmente dolorosa era a certeza de que não desejava que Alfonso desaparecesse de sua vida. A idéia de não voltar a vê-lo nunca mais a fazia se sentir desolada. Estava arriscando seu bem-estar emocional, flertando com o desastre, mas não podia afastar-se dele, do mesmo modo que não podia obrigar-se a si mesma deixar de respirar.


Transcorreram várias semanas durante as quais as coisas foram mais tranqüilas, como se Alfonso estivesse se esforçado por comportar-se o melhor possível, e Anahí conseguiu manter sua dor de lado. Ele insistia que ela o acompanhasse a todos os compromissos sociais a que era convidado e que fosse a anfitriã sempre que organizava uma festa.


A tensão começava a afetá-la. Em uma das festas que os convidaram, sentiu-se abatida e escapou para a frescura do jardim escuro, onde inalou profundamente para encher seus pulmões do ar frio e doce; no ambiente carregado da sala, sentira-se incapaz de respirar. Durante as semanas transcorridas desde que conhecera Alfonso, tinha aprendido a relaxar nas reuniões sociais, mas ainda sentia a necessidade de estar sozinha de vez em quando, coisa que tinha podido fazer em muitas ocasiões, Alfonso possuía a força de um vulcão, expelia ordens e arrastava os outros no rio de lava de sua autoridade. Anahí não sabia com segurança onde estava nesse momento, mas aproveitou seu descuido para procurar a tranqüilidade do jardim.


Nessa mesma noite, antes de irem à festa, tinham tido uma acalorada discussão pela constante negativa de Anahí de lhe vender as ações; a primeira discussão depois da cena terrível do escritório. Alfonso não estava disposto a ceder o mínimo; estava furioso porque ela continuava desafiando-o, e inclusive tinha chegado a acusá-la de tentar enganá-lo para que aumentasse a quantia de sua oferta. Consternada por sua falta de compreensão e cansada de tantas discussões, Anahí tinha agarrado o documento e, depois de assiná-lo, tinha jogado ao chão em um átimo de ira.


-Muito bem, ai esta! -exclamou furiosa. Somente quando ele se inclinou para recolher o papel, dobrar e guardar no bolso, ela reparou no brilho especulativo de seus olhos, e compreendeu que tinha cometido um engano. Ao assinar o documento, depois que ele a tinha acusado de estar resistindo para obter um preço mais alto, só tinha conseguido que Alfonso se convencesse de que tinha estado fazendo precisamente isso: aguardando o momento adequado e esperando que ele oferecesse uma quantia mais alta. Mas já era muito tarde para desfazer o erro, e Anahí conseguiu dominar as lágrimas que vieram em seus olhos, provocadas pela dor que lhe causavam as suspeitas dele.


Enquanto dava um passeio pelo atalho de cascalho branco, perguntou-se se a tranqüilidade que tinha imperado ultimamente em sua relação teria ficado destruída sem remédio. Alfonso tinha deixado de pressioná-la para que fizessem amor; de fato, mostrava-se cada vez mais terno, como se estivesse começando a sentir algo sério por ela.


Tal pensamento fez Anahí estremecer, pois seria um sonho a se tornar realidade. Alfonso tinha dominado sua impaciência natural e a tinha mimado de mil maneiras, e ela já não conseguia lutar contra o amor que sentia por ele. Nem sequer queria lutar contra isso, há tal ponto estava sob à influência de Alfonso.


Mas era possível que houvesse perdido tudo isso. Jamais deveria ter assinado a venda das ações! Tinha cedido a suas táticas em um acesso de ira, e com isso somente tinha conseguido reforçar a imagem de mercenária que Alfonso tinha dela. Em um momento, tinha perdido o terreno ganho até então no afeto de Alfonso.


Caminhando lentamente, com a cabeça abaixada enquanto fantasiava com a idéia de se casar com  Alfonso e ser a mãe de seus filhos, coisa que agora era um fato improvável, Anahí ouviu repentinamente um murmúrio de vozes. Sem se dar conta tinha chegado onde se encontrava um casal. Deteve-se imediatamente, embora eles não pareciam ter percebido sua presença. Eram apenas uma imprecisa sombra na escuridão; o azul claro do vestido de festa dela se fundia com a cor escura da jaqueta dele enquanto se abraçavam.


Procurando mover-se em silêncio, Anahí recuou com a intenção de afastar-se sem que a vissem, mas, nesse momento, a mulher deixou escapar um intenso suspirou e ofegou:


-Alfonso! Ah, Alfonso...


Anahí notou que suas pernas se negavam a se mover, como se não tivessem forças.


-Alfonso? Seu Alfonso?


Sentia-se muito aturdida para sentir dor; não acreditava que pudesse ser ele. Finalmente, conseguiu voltar-se para olhar de novo o casal abraçado. Dulce. Era Dulce, sem dúvida. Anahí tinha reconhecido sua voz. E Alfonso? A cabeça de cabelos escuros, os ombros poderosos... Podia ser Alfonso, embora não tivesse certeza. Então, ele ergueu a cabeça e murmurou:


-O que aconteceu, Dulce? Ninguém a quis, sendo uma mulher tão linda?


-Não, ninguém -sussurrou ela-. Estive esperando você.


- Estava tão segura de que eu voltaria? -inquiriu ele, com uma nota de diversão na voz enquanto erguia mais a cabeça para contemplar o formoso rosto de sua acompanhante.


Anahí deu meia volta, pois não desejava vê-lo beijar aquela mulher outra vez. A dor tinha começado ao perceber que Alfonso era o homem que abraçava Dulce com tanta paixão, mas se obrigou a contê-la, do contrario, poria-se a chorar e cairia no ridículo; então ergueu o queixo com arrogância e ignorou a dor que lhe oprimia o peito, a faca que lhe rasgava as entranhas. Ouviu que pronunciavam seu nome atrás dela, mas cruzou rapidamente o jardim, entrou na casa e se misturou com as pessoas. Alguns  sorriram e se dirigiram a ela, e Anahí deu um tolo sorriso com lábios rígidos e caminhou com calma até o bar.


Os convidados se serviam eles mesmos as bebidas, e Anahí se serviu uma generosa taça de vinho branco e tomou um gole enquanto andava com passos firmes pelo ambiente, sorrindo, mas sem tomar parte de nenhuma conversa. Nesse momento se sentia incapaz de falar com alguém; limitar-se-ia a andar pela sala, beber de sua taça de vinho e esforçar-se por dominar a violenta pontada de dor que sentia em seu interior. Não sabia com certeza como iria embora da festa, se teria força suficiente para ir com Alfonso ou se seria preferível chamar um táxi, mas se preocuparia com isso mais tarde. Mais tarde, quando tivesse bebido bastante vinho para amortecer seus sentidos.



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Autor(a): livros adaptados aya

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Pela canto do olho, viu que Alfonso avançava para ela com sombria determinação. Virou-se para a esquerda e começou a falar com o casal que encontrou, admirada pela naturalidade com que sua voz saía. Então, antes que pudesse se afastar, uma mão forte se fechou sobre seu ombro e Alfonso disse com calma: -Anahí, querida, ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 5



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  • losAsiempre Postado em 18/02/2016 - 22:19:08

    Olá leitora nova, e adorando a fic!!

  • nandacolucci Postado em 21/10/2015 - 21:38:54

    o que foi isso cara kkkk alfonso muito safado ainda bem que ele não fez nada, e esses fotografos metidos aff continuaaaa

  • Postado em 11/10/2015 - 08:47:50

    continuaaaa aê

  • nandacolucci Postado em 07/10/2015 - 23:47:05

    que drama da anahi haha e nasceu os cachorrinhos alfonso ajudando continuaaa

  • nandacolucci Postado em 07/10/2015 - 07:14:20

    1 leitora continuaaaaa


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