Fanfics Brasil - Capítulo 2 O poder de sedução - AyA

Fanfic: O poder de sedução - AyA | Tema: Rebelde, AyA, Ponny, Anahi, Alfonso


Capítulo: Capítulo 2

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Diante dela se estendia uma ampla antessala, discretamente mobiliada com cadeiras estofadas em marrom e dourado e um carpete de cor chocolate. Situada junto a  enormes portas duplas havia uma mesa grande, atrás da qual estava sentado um homem esbelto e moreno, que se levantou o vê-la entrar.


Seus olhos negros e frios a olharam de cima abaixo enquanto cruzava a sala e se aproximava dele, e Anahí começou a se sentir como se acabasse de quebrar alguma lei.


-Boa tarde! -disse mantendo um tom de voz neutro.- Sou a senhora Portilla.


Os olhos negros do homem a percorreram de novo, quase com desprezo.


-Ah, sim. Por favor, sente-se, senhora Portilla. Lamento que o senhor Herrera esteja ocupado. Mas poderá recebê-la em breve.


Anahí fez uma inclinação de cabeça, escolheu uma das confortáveis cadeiras, sentou-se e cruzou as pernas com elegância. Procurou não deixar transparecer expressão alguma em seu rosto, mas interiormente sentia desejos de atirar pregos nos olhos do rapaz. Sua atitude a tirava do serio; tinha um ar de condescendência que a fazia desejar apagar aquela expressão presunçosa da cara.


Após dez minutos, perguntou-se se teria que esperar ali indefinidamente até que Herrera se dignasse a recebê-la. Olhou o relógio e decidiu aguardar outros cinco minutos; depois teria que ir, se quisesse chegar a tempo em sua consulta com o dentista.


O interfone da mesa rompeu ruidosamente o silêncio, e Anahí ergueu os olhos enquanto o secretário atendia um dos três telefones.


-Sim, senhor. -disse secamente antes de pendurar o aparelho no gancho. Tirou uma pasta de um dos arquivos metálicos que havia a seu lado e depois o levou a sala contígua; retornou quase imediatamente e fechou as portas duplas atrás dele. Pelo visto, Herrera ainda demoraria a atendê-la e os cinco minutos já tinham passado. Anahí descruzou as pernas e se levantou.


O secretário arqueou friamente as sobrancelhas, interrogando-a sobre suas intenções.


-Tenho que ir a  outro compromisso. -explicou ela com tranquilidade, negando-se a pedir desculpas por sua saída. - Possivelmente o senhor Herrera poderá me chamar quando dispuser de mais tempo.


No semblante do secretário se desenhou uma evidente expressão de indignado assombro enquanto Anahí pegava sua bolsa e se dispunha a ir embora.


-Mas você  não pode partir... -começou a dizer.


-Oh.... Mas é claro que posso. -interrompeu-o ela, abrindo a porta.- Tenha um bom dia.


Caminhou até o carro fazendo repicar os saltos com fúria sobre o chão, mas respirou fundo, várias vezes antes de pôr o carro em movimento. Era absurdo permitir que a atitude daquele homem a alterasse;  Simplesmente faria pouco caso do ocorrido, como tinha aprendido a fazer quando a criticaram por casar-se com  Robert. Tinha aprendido a ser forte, a sobreviver.


Depois da visita ao dentista, que durou pouco tempo, pois se tratava simplesmente da revisão anual, Anahí conduziu o carro até a pequena loja de roupas que sua vizinha, Maite Perroni, tinha em Piccadilly, e ajudou Maite a fechá-la. Aproveitou para dar uma olhada nas roupas e escolheu duas camisolas da nova linha que acabavam de receber; devido, talvez, não ter tido nada bonito em sua infância, Anahí adorava roupas e não podia resistir a comprá-las, embora em outras questões fosse muito mais prática. Não usava jóias nem tinha caprichos, a não ser a se vestir bem. Robert sempre achava engraçado sua expressão de felicidade quando ganhava um vestido, calças jeans ou sapatos; desde que gostasse e fossem novos.


A lembrança a fez esboçar um sorriso triste enquanto pagava as camisolas a Maite; nunca deixaria de sentir saudades de Robert, ficava feliz por ter lhe oferecer um pouco de alegria nos últimos anos de sua vida.


-Nossa, foi um dia e tanto. - suspirou Maite enquanto fechava o  caixa-. Vendemos bastante; as pessoas não entraram simplesmente para olhar, como outras vezes. Koko ficará encantado; prometi a ele que poderia comprar o estéreo, se as vendas aumentassem bem esta semana.


Anahí deixou escapar uma risada. Koko era um viciado nos estéreos e estava há dois meses suspirando por um magnífico equipamento que desejava possuir a todo custo; do contrário, sentira-se eternamente infeliz. A princípio, Maite levava na brincadeira suas funestas predileções, mas finalmente  cedeu comprar o estéreo novo. Anahí  se sentia contente em ver que seus amigos podiam se permitir alguns luxos. A loja de roupas tinha dado uma ajuda em suas economias, porque o que Koko ganhava como contador  não era suficiente para manter uma família jovem nos tempos que corriam.


Após a morte de Robert, Anahí havia se sentido incapaz de continuar vivendo no luxuoso apartamento de cobertura sem ele, então optou em mudar-se. Comprou uma velha casa de estilo vitoriano que tinha sido transformada em um duplex e se instalou na parte vazia. Koko, Maite e suas travessas gêmeas de cinco anos, Patrícia e Penélope ocupavam a outra parte da velha casa; as duas mulheres, pouco a pouco, se tornaram boas amigas. Anahí vira como Maite tinha que controlar o salário e fazer ela mesma suas roupas, e foi sua habilidade com a agulha o que lhe deu a ideia.


Os Reese não possuíam o capital necessário para abrir um negócio, mas ela sim, e quando encontrou a pequena e acolhedora loja em Piccadilly não  pensou duas vezes. Em menos de um mês, o estabelecimento tinha sido reformado e  funcionando com o nome de: MAITE’s escrito no letreiro da porta. Patty e Penny foram matriculadas no jardim de infância e Maite se ocupava da loja, muito feliz. Confeccionava alguns objetos ela mesma e ampliou o negócio até que foi necessário contratar duas ajudantes para a jornada integral, assim como uma costureira que a ajudava com os trabalhos de costura. Antes de um ano, Maite havia devolvido a Anahí seu dinheiro e se sentia cheia de satisfação por que tudo tinha dado certo.


Maite estava grávida de seu terceiro filho, mas Koko e ela já não tinham que se preocupar com os gastos, assim estava encantados com sua gravidez. Transbordava boa saúde e otimismo, e mesmo em momentos como aquele, estando cansada, suas faces pareciam rosadas e seus olhos faiscantes.


Depois de fecharam Anahí levou Maite para o carro  e pegaram  Patty e Penny, que as sextas-feiras de noite ficavam com a babá até mais tarde, pois era o dia em que Maite fechava a semana. As gêmeas passavam a maior parte do dia no colégio; Maite tinha pensado em  ficar com elas em casa quando chegasse o verão. Porque então, sua gravidez já estaria muita avançada.


Quando Anahí parou diante da casa da babá, as duas meninas correram até o carro dando gritinhos.


-Olá, tia Any! Trouxe balas?


Era um presente habitual da noite das sextas-feiras, e Anahí não tinha esquecido. Enquanto as pequenas a assediavam, Maite riu e foi pagar e agradecer a babá. Quando retornou com os livros e os suéteres das meninas, Anahí  já havia instalado-as no carro.


Maite convidou Anahí para jantar, mas esta declinou o convite porque não gostava de incomodar muito à família. Além disso, tinha o pressentimento de que Maite iria querer ficar a sós com Koko para celebrar a boa notícia das vendas da semana. Aquilo ainda era novo e muito emocionante para eles. Anahí não queria inibi-los com sua presença.


O telefone começou a tocar assim que abriu a porta, mas ela parou um momento para ver como Samantha estava antes de responder. A cadela continuava esparramada em seu cesto; parecia muito tranquila e meneou a cauda em sinal de saudação, embora não se levantasse.


-Ainda não ganhou nenhum cachorrinho? -perguntou Anahí enquanto se dirigia para o telefone.-Desse jeito garota, estarão completamente crescidos quando nascerem. -pegou o parelho de telefone da cozinha.- Residencia Portilla.


-Senhora Portilla, sou Alfonso Herrera. - uma voz tão profunda que suas notas graves quase se assemelhavam a um grunhido; para surpresa de Anahí, a voz soava mais americana que grega. Comprimiu com força o aparelho  enquanto a percorria uma súbita onda de calor. - Que tola!, - repreendeu a si mesma. Comover-se por ouvir uma voz com sotaque americano, simplesmente porque ela também era americana! Adorava a Inglaterra e estava feliz vivendo ali; aquele sotaque enérgico, entretanto, arrancou-lhe um sorriso.


-Sim, senhor Herrera? -obrigou-se a dizer, e logo se perguntou se seu tom teria parecido descortês. Mas não ia mentir dizendo algo tão trivial como “Fico feliz em ouvi-lo”, sendo que não estava absolutamente contente; de fato, a conversa se revelava bastante desagradável.


-Quero marcar uma entrevista com você para amanhã, senhora Portilla -explicou ele-. A que horas seria adequado?


Surpresa, Anahí pensou que o próprio Herrera não parecia tão arrogante como seu secretário; ao menos, tinha-lhe perguntado quando seria adequado para ela, em vez de ordenar que se apresentasse em uma hora pré-determinada.


-Amanhã é sábado, senhor Herrera! -disse em voz alta.


-Sei que é fim de semana, senhora Portilla. -replicou a voz profunda, com uma leve nota de irritação.- Mas, de qualquer jeito, tenho trabalho a fazer. 


Aquele comentário se aproximava mais do que ela havia esperado.


-Nesse caso, qualquer hora estaria boa. Não tenho nenhum compromisso para amanhã.


-Muito bem. Amanhã a tarde então, a duas horas. -Herrera fez uma pausa, e depois disse.- Eu não gosto de joguinhos, senhora Portilla. Por que combinou uma entrevista comigo esta tarde se não tinha intenção de aparecer?


Irritada, ela respondeu com frieza:


-Eu não marquei a entrevista. Seu secretário me telefonou e me indicou a hora  que devia me apresentar; desligou o telefone antes que eu pudesse aceitar ou rejeitar. Tive que me apressar; fiz um esforço tremendo para chegar a tempo e esperei tanto quanto pude, e foi o Senhor quem não me atendeu na hora marcada. Eu tinha um outro compromisso. Se meu esforço não foi suficiente, peço-lhe desculpas!


O tom de Anahí deixava perfeitamente claro que não ouviria sua opinião; não pensou se tal atitude era ou não prudente. Indignava-a saber que aquele miserável secretário havia se  atrevido a insinuar que a culpa tinha sido dela.


- Compreendo. - disse ele depois de um momento.- Sou eu quem lhe deve desculpas, senhora Portilla. E minhas desculpas são sinceras. Não acontecerá novamente. Até manhã. - ouviu-se um “click” quando ele desligou o telefone.


Anahí pôs o telefone no gancho com força e permaneceu  um momento parada no lugar, batendo o pá no chão para dominar seu gênio; depois, sua expressão se suavizou e prorrompeu em risadas. Certamente, ela o tinha posto no lugar dele! Quase esperava com impaciência aquele confronto com o famoso Alfonso Herrera 


No dia seguinte, quando chegou a hora de arrumar-se para a entrevista, Anahí dedicou bastante tempo para escolher o que iria usar. Provou vários modelos e, finalmente, decidiu-se por um tailler amarelo pálido que lhe conferia um ar sério e amadurecido, que combinou com uma blusa de seda tom pérola. O amarelo pálido realçava o achocolatado de seu cabelo e o leve bronzeado de sua pele. Anahí não se conscientizou  da aparência que tinha... Ou teria trocado de roupa imediatamente. De fato, parecia uma estátua dourada que tivesse recobrado a vida; seus olhos, duas resplandecentes gemas azuis.


Estava preparada para a entrevista; quando entrou no escritório, as duas em ponto, seu coração pulsava com impaciência, tinha os olhos brilhantes e as faces coradas. Ao vê-la entrar, o secretário se levantou com uma prontidão que indicou a Anahí que Herrera o havia repreendido por sua  conduta anterior. Embora seus olhos estivessem visivelmente hostis, acompanhou Anahí até a sala contígua.


-A senhora Portilla, senhor. - anunciou antes de sair e fechar a porta detrás de si.


Anahí avançou pela sala com seu característico andar orgulhoso e gracioso, e o homem que estava sentado detrás da mesa se levantou devagar enquanto ela se aproximava. Era alto, muito mais alto que a maioria dos gregos, e seus ombros se marcavam contra o tecido de um traje cinza escuro da melhor qualidade, certamente muito caro. Permaneceu muito quieto, observando-a enquanto se aproximava; ao chegar à mesa, ela lhe ofereceu a mão. Ele a pegou mas, em lugar de simplesmente apertá-la  como Anahí pensado que faria, ergueu-a e inclinou a cabeça de cabelos escuros. Posou os lábios quentes sobre seus dedos brevemente, antes de soltá-la e erguer novamente a cabeça.


Anahí contemplou os olhos negros como a noite sob sobrancelhas perfeitamente retas. Um arrogante nariz afilado, maçãs do rosto proeminentes, lábios finos e um queixo quadrado completava um rosto de fisionomia clássica. Era um rosto que refletia séculos de herança grega, o rosto de um guerreiro espartano. Christian não se equivocou; aquele homem era implacável, mas Anahí não se sentia ameaçada, sentia-se entusiasmada, como se, se achasse em uma jaula com um tigre que podia controlar se o tratasse com cuidado. Seu coração acelerou e seus olhos brilharam com mais intensidade; para dissimular sua involuntária reação, sorriu e murmurou:


-Tentará me convencer a mudar meu voto para o que lhe convém antes de recorrer à aniquilação total?


Surpreendentemente, lhe devolveu o sorriso.


-Tratando-se de uma mulher, sempre prefiro  “convence-la”  primeiro -respondeu com um tom que parecia ainda mais profundo que o da noite anterior, durante a breve conversa telefônica.


-É mesmo? -Anahí fingiu surpreender-se. - E está acostumado a ter resultado?


-Normalmente, sim. - admitiu ele sem deixar de sorrir.- Por que me dá a sensação, senhora Portilla, de que você será uma exceção?


-Possivelmente porque sei que é um homem singularmente ardiloso, senhor Herrera. - repondeu ela.


Ele soltou uma gargalhada e fez um gesto para que se sentasse na cadeira situada em frente à mesa.-Por favor, senhora Portilla, sente-se. Se formos discutir, que seja confortavelmente.


Anahí sentou-se e disse impulsivamente:


-Seu sotaque é americano, não é? Faz com que me sinta em casa!


-Aprendi a falar inglês em um campo petrolífero do Texas. - explicou ele.- Nem mesmo em Oxford consegui apagar meu sotaque texano. Embora ache que meus professores pensavam que era sotaque grego! Você  é  do Texas, senhora Portilla?


-Não, mas qualquer americano reconhece o sotaque do Texas! Quanto tempo esteve lá? - Três anos. E você, senhora Portilla, a quantos anos está na Inglaterra?


- Um pouco mais de cinco anos, desde pouco antes de me casar.


-Devia ser pouco mais que uma menina quando se casou. -observou ele enrugando a testa intrigado. - Pensei que você seria mais velha, que teria uns trinta anos, mas vejo que não é assim.


Anahí levantou seu delicado queixo.


- Tinha dezoito anos quando me casei. - começou a sentir-se tensa, pressentindo uma crítica como as que tinha suportado tantas vezes nos  cinco anos anteriores.


- Pouco mais que uma menina, como disse. Suponho que há uma infinidade de mulheres que se casam e têm filhos aos dezoito anos, mas o fato de que escolheu  um marido que poderia ser seu avô a faz parecer ainda mais jovem.


Anahí se empertigou e respondeu com frieza:


-Não vejo razão alguma para falar de meu casamento. Acredito que o assunto que me trouxe aqui são as minhas ações.


Ele voltou a sorrir, mas dessa vez seu sorriso era a de um predador; não havia nem rastro de humor nele.


-Tem toda a razão. – reconheceu.- Entretanto, acredito que resolveremos essa questão com facilidade. Quando vendeu seu corpo e sua juventude a um ancião de setenta e seis anos, deixou claro que o dinheiro ocupa uma posição muito elevada em sua lista de prioridades. O único ponto a  discutir é quanto.



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Autor(a): livros adaptados aya

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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 5



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  • losAsiempre Postado em 18/02/2016 - 22:19:08

    Olá leitora nova, e adorando a fic!!

  • nandacolucci Postado em 21/10/2015 - 21:38:54

    o que foi isso cara kkkk alfonso muito safado ainda bem que ele não fez nada, e esses fotografos metidos aff continuaaaa

  • Postado em 11/10/2015 - 08:47:50

    continuaaaa aê

  • nandacolucci Postado em 07/10/2015 - 23:47:05

    que drama da anahi haha e nasceu os cachorrinhos alfonso ajudando continuaaa

  • nandacolucci Postado em 07/10/2015 - 07:14:20

    1 leitora continuaaaaa


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