Fanfics Brasil - Capítulo 22 O poder de sedução - AyA

Fanfic: O poder de sedução - AyA | Tema: Rebelde, AyA, Ponny, Anahi, Alfonso


Capítulo: Capítulo 22

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Durante seis semanas, Anahí leu o jornal com atenção, procurando alguma notícia, por breve que fosse, que indicasse que Alfonso tinha retornado a Grécia. Os jornais mencionavam seu nome frequentemente, mas sempre para anunciar que tinha viajado a algum país para assistir a uma conferência, e no dia seguinte Anahí lia que tinha voltado para Londres. Por que motivo permanecia na Inglaterra? Nunca tinha ficado no país tanto tempo; sempre retornava a sua ilha assim que tinha oportunidade.


Anahí não manteve nenhum contato com Christian, de modo que não pôde lhe pedir informação sobre isso; tampouco teria pedido, de qualquer maneira. Não queria saber nada de Alfonso, dizia-se raivosamente, embora isso não contribuísse para aplacar a dor que lhe rasgava o coração, que a mantinha acordada a noite e fazia com que a comida embrulhasse seu estomago.


Perdeu peso; sua figura, antes esbelta, tornou-se mais frágil. Longe de recuperar-se, corria o perigo de piorar irremediavelmente, mas a força de vontade não bastava para obrigar-se a comer mais de dois bocados em cada refeição. Os longos passeios com Samantha e os cachorrinhos a deixavam cansada, embora não a deixassem com o esgotamento físico que precisava para conciliar o sonho. Após algum tempo, começou a sentir-se obcecada. Tudo lembrava Alfonso; ouvia sua voz, lembrava-se de seus beijos ansiosos, de sua atitude possessiva.  Com certeza não a amava, mas era evidente que a tinha desejado. Tinha manifestado ostensivamente esse desejo.


Será que Alfonso esperava que ela voltasse para ele? Por isso continuava em Londres? O pensamento era embriagador, mas Anahí sabia que nada havia mudado. Ele só a aceitaria segundo suas condições.


Permaneceu na casa de campo e ia passear todos os dias até a praia, onde pululavam os turistas. As crianças se mostravam entusiasmadas com os cinco cachorrinhos saltitantes e gordinhos que já estavam desmamados, e Anahí, consciente do muito que tinham crescido, foi dando-os de presente um por um  para as crianças. Só Samantha ficou com ela, e os dias transcorriam com desesperadora lentidão.


Uma manhã, Anahí se olhou no espelho enquanto trançava o cabelo, observou-se atentamente e se sentiu horrorizada com o que viu. Havia permitido que Alfonso Herrera a transformasse naquela frágil e pálida criatura com enormes olheiras? O que estava acontecendo com ela? Amava Alfonso, sim; apesar de tudo o que ele lhe havia dito, continuava amando-o, mas não era tão fraca de espírito para permitir que isso a destruísse!


Deu-se conta de que nada conseguiria escondendo-se em Cornualhas. Não conseguia esquece-lo; ao contrário, consumia-a o desejo de vê-lo, de tocá-lo.


De repente, teve uma idéia e ergueu o queixo. Ainda amava Alfonso, isso era algo que não podia evitar, mas seu amor já não era o amor puro e inocente que tinha lhe devotado a primeira vez. Um amargo fogo havia lhe abrasado o coração. Para os restos desse carinho, o amor físico podia ser suficiente. Talvez entre seus braços descobrisse que todo seu amor se consumiria nas chamas da amargura, e seria livre. E se descobrisse que, apesar de tudo, continuaria amando-o... Bem, nos anos vindouros, quando Alfonso estivesse casado com sua pura e casta Elena, ainda lhe restariam as lembranças e sua paixão, uma paixão como Elena jamais conheceria.


Compreendeu então que, quando se tornasse amante de Alfonso, ele descobriria que nenhum outro homem a havia tocado antes.


Como reagiria? Desculparia-se? Pediria-lhe perdão? Curiosamente, era-lhe indiferente; pensou com amargo humor que o único modo de demonstrar sua virtude a Alfonso seria perdê-la. Não deixava de ser irônico, e se perguntou se ele notaria o ridículo da situação quando percebesse.


Sem admitir conscientemente, tomou uma decisão. Aceitaria as condições de Alfonso, renunciaria a sua decência e sua castidade pela satisfação física que ele podia lhe proporcionar; conservaria sua independência e seu orgulho e, quando Alfonso se casasse com a virginal mocinha grega, Anahí sairia de seu lado e não voltaria a vê-lo nunca. Seria seu amante, sim, mas não seria cúmplice de um adultério.


Assim, fez a mala e, depois de fechar a casa de campo, colocou Samantha no carro e empreendeu a longa viagem de volta a Londres. A primeira coisa que fez foi telefonar para Christian para lhe comunicar que estava de volta, assegurando que estava bem. Christian devia ausentar-se da cidade essa mesma tarde, por isso não podia ir vê-la, e Anahí se alegrou. Se seu amigo a visse naquele momento, tão magra e pálida como estava, compreenderia que estava terrivelmente mal.


Esse mesmo problema a inquietou no dia seguinte enquanto se vestia. Foi incapaz de reunir a coragem necessária para ligar para Alfonso; temia que ele dissesse que já não estava interessado, e ela precisava vê-lo mesmo que a repudiasse. Iria a seu escritório, aparentando absoluta calma e naturalidade. Não obstante, seria capaz de fazê-lo, com a aparência tão frágil que tinha?


Maquiou-se cuidadosamente, aplicando mais ruge que de costume e prestando especial atenção a seus olhos. Teria que deixar o cabelo solto para que ocultasse a magreza de seu pescoço e suavizasse o contorno de suas maçãs do rosto. Na hora de vestir-se, escolheu um vestido solto cor de pêssego suave e, quando se olhou no espelho, ficou satisfeita. Não podia dissimular de todo sua fragilidade, mas distava muito de oferecer uma aparência esgotada.


Enquanto se dirigia a HerreraTech no carro, lembrou-se da primeira vez que tinha percorrido aquele trajeto para encontrar-se com Alfonso. Em tal ocasião estava com pressa, irritada e aborrecida. Agora ia oferecer aquilo que jamais acreditou que ofereceria a nenhum homem, o uso e desfrute de seu corpo sem que houvesse  casamento; o único consolo de Anahí era pensar que seu corpo seria a única coisa que Alfonso possuiria. Havia entregado seu coração uma vez e ele o tinha desprezado. Jamais voltaria a lhe dar a oportunidade de feri-la dessa maneira.


Todos a reconheceram enquanto subia pelo elevador, pois Anahí estivera ali com Alfonso para almoçar em inúmeras ocasiões. Ouviu a suas costas murmúrios surpresos de saudação e se perguntou se Alfonso estaria saindo com outra mulher. Na realidade, não importava. Ele só a repudiaria se não estivesse interessado, e qualquer outra rival teria que deixar de lado, mais cedo ou mais tarde, para a preciosa e inocente Elena.



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Autor(a): livros adaptados aya

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A recepcionista ergueu o olhar ao vê-la entrar e sorriu afetuosamente. -Senhora Portilla! Que bom voltar a vê-la! A saudação parecia genuinamente amistosa, e Anahí lhe devolveu o sorriso. -Olá, Irena. Alfonso esta no escritório? -Esta sim, embora ele planeja sair de viagem esta mesma tarde. -Obrigado. Com sua permissã ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 5



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  • losAsiempre Postado em 18/02/2016 - 22:19:08

    Olá leitora nova, e adorando a fic!!

  • nandacolucci Postado em 21/10/2015 - 21:38:54

    o que foi isso cara kkkk alfonso muito safado ainda bem que ele não fez nada, e esses fotografos metidos aff continuaaaa

  • Postado em 11/10/2015 - 08:47:50

    continuaaaa aê

  • nandacolucci Postado em 07/10/2015 - 23:47:05

    que drama da anahi haha e nasceu os cachorrinhos alfonso ajudando continuaaa

  • nandacolucci Postado em 07/10/2015 - 07:14:20

    1 leitora continuaaaaa


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