Fanfics Brasil - Capítulo 31 O poder de sedução - AyA

Fanfic: O poder de sedução - AyA | Tema: Rebelde, AyA, Ponny, Anahi, Alfonso


Capítulo: Capítulo 31

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Mas como podia passar voando toda uma semana quando uma tarde se fazia eterna? Anahí notou como a tensão aumentava em seu interior enquanto permaneciam sentados na exclusiva joalheria e examinavam os mostruários de alianças que o joalheiro lhes mostrava. Alfonso não foi de nenhuma ajuda; limitou-se se reclinar na cadeira e a lhe dizer que escolhesse os que mais gostasse, que não se importava. Não poderia haver dito nada mais calculado para arruinar a alegria que, de outro modo, ela teria sentido fazendo aquilo. O joalheiro, por sua parte, era tão amável e se mostrava tão solícito, que Anahí não desejava decepcioná-lo com seu desinteresse, assim se obrigou a examinar cada um dos anéis que ele pensava que podiam ser de seu gosto. Entretanto, por mais que se esforçasse, não pôde escolher nenhum. Os reluzentes diamantes pareciam-lhe cristal barato, por ele não se importar, só queria se refugiar em um lugar tranqüilo e chorar até não mais poder.


Finalmente, com voz rouca pela tensão, disse:


-Eu não gosto de nenhum!- e tentou se levantar.


Alfonso a deteve, agarrando-a com uma mão de ferro, e a obrigou a sentar-se de novo.


-Não se altere, querida. -disse em um tom mais suave do que o que tinha empregado com o passar do dia.- Não chore ou monsieur se aborrecerá. Quer que eu escolha um por você?


-Sim, por favor. -respondeu Anahí com voz abafada, virando a cabeça para que Alfonso não visse as lágrimas que tinha em seus olhos.


-Tampouco eu gosto dos diamantes, monsieur. -estava dizendo Alfonso-. A tez dela precisa de algo mais quente... Sim, esmeraldas que combinem com a cor de seus olhos. Engastadas em ouro.


-Faltaria mais... Tenho justamente o que deseja! -disse o joalheiro entusiasmado, retirando o mostruário de diamantes.


-Anahí?


-O que? -disse ela, sem virar-se para olhá-lo.


Alfonso deslizou o dedo por seu queixo e a obrigou brandamente a voltar-se para olhá-lo de frente. Seus olhos negros estudaram a expressão lívida e tensa e repararam na umidade que ameaçava transbordar de seus olhos.


Sem dizer nada, Alfonso tirou seu lenço e os enxugou como se fosse uma menina pequena.


-Sabe que não suporto vê-la chorar. -sussurrou-. Se prometer não ser tão estúpido, sorrirá para mim?


Anahí era incapaz de negar a ele quando ele se mostrava tão doce, embora um momento antes se mostrasse frio como gelo. Seus lábios se entreabriram em um suave sorriso e Alfonso lhe acariciou a boca com o dedo, percorrendo a linha do lábio.


-Assim está melhor. -murmurou-. Entenderá por que não a beijo aqui mesmo, embora deseje muito.


Anahí beijou os dedos dele em resposta; viu que o joalheiro voltava e se endireitou, afastando a mão de Alfonso, embora esse breve dialogo tenha ruborizado seu rosto e agora sorria encantada. 


-Ah, eu gosto mais desses. -disse Alfonso, curvando-se sobre um anel assim que o joalheiro pôs o mostruário diante deles. Tomou a mão delicada de Anahí e pôs o anel que era grande, mas, mesmo assim, ela ficou sem fôlego ao vê-lo.


-Que cor maravilhosa... -murmurou com um suspiro.


-Sim, é este que quero. -decidiu Alfonso. A esmeralda quadrada tinha o tamanho adequado para não ficar exagerada na mão miúda de Anahí, e a cor verde escura lhe assentava melhor que mil diamantes. A tez dourada e o cabelo avermelhado de Anahí constituíam o marco perfeito para seus misteriosos olhos verdes, e a esmeralda só fazia refletir sua cor. Estava rodeada de diamantes, mas eram tão pequenos que não diminuíam a intensidade da cor verde profunda da gema. Alfonso retirou cuidadosamente o anel do dedo dela  e o devolveu ao joalheiro, que o deixou à parte e tomou medidas do dedo de Anahí com meticulosidade.


-É  para a aliança de casamento. -acrescentou Alfonso.


-Duas.-atraveu-se Anahí com valentia, olhando-o nos olhos. Apos um momento, Alfonso cedeu e assentiu para dar sua permissão.


-Eu não gosto de usar anéis. -disse enquanto saíam da joalheria, rodeando-a a cintura com o braço.


- Estaremos casados. -respondeu ela voltando-se para olhá-lo e colocando as mãos sobre seu peito-. Não deveríamos nos esforçar ao máximo para conseguir que nosso casamento seja um sucesso? Ou já pensa no divórcio?-sua voz tremeu ante a idéia, mas seguiu olhando de frente os olhos negros de Alfonso.


-Não tenho nada em mente a não ser possui-la. -respondeu ele sem rodeios-. Os anéis me irritam; se quiser que use uma aliança de casamento, usarei. Um anel não me impedirá de me livrar de você se desejar fazê-lo.


Anahí quase se engasgou com a dor que lhe inundou o peito; afastou-se dele bruscamente, lutando para manter a compostura. Quando Alfonso a alcançou, ela já tinha conseguido restaurar sua máscara de frieza para ocultar a dor que a rasgava por dentro.


Ao subir no táxi, ouviu que Alfonso dava ao taxista a direção de um famoso modista.


-Não sei o que é que pensa, Alfonso, mas não dispomos de tempo para que me façam um vestido sob medida. Se comprar algum pronto já será o bastante.


-Esquece quem sou. -repôs ele-. Se pedir que façam um vestido para amanhã a tarde, farão.


Anahí não pôde contradizê-lo, porque era verdade; entretanto, pensou nas pessoas que teriam que trabalhar durante toda a noite na delicada costura, e decidiu que não valeria a pena. Mas a mandíbula tensa de Alfonso a fez desistir de discutir com ele, assim se limitou a reclinar-se no assento em abatido silêncio.


Ela sabia que Alfonso não era de escolher pessoalmente a roupa de suas amantes, mas todos o reconheceram assim que entrou no fresco vestíbulo do salão. Imediatamente, uma mulher alta e esbelta, com o cabelo loiro cinza sobriamente penteado, percorreu o carpete cinza pérola para lhes dar as boas vindas. Se monsieur Herrera desejava algo em particular...


Alfonso esbanjava encanto; aproximou os dedos da mulher dos lábios, e seus olhos negros provocaram um rubor que nada tinha que ver com afetação. Alfonso apresentou  Anahí, e logo explicou calmamente:


- Nos casaremos na semana que vem na Grécia. Consegui convencê-la ontem mesmo e desejo que as seja imediatamente, antes que possa arrepender-se. Isso nos deixa muito pouco tempo para a confecção do vestido, como pode compreender, porque pensamos partir para a Grécia depois de amanhã.


A mulher lhe assegurou que poderiam preparar um vestido quanto antes, se tivessem a amabilidade de ver alguns modelos...


As modelos começaram a desfilar; algumas vestiam branco, mas em sua maioria traziam vestidos em tons claros, cores delicadas que, mesmo assim, não eram o virginal branco. Alfonso os observou com atenção e por fim escolheu um vestido de linhas singelas e clássicas; pediu em um tom pêssego claro. De repente, Anahí franziu o cenho. Era seu vestido de noiva e tinha direito a usar a tradicional cor branca.


-Eu não gosto da cor pêssego -disse com firmeza - Quero branco, por favor.


- Passou por ridículo com essa insistência no branco. -disse Alfonso em tom cortante enquanto retornavam ao hotel -Seu nome é conhecido inclusive aqui na França, Anahí.


-Também é meu casamento, Alfonso. -respondeu ela ternamente.


-Já foi casada, querida. Não deveria ser nada novo para você.


Ela sentiu que seu lábio inferior  tremia e em seguida se dominou.


-Robert e eu nos casamos no civil, não na igreja. E tenho direito a me casar de branco!


Se ele compreendeu o significado de suas palavras, decidiu não levá-lo em conta. Ou possivelmente simplesmente não acreditava.


-Com a vida que teve, pode se considerar afortunada que eu me case com você. -disse em tom grave-. Devo ser o maior estúpido do mundo, mas me preocuparei com isso mais tarde. Uma coisa é certa. Minha esposa será a mulher mais correta e decorosa da Europa.


Anahí voltou a cabeça com frustração e observou pelo vidro as refinadas lojas parisienses, os elegantes cafés. Não conhecia nada de Paris, além da vista que tinha  ocasião de contemplar da janela do táxi e as alegres luzes que de noite se divisavam da janela do hotel.


Já era muito tarde para voltar atrás, mas a inquietante certeza de que tinha cometido um engano ao aceitar aquele matrimônio, a invadia. Alfonso não era um homem que perdoasse com facilidade; nem mesmo descobrir que Anahí não era uma mulher promíscua o faria esquecer que, segundo sua forma de ver as coisas, vendeu-se a ele por um preço: o casamento.


 



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Autor(a): livros adaptados aya

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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 5



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  • losAsiempre Postado em 18/02/2016 - 22:19:08

    Olá leitora nova, e adorando a fic!!

  • nandacolucci Postado em 21/10/2015 - 21:38:54

    o que foi isso cara kkkk alfonso muito safado ainda bem que ele não fez nada, e esses fotografos metidos aff continuaaaa

  • Postado em 11/10/2015 - 08:47:50

    continuaaaa aê

  • nandacolucci Postado em 07/10/2015 - 23:47:05

    que drama da anahi haha e nasceu os cachorrinhos alfonso ajudando continuaaa

  • nandacolucci Postado em 07/10/2015 - 07:14:20

    1 leitora continuaaaaa


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