Fanfics Brasil - Capítulo 6 O poder de sedução - AyA

Fanfic: O poder de sedução - AyA | Tema: Rebelde, AyA, Ponny, Anahi, Alfonso


Capítulo: Capítulo 6

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Enquanto se maquiava, se deu conta de que tinha os lábios arqueados em um sorriso que se negava a desaparecer. Depois de acabar de maquiar-se, deu uma olhada e se inquietou ao perceber a aparência que tinha. Em conseqüência do choro tinha as pálpebras inchadas; não obstante, com o rímel e a sombra, seus olhos pareciam simplesmente sonolentos. Seus olhos brilhavam, azuis, úmidos e escuros; eram grandes olhos egípcios que refletiam paixões satisfeitas. Suas faces pareciam tingidas de vermelho, rosadas de modo natural, porque o coração pulsava forte no peito, e sentia como se o pulso palpitasse em seus lábios, que continuavam sorrindo.


Como era de noite, puxou o cabelo à altura da nuca e o ajeitou com um prendedor dourado em forma de libélula. Usaria um vestido longo, e sabia exatamente qual ia ser. Suas mãos tremiam um pouco enquanto o tirava do roupeiro; era um vestido de seda sem costas, tão branco que quase reluzia.  Colava-se a seus seios como uma segunda pele, e a saia caía em elegantes dobras até seus pés. Depois de por os  sapatos e colocar um xale de gaze no braço, estava pronta. Só faltava guardar um pente e um batom cor de rosa na pequena bolsa de noite; no último instante, lembrou-se de colocar também as chaves da casa. Teve que descer as escadas com um passo mais digno que o que tinha usado ao subir, pois as delicadas tiras das sandálias não foram  feitas para correr, quando chegou na metade, Alfonso saiu da sala e se postou ao pé da escada para esperá-la. Seus olhos brilhantes percorreram cada centímetro do resplandecente vestido de seda, e ela estremeceu ao ver a expressão que aparecia em seu olhar. Parecia... Zangado. Ou... Ou o que?


Quando chegou ao último degrau, deteve-se para olhar os olhos de Alfonso, mas foi incapaz de identificar que emoção brilhava em seus olhos verdes e profundos. Ele colocou a mão sobre seu braço e a ajudou a descer o último degrau, e sem uma palavra, tomou o xale dourado e o pôs sobre seus ombros nus. Anahí estremeceu involuntariamente ao sentir suave roçar de seus dedos, e os olhos dele encontram os seus. Dessa vez, foi incapaz de sustentar seu olhar, pois ainda estava  perturbada por sua própria reação ao mais leve roçar dos dedos de Alfonso.


-Está... Muito bonita – ele disse em tom seco.


O que ele quisera dizer? Anahí umedeceu os lábios, insegura, e as mãos dele se fecharam sobre seus ombros; um rápido olhar bastou para se dar conta de que os olhos de Alfonso se detiveram em sua língua. O coração começou a lhe pulsar freneticamente em resposta à expressão que havia neles, mas ele retirou as mãos e deu um passo atrás. -Se não formos agora, não iremos mais. -disse, e ela entendeu perfeitamente a que se referia. Desejava-a. Ou isso... Ou sabia fingir muito bem. Quanto mais  pensava, mais provável lhe parecia que estivesse fingindo. Ele mesmo havia reconhecido que sempre tentava enganar as mulheres para se dar bem?


Devia querer muito essas ações, refletiu Anahí, sentindo-se melhor agora que tinha chegado à conclusão de que Alfonso só estava se mostrando romântico a fim de consegui-las. Um Herrera apaixonado de verdade devia ser devastador para os sentidos de uma mulher, pensou; não obstante, seus próprios sentidos se acalmaram ao compreender a que ele se propunha, e podia pensar com clareza de novo. Supôs que teria que lhe vender as ações; Christian a tinha prevenido, e agora sabia que não poderia desafiar aquele homem indefinidamente. Durante o jantar lhe diria que estava disposta a vender as ações.


Alfonso tinha apagado todas as luzes; tinha deixado acesa só a da cozinha para Samantha.


Quando saíram, assegurou-se de que a porta estava bem fechada.


-Não tem uma empregada que more aqui com você? -inquiriu com o cenho franzido, pegando-a pelo braço enquanto caminhavam para o carro.


-Não -respondeu ela em tom visivelmente divertido-. Não sujo muitas roupas, nem como muito, assim não preciso de empregada.


-Mas então fica sozinha à noite...


-Não tenho medo; Samantha  avisa sempre que ouve pessoas estranhas. Além disso, Maite e Koko ocupam o outro lado da casa, de modo que na verdade não estou sozinha.


Ele abriu a porta do carro esportivo que conduzia e a ajudou a instalar-se no banco do passageiro; depois contornou o veículo até o lado do motorista. Anahí pôs o cinto de segurança, olhando com interesse os numerosos botões e mostradores. Parecia a cabine de um avião. Não era o tipo de carro que tinha esperado encontrar. Onde estava a limusine negra com o chofer uniformizado?


Enquanto Alfonso se instalava em seu banco e ajustava o cinto, Anahí lhe perguntou:


-  É sempre você quem dirige? 


-Não, mas há ocasiões em que não é preciso a presença de um chofer. -respondeu ele com um ligeiro sorriso. Alfonso acelerou tão rápido ao sair que o movimento repentino empurrou Anahí contra o encosto de seu banco.


- Você vendeu a casa de campo? – inquiriu ele inesperadamente; Anahí se perguntou o quanto ele sabia dela. Mais do que apregoavam as fofocas maliciosas, era evidente. Mas Alfonso tinha conhecido Robert antes que este se casasse com ela, assim era natural que soubesse que tinha uma casa no campo. 


-Robert a vendeu um ano antes de morrer. -respondeu Anahí com firmeza.- Depois de sua morte, deixei o apartamento de cobertura; era muito grande e caro para mim. A metade desta casa já é suficiente.


-Não seria melhor viver em um apartamento pequeno?


-Eu não gosto de apartamentos. Além disso, tenho que pensar em Samantha. Ela precisa de espaço para correr. O bairro é agradável, com muitas crianças.


-Mas não muito elegante. -comentou ele cinicamente; ela se indignou um pouco, mas uma súbita  onda de bom humor aplacou sua indignação.


-Não, a menos que os varais lhe pareçam elegantes. -respondeu antes de voltar a rir.- Mas é tranqüilo, e me sinto bem aqui.


-Com esse vestido, tem a aparência de uma mulher que deveria estar rodeada de diamantes e visons, não de varais.


-E o que me diz de você? -perguntou ela animadamente-. Vestido com uma camisa de seda e um terno caro, se ajoelhou no chão para ajudar uma cachorra a ter seus filhotes?


Alfonso lhe dirigiu um breve olhar que refletia um brilho divertido.


-Na ilha, a vida é muito mais simples do que em Londres e Paris. Cresci la, correndo e saltando como um cervo selvagem.


Ela imaginou ele menino, com seus olhos verdes brilhando enquanto corria descalço pelas agrestes colinas de sua ilha. Será que o dinheiro, os anos e a sofisticação teriam apagado o menino daqueles primeiros anos? Não obstante, enquanto pensava nisso, Anahí compreendeu que Alfonso continuava sendo um homem feroz e indômito, face ás camisas de seda que vestia.


A conversa parou a partir desse momento; cada um se ateve a seus próprios pensamentos e, só quando Alfonso parou o carro diante de um restaurante discretamente iluminado, Anahí compreendeu aonde a tinha levado. Apertou os punhos por causa da onda de apreensão que sentiu no estômago, mas se obrigou a relaxar as mãos. Alfonso não podia saber que ela sempre evitava ir a lugares como aquele... Ou saberia? Não, impossível. Ninguém sabia de sua dor; sempre tinha mantido uma firme fachada de indiferença.


Respirando fundo, deixou que ele a ajudasse a sair do carro,  e a acompanhasse até a porta. Não se deixaria incomodar pela situação, disse a si mesma. Conversaria com ele, jantaria e quando o assunto estivesse concluído iriam embora. Não tinha por que dar atenção a outras pessoas com quem pudessem encontrar.


Depois de sair para jantar algumas vezes com Anahí, depois de casados, Robert compreendeu quão profundamente feria sua jovem mulher a forma com que seus conhecidos a rejeitavam publicamente, assim deixaram de ir aos luxuosos restaurantes que Robert sempre tinha frequentado. Tinha sido nesse restaurante em particular, onde um grupo de pessoas havia lhes virado literalmente as costas. Robert a tirou amavelmente dali no meio do jantar, antes  que perdesse o controle e chorasse diante de todo mundo. Mas isso já fazia cinco anos e, embora a ideia de jantar naquele lugar ainda lhe desse pavor, Anahí ergueu a cabeça orgulhosamente e atravessou sem titubear as portas que o porteiro uniformizado lhes tinha aberto.


O mâitre viu  Alfonso e esteve a ponto de fazer uma reverência.


-Senhor Herrera, que honra!


-Boa noite, Swaine; queremos um lugar tranqüilo e reservado, por favor.


Enquanto seguiam ao mâitre por entre as mesas, Anahí se recuperou o suficiente para dirigir um divertido olhar ao homem alto que a acompanhava.


-Uma mesa afastada? -inquiriu, e seus lábios se curvaram em um sorriso que reprimiu. - Para que ninguém repare na discussão?


A cabeça de cabelos escuros se inclinou para  Anahí e esta viu o brilho de seu sorriso.


- Acredito que poderemos resolver tudo de uma maneira mais civilizada.


Swaine os acomodou a mesa mais afastada que havia disponível, sendo sábado à noite. Ficava parcialmente oculta atrás de algumas plantas que a Anahí lembravam uma selva, quase podia ouvir o gorjeio dos pássaros. Logo repreendeu a si mesma pela tolice.


Enquanto Alfonso escolhia o vinho, ela olhou para as outras mesas, quase temerosa de ver algum rosto conhecido; tinha reparado no silêncio que os tinha precedido enquanto se dirigiam para o lugar indicado pelo maitre, e nos cochichos que se ouviam uma vez que tinham passado entre as mesas. Alfonso teria notado? Possivelmente estava sendo muito discreto; talvez a reação das pessoas se devia à presença de Alfonso, não à sua. Como multimilionário que era, chamava mais a atenção que o resto dos mortais!


-Você não gosta da mesa? -a voz do Alfonso interrompeu suas reflexões; Anahí se voltou para ele rapidamente e descobriu que ele a fitava com uma expressão de irritação em suas duras feições.


-Oh não, a mesa está ótima -apressou-se a responder.


-Então por que está tão séria? -inquiriu ele.


- Más lembranças -disse Anahí. - Não é nada. É que tive... Uma experiência desagradável neste lugar.


Ele a observou um momento. E disse com calma:


- Se a incomoda, podemos ir. 


-Me incomoda. – confessou - Mas não quero ir. Acredito que já esta na hora de deixar para trás minhas tolas fobias. E que melhor momento para fazê-lo do que agora, quando tenho que brigar com você e posso esquecer os problemas do passado?


-É a segunda vez que refere-se a uma briga entre nós. - comentou ele. Inclinou-se para  Anahí esticou a mão grande e morena para tocar o pequeno arranjo floral que havia entre ambos.- Esta noite não haverá brigas. Está tão linda que não quero desperdiçar o tempo que passaremos juntos discutindo. Se começar a discutir, simplesmente a beijarei até que se cale. Está avisada, assim, se decidir me desafiar como uma gata enfurecida, pensarei que quer ser beijada. O que acha?


Ela o olhou fixamente, tentando controlar seus lábios, os quais, apesar de tudo, abriram-se em um delicioso sorriso; finalmente riu, fazendo com que todos se virassem para olhá-los. Anahí se inclinou também sobre a mesa e disse em tom confidencial:


- Parece-me, senhor Herrera, que serei tão doce e encantadora quanto possível!


A mão dele agarrou rapidamente a mão de Anahí. Acariciou com o polegar as azuladas veias do interior de seu braço.


- Sendo doce e encantadora também conseguirá ser beijada. - brincou Alfonso com voz rouca. - Acredito que, de um modo ou outro, eu sairei ganhando! E prometo que a beijarei com vontade se voltar a me chamar de “Senhor Herrera”. Tente me chamar de Alfonso. Não será tão difícil. Ou me chame Poncho, como fazem meus amigos.


-Se é assim que quer. – ela sorriu. Era o momento adequado para falar das ações, antes de que levasse muito longe sua farsa romântica.- Mas quero dizer que decidi vender minhas ações, assim não tem por que ser simpático comigo se não quiser. Não mudarei de opinião mesmo que se torne desagradável.


- Esqueça as ações -murmurou ele -. Não falemos delas esta noite.


 - Mas me convidou para jantar para isso. -protestou ela.


- Certo, embora sem dúvida teria usado qualquer outro pretexto se esse falhasse. -Alfonso esboçou um sorriso perverso. - A jovem frágil e com o rosto cheio de lágrimas  me deixou intrigado, ainda mais porque sei que por trás dessas lágrimas há uma mulher fria e sofisticada até a exasperação.


Anahí meneou a cabeça.


- Creio que não me entendeu, Alfonso. As ações são suas. Não tem por que continuar com esta farsa.


Por um momento, as pálpebras de Alfonso se fecharam, ocultando o brilho negro de seus olhos, e sua mão apertou a de Anahí.


- Muito bem, já que insiste no assunto, falemos das malditas ações e acabemos de uma vez com isso. Por que decidiu  vender?


-Meu assessor financeiro, Christian Chavez, já havia me dito que seria preferível  vende-las antes de enfrenta-lo. Estava disposta a vender, mas me irritou sua forma de agir, assim que me neguei a fazê-lo por pura teimosia. Não obstante, Christian tem razão, como sempre; não posso lutar contra você. Nem quero me envolver em problemas com a diretoria. Não será necessário que pague a quantidade astronômica que ofereceu. Pelo valor da bolsa bastará.


Alfonso se endireitou. Soltou-lhe a mão e disse bruscamente:


- Já te fiz uma oferta; não penso em voltar atrás.


- Pois terá que fazê-lo, porque só aceitarei o preço da bolsa - Anahí o olhou com calma apesar do olhar de cólera que ele lançou.


Alfonso disse algo áspero e breve em grego.


- Não compreendo como pode rejeitar uma soma semelhante. É uma estupidez.


- Nem eu compreendo como conservará sua fortuna se você se empenhar em fazer acordos tão absurdos! -retorquiu ela.


Por um momento, os olhos de Alfonso a atravessaram como facas. Depois, uma  gargalhada brotou de sua garganta e jogou a cabeça para trás, cheio de puro prazer.


Alheio aos numerosos olhos que os olhavam com interesse inclinou-se novamente para frente para tomar a mão de Anahí.


- É absolutamente encantadora.- sussurrou com voz rouca -. Só pelo fato de  conhece-la valeu ter perdido a compra da Dryden. Acho que não voltarei a Grécia tão cedo como tinha planejado.


Anahí ficou olhando-o com os olhos arregalados. Parecia falar a sério; sim, sentia-se atraído por ela! Sentiu em seu interior um sinal de alarme, que encheu de calor seu corpo enquanto sustentava o olhar predador, daqueles olhos verdes e profundos. 



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Autor(a): livros adaptados aya

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Olá meninas, tudo bom? Ainda nao conversei com voces mas queria dizer que nao é o primeiro livro que adapto, e que se as leituras continuarem e aumentarem posto o meus outros livros aqui!!! Beijao e obrigada a todas e todos  ****     Com a chegada do vinho, Alfonso deu a Anahí uma trégua bem-vinda de seu olhar, embora moment&aci ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 5



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  • losAsiempre Postado em 18/02/2016 - 22:19:08

    Olá leitora nova, e adorando a fic!!

  • nandacolucci Postado em 21/10/2015 - 21:38:54

    o que foi isso cara kkkk alfonso muito safado ainda bem que ele não fez nada, e esses fotografos metidos aff continuaaaa

  • Postado em 11/10/2015 - 08:47:50

    continuaaaa aê

  • nandacolucci Postado em 07/10/2015 - 23:47:05

    que drama da anahi haha e nasceu os cachorrinhos alfonso ajudando continuaaa

  • nandacolucci Postado em 07/10/2015 - 07:14:20

    1 leitora continuaaaaa


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