Fanfics Brasil - Capitulo 27 Gelo Negro- Adaptação vondy

Fanfic: Gelo Negro- Adaptação vondy | Tema: Vondy


Capítulo: Capitulo 27

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CAPÍTULO OITO


 


 


 


 


 


 


Sozinha na despensa, fiquei paralisada, meu coração batendo descontroladamente. Apoiei as costas na parede e escorreguei até o chão. Dessa vez, não liguei para o frio que passava pelo concreto. Minha mente girava. Não havia insulina alguma no carro. Porque Korbie não era diabética. Era para Mason ter descoberto isso. Ele havia encontrado o equipamento, então provavelmente revirara o jipe. Ele mentira sobre a insulina, e eu não conseguia entender por quê. Pensei no que ele estava tentando me dizer. Procurei me lembrar exatamente de suas palavras, do tom de sua voz, de sua linguagem corporal. Com uma das mãos apoiada na maçaneta da porta, ele tocara na questão da insulina casualmente, mas de propósito. Como se precisasse me tranquilizar. Seu segredo está seguro comigo. Por enquanto. Senti a necessidade súbita de ficar a sós com Mason. Eu tinha que descobrir por que ele estava me acobertando, o que ele queria em troca. Esfreguei a testa com a palma da mão. Eu também tinha que me preparar. Quando a neve parasse, nós partiríamos. Prenderíamos o equipamento nas costas e eu nos guiaria montanha abaixo por um caminho que não conhecia. Peguei o mapa de Calvin, tomando cuidado para não rasgá-lo nas dobras gastas. Me agachei junto à fresta de luz embaixo da porta. Estudei as marcações no mapa com atenção. Rotas de caminhadas fora das trilhas, cavernas, rios, cabanas abandonadas que um dia tinham sido usadas por caçadores — todos os lugares que Calvin tinha explorado e cuidadosamente registrado. Localizei rapidamente Idlewilde e a rodovia — Calvin havia sinalizado as duas. Quanto mais examinava o mapa, mais certeza eu tinha da nossa posição atual. Calvin tinha marcado uma cabana ao sul de um dos lagos maiores, longe da estrada principal, e escrito “vazia/mobiliada/eletricidade”. Se aquela era mesmo a cabana em que estávamos, eu tinha ido longe demais com o jipe. E passado uns oito quilômetros de Idlewilde. Então parei. E se, em vez de guiar Shaun e Mason até a estrada, eu os enganasse e os levasse para Idlewilde? Se bem que Idlewilde ficava em um ponto mais alto, e eles desconfiariam imediatamente se eu os conduzisse montanha acima. Por ora, eu teria que descer em direção à rodovia. Para longe de Idlewilde e de Calvin. Olhei pela janela e disse a mim mesma que quando a neve parasse de cair e o céu ficasse mais limpo, as estrelas brotariam e a escuridão não pareceria tão imensa e desesperadora. Passei o dedo sobre o vidro coberto de gelo. S-O-C-O-R-R-O. As letras rapidamente condensaram e sumiram. Onde será que Calvin estava? Queria acreditar que ele tinha encontrado o jipe e estava juntando as peças do quebra-cabeça, deduzindo nossos


próximos passos. Eu tinha que acreditar que aquilo era possível. Será que ele nos encontraria antes de partirmos? Fechei os olhos e fiz uma oração desesperada: Guie os passos dele, e rápido. Calvin conhecia as montanhas melhor do que ninguém. E era engenhoso. Poderia facilmente deixar Mason e Shaun para trás — se nos encontrasse. Na escola, ele tirava notas medianas, mas só porque não se esforçava. Principalmente para provocar o pai, eu tinha certeza. Calvin tinha levado o ensino médio na flauta, fazendo o mínimo necessário, e quanto mais o sr. Versteeg tentava puni-lo, mais negligente ele ficava em relação aos estudos. Uma vez, depois de receber um boletim com notas péssimas, o pai botou Calvin para fora de casa. Ele ficou em um hotel por três dias, até Korbie convencer o sr. Versteeg a deixar o irmão voltar. Quando Calvin tirou notas impressionantes nas provas de admissão para a faculdade, o sr. Versteeg, em vez de ficar orgulhoso ou aliviado, ficou furioso porque o filho provara que ele estava errado — que tinha capacidade para entrar em uma universidade de primeira linha como Stanford, do seu jeito. No ano anterior, havia circulado pela escola o boato de que o sr. Versteeg tinha doado uma quantia substancial a Stanford e comprado, assim, a aprovação de Calvin, mas Korbie jurava que isso não era verdade. — Meu pai nunca ajudaria Calvin, ainda mais depois da maneira como ele lidou com essa história de entrar para Stanford — disse-me ela em particular. Andei de um lado para outro na despensa, tentando combater o frio que se manifestava através de centenas de arrepios nos braços. Estava prestes a me virar e andar até o canto oposto quando meus olhos pousaram em uma caixa de ferramentas grande e antiga na prateleira de plástico mais baixa. Eu estava tão distraída e assustada que não tinha notado aquilo antes. Talvez houvesse uma arma ali dentro. Com cuidado para não fazer barulho, arrastei a caixa, manchada de ferrugem, para o piso de concreto. Abri as travas e levantei a tampa. A familiaridade me envolveu como uma nuvem fria e úmida. Minha mente tentava entender as formas dentro da caixa. Longas hastes pálidas e uma esfera, com dois grandes buracos abaixo da curva da testa, e um terceiro buraco, um nariz, centralizado abaixo deles. Os membros estavam dobrados nas articulações para caberem na caixa. Uma pele dura e coriácea e tecido conjuntivo mantinham o corpo já bem decomposto unido. Paralisada, em estado de estupor, arfei sem forças. Logicamente, eu sabia que aquela coisa, ela, a julgar pelo vestido preto curto e sujo, não podia me machucar. O corpo era o resto de uma vida que se fora. Saber que alguém tinha morrido naquela despensa era o que mais me apavorava. Alguém como eu, presa ali. Era como se uma janela aparecesse em meu cérebro e eu visse através dela o que me aguardava. Fechei os olhos. Quando voltei a abri-los, o cadáver ainda estava lá. O sorriso cheio de dentes da caveira parecia zombar de mim. Você é a próxima. Fechei a caixa. Recuei. Um grito preso na garganta. Eu não podia contar a Mason ou Shaun o que tinha visto. Eles provavelmente sabiam sobre o corpo. Provavelmente o haviam colocado ali. Eu não teria que guardar nenhum


 


outro segredo deles. Minha vida já corria perigo suficiente assim. Procurei, então, afastar a imagem do corpo, mordi meu lábio trêmulo e tentei não pensar em morte.



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Autor(a): Mill

Esta é a unica Fanfic escrita por este autor(a).

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    CAPÍTULO NOVE         Ouvi dizer que, quando as pessoas estão perto da morte, as lembranças passam diante de seus olhos, como se fosse um filme. Enquanto eu aguardava para ver que destino Shaun e Mason reservavam para mim, pensei na hora em Calvin, que eu desesperadamente esperava que estivesse a nossa procura. Na ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 43



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  • Mill Postado em 29/10/2015 - 16:18:04

    É pena que acabou, também irei sentir saudades. Podem deixar assim que eu fizer outra fanfic eu posto aqui pra vocês ler #gelonegro! Lovei!

  • juhcunha Postado em 28/10/2015 - 20:43:23

    Maravilhosa pena que acabou deixar aqui sua nova web quero ler

  • Polivondy16 Postado em 28/10/2015 - 19:19:39

    Foi perfeita! Ficaram juntos <3 Ameeei! Obrigada você por compartilhar essa história com a gente, e espero que compartilhe muitas mais! Amei #gelonegro! Lovei! Lovei! Lovei! E infelismente.... num tem como escrever o posta mais...né! Vou sentir saudades *-*

  • Mill Postado em 28/10/2015 - 16:48:18

    Tá acabando :&quot;(

  • juhcunha Postado em 28/10/2015 - 00:12:54

    Tadinha da dul ele não pode fazer isso com ela

  • juhcunha Postado em 28/10/2015 - 00:09:14

    Calvin se lasco mane

  • juhcunha Postado em 28/10/2015 - 00:07:32

    Essa merda d Calvin não pode morre ele tem que pagar pelo que ele fez

  • Polivondy16 Postado em 27/10/2015 - 21:56:53

    Acabando? Mas já? Logo agora que o pesadelo acabou... Essa Becca é cruel! Não, Christopher! Você não pode ir embora! Quero muito vê-los juntos! Posta mais *-*

  • Mill Postado em 27/10/2015 - 16:44:52

    kKKK Calma Korbie não matou ninguém

  • juhcunha Postado em 26/10/2015 - 23:07:04

    Korbie matou quem? Mdsss posta mais


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