Fanfics Brasil - Capítulo 3 Gelo Negro- Adaptação vondy

Fanfic: Gelo Negro- Adaptação vondy | Tema: Vondy


Capítulo: Capítulo 3

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 Precisou se concentrar o máximo que pôde para falar. Tinha que conseguir seu pingente de volta, e precisava sair dali. Sabia disso. Mas uma estranha sensação havia se apoderado de seu corpo; era como se estivesse assistindo àquela cena sem, no entanto, sentir qualquer emoção. O caubói pendurou o cordão com o pingente na maçaneta da porta e, com as mãos livres, amarrou os pulsos dela com uma corda áspera. Anahi estremeceu quando ele deu o nó. Ele não podia fazer isso com ela, pensou, distante. Anahi tinha concordado em ir até ali com ele, mas não em se submeter àquilo. — Me… solta — disse ela com a voz arrastada, uma tentativa fraca e nada convincente de exigir alguma coisa, o que fez seu rosto arder de humilhação. Ela amava a linguagem, amava cada palavra que havia dentro de si, viva e pulsante, cuidadosamente escolhida, empoderadora; queria sacar essas palavras do bolso agora, mas, quando procurou lá no fundo, encontrou fios soltos, um buraco. As palavras tinham caído de sua cabeça confusa. Jogou os ombros para a frente inutilmente. Ele a amarrara à barra. Como ela iria recuperar o cordão? A ideia de perdê-lo fez o pânico se instalar em seu peito. Se ao menos seu irmão tivesse retornado a ligação… Ela havia deixado uma mensagem dizendo que ia sair para beber naquela noite, queria testá-lo. Ela o testava constantemente — quase todos os fins de semana —, mas aquela era a primeira vez que ele ignorava sua ligação. Queria saber se ele se preocupava com ela o suficiente para impedi-la de fazer uma bobagem. Será que tinha finalmente desistido dela? O caubói estava saindo. Quando chegou à porta, levantou um pouco o chapéu preto, revelando os olhos azuis presunçosos e vorazes. Anahi percebeu então a grandeza de seu erro. Ele nem sequer gostava dela. Será que iria chantageá-la com fotos comprometedoras? Era esse o motivo da câmera? Ele devia saber que seus pais pagariam qualquer preço por elas. — Tenho uma surpresa para você no barracão de ferramentas, lá atrás — disse ele, lentamente. — Não vá a lugar algum, ouviu? A respiração dela ficou rápida e irregular. Anahi queria dizer o que achava da surpresa dele, mas suas pálpebras se fecharam ainda mais, e a cada tentativa levava mais tempo para abri-las. Começou a chorar. Já ficara bêbada antes, mas nunca daquele jeito. Ele lhe dera alguma coisa. Devia ter colocado alguma droga em sua bebida. A droga a deixava exausta e ela se sentia pesada. Roçou a corda contra a barra. Ou ao menos tentou. Seu corpo todo estava pesado de sono. Ela precisava lutar contra isso. Algo terrível iria acontecer quando ele voltasse. Tinha que convencê-lo a desistir. Mais rápido do que ela esperava, a silhueta dele surgiu na entrada da despensa, escurecendo o ambiente. As luzes o iluminavam por trás, projetando no chão uma sombra com o dobro de sua altura. Ele já não estava de chapéu, e parecia maior do que ela se lembrava, mas não era nisso que Anahi estava concentrada. Seus olhos foram direto para as mãos dele. O caubói estava esticando uma segunda corda, verificando se estava boa.


Ele foi em direção a Anahi e, com as mãos trêmulas, colocou a corda em volta do pescoço dela e o puxou para trás, contra a barra. Luzes invadiram os olhos dela. O caubói estava puxando com muita força. Ela soube, instintivamente, que ele estava nervoso e empolgado. Sentia isso no tremor ansioso do corpo dele. Ouvia a respiração ofegante e entrecortada cada vez mais intensa, mas não pelo esforço. Pela adrenalina. Isso fez o estômago dela se revirar de pavor. Ele estava gostando daquilo. Um estranho gorgolejo chegou aos seus ouvidos, e Anahi percebeu, com pavor, que era sua própria voz. O som a assustou. Ele xingou e puxou com mais força. Dentro de sua cabeça, ela gritava sem parar. Gritava enquanto a pressão aumentava, arrastando-a para a morte. Ele não queria tirar fotos. Queria matá-la. Ela não iria deixar aquele lugar horrível ser sua última lembrança. Fechou bem os olhos e se deixou levar escuridão adentro.



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Autor(a): Mill

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 UM ANO DEPOIS CAPÍTULO UM Se eu morresse, não seria de hipotermia. Concluí isso enquanto enfiava um saco de dormir de penas de ganso na parte de trás do meu jipe e o amarrava, junto com cinco sacolas de equipamentos, cobertores de lã, sacos de dormir de seda, aquecedores para dedos do pés e tapetes para forrar o chão. ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 43



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  • Mill Postado em 29/10/2015 - 16:18:04

    É pena que acabou, também irei sentir saudades. Podem deixar assim que eu fizer outra fanfic eu posto aqui pra vocês ler #gelonegro! Lovei!

  • juhcunha Postado em 28/10/2015 - 20:43:23

    Maravilhosa pena que acabou deixar aqui sua nova web quero ler

  • Polivondy16 Postado em 28/10/2015 - 19:19:39

    Foi perfeita! Ficaram juntos <3 Ameeei! Obrigada você por compartilhar essa história com a gente, e espero que compartilhe muitas mais! Amei #gelonegro! Lovei! Lovei! Lovei! E infelismente.... num tem como escrever o posta mais...né! Vou sentir saudades *-*

  • Mill Postado em 28/10/2015 - 16:48:18

    Tá acabando :&quot;(

  • juhcunha Postado em 28/10/2015 - 00:12:54

    Tadinha da dul ele não pode fazer isso com ela

  • juhcunha Postado em 28/10/2015 - 00:09:14

    Calvin se lasco mane

  • juhcunha Postado em 28/10/2015 - 00:07:32

    Essa merda d Calvin não pode morre ele tem que pagar pelo que ele fez

  • Polivondy16 Postado em 27/10/2015 - 21:56:53

    Acabando? Mas já? Logo agora que o pesadelo acabou... Essa Becca é cruel! Não, Christopher! Você não pode ir embora! Quero muito vê-los juntos! Posta mais *-*

  • Mill Postado em 27/10/2015 - 16:44:52

    kKKK Calma Korbie não matou ninguém

  • juhcunha Postado em 26/10/2015 - 23:07:04

    Korbie matou quem? Mdsss posta mais


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