Fanfics Brasil - Capitulo 49 Gelo Negro- Adaptação vondy

Fanfic: Gelo Negro- Adaptação vondy | Tema: Vondy


Capítulo: Capitulo 49

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CAPÍTULO VINTE E UM


 


 


 


 


Kimani Yowell. Miss Shoshone-Bannock. A jovem vencedora do concurso de beleza que tinha sido assassinada em outubro do ano anterior. A morte de Kimani não havia recebido tanto destaque na mídia quanto a de Anahí Uckermann , porque ela não era de uma família rica. Kimani tinha brigado com o namorado em uma festa em Fort Hall, Idaho, na noite em que morreu. Ela saiu sozinha e ele foi atrás. O rapaz a levou para as montanhas, a estrangulou e escondeu o corpo naquela cabana de caça. Se algumas pessoas fazendo trilha não tivessem encontrado o cadáver por acaso, o namorado poderia ter ficado impune. Kimani frequentava a Pocatello High, uma escola rival da minha, então sua história fora especialmente traumática na época. Agora parecia apavorante. Ela tinha morrido bem ali. Na mesma floresta em que eu lutava pela minha vida. A porta da cabana rangeu de novo e algo escuro e vivo se moveu pesadamente para fora, as patas grandes e com garras esmagando a neve. Coberto por uma pelagem marrom grossa e brilhante, o animal era maior do que um cão. Ele parou, balançando o focinho para cima, assustado com a minha presença. Seus pequenos olhos negros brilharam avidamente por baixo de uma máscara prateada. Urros e grunhidos roncavam baixo em sua garganta. Eu já tinha ouvido histórias sobre carcajus. Eram tão ferozes que conseguiam enfrentar uma presa com três vezes o seu tamanho. O carcaju caminhou em minha direção, o gingado surpreendentemente parecido com o de um urso. Então me virei e corri. Ouvi o carcaju trotando pela neve atrás de mim. Em pânico, tentei olhar para trás e escorreguei. Com a roupa encharcada, enfiei os dedos na neve, procurando apoio para me levantar. Agarrei o primeiro objeto que achei e o observei em estado de estupor. O osso longo que encontrei estava seco e cheio de marcas de dentes. Com um grito, joguei-o longe. Eu me levantei depressa e corri em direção ao borrão de árvores à frente. O nome de Christopher era o único pensamento claro martelando em minha cabeça. — Christopher! — gritei, rezando para ele me ouvir. Galhos açoitavam meu rosto e a neve profunda engolia minhas pernas. Arrisquei olhar novamente para trás. O carcaju estava cada vez mais perto, os olhos escuros com uma determinação selvagem. Eu me esquivava às cegas por entre as árvores, tentando freneticamente me localizar. Em que direção estava Christopher? Corri os olhos pelo chão congelado. Por que eu não conseguia achar minhas pegadas de antes? Será que eu estava me afastando ainda mais de Christopher?


Gritei o nome dele de novo. Minha voz serpenteou pelas árvores em direção ao vasto céu. Pássaro algum levantou voo. Ele não podia me ouvir. Ninguém podia. Eu estava sozinha. Minhas mãos estavam manchadas de sangue por causa das pontas afiadas dos abetos, mas eu estava alheia a essa dor. Tinha certeza de que sentira os dentes de navalha do carcaju e suas fortes garras em forma de gancho agarrarem minhas pernas. O animal me pegou por trás de repente. Eu me sacudi e chutei, lutando desesperadamente para me libertar e continuar de pé. Se eu caísse, estava tudo acabado. Nunca mais me levantaria. — Calma, Dulce, não vou machucar você. Os nós em meu peito se desfizeram ao som da voz baixa e reconfortante de Christopher. A pressão dentro de mim se esvaiu, e desabei em cima dele, chorando de alívio. Christopher foi me soltando aos poucos, certificando-se de que eu conseguiria ficar de pé. — Não vou machucar você — repetiu, e me virou de frente para ele. Seus olhos, curiosos e preocupados, procuraram meu rosto. — O que aconteceu? Olhei para minhas mãos, arranhadas e ensanguentadas. Eu não conseguia encontrar minha voz. — Ouvi você gritando. Pensei que um urso… — Ele inspirou fundo. Sem pensar, pressionei meu rosto contra o peito dele. Sentia um soluço preso na garganta. Eu só queria ser abraçada. Mesmo que fosse por Christopher. Ele ficou tenso e assustado com minha atitude. Quando viu que não me afastei, suas mãos se moveram hesitantemente e me envolveram. A princípio, ele acariciou meus braços de maneira relutante, mas depois ficou mais tranquilo e se soltou. Fiquei feliz por ele não ter me tocado como se achasse que eu fosse quebrar a qualquer momento. Eu precisava saber que ele era sólido e real. Quando ele aninhou minha cabeça em seu peito e falou ao pé de meu ouvido de forma calma e serena, não contive as lágrimas. Enterrei meu rosto em seu casaco, chorando copiosamente. — Estou bem aqui — disse ele suavemente. — Não vou embora. Você não está sozinha. Ele apoiou o queixo no alto da minha cabeça, e me vi instintivamente me aconchegando mais para perto. Eu estava com tanto frio. Como se o calor tivesse sido drenado do meu corpo, gelada até os ossos. Foi bom deixá-lo me abraçar. Bem ali, em meio ao ar gélido, Christopher tirou o casaco e colocou-o sobre meus ombros. — Me conte o que aconteceu. Eu não queria relembrar o que houve. Ele ia me achar ridícula. Um carcaju, embora feroz, não era motivo para fazer alguém chorar. Podia ter sido pior. Podia ter sido um urso-pardo. Eu estava respirando rápido demais, e aquilo estava me deixando zonza e enjoada. — Tome isto. — Christopher tirou uma pequena garrafa do bolso do casaco e me deu. Eu estava tão abalada que quase não senti o líquido descer queimando pela garganta. Parecia água, só que mais amargo. Virei a garrafa para beber mais, me engasgando e


 


tossindo logo em seguida. De repente senti um calor começar a se espalhar pelo meu corpo, e minha respiração relaxou. — No começo pensei que fosse um urso. — Fechei bem os olhos, sentindo minha respiração começar a acelerar de novo. Eu ainda via o animal rosnando. — Era um carcaju, e ele me atacou. Pensei que fosse me matar. — Ele deve ter me ouvido chegar, percebeu que estava em desvantagem e fugiu. Já tinha ido embora quando encontrei você — disse ele, me abraçando com mais força. Depois que me recompus, tomei um grande gole da garrafa e continuei: — Estava escondido em uma cabana de caça velha, acho que na mesma que uma menina foi encontrada morta em outubro do ano passado. Eu me lembro de ter visto um cabana muito parecida no noticiário quando o corpo dela foi encontrado, e vi um pequeno pedaço de fita amarela, daquelas que os policiais usam para isolar a cena de um crime, presa em uma artemísia em frente à cabana. Acho que é a mesma. Encontrei um osso do lado de fora da cabana. Não pode ser dela, né? Os peritos teriam removido todos os restos mortais, certo? Por favor, me diga que você não acha que era dela! Lembrei como o osso parecia vazio e oco em minha mão. Uma concha de morte. Isso me fez pensar no corpo decomposto e coriáceo na despensa da primeira cabana. Naquele momento, tive certeza de que a morte estava à espreita em todos os cantos daquelas montanhas. O que tinha dado em mim para querer ir para um lugar tão horrível? Christopher me pegou pelos ombros, examinando meu rosto atentamente. Sua expressão se anuviou e ele comprimiu os lábios, concentrado. — Que menina? — Kimani Yowell. Você se lembra de ouvir sobre ela nos jornais? Ela estava no último ano da Pocatello High e já era uma pianista profissional. Foi convidada para fazer uma turnê por todo o país. Todo mundo dizia que ela iria para a Juilliard, de tão boa que era. Então seu namorado a matou. Ele a estrangulou e arrastou o corpo dela até aqui para escondê-lo. — Eu me lembro dela — disse Christopher, de maneira distante, o olhar perdido ao longe. — Que tipo de cara mata a própria namorada? Christopher não respondeu. Mas notei algo sombrio e desagradável surgir em suas feições.



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Autor(a): Mill

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CAPÍTULO VINTE E DOIS       Na volta para o acampamento, Christopher caminhou um pouco mais perto de mim do que o usual. Era difícil acreditar que apenas dois dias antes eu tinha flertado descaradamente com ele na loja de conveniência, vendo-o como uma espécie de dádiva de Deus para me salvar da humilhação. E ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 43



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  • Mill Postado em 29/10/2015 - 16:18:04

    É pena que acabou, também irei sentir saudades. Podem deixar assim que eu fizer outra fanfic eu posto aqui pra vocês ler #gelonegro! Lovei!

  • juhcunha Postado em 28/10/2015 - 20:43:23

    Maravilhosa pena que acabou deixar aqui sua nova web quero ler

  • Polivondy16 Postado em 28/10/2015 - 19:19:39

    Foi perfeita! Ficaram juntos <3 Ameeei! Obrigada você por compartilhar essa história com a gente, e espero que compartilhe muitas mais! Amei #gelonegro! Lovei! Lovei! Lovei! E infelismente.... num tem como escrever o posta mais...né! Vou sentir saudades *-*

  • Mill Postado em 28/10/2015 - 16:48:18

    Tá acabando :&quot;(

  • juhcunha Postado em 28/10/2015 - 00:12:54

    Tadinha da dul ele não pode fazer isso com ela

  • juhcunha Postado em 28/10/2015 - 00:09:14

    Calvin se lasco mane

  • juhcunha Postado em 28/10/2015 - 00:07:32

    Essa merda d Calvin não pode morre ele tem que pagar pelo que ele fez

  • Polivondy16 Postado em 27/10/2015 - 21:56:53

    Acabando? Mas já? Logo agora que o pesadelo acabou... Essa Becca é cruel! Não, Christopher! Você não pode ir embora! Quero muito vê-los juntos! Posta mais *-*

  • Mill Postado em 27/10/2015 - 16:44:52

    kKKK Calma Korbie não matou ninguém

  • juhcunha Postado em 26/10/2015 - 23:07:04

    Korbie matou quem? Mdsss posta mais


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