Fanfics Brasil - Capitulo 54 Gelo Negro- Adaptação vondy

Fanfic: Gelo Negro- Adaptação vondy | Tema: Vondy


Capítulo: Capitulo 54

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* * *


 


 


De volta ao acampamento, à luz da fogueira, Christopher levantou a bainha da calça até o joelho, e vimos que havia sangue em sua perna. — Você está sangrando! — exclamei. — Precisa cuidar disso. Temos algum kit de primeiros socorros? Ele fez uma careta, pegando a mochila. — Temos bebida e gaze. Vou ficar bem. — E se infeccionar? Ele me encarou. — Então não vou ficar bem. — Você precisa de um médico. — Assim que falei, percebi como meu comentário era inútil. Onde iríamos encontrar um hospital ou um médico? — Dado o estrago que o urso poderia ter causado, acho que escapei relativamente bem. Ele derramou o restante da bebida sobre o ferimento, fazendo o sangue escorrer pela perna. Depois enrolou a gaze. Dois alfinetes prendiam o curativo no lugar. — Eu queria poder ajudar — falei, inutilmente. — Queria poder fazer alguma coisa. Christopher atirou um pedaço de lenha no fogo. — Me distraia. Jogue alguma coisa comigo. — Está tentando me fazer jogar “verdade ou consequência” com você, Christopher? — perguntei, tentando fazer graça para tirar sua atenção da dor que estava sentindo. Para dar ênfase, ergui a sobrancelha de maneira sugestiva. Ele riu. — Me fale sobre o lugar mais quente em que já esteve — propôs ele. — O lugar mais quente em que consegue pensar. — Psicologia reversa? — sugeri. — Não custa nada tentar. Bati o dedo no queixo, pensativa. — O Parque Nacional dos Arcos, em Utah. Minha família passou uma semana lá no verão passado. Imagine: um sol do qual não se pode escapar torrando a terra seca e


rachada com um calor violento. O céu mais azul que você já viu no alto de um deserto de pedras vermelhas que foram erodidas em forma de arcos, pináculos e aletas do arenito. São uns monumentos estranhos que se erguem da terra, é como uma cena de um livro de ficção científica. Quem diz que o deserto não é bonito nunca esteve em Moab. Ok, sua vez. — Quando éramos crianças, minha irmã e eu gostávamos de mergulhar para encontrar abalones na praia do Van Damme State Park, na Califórnia. Não é quente como o deserto, mas, depois de mergulhar, sempre deitávamos na areia cinza com o rosto virado para o sol. Ficávamos lá até o sol drenar toda a nossa energia. Sempre jurávamos que não iríamos esperar passar mal com o calor para arrumar as coisas e ir embora. E nunca cumpríamos o prometido. Delirantes, cambaleávamos até o estacionamento procurando meu carro. Então íamos até um bar próximo para comprar sorvetes de casquinha. Sentávamos perto do ar-condicionado, tremendo de frio e zonzos de insolação. — Ele riu. Tentei imaginar Christopher com a irmã, com seus familiares, com um passado. Eu nunca o havia imaginado como uma pessoa de verdade. Eu só o via como ele era agora, o homem que tinha me aprisionado. Sua história abriu uma nova porta, por onde eu queria espiar. Eu queria conhecer as outras versões dele. — Você se sente mais quente agora? — provoquei. Pensei em forçar a barra para que ele contasse mais histórias de sua vida, mas não queria parecer interessada demais. Eu não tinha certeza se estava pronta para mostrar que minha opinião a respeito dele mudava lentamente. — Um pouco. — O que são abalones? — Moluscos marinhos comestíveis. Fiz uma careta. Eu não era chegada a frutos do mar, muito menos a frutos do mar gosmentos. — Ah, pare — disse Christopher, vendo minha cara e balançando a cabeça de maneira repreendedora. — Você não pode rejeitar uma comida assim até ter experimentado. Se sairmos desta montanha, a primeira coisa que vou fazer vai ser obrigá-la a comer abalone. Vou prepará-los em uma fogueira na praia, para você provar o abalone do jeito certo. Ele falou de maneira espontânea, mas suas palavras me fizeram engolir em seco. Se conseguíssemos sair da montanha, eu não iria passar um tempo com Christopher. Ele devia saber disso. Ele era procurado pela polícia. Enquanto eu… Eu queria minha vida de volta. — Eles são bem difíceis de pegar — continuou Christopher. — O melhor lugar para procurar é nas rochas profundas distantes da costa. Você até pode tentar pegar abalones na praia, mas preferimos fazer mergulho em apneia, que é exatamente o que parece: mergulhar e prender a respiração o máximo que puder. — É perigoso? — Mesmo que você saiba o que está fazendo, ficar preso na maré do oceano pode ser desorientador. O constante ir e vir das ondas torna um desafio apoiar o pé no fundo ou


 


manter sua posição. Você está em constante movimento, e vários mergulhadores acham difícil relaxar. A maioria das pessoas não se submete voluntariamente a uma força muito mais poderosa do que elas. Várias pessoas que praticam mergulho livre sentem vertigem. É aí que o mergulho fica perigoso. Se você não sabe para que lado fica a costa, ou pior, qual direção vai para cima, vai ter problemas logo, logo. Para complicar as coisas, há algas por toda parte, e na água escura os talos flutuantes se parecem de maneira assustadora com cabelo. Nem sei dizer quantas vezes pensei que havia uma pessoa flutuando ao meu lado e, quando me virei, descobri que era uma alga se mexendo por causa do movimento da corrente. — Só entrei no mar uma vez, acredita? E é por isso que eu realmente deveria ter ido para o Havaí no recesso de primavera em vez de resolver fazer trilha nas montanhas — acrescentei, com um sorriso triste. — No próximo ano — disse ele de maneira otimista, o sorriso iluminando o rosto. Observei o homem na minha frente, alegre e radiante, e tentei comparar essa versão dele, o mergulhador despreocupado, com o Christopher que eu achava que conhecia. Apesar do modo como tínhamos nos conhecido, apesar das circunstâncias que nos mantinham juntos, ao longo dos últimos três dias ele havia me protegido e me respeitado. Minha opinião sobre ele estava mudando. Eu queria saber mais sobre ele. E queria compartilhar coisas com ele. Sem pensar, dei um tapa na sua coxa e disse: — Que saber? Eu me sinto mais quente. Imediatamente, tirei a mão e passei no cabelo, como se aquilo fosse completamente normal. Como se nossos limites não tivessem se expandido.



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Autor(a): Mill

Esta é a unica Fanfic escrita por este autor(a).

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* * *       Acordei repentinamente, assustada, ofegante, observando as raízes emaranhadas e nodosas acima. Um pesadelo. Minha testa estava úmida, e todos aqueles cobertores e camadas de roupa tinham me deixado com calor. Sentei-me e tirei o casaco, usando-o para enxugar o rosto. Respirei fundo várias vezes, tentando recuperar o ar. Mex ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 43



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  • Mill Postado em 29/10/2015 - 16:18:04

    É pena que acabou, também irei sentir saudades. Podem deixar assim que eu fizer outra fanfic eu posto aqui pra vocês ler #gelonegro! Lovei!

  • juhcunha Postado em 28/10/2015 - 20:43:23

    Maravilhosa pena que acabou deixar aqui sua nova web quero ler

  • Polivondy16 Postado em 28/10/2015 - 19:19:39

    Foi perfeita! Ficaram juntos <3 Ameeei! Obrigada você por compartilhar essa história com a gente, e espero que compartilhe muitas mais! Amei #gelonegro! Lovei! Lovei! Lovei! E infelismente.... num tem como escrever o posta mais...né! Vou sentir saudades *-*

  • Mill Postado em 28/10/2015 - 16:48:18

    Tá acabando :&quot;(

  • juhcunha Postado em 28/10/2015 - 00:12:54

    Tadinha da dul ele não pode fazer isso com ela

  • juhcunha Postado em 28/10/2015 - 00:09:14

    Calvin se lasco mane

  • juhcunha Postado em 28/10/2015 - 00:07:32

    Essa merda d Calvin não pode morre ele tem que pagar pelo que ele fez

  • Polivondy16 Postado em 27/10/2015 - 21:56:53

    Acabando? Mas já? Logo agora que o pesadelo acabou... Essa Becca é cruel! Não, Christopher! Você não pode ir embora! Quero muito vê-los juntos! Posta mais *-*

  • Mill Postado em 27/10/2015 - 16:44:52

    kKKK Calma Korbie não matou ninguém

  • juhcunha Postado em 26/10/2015 - 23:07:04

    Korbie matou quem? Mdsss posta mais


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