Fanfics Brasil - Capitulo 64 Gelo Negro- Adaptação vondy

Fanfic: Gelo Negro- Adaptação vondy | Tema: Vondy


Capítulo: Capitulo 64

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                       * * *


 


 


 


 


Fui para a cama entorpecida, mas não de frio. Calvin tinha me monitorado atentamente a noite toda, e, fiel a sua palavra, recusou-se a me deixar dormir até meu corpo alcançar uma temperatura segura. Mesmo tendo visto Calvin verificar as fechaduras das portas, eu estava com medo do escuro, e do que — de quem — poderia entrar na cabana enquanto eu dormia. Christopher estava lá fora na floresta. E, embora uma porta trancada pudesse atrasá-lo, talvez não conseguisse detê-lo. Seu futuro estaria em risco caso ele não destruísse as provas de que era um assassino. Minha intuição me dizia que ele devia estar muito determinado. Calvin me colocou no quarto com decoração de urso, no segundo andar, no mesmo quarto em que eu havia dormido nas visitas anteriores a Idlewilde. A sra. Versteeg tinha escolhido um tema para cada um dos quartos, e o meu tinha uma cama de madeira de quatro colunas com uma colcha com estampa de urso, um tapete falso de urso e quadros de ursos nas paredes. Uma foto era de um urso-negro mãe brincando com dois filhotes, mas o outro mostrava um urso-pardo feroz, com os dentes arreganhados. De repente, quis estar no quarto de Korbie, com o tema de pesca. Não queria me lembrar do encontro da noite anterior com o urso… ou do que tinha acontecido depois, sob a árvore, com Christopher. Deitei na cama, ouvindo os passos de Calvin lá embaixo. A TV estava desligada para ele conseguir ouvir qualquer som estranho. Ele também tinha desligado as luzes de dentro, mas havia deixado as de fora acesas, iluminando cada entrada da cabana. Ele havia me jurado que ninguém se aproximaria da cabana sem que ele notasse. Eu estava pegando no sono quando ouvi uma batida na porta do quarto. — Cal? — gritei, me sentando depressa e puxando o lençol até o queixo. Ele abriu a porta. — Acordei você? Soltei o ar, aliviada. — Não. Entre. — Dei um tapinha no colchão ao meu lado. Ele manteve a luz desligada. — Só queria ter certeza de que você está bem. — Estou um pouco assustada, mas me sinto segura com você por perto. Por mais hábil e determinado que Christopher fosse, Calvin o derrotaria. Se Christopher encontrasse Idlewilde, se ele tentasse entrar, Calvin o impediria. Isso era o que eu repetia para mim


mesma. — Ninguém vai entrar — me assegurou Calvin, e isso me confortava, como nos velhos tempos. Ele lia meus pensamentos. — Você tem uma arma extra? — perguntei. — Acha que eu deveria ficar com uma, por garantia? O colchão afundou quando ele se sentou ao meu lado. Ele estava usando um moletom vermelho e preto surrado da Highland High School. Eu tinha pegado emprestado aquele moletom inúmeras vezes no ano anterior, levando-o para a cama comigo para sentir o cheiro quente e salgado de Calvin enquanto dormia. Eu não via Calvin ou seu moletom desde que ele tinha ido para Stanford, havia oito meses. Achei estranho ele não ter substituído o moletom velho por um de Stanford. Talvez ele tivesse um, mas estivesse lavando ou algo assim. Ou talvez ele não estivesse pronto para deixar o passado para trás, e tudo aquilo que ainda significava tanto para ele. Era um pensamento reconfortante. — Você sabe usar uma arma? — perguntou Calvin. —Christian tem uma, mas nunca disparei. — Então é melhor não ficar com nenhuma. Dulce, eu lhe devo desculpas… — Ele hesitou, olhando para baixo e expirando lentamente. Eu podia ter aliviado as coisas, dizendo que não havia importância ou fazendo um comentário espirituoso, mas decidi não partir em sua defesa. Eu merecia aquilo. Tinha esperado muito tempo para ouvir aquelas palavras. — Me desculpe por ter magoado você. Nunca foi a minha intenção — disse ele, o rosto marcado pela emoção. Ele se virou, limpando rapidamente as lágrimas. — Sei que ficou parecendo que fugi o mais rápido que pude, como se estivesse louco para deixar a cidade e você. Acredite ou não, eu estava com medo de ir para a faculdade. Meu pai colocou muita pressão em mim. Eu morria de medo de fracassar. Sentia como se precisasse me desligar de casa e começar a construir a minha nova vida logo. Eu tinha que impressionar o meu pai. Tinha que mostrar a ele que eu merecia o dinheiro da faculdade, e ele me deu uma maldita lista de obrigações para eu me certificar de que estava à altura — acrescentou, amargamente. — Você sabe quais foram as últimas palavras dele antes de eu ir embora? “Não se atreva a ficar com saudades de casa. Só mariquinhas olham para trás.” E ele falava sério, Dulce. Foi por isso que não voltei no Dia de Ação de Graças ou no Natal… para provar que eu era um homem e que não precisava correr para casa quando as coisas ficavam difíceis. Por isso, e porque eu não queria vê-lo. Peguei a mão de Calvin e a apertei. Para animá-lo, levantei seu queixo e abri um sorriso travesso. — Você lembra quando éramos crianças e fizemos aquele boneco vodu do seu pai e nos revezamos para espetar um alfinete nele? Calvin bufou, mas sua voz continuou inexpressiva. — Roubei uma das meias da gaveta dele, enchemos com bolas de algodão e desenhamos o rosto dele com uma canetinha preta. Korbie pegou o alfinete na caixa de costura da minha mãe. — Eu nem me lembro do que ele fez para nos deixar tão furiosos.


 


Calvin cerrou a mandíbula. — Eu perdi um lance livre em um jogo de basquete no sétimo ano. Quando chegamos em casa, ele me disse para começar a jogar bolas na cesta. E que não me deixaria entrar em casa até eu fazer mil lances livres. Estava muito frio, e eu estava só com a camisa do jogo e um short. Você e Korbie ficaram vendo tudo da janela, chorando. Quando eu terminei, era quase hora de dormir. Quatro horas — murmurou para si mesmo desanimadamente. — Ele me deixou congelando lá fora por quatro horas. Agora eu me lembrava. Calvin, por fim, tinha entrado, a pele manchada e irritada pelo frio, os lábios azuis, os dentes batendo. Quatro horas, e o sr. Versteeg não havia sequer virado a cabeça para trás para ver como o filho estava. Ficou no escritório usando o laptop, de costas para a janela que dava para a cesta na entrada da garagem. — Você vai me agradecer por isso — disse o sr. Versteeg, apertando o ombro gelado de Calvin. — No próximo jogo, não vai perder nenhuma bola. Você vai ver.



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Autor(a): Mill

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CAPÍTULO TRINTA E UM         — Sinto muito que seu pai tenha sido tão duro com você — falei para Calvin, entrelaçando meus dedos nos dele para mostrar que estava do seu lado. Ele continuava sentado na cama. Com os ombros rígidos, olhava para a parede como se estivesse vendo a infância infeliz projet ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 43



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  • Mill Postado em 29/10/2015 - 16:18:04

    É pena que acabou, também irei sentir saudades. Podem deixar assim que eu fizer outra fanfic eu posto aqui pra vocês ler #gelonegro! Lovei!

  • juhcunha Postado em 28/10/2015 - 20:43:23

    Maravilhosa pena que acabou deixar aqui sua nova web quero ler

  • Polivondy16 Postado em 28/10/2015 - 19:19:39

    Foi perfeita! Ficaram juntos <3 Ameeei! Obrigada você por compartilhar essa história com a gente, e espero que compartilhe muitas mais! Amei #gelonegro! Lovei! Lovei! Lovei! E infelismente.... num tem como escrever o posta mais...né! Vou sentir saudades *-*

  • Mill Postado em 28/10/2015 - 16:48:18

    Tá acabando :&quot;(

  • juhcunha Postado em 28/10/2015 - 00:12:54

    Tadinha da dul ele não pode fazer isso com ela

  • juhcunha Postado em 28/10/2015 - 00:09:14

    Calvin se lasco mane

  • juhcunha Postado em 28/10/2015 - 00:07:32

    Essa merda d Calvin não pode morre ele tem que pagar pelo que ele fez

  • Polivondy16 Postado em 27/10/2015 - 21:56:53

    Acabando? Mas já? Logo agora que o pesadelo acabou... Essa Becca é cruel! Não, Christopher! Você não pode ir embora! Quero muito vê-los juntos! Posta mais *-*

  • Mill Postado em 27/10/2015 - 16:44:52

    kKKK Calma Korbie não matou ninguém

  • juhcunha Postado em 26/10/2015 - 23:07:04

    Korbie matou quem? Mdsss posta mais


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