Fanfics Brasil - Capitulo 73 Gelo Negro- Adaptação vondy

Fanfic: Gelo Negro- Adaptação vondy | Tema: Vondy


Capítulo: Capitulo 73

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                              * * *


 


 


 


Corri pela escuridão fria do porão. Subi a escada, abri a porta e dei uma olhada na cozinha. As luzes estavam apagadas, então passei depressa e adentrei a sala de jantar, me escondendo no final de uma parede enquanto examinava o cômodo. Dava para ver Korbie no sofá. Ainda estava inconsciente, mas Calvin colocara alguns cobertores sobre ela. De todos nós, Korbie era quem estava mais segura. Apesar do que Calvin fizera com ela, eu não achava que ele seria capaz de matar a irmã. O que significava que eu tiraria Christopher dali, sairia para pedir ajuda e depois voltaria para buscá-la.


Meu casaco e minhas botas estavam perto da saída; peguei tudo antes de subir até o segundo andar, os rangidos suaves causados pelos meus passos parecendo ensurdecedores aos meus ouvidos. Parei para ouvir junto à porta. Nada. Entrei no quarto. O cheiro de sangue e suor pairava no ar. A vela tremeluzia na mesa de cabeceira, projetando uma luz fraca sobre a figura imóvel no colchão. Os braços e pernas de Christopher, embora amarrados, estavam relaxados, e sua cabeça pendia para o lado, aninhada no ombro sem ferimento. Por um breve e terrível momento, pensei que ele estivesse morto. Mas, quando me aproximei, vi que seu peito subia um pouco. Ele estava dormindo. Ou desmaiado. Pela quantidade de sangue nos lençóis, a segunda opção era a mais plausível. Corri até a cama e puxei o lençol. A janela tinha sido fechada, mas assim mesmo uma corrente de ar frio invadia o quarto. Não queria deixá-lo ainda mais debilitado, mas precisava acordá-lo. Quando tirei os lençóis, no entanto, fiquei nervosa e enjoada. O motivo para os lençóis estarem encharcados de sangue ficou evidente. A imagem foi suficiente para fazer meu estômago revirar. Levei a mão depressa à boca, contendo a vontade de vomitar. Havia vergões vermelhos e bolhas horripilantes por todo o peito de Christopher. Mas as marcas em seu corpo não se comparavam ao inchaço em torno de seus olhos ou à pele em carne viva das maçãs de seu rosto. A região em volta do osso agora torto de seu nariz estava completamente escura e inchada, um pequeno balão roxo. Sua respiração chiava suavemente, mais um sinal de que seu nariz estava quebrado. Só a boca fora deixada intacta, porque certamente Calvin precisava que Christopher falasse, pensei, amargamente. Ele precisava do mapa. — Dulce? Ao som da voz fraca de Christopher, apertei sua mão com força. — Sim, sou eu. Você vai ficar bem. Estou aqui agora. Vai ficar tudo bem — falei, em um tom determinado e sereno. Não queria que minha voz transparecesse o quanto estava horrorizada ao vê-lo naquele estado. — Onde está Calvin? — Não sei. Ele pode voltar a qualquer momento, então precisamos nos apressar. — Graças a Deus você está bem — murmurou. — Ele deixou você entrar? — Não. Ele ia me deixar morrer lá fora — falei, com a voz falhando. — Entrei pela janela do porão. — Minha Dulce durona e determinada — disse ele, suspirando, cansado. — Eu sabia que você daria um jeito. “Não sou durona”, queria dizer a ele. “Estou com medo de nós dois morrermos.” Mas Christopher precisava que eu fosse forte naquele momento. E eu seria forte por ele. — Você está muito mal? Precisa de um torniquete? Havia ainda uma quantidade chocante de sangue vazando pela atadura em seu ombro. Eu tinha aprendido a fazer um torniquete no acampamento, mas não sabia se me lembrava direito. Christopher teria que me dar as instruções. — Não — disse ele com a voz rouca. — Foi de raspão. Como ele queria. Olhei para Christopher. — Ele tem boa pontaria — falei, por fim.


— A maioria dos assassinos tem. Não consegui rir da piada. — Há outra cabana a um quilômetro e meio daqui. Com alguma sorte, encontraremos alguém lá. Se não tiver ninguém, podemos arrombar a porta e usar o telefone para chamar a polícia. — Eu estava orgulhosa da confiança que tinha conseguido imprimir à voz, mas uma preocupação enevoou minha mente. Christopher não estava em condições de andar. Principalmente em meio a um frio tão rigoroso. Mesmo com o rosto ferido e contraído de dor, Christopher virou a cabeça para me olhar nos olhos. — Já disse como você é incrível? A garota mais inteligente, mais corajosa e mais bonita que conheço. Seu sussurro carinhoso me levou de novo às lágrimas. Limpei o nariz com as costas da mão, assentindo com entusiasmo e tentando demonstrar confiança. Disfarcei meus verdadeiros sentimentos — desespero, desesperança e medo —, pois o que eu menos queria era que ele os identificasse em meus olhos. — Nós vamos sair daqui — falei, desatando os nós em volta de seus pulsos, arfando ao ver a pele esfolada; em seguida, libertei os tornozelos, grotescamente inchados e do tamanho de uma bola de tênis. — Dulce — sussurrou ele, fechando os olhos, e percebi com preocupação que sua energia se esvaía rapidamente. — Me deixe aqui. Vá buscar ajuda. Eu espero por você. — Não vou deixar você com Calvin — falei, decidida. — Quem sabe o que ele vai fazer com você? Posso não conseguir voltar a tempo. — Não consigo andar. Machuquei o tornozelo tentando me soltar. Acho que torci. Não se preocupe comigo. Calvin disse que demoraria um pouco a voltar. Ele disse aquilo de maneira tão convincente que quase acreditei. Mas eu o conhecia muito bem. Ele tinha desistido de se salvar. Ele só tinha usado aquelas palavras tranquilizadoras para que eu saísse antes de Calvin voltar. O que, eu não tinha dúvida, não demoraria muito. Calvin não o deixaria sozinho por mais do que alguns minutos. — Vou fazer um trenó com o lençol. E vou arrastá-lo para fora daqui. — Descendo as escadas? — disse Christopher, balançando a cabeça. — Nunca vou conseguir. Vá buscar ajuda. Calvin deixou uma arma na mesa de cabeceira. Leve-a com você. Abri a gaveta e coloquei a arma no bolso. Esperava não ter que usá-la, mas eu atiraria em Calvin se precisasse. Desta vez eu não iria hesitar. — Vamos calçar suas botas — falei, enfiando o pé esquerdo dele em uma bota o mais delicadamente possível. Ele prendeu a respiração quando a bota passou pelo tornozelo inchado, e então ficou completamente imóvel. Seus olhos se fecharam e, desta vez, não voltaram a se abrir. Sua respiração voltou a ficar curta e irregular. Ele tinha desmaiado. Fiquei tonta, despreparada para um golpe de azar como aquele. Mas não desistiria sem lutar. Eu iria tirar Christopher dali. Nem que precisasse arrastá-lo centímetro a centímetro.


Abotoei sua camisa e enfiei o outro par da bota no pé direito. Agarrei suas pernas e puxei-o para a beira do colchão, avançando poucos centímetros. Fiz mais progresso quando prendi os dedos no cós da calça jeans dele e usei o meu peso para puxá-lo para trás. Por fim, soltei os cantos do lençol embaixo dele e o arrastei para fora da cama com uma série exaustiva de puxões e empurrões. Seu corpo caiu no chão com um baque pesado, e, pela primeira vez, fiquei feliz por ele estar desmaiado. Assim, ele não sentiria dor. Christopher gemeu. Não sentiria dor conscientemente, pelo menos. O suor encharcava meu rosto, mas continuei fazendo força para puxá-lo pelo piso. Olhei para a porta atrás de mim com cautela, sabendo que Calvin estava em algum lugar além dela, mas não havia outra saída. Eu não podia tirar Christopher dali em segurança pela janela do segundo andar. Levei um instante para colocar minhas botas e meu casaco. Inspirei profundamente mais uma vez para me acalmar. Então abri a porta.


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 



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Autor(a): Mill

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CAPÍTULO TRINTA E OITO         Olhei para os dois lados no corredor. Nenhum sinal de Calvin. Espiei por cima do corrimão para verificar se ele estava lá embaixo. Aonde ele tinha ido? Procurar o mapa sozinho? Arrastei Christopher para o corredor. Examinei a escada íngreme de madeira, e concluí o que Christopher j&aac ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 43



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  • Mill Postado em 29/10/2015 - 16:18:04

    É pena que acabou, também irei sentir saudades. Podem deixar assim que eu fizer outra fanfic eu posto aqui pra vocês ler #gelonegro! Lovei!

  • juhcunha Postado em 28/10/2015 - 20:43:23

    Maravilhosa pena que acabou deixar aqui sua nova web quero ler

  • Polivondy16 Postado em 28/10/2015 - 19:19:39

    Foi perfeita! Ficaram juntos <3 Ameeei! Obrigada você por compartilhar essa história com a gente, e espero que compartilhe muitas mais! Amei #gelonegro! Lovei! Lovei! Lovei! E infelismente.... num tem como escrever o posta mais...né! Vou sentir saudades *-*

  • Mill Postado em 28/10/2015 - 16:48:18

    Tá acabando :&quot;(

  • juhcunha Postado em 28/10/2015 - 00:12:54

    Tadinha da dul ele não pode fazer isso com ela

  • juhcunha Postado em 28/10/2015 - 00:09:14

    Calvin se lasco mane

  • juhcunha Postado em 28/10/2015 - 00:07:32

    Essa merda d Calvin não pode morre ele tem que pagar pelo que ele fez

  • Polivondy16 Postado em 27/10/2015 - 21:56:53

    Acabando? Mas já? Logo agora que o pesadelo acabou... Essa Becca é cruel! Não, Christopher! Você não pode ir embora! Quero muito vê-los juntos! Posta mais *-*

  • Mill Postado em 27/10/2015 - 16:44:52

    kKKK Calma Korbie não matou ninguém

  • juhcunha Postado em 26/10/2015 - 23:07:04

    Korbie matou quem? Mdsss posta mais


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