Fanfics Brasil - Capitulo 74 Gelo Negro- Adaptação vondy

Fanfic: Gelo Negro- Adaptação vondy | Tema: Vondy


Capítulo: Capitulo 74

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CAPÍTULO TRINTA E OITO


 


 


 


 


Olhei para os dois lados no corredor. Nenhum sinal de Calvin. Espiei por cima do corrimão para verificar se ele estava lá embaixo. Aonde ele tinha ido? Procurar o mapa sozinho? Arrastei Christopher para o corredor. Examinei a escada íngreme de madeira, e concluí o que Christopher já sabia: não havia como descer com ele por ali em segurança. O lençol não o protegeria das quinas afiadas dos degraus, e eu não tinha tempo para prender um travesseiro às suas costas. — Acorde, Christopher — sussurrei, ajoelhando-me ao lado dele e dando tapas firmes em suas bochechas. Ele se mexeu, murmurando coisas sem sentido. — Vamos descer a escada juntos. Mesmo com o tornozelo torcido, se eu sustentasse um pouco do seu peso e ele apoiasse o restante na perna boa, juntos e bem devagar, conseguiríamos descer a escada. — Dulce? A cabeça dele rolou para o lado, e bati um pouco mais forte em seu rosto para despertá-lo. — Fique comigo, Christopher. Ele se encolheu ao meu toque. Felizmente, seus olhos se abriram. Peguei seu rosto nas mãos e olhei bem em seus olhos, desejando poder transferir parte da minha energia para ele. — Vá embora logo, Dulce. Antes que Calvin volte. — Então abriu um sorriso corajoso. — Não vou a lugar algum, prometo. Aninhei a cabeça de Christopher em meu colo, acariciando seu cabelo úmido com as mãos trêmulas. Eu precisava convencê-lo de que ele ia conseguir. Suas palavras me assustavam. Ele estava desistindo, e eu não podia fazer aquilo sem ele. — Somos uma equipe, lembra? Começamos isso juntos e agora temos que terminar. — Estou atrasando você. A verdade é que eu talvez não resista por muito mais tempo. — Não fale assim — pedi, lágrimas quentes correndo por meu rosto. — Preciso de você. Não posso fazer isso sozinha. Prometa que vai ficar comigo. Você vai se levantar. Nós vamos descer a escada juntos. Quando eu contar até três. As expressões de Christopher se suavizaram, do jeito que eu imaginava que um corpo relaxava um pouco antes de morrer. Pouco antes de a dor chegar ao fim, com o descanso à vista. Ele desabou no meu colo, parecendo mais pálido do que antes. Limpei as lágrimas com as costas das mãos. Eu teria que pensar em outra maneira de sair dali.


Então tive uma ideia. Rolei o corpo de Christopher e o deixei de bruços. Passei os cotovelos sob seus ombros e o puxei em direção ao primeiro degrau. Suas pernas bateriam nos degraus enquanto descêssemos, mas antes elas do que sua coluna. Desci os degraus de costas, um de cada vez, ofegante. Ele devia pesar uns noventa quilos. Felizmente, levando-o daquela maneira, eu distribuía a maior parte de seu peso pelas escadas. Infelizmente, eu poderia reabrir a ferida em seu ombro, causando uma dor excruciante. Por mais horrível que isso pudesse ser, eu precisava tirá-lo dali o quanto antes e me preocuparia com os danos que causei depois. Era melhor machucá-lo do que deixá-lo ali para ser morto por Calvin. No fim da escada, aproveitei o piso liso de madeira para deslizar o corpo até a porta da frente. Ao abrir a porta, curvei os ombros para me proteger do açoite gelado do vento. A SUV de Calvin estava estacionada na entrada coberta de neve. Ele não tinha saído. Meus olhos correram ansiosamente para a floresta, enquanto eu tentava imaginar aonde ele fora. Como se para pontuar meu pensamento, um gêiser de neve eclodiu bem perto dos meus pés, e, um instante depois, ouvi o forte estrondo de um tiro. Xinguei e arrastei Christopher mais depressa em direção às árvores. Mais quatro tiros em staccato. Rangendo os dentes, fiz força para puxar o corpo pesado de Christopher. No minuto em que cruzei o limite escuro da floresta, os tiros cessaram. — Dulce? — disse Christopher suavemente. Caí de joelhos ao lado dele. O suor banhava seu rosto, e seus olhos vermelhos procuravam apressadamente ao redor. — Onde ele está? Onde está Calvin? — Nas árvores do outro lado de Idlewilde. Vi as rajadas de luz da arma dele. Está muito escuro para ele ver a gente. Ele vai ter que chegar muito mais perto se quiser dar um tiro certeiro. — Se ele for esperto, vai vir atrás da gente agora. Ele não pode nos ver, mas também não podemos vê-lo. Isso dá a ele a oportunidade perfeita de se esgueirar e nos pegar de surpresa. — Christopher pensou por um instante. — Você disse que há uma cabana a cerca de um quilômetro de distância. Vá para lá… — Não vou deixar você sozinho. Ele olhou para mim. Preocupado, fez força para se sentar. — É claro que vai. Esta é sua chance. Não é uma oportunidade maravilhosa, devo admitir, mas é a melhor que você vai ter. Quanto mais esperarmos, maiores as chances de Calvin se aproximar para atirar ou arrancar você de mim. Sem pensar, agarrei Christopher e dei um beijo nele. Ele tinha curvado o ombro bom para se proteger do frio, ou talvez para diminuir a dor, mas senti que seu corpo relaxou quando o toquei. Pensei que ele fosse me afastar, insistindo para que eu fosse embora logo, mas ele precisava de mim tanto quanto eu precisava dele. Estávamos enfrentando a morte; essa era a dura e fria verdade. E, ao nos aproximarmos dos minutos finais, não iríamos desperdiçá-los. Não se tratava de desejo. Era uma necessidade forte e urgente. Uma reafirmação da vida. Christopher me puxou bruscamente para perto dele. Se eu estava fazendo seu ferimento doer mais, ele não parecia se importar.


Retribuiu meu beijo avidamente. Estávamos vivos. Mais vivos do que nunca em face da morte. — Me desculpe por não ter acreditado em você — desabafei. — Eu estava enganada. Cometi um erro enorme. Acredito em você agora. Eu confio em você, Christopher. Seus olhos brilharam de alívio. — Tem certeza de que não posso convencer você a correr até a outra cabana? — perguntou, pressionando a testa à minha. Christopher arfava suavemente, mas não por causa da dor. Ele parecia estar de volta à vida, reunindo forças para a luta. Havia uma determinação em seu rosto que dor alguma refrearia. Fiz que não com a cabeça, também sem ar. Seu beijo fora uma injeção de adrenalina. Se antes sentia medo, isso não importava mais, porque agora eu tinha uma razão para continuar viva. E essa razão olhava bem dentro dos meus olhos.


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 



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Autor(a): Mill

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CAPÍTULO TRINTA E NOVE           — Calvin não vai me matar antes que eu diga onde está o mapa — observou Christopher friamente. — Ele acha que precisa encontrá-lo antes que um guarda-florestal ou um policial encontre. — Onde está o mapa? — Quando voltei ao nosso abrigo hoje de man ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 43



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  • Mill Postado em 29/10/2015 - 16:18:04

    É pena que acabou, também irei sentir saudades. Podem deixar assim que eu fizer outra fanfic eu posto aqui pra vocês ler #gelonegro! Lovei!

  • juhcunha Postado em 28/10/2015 - 20:43:23

    Maravilhosa pena que acabou deixar aqui sua nova web quero ler

  • Polivondy16 Postado em 28/10/2015 - 19:19:39

    Foi perfeita! Ficaram juntos <3 Ameeei! Obrigada você por compartilhar essa história com a gente, e espero que compartilhe muitas mais! Amei #gelonegro! Lovei! Lovei! Lovei! E infelismente.... num tem como escrever o posta mais...né! Vou sentir saudades *-*

  • Mill Postado em 28/10/2015 - 16:48:18

    Tá acabando :&quot;(

  • juhcunha Postado em 28/10/2015 - 00:12:54

    Tadinha da dul ele não pode fazer isso com ela

  • juhcunha Postado em 28/10/2015 - 00:09:14

    Calvin se lasco mane

  • juhcunha Postado em 28/10/2015 - 00:07:32

    Essa merda d Calvin não pode morre ele tem que pagar pelo que ele fez

  • Polivondy16 Postado em 27/10/2015 - 21:56:53

    Acabando? Mas já? Logo agora que o pesadelo acabou... Essa Becca é cruel! Não, Christopher! Você não pode ir embora! Quero muito vê-los juntos! Posta mais *-*

  • Mill Postado em 27/10/2015 - 16:44:52

    kKKK Calma Korbie não matou ninguém

  • juhcunha Postado em 26/10/2015 - 23:07:04

    Korbie matou quem? Mdsss posta mais


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