Fanfics Brasil - Procura-se uma amante - vondy

Fanfic: Procura-se uma amante - vondy


Capítulo: 20? Capítulo

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Apaixonado? Ou excitado, com desejo por ela... Por que estar apaixonado era uma complicação da qual ele não precisava em sua vida no momento.

Raul havia lhe contado que ela voltaria para a Inglaterra e Christopher disse a si mesmo que ele deveria ficar feliz com aquilo.

Sua avó certamente gostaria de vê-lo no estado em que se encontrava.

Pensar em sua avó deixou Christopher sério. Ele tinha quatorze anos quando ela morreu. Uma idade delicada e, por isso, com certeza...

Seu telefone celular tocou interrompendo o fluxo dos seus pensamentos.

Estaria ela fazendo a coisa certa? Dulce ficou se perguntando enquanto estacionava o carro e voltava para seu quarto no hotel.

Como ela queria que sua avó estivesse viva para que elas pudessem conversar! Dulce sentia que precisava dos conselhos dela. Será que ela aprovaria o que ela estava fazendo? A onda de euforia que a havia levado a Grasse tinha diminuído agora, deixando-a insegura. E se ela não pudesse criar um perfume vendável? E mesmo que pudesse, o que a fazia pensar que ele seria um sucesso assim tão grande quando muitos outros fracassavam? Eles agora viviam em um mundo diferente daquele no qual as essências clássicas foram criadas. Os consumidores agora eram mais exigentes. Mas e se ela conseguisse... E se o perfume que ela criasse fosse um sucesso estrondoso em todo o mundo?

Ela começou a ficar toda excitada novamente. E se entre eles, ela e Chris...

Ela ficou ainda mais excitada e isso não tinha absolutamente nada a ver com a criação do novo perfume.

Por que ela não admitia de uma vez por todas que se sentira atraída por Chris desde a primeira vez que o viu?

Atraída por ele! Descrever seus sentimentos como uma mera atração era como comparar água de colônia com perfume francês!


 


Seu coração começou a bater acelerado e ela começou a sentir as mãos úmidas. Por que será que o olhar de um determinado homem podia fazer uma mulher sentir-se tão...? Com as faces em chamas, Dulce teve que admitir para si mesma o quanto ele mexia com ela. Ele mexia muito com ela.

— Só espero estar fazendo a coisa certa.

A voz de Dulce vacilava um pouco ao desabafar suas incertezas a sua amiga.

Do outro lado da linha, May falava com firmeza.

— Eu acho que você está. Às vezes é preciso seguir seus instintos e seu coração,
Dulce, não importa o quão arriscado possa parecer.

Seu coração! Dulce sentiu que havia se entregado. Como May pôde perceber seus sentimentos em relação a Christopher? Ela mal havia mencionado o nome dele.

— O seu trabalho não é simples, Dulce, não basta apenas escolher esta carreira. É preciso ter vocação. E quando uma pessoa tem o seu talento, é preciso seguir o coração e não dar tanto ouvido ao lado racional.

— Trabalho! May estava falando sobre seu trabalho e não sobre Christopher.

— É realmente uma oportunidade que não bate duas vezes à nossa porta — concordou Dulce. — Mas...

— Vá em frente, menina! — interrompeu May. Ela nem percebeu que passou um tempão falando com a amiga ao telefone. Sentiu a barriga roncar e olhou para o relógio, vendo que já eram oito horas e ela ainda não havia comido mais nada o dia inteiro, além do café da manhã.

Tomou um banho rápido, vestiu uma roupa elegante e dirigiu-se para o restaurante do hotel.

— Uma mesa para o jantar? — perguntou o maitre. Dulce fez que sim com a cabeça.

— Desculpe-me, mas estamos lotados, senhora.

— Mas estou hospedada no hotel — protestou Dulce sentindo o cheiro delicioso dos pratos que estavam sendo servidos. Sua barriga continuava roncando.


 


— Desculpe-me, mas é necessário que os hóspedes façam reserva para o jantar. Nosso restaurante é muito famoso e muitas pessoas saem de Cannes para virem comer aqui.

Dulce lembrou-se de ter lido em seu quarto que era necessário fazer reservas.

— Mas há vários outros bons restaurantes na cidade de Mougins. É perto daqui, além de ser um lugar muito bonito que atrai muitos turistas.

Dulce suspirou arrependida por não ter feito uma reserva. Ela até tinha planejado conhecer Mougins, mas durante o dia.

Ela decidiu voltar para o quarto e pedir algo para comer pelo serviço de quarto, ela não tinha outra escolha. Dulce agradeceu ao maitre e ao passar pelo bar do hotel avistou Chris.

Ele estava vindo em sua direção e obviamente já a tinha visto. No mesmo instante o rosto dela ficou iluminado, ela ficou radiante e todo tipo de sensações tomaram conta do corpo dela.

— Christopher! — exclamou ela. — O que você está fazendo aqui?

— Estou hospedado aqui — respondeu ele. — E você vai jantar aqui?

Ela foi tomada por um sentimento de decepção.

Chris, o homem real, era tão diferente do homem de suas fantasias. Ele parecia tão sério e distante.

A felicidade e a expectativa que haviam preenchido seu dia, agora pareciam abandoná-la. E ela percebeu o jeito que ele olhava sobre os ombros dela, provavelmente procurando por alguém. Uma mulher, pensou ela. Será que ele tinha um encontro, um jantar romântico com alguém?

Ela levantou o queixo e respondeu com firmeza.

— Não, não vou jantar aqui hoje à noite. Coincidentemente, também estou hospedada aqui.


Ela não queria que ele pensasse que ela escolheu ficar naquele hotel por causa dele. E ela nem sabia mesmo que ele também estava lá.

— Mas, infelizmente, esqueci de fazer reserva para o jantar. O maitre sugeriu que eu fosse até...

— O quê? Sozinha? Estou surpreso que ele tenha sugerido isso a uma mulher sozinha. Você está só, não está?

Ele não estava mais olhando sobre o ombro dela. Na verdade, ele estava olhando fixamente para ela agora. Olhando diretamente em seus olhos.

— Estou... — respondeu ela no mesmo momento em que um enorme grupo de pessoas passou por eles, deixando-a espremida no pequeno espaço do bar.

Na mesma hora, Chris pegou-a trazendo-a para perto dele. Tão perto que se ela respirasse fundo seus corpos encostariam um no outro. E, embora não houvesse a menor chance dela ser levada pela multidão, o braço dele a envolveu em um gesto protetor.

— Eu tenho uma reserva. Você quer jantar comigo?

— Ah, não — protestou ela imediatamente. — Eu...-Mesmo que quisesse ela não encontraria palavras para descrever o calor e a sensualidade que faiscavam naqueles olhos verdes. Ela só conseguia pensar no efeito que provocava nela...

— Você acha uma boa idéia? — perguntou ela.

— E por que não? — disse Christopher.

Dulce podia dar-lhe umas mil razões, todas relacionadas ao jeito como ele mexia com ela.

— Bem, por causa da situação profissional entre nós — respondeu ela sem admitir qual era a verdadeira razão dela não achar uma boa idéia jantar com ele. Mas Christopher interrompeu-a.


 


— Por que não esquecemos o que passou e começamos tudo de novo? Uma trégua. Eu conversei com Raul e...

Dulce não pôde evitar a sensação de decepção ao perceber que ele a tratava como uma colega de trabalho e não como uma mulher que ele desejava conhecer melhor.

— Conversou? — perguntou ela.

— Conversei. E fiquei muito feliz em saber que você mudou de idéia, Dulce.

— Acho que era o melhor a se fazer.

Dulce fez uma pausa. Ela ia dizer-lhe o quão feliz ficou por saber que ele também havia mudado de idéia com relação ao uso de ingredientes naturais na fabricação dos perfumes. Mas antes que ela pudesse dizer qualquer coisa, Chris balançou a cabeça.

— E como parte dessa trégua, não falaremos de negócios hoje à noite.

— Você nunca disse isso antes.

— Não?

Ele espremeu levemente os olhos. Ele era realmente muito sexy. Era de parar o trânsito!

— Bem, estou dizendo agora.

— Mas se não conversaremos sobre os negócios, então...

Dulce calou-se e sentiu as faces ruborizadas com o olhar que ele lhe lançava.

— Creio que teremos muito o que dizer um para o outro — disse Chris suavemente.
Dulce não respondeu. Ela sabia muito bem que queria mais dele do que uma simples relação comercial.

Christopher falou qualquer coisa com o maitre que os guiou até a mesa que ele havia reservado.


 


Dulce percebeu que Christopher olhou sutilmente para as mulheres nas outras mesas. Era uma ótima mesa e, quando o garçom puxou a cadeira para Dulce sentar-se, ela ficou feliz por ter escolhido aquele vestido de seda. Graças a sua avó, ela sabia escolher as roupas que lhe caiam bem.

Ela mal tinha aberto o cardápio quando o garçom aproximou-se com uma garrafa de champanhe e duas taças.

Com os olhos arregalados ela olhou para Christopher.

— Espero que não se importe. É para coRaulrarmos — disse ele gentilmente.

Dulce não conseguia tirar os olhos dos dele. Aquele sorriso dele também era de matar... Ela sentiu uma onda de calor percorrer todo o corpo.

— Tudo bem — concordou ela. — Mas Raul disse que ainda demoraria alguns dias até que os contratos ficassem prontos e como Raul não está aqui...

O sorriso no rosto de Chris ficou ainda mais largo.

— Não era isso que eu queria coRaulrar — disse ele com uma voz que parecia puro chocolate.

— N-Não? — Ela pegou a taça de champanhe.

— Não — respondeu Christopher com um olhar tão sensual e excitante que seu corpo começou a tremer.

— Você não vai perguntar o que estou querendo coRaulrar?

Dulce bebeu um pouco de champanhe e engasgou-se. Ela tossiu e colocou a taça novamente na mesa.

— Desculpe-me — disse ela com o rosto rosado, envergonhada pela falta de classe.

— O que houve? Você não gosta de champanhe? — provocou Chris.

— Gosto — respondeu Dulce. — Mas é que não bebo muito mesmo. Coisas de quem foi criada pela avó. Ela era um pouco antiquada.

— Por que você foi criada por sua avó?


 


Dulce percebeu que agora ele não a olhava com desaprovação, mas que realmente parecia querer saber mais sobre ela, e é claro que ela ficou toda excitada ao constatar isso.

— Minha mãe morreu pouco depois do meu nascimento. E o meu pai tinha que trabalhar. Então fui criada pela minha avó e meu pai casou-se novamente.

Ela fez uma pausa. Não queria que ele pensasse que ela queria sua solidariedade.

— Melanie, minha madrasta, era bem mais jovem que meu pai, e ela não gostava muito da idéia de ter uma enteada. E eu gostava de morar com minha avó.

— Sei...

Ele a olhava fixamente e, ainda assim, carinhosamente, percebeu Dulce. Parecia até que ela lhe havia contado o quão duro era saber que sua madrasta não a queria e que seu pai não insistiu o suficiente para trazê-la para perto deles.

— Eu também tive uma relação muito próxima com minha avó — disse Chris.

Por um momento, eles ficaram se olhando em silêncio. Eles eram duas pessoas descobrindo que tinham mais em comum do que imaginavam.

— Sua avó era grega, não era? — perguntou Dulce querendo saber o máximo possível sobre ele.

— Era. E também éramos muito próximos. Meus pais trabalhavam juntos no negócio que meu pai estava abrindo e minha avó, que morava com a gente, cuidava de mim.

Ela morreu quando eu tinha quatorze anos. Foi muito ruim na época para a família. Eu senti muito a falta dela.

— E você ainda sente sua falta? — perguntou Dulce.

— Sinto — afirmou ele. — Ela teve uma vida dura. Seus pais foram para a Austrália para fugir da pobreza que encaravam no próprio país. A mãe dela morreu antes de chegarem em Sidney e seu pai ficou tão abalado que começou a beber. Minha avó criou os irmãos e irmãs praticamente sozinha. Ela só tinha doze anos quando chegaram na Austrália. E tinha vinte e quatro quando se casou com meu avô.


 


— Ela devia ser uma pessoa maravilhosa. Uma mulher muito forte — comentou Dulce.

— Ela era — concordou Chris.

Dulce não conseguiu analisar muito bem o olhar dele. Parecia um misto de amargura e raiva. Um olhar, que por alguma razão, ele parecia estar direcionando a ela.

— Você está usando seu perfume — disse ele de repente mudando o assunto.

Dulce fez que sim com a cabeça, tentando não trair a si mesma deixando transparecer que adorou o fato dele ter percebido.

— É muito diferente do Myrrh original?

— Um pouco — disse ela percebendo decepcionada que a pergunta fora feita por interesses comerciais e não pessoais. — O perfume original, como a maioria dos perfumes da época, era bem mais forte do que os que as mulheres usam hoje em dia. E também era bastante caro.

— Caro e exclusivo — comentou Christopher. — Você já decidiu o que vai comer? — perguntou ele de repente.

Dulce teve vontade de perguntar por que de uma hora para outra ele pareceu ter ficado tão distante. Em vez disso, apenas respondeu que sim, já havia decidido o que comeria.

— Quantos anos você tinha quando descobriu que tinha o dom de fazer perfumes, Dulce?

O prato de entrada deles havia chegado e Dulce percebeu que ele voltou a olhá-la de um jeito carinhoso.

— Não sei — admitiu ela. — Acho que cresci já sabendo que queria criar perfumes.
Minha avó incentivou-me, claro. Acho que ela nasceu na época errada. Ela teria adorado tomar as rédeas dos negócios. Mas aquele irmão dela...



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Autor(a): natyvondy

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— Percebi que havia alguma desavença entre eles — observou Christopher olhando fixamente para Dulce querendo saber mais.— Meu tio-avô era um jogador e ele administrava os negócios para sustentar seu vício no jogo. Minha avó odiava isso que ele fazia e acho que acabou odiando-o também — admitiu Dulce. — E ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 456



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  • stellabarcelos Postado em 18/12/2015 - 00:03:13

    Amei

  • jessikavon Postado em 29/12/2009 - 15:42:17

    Ameiii a wn...uma pena q vc não vá mais postar suas wn aqui eu amoo elas...espero q um dia vc volte!!!!!!!!!!!!!!


    :)

  • luan Postado em 27/12/2009 - 02:03:39

    pq naty?

  • luan Postado em 27/12/2009 - 02:03:39

    pq naty?

  • luan Postado em 27/12/2009 - 02:03:39

    pq naty?

  • luan Postado em 27/12/2009 - 02:03:38

    pq naty?

  • luan Postado em 27/12/2009 - 02:03:38

    pq naty?

  • luan Postado em 27/12/2009 - 02:03:37

    pq naty?

  • letyvondy Postado em 27/12/2009 - 01:59:20

    pq naty ????
    naum faz isso naum por favor
    >.<

  • letyvondy Postado em 27/12/2009 - 01:59:10

    pq naty ????
    naum faz isso naum por favor
    >.<


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