Fanfics Brasil - Procura-se uma amante - vondy

Fanfic: Procura-se uma amante - vondy


Capítulo: 21? Capítulo

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— Percebi que havia alguma desavença entre eles — observou Christopher olhando fixamente para Dulce querendo saber mais.

— Meu tio-avô era um jogador e ele administrava os negócios para sustentar seu vício no jogo. Minha avó odiava isso que ele fazia e acho que acabou odiando-o também — admitiu Dulce. — E essas desavenças pioraram quando minha avó casou-se com um inglês e foi morar longe dele. Mas ela tinha paixão pelos negócios...

— Uma paixão que ela, sem dúvida, transmitiu para você — interrompeu Chris.

Dulce sorriu.

— Minha avó era uma mulher muito apaixonada pelo que fazia.

— Assim como você — disse ele.

Seus olhares encontraram-se novamente e Dulce percebeu que só conseguia respirar muito superficialmente, seu coração batia acelerado no peito.

Aquele silêncio e a intimidade de seus olhares, fixos um no outro, provocou a sensação mais excitante que ela já havia experimentado, reconheceu zonza. Ela havia esquecido completamente a comida — Chris era sua comida naquele momento. Sua necessidade, seu sustento, tanto físico como emocional.

— Você não imagina o quanto...

A voz dela estava baixa, os olhos enormes, as pupilas dilatadas.

— Eu imagino, eu sei — Christopher interrompeu-a com a voz tensa e forte. — Sei exatamente como você vai se sentir em meus braços, Dulce, posso imaginar o seu gosto e o quão apaixonadamente você reagirá na cama comigo.

O que diabos estou fazendo, perguntou-se Christopher ao perceber o que havia acabado de dizer. Desde que assumiu os negócios de sua família aos vinte e um anos de idade, Christopher dedicou-se inteiramente ao seu sucesso. Nada nem ninguém chegou a ameaçar aquela dedicação — até agora!


 


Pela primeira vez na vida, Chris pôde sentir-se sendo levado por diferentes direções em termos afetivos. Estaria ele enlouquecendo? Dulce era mesmo uma mulher muito atraente, mas isso não significava que...

O jeito que ela olhava para ele deixou o corpo dele tenso e tomado de desejo.

Por esta ele não esperava. Certamente isso não fazia parte de seus objetivos e especialmente com aquela mulher!

Então por que ele não fazia nada para impedir aquele desejo avassalador que o dominava? Porque ele não queria ou porque ele simplesmente não podia? A verdade é que ele já estava envolvido, era tarde demais para tentar salvar sua pele.

Ele percebeu que Dulce sentia o mesmo que ele o que só aumentou seu próprio desejo. Uma mulher não mexia assim com ele em público desde os tempos de sua adolescência. Ainda bem que a mesa escondia o quão excitado ele estava...

Ele se ajeitou na cadeira enquanto Dulce prendia a respiração ao ver como o desejo sexual queimava nos olhos de Christopher .

Ela mal podia respirar, comer então nem pensar. Ela tentou encontrar algo para dizer que pudesse quebrar aquela aura sexual que os envolvia, mas seu cérebro recusava-se a cooperar. Se ela não conseguisse acabar com a intensidade sexual do olhar entre eles, ela não sabia o que poderia vir a acontecer. Ou melhor, ela sabia muito bem o que o corpo dela queria que acontecesse!

E isso a estava deixando excitada, bem como apreensiva, como ela nunca havia ficado em toda a vida!

Alguém na mesa ao lado levantou-se arrastando a cadeira. O barulho fez com que Christopher olhasse naquela direção. Enquanto isso, Dulce respirou fundo e pegou o garfo.

Chris olhava para a boca de Dulce. Seus lábios eram cheios e aveludados e se ela estava usando batom, ele era bastante claro, quase imperceptível. Ele odiava beijar mulheres que usavam batons vermelhos fortes. Beijar os lábios de Dulce, ou melhor, beijar qualquer parte dela, seria um prazer pelo qual ele faria qualquer coisa. Desesperada para manter suas emoções sob controle, Dulce esperou até que o prato principal fosse servido para perguntar educadamente:

— Por que você decidiu comprar a Francine?

Por um momento ela pensou que ele não fosse responder, até que ele a olhou e ela sentiu o coração saltar em seu peito.

— Pareceu-me uma boa idéia, um processo natural.

No momento ele não queria discutir negócios com Dulce. Na verdade, ele não queria falar absolutamente nada com ela. O tipo de comunicação que ele queria estabelecer com ela implicava na utilização dos lábios para algo muito mais íntimo do que a simples reprodução de palavras.

Embora ele tenha respondido à pergunta de forma natural, Dulce percebeu que ele estava medindo bem as palavras e percebeu também que não conseguia parar de olhar para a boca de Christopher.

— Fizemos um trato: não íamos conversar sobre negócios, lembra? — disse ele.

O coração dela batia tão forte que ela ficou com medo que ele pudesse escutá-lo.

— Este bife está delicioso! — disse Chris com entusiasmo.

Ele havia sido pego de surpresa pela pergunta inesperada de Dulce sobre por que ele queria comprar a Francine. A verdade era que ele nunca esqueceu que sua avó havia lhe contado que quando trabalhara em uma casa de família, pôde usar uma vez o Myrrh de sua patroa, um perfume muito caro e famoso.

— Chamava-se Myrrh — disse-lhe sua avó. — É o melhor perfume do mundo!


 


— Por que você não comprou um frasco para você, vovó? — Ele havia perguntado ingenuamente.

Ela sorriu e balançou a cabeça.

— Chris, um frasco dele custa mais do que eu ganharia em cinco anos de trabalho. Este tipo de perfume não é feito para mulheres como eu.

Ao ver o olhar triste dela, Christopher jurou para si mesmo que um dia lhe daria um perfume daquele. Mas ela morreu antes, que ele pudesse cumprir o juramento. E isso influenciou sua decisão de ser contra a vontade de Dulce de criar um perfume caro que só algumas mulheres poderiam usar. Ele não queria que outras mulheres passassem pelo que sua avó passou.

Mas agora o Myrrh pertenceria a ele e embora fosse tarde demais para presentear sua avó com um frasco, pelo menos ele estava feliz em saber que o neto da mulher que não podia comprar aquele perfume agora era dono da empresa que o fabricava!

E ele pretendia tornar possível o uso dos perfumes da Francine a todas as mulheres.

É claro que ele não contou à diretoria a verdadeira razão pela qual queria comprar a Francine. Ele não poderia mostrar-se assim tão vulnerável. Ninguém entenderia. O mundo de negócios girava em torno de lucros financeiros e não sentimentais.

Christopher crescera em um mundo difícil, vendo seus pais lutarem para o bem dos negócios. E quando parecia que os negócios se tornariam lucrativos, seus pais quase perderam tudo de uma hora para a outra. O estresse que isso gerou deixou a saúde de seu pai debilitada. Depois de presenciar todos aqueles acontecimentos traumáticos, Chris decidiu fazer de tudo para proteger sua família, para tornar os lucros estáveis e nunca mais ter que ver seu pai desesperado e sua mãe com os olhos cheios d`água.


 


Ele nunca esqueceria as histórias que sua avó lhe contava. A pobreza por vezes fez com que ela se sentisse humilhada. Os filhos de Christopher saberiam tudo sobre sua bisavó e seriam ensinados a respeitá-la e a entender que o dinheiro não pode comprar a alma, o caráter e o amor. Se Dulce não concordasse com aquilo, então ela não era a pessoa que ele achava que era...

Dulce deu um leve suspiro. Fazia mais de uma hora desde que eles deixaram o restaurante e foram para o bar tomar um drinque sentados em um dos seus confortáveis sofás.

Eles eram as únicas pessoas no bar, além dos funcionários. A lenha havia queimado deixando apenas as cinzas na lareira. Chris parecia poder ler o que se passava na cabeça de Dulce. E ele a olhava de um jeito que...

— Fechamos o bar — disse Christopher olhando para o funcionário que começou a limpar o local.

— Vou acompanhá-la até o seu quarto — completou ele, enquanto Dulce levantava-se.

Fazia frio lá fora e ela ficou feliz por ter trazido um xale. Ficou mais feliz ainda quando Christopher tomou a iniciativa de envolvê-la com ele. Seria impressão dela ou os dedos dele teriam mesmo tocado a pele nua dos seus ombros?

Os jardins estavam bem iluminados. O céu parecia um veludo negro salpicado por estrelas brilhantes como diamantes e a lua estava crescente.

Dulce tropeçou ao fazerem uma das curvas do caminho e Chris segurou-a na mesma hora.



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Autor(a): natyvondy

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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 456



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  • stellabarcelos Postado em 18/12/2015 - 00:03:13

    Amei

  • jessikavon Postado em 29/12/2009 - 15:42:17

    Ameiii a wn...uma pena q vc não vá mais postar suas wn aqui eu amoo elas...espero q um dia vc volte!!!!!!!!!!!!!!


    :)

  • luan Postado em 27/12/2009 - 02:03:39

    pq naty?

  • luan Postado em 27/12/2009 - 02:03:39

    pq naty?

  • luan Postado em 27/12/2009 - 02:03:39

    pq naty?

  • luan Postado em 27/12/2009 - 02:03:38

    pq naty?

  • luan Postado em 27/12/2009 - 02:03:38

    pq naty?

  • luan Postado em 27/12/2009 - 02:03:37

    pq naty?

  • letyvondy Postado em 27/12/2009 - 01:59:20

    pq naty ????
    naum faz isso naum por favor
    >.<

  • letyvondy Postado em 27/12/2009 - 01:59:10

    pq naty ????
    naum faz isso naum por favor
    >.<


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