Fanfics Brasil - Procura-se uma amante - vondy

Fanfic: Procura-se uma amante - vondy


Capítulo: 24? Capítulo

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Dez minutos após chegarem àquela estrada, eles a encontraram. Era uma casa pequena e aconchegante com o telhado vermelho e com vista para o mar.

Christopher estacionou e nenhum dos dois fez nenhum comentário sobre a casa.

Ainda sem dizer uma palavra, Christopher apertou o botão para abrir as janelas do carro, como se tivesse lido os pensamentos de Dulce, que com prazer respirou fundo o ar puro. Até mesmo ali, naquela altura, ela jurou poder sentir o cheiro do mar.

Um cheiro de lavanda pairava no ar devido a todas aquelas flores, e o tronco cinza-prateado de uma das árvores inclinava-se sobre as paredes douradas da casa, seus galhos cobertos por folhas macias. Mas o que realmente chamou a atenção dela foi o muro baixo, cercado por uma cerca informal de laranjeiras, atrás da qual ela pôde ver a água da piscina brilhar. A casa tinha uma piscina! E não era uma piscina qualquer, mas era uma bastante moderna e grande também. De onde ela estava, parecia que a água da piscina unia-se ao mar. Muito bonito, pensou ela com um sorriso no rosto.

Todo o lugar parecia ser a combinação perfeita do tradicional e do moderno, reconheceu Dulce.

— Que lindo! — Suas palavras suaves e macias quebraram o silêncio e fizeram com que Christopher se voltasse para ela.

— É a primeira vez que vejo este lugar.

Sua voz deixava transparecer que ele estava tão absorto pela beleza selvagem e particular do lugar quanto ela, apesar dele ter tentado esconder isso.

— Pessoalmente, digo. O agente mostrou-me fotos e um vídeo. Eu lhe disse que queria um lugar com privacidade e ainda bem que ele conseguiu exatamente o que eu queria.

— É lindo! — disse Dulce tão encantada pelo lugar que mal reparou que havia aberto a porta do carro e saído dele.


 


Uma leve brisa soprou em seu rosto e, instintivamente, ela voltou o rosto para o sol, fechando os olhos enquanto entregava-se ao seu calor.

Olhando para Christopher agora, ela comentou:

— Isso é que é perfume! Flores, terra, ar, mar. O cheiro da natureza. Nenhum laboratório nunca poderia fazer algo parecido — concluiu ela.

Christopher observava-a. O vento fazia sua roupa grudar no corpo, acentuando suas curvas. Ele se sentiu tentado a contestar a afirmação dela e lembrar-lhe que ela havia concordado em trabalhar com essências fabricadas pelo homem, mas preferiu não entrar em conflito e estragar aquele momento. Pelos olhos dela, ele podia ver como ela se sentia e ele teve certeza que queria viver aquela paixão e que a queria. Ele a queria muito.

— Vamos olhar como é por dentro.

A voz áspera de Christopher fez Dulce ficar apreensiva. Será que ele a achava tola e emotiva demais por se sentir daquele jeito por causa do lugar? Ele estava esperando por ela, que se pôs a andar atrás dele ansiosa para conhecer o interior da casa.

Por dentro ela era tão perfeita quanto por fora, pelo menos na opinião de Dulce. Tinha uma cozinha grande, com uma mesa tamanho família e várias cadeiras. E era toda enfeitada com gerânios.

Havia também uma sala de televisão aconchegante, bem como uma sala de jantar elegante e uma sala de estar ampla e sofisticada com janelas nas extremidades.

No andar de cima havia cinco quartos espaçosos, cada qual com seu banheiro. Todos eram decorados com simplicidade, mas com muito estilo. A cada passo, Dulce sentiu mais e mais inveja de quem quer que fosse o dono daquela casa, especialmente depois que Christopher contou-lhe que o terreno em volta da casa também fazia parte da propriedade, que incluía até uma praia exclusiva. Era lindo demais!


— É simplesmente o máximo — disse ela.

— Você gostou?

— Como alguém poderia não gostar? — respondeu Dulce. — Se esta casa fosse minha, acho que não suportaria a idéia de alugá-la a outras pessoas.

Assim que ela terminou a frase, Christopher pegou-se fazendo planos de perguntar ao agente da casa se os proprietários estariam dispostos a vendê-la. Afinal de contas, seria bom para ele ter um lugar permanente na Europa, principalmente agora que eles estavam comprando a Francine.

— Não sei quanto a você, mas eu estou morrendo de fome. Estou pronto para devorar a comida que compramos. — Christopher disse a Dulce, afastando tais idéias da cabeça e olhando para o relógio. — Você já percebeu que são três e meia da tarde?

Dulce nem tinha se dado conta, já que estava entretida demais com a casa e com Christopher, claro, para pensar na hora.

— Onde você gostaria de comer? Aqui dentro ou lá fora? — perguntou Christopher.

— Lá fora, se você concordar — respondeu Dulce imediatamente.

— Perto da piscina? — sugeriu Christopher.

Dulce lançou-lhe um olhar de confirmação, seus olhos brilhavam com prazer. Quando Christopher a olhava, ele não conseguia entender como estava conseguindo não agarrá-la e beijá-la até que aquele olhar dela de prazer radiante se tornasse um de puro desejo.

— É uma pena não termos trazido roupas para nadar — arrependeu-se Dulce inocentemente olhando para a piscina ao longe.

— E quem disse que precisamos delas? — provocou-a Christopher rindo ao ver a expressão no rosto dela. — O que foi? Vai me dizer que você nunca nadou nua? Você mora perto do mar, não mora?


 


Dulce fez que não com a cabeça com veemência.

— Claro que não — disse ela.

Só de pensar em nadar nua com Christopher na piscina fez com que sua imaginação voasse longe e com que seu corpo pulsasse excitado. Ela escondeu tais reações de Christopher. A geração de sua avó acreditava que era papel do homem conquistar a mulher e não o contrário. E embora Dulce soubesse que tais coisas estavam fora de moda hoje em dia, uma parte dela ainda era influenciada por tal pensamento. Talvez o fato de ter tão pouca experiência sexual se devesse a isso também. Ou pelo menos, ela suspeitava que Christopher pensaria assim.

— Fui criada pela minha avó, está lemFrancoo? — afirmou ela ao ver a expressão dele. — E, além disso, a água da costa de Pembroke é fria demais.

Dez minutos depois, ao desembrulharem a comida trazida por Christopher da cozinha,
Dulce percebeu o quão faminta estava. Sua barriga já estava roncando.

— Não, obrigado — recusou ela balançando a cabeça e tapando com a mão a taça ao perceber que Christopher estava prestes a servi-la de vinho.

Ele levantou as sobrancelhas provocando-a.

— Por que não? Está com medo de acabar querendo mergulhar nua na piscina, não é? — brincou ele.

Christopher estava apenas provocando-a. Dulce sabia disso. Afinal de contas, ele não podia saber o quanto ela o desejava.

Ela tratou de espantar rapidamente as imagens eróticas da sua cabeça e disse calmamente:

— Você não pode beber vinho, pois está dirigindo, e eu não vou bebê-lo sozinha, não é justo.

O olhar que ela pôde ver nos olhos dele enquanto pegava a garrafa d`água deixou-a confusa.


 


Ao servir água para ambos, Christopher percebeu que Dulce estava sempre surpreendendo e desafiando não apenas a idéia que ele fazia dela, mas também seu entendimento sobre as mulheres em geral.

— Hmmm... Estas azeitonas estão com uma cara boa — comentou Christopher faminto ao ver Dulce retirando-as da lata.

— Quer uma? — perguntou ela imediatamente, pegando uma e levando em direção a
ele sem pensar na intimidade sensual de seu gesto.

O olhar que ele lhe lançou fez com que ela percebesse o calor que dominava seu corpo. Ser provocante não foi sua intenção, mas pelo olhar dele ela se sentiu como Eva oferecendo a maçã a Adão.

No entanto, antes que ela pudesse voltar atrás com as palavras ou com o gesto, a mão de Christopher aproximou-se da dela, pegando a azeitona. Ela sentiu os dedos dele tocarem seu punho, fazendo seu coração disparar. Como podia um gesto tão pequeno, um toque tão simples ter um efeito tão explosivo e erótico sobre ela? Ela podia não ter muita experiência sexual, mas não era tão ingênua assim! Em algum lugar de sua mente ela sabia, desde a primeira vez que o viu que ele a afetaria daquela forma.

Zonza, ela mais uma vez percebeu como a pegada de Christopher era forte. O punho dela parecia tão frágil no meio dos dedos dele. Ela pôde sentir o polegar dele pressionar seu pulso e seu coração foi parar na boca.

Sem que ela quisesse, mas também sem poder fazer nada para impedi-lo, Christopher levou a mão dela até sua boca. Os olhos dela estavam ainda mais arredondados e pareciam escurecer enquanto ela acompanhava cada movimento dele. Totalmente entregue, ela assistiu aos lábios dele entreabrirem-se, envolvendo com a boca não apenas a azeitona preta e suculenta, como também seus dedos.

Os lábios dela também se entreabriram involuntariamente. Sua boca ficou seca e ela sentiu uma corrente elétrica percorrer seu corpo por dentro.


 


A sensação da língua de Christopher brincando com seus dedos inundou-a em desejo. Seu coração batia ferozmente como se tivesse subindo um morro correndo. Imagens sensuais estavam se formando em sua cabeça e ondas líquidas de desejo deixavam seu corpo. Pelo dedo dele, sobre o pulso dela, ele deve ter podido perceber o bater desvairado do coração dela.

A azeitona já havia desaparecido dos dedos dela, mas a língua de Christopher não. Ela brincava sensualmente lambendo o líquido deixado pela azeitona nos dedos de Dulce.

— Hmm... — Ela ouviu Christopher sussurrar, olhando fixamente para os olhos dela e lançando-lhe um olhar selvagem.

— Está me deixando com gostinho de quero mais — disse ele.

Os olhos de Dulce arregalaram-se e seu rosto tomou uma coloração rosada. Ele não estava se referindo à azeitona, suspeitou ela.

A língua dele acariciou mais uma vez seus dedos e depois Christopher levantou a cabeça para encará-la. Ele cobriu os dedos dela agora com as próprias mãos.

— Tem certeza de que não quer uma taça de vinho?

Dulce fez que não com a cabeça enfaticamente e tentou afastar as mãos dela das dele. Ela já estava embriagada demais, mesmo sem beber nada alcoólico. A sensualidade do que ele havia acabado de fazer deixou o sangue dela fervendo e correndo enlouquecidamente pelas veias dela.

Observando-a, Christopher estava totalmente consciente da ingenuidade sexual dela, e ao pensar nisso ele sentiu o próprio corpo ferver ainda mais excitado.

Ele nunca havia sido promíscuo, mas naturalmente, quando jovem passou pela fase de experimentação e exploração do sexo. Mas depois dos 27 anos, mais ou menos, ele parou com essa experimentação sexual como forma de se expressar como homem. No entanto, a maioria das mulheres que havia conhecido eram muito abertas e assumiam ser experientes. Elas pareciam pensar que ele gostaria dos resultados de toda aquela experiência. Talvez como Dulce, ele tenha absorvido muito da moral e dos valores de sua avó.


 


Além, é claro, do sangue grego e possessivo dele, que fazia com que esse tipo de mulher não fosse muito atraente aos seus olhos. Saber que Dulce não tinha praticamente experiência nenhuma o estava deixando ainda mais empolgado, reconheceu ele a si mesmo.

Fora de moda ou não, havia algo nele, algo em seu sangue que achava muito tentadora a idéia de poder ensiná-la e mostrá-la várias coisas novas. Era uma idéia muito excitante e seu corpo mal podia esconder isso.

Ele estava sentindo-se nas nuvens por saber que teriam todo o verão para se conhecerem. Ele se certificaria de passar o máximo de tempo possível na França. E Dulce precisava estar lá também para que ele pudesse consultá-la regularmente sobre o novo perfume que ela criaria.

Ainda olhando para ela, ele se pegou pensando em um jeito de reformar a casa de Grasse. Ele podia insistir para que Dulce trabalhasse lá na criação do novo perfume. Seria uma boa idéia.

Dessa forma, o relacionamento deles poderia crescer fácil e naturalmente, e quando fossem assumir o compromisso, seria...

Compromisso? Ele pensou nisso mesmo? Compromisso?

Christopher passou por um breve momento de introspecção. Ele era grego o bastante para se sentir forte e decidido a ter um compromisso sólido com uma única mulher e para fazer desse, um compromisso eterno. E ele tinha uma cabeça moderna o bastante para saber que esse tipo de compromisso não podia basear-se apenas em desejo sexual e emocional, mas também em confiança mútua, honestidade e respeito.

Ele havia conhecido muitas mulheres capazes de dizer qualquer coisa para conseguirem o que queriam. E ele não podia nem pensar em entregar seu amor e sua vida a uma mulher dessas.


 


Ao olhar para Dulce, ele também sabia que seus pensamentos ainda podiam estar lógicos e sob controle, mas seu corpo e seus sentimentos estavam longe disso. O jeito que ele estava se sentindo agora parecia dizer que o quanto antes eles deixassem aquela casa, melhor. A combinação de Dulce, solidão e seu desejo sexual por ela naquele instante estavam deixando seu autocontrole em apuros.

Pensando nisso ele se levantou com a cara amarrada.

No que Christopher estaria pensando, perguntou-se Dulce. Há dois minutos ele estava comportando-se de forma totalmente sensual em relação a ela. Agora ele a olhava de um jeito como se ela tivesse feito algo de errado. Talvez ele pensasse que ela agiu daquela forma provocativa de propósito.

Ela também se pôs de pé.

— Acho melhor irmos embora logo — afirmou Christopher, completando baixinho para que Dulce não pudesse ouvir:

— Antes que seja tarde demais.

— Você já quer ir embora? — perguntou Dulce sem entender muito bem.

Christopher não respondeu e, então, ela protestou.

— Talvez você não tenha percebido, mas eu não comi nada ainda. E estou morrendo de fome.

— Você pode comer no carro — sugeriu Christopher, agachando-se para pegar a garrafa de vinho.

O céu ainda estava absurdamente azul e o mar também, mas com uma tonalidade mais escura. Uma leve brisa balançava as flores e o único som que podiam ouvir era o zumbir arrastado das abelhas. Então, por que Dulce sentia-se como se uma tempestade perigosa e ameaçadora estivesse prestes a começar? Por que ela se sentia como se o céu tivesse ficado negro de repente e como se um vento gélido perfurasse seu coração? Por quê? Será que ela realmente precisava perguntar-se aquilo? Ela o observou andando em direção ao carro sem entender nada.


 


Por que diabos ela não pensou melhor antes de lhe oferecer aquela maldita azeitona? Seu rosto ficou vermelho de raiva. Claro que ele deve ter achado que ela estava dando em cima dele! Mas se ele achou isso por que não recusou na mesma hora? Por que diabos ele tinha que aumentar ainda mais a sensualidade daquele gesto? Terá sido sua falta de experiência que o fez desistir? Dulce não desconhecia por completo o homem que valorizava a mulher apenas por sua experiência sexual e disponibilidade, mas ingenuamente, ela acreditou que Christopher fosse muito diferente desse tipo.

Após uma ida rápida ao banheiro, para se preparar para a viagem de volta e para reforçar para si mesma as razões pelas quais ela deveria cortar qualquer tipo de sentimento por Christopher, ela voltou ao carro. Ajeitando-se no assento, ela permaneceu em silêncio absoluto enquanto Christopher ligava o carro. Ele teve que tentar ligar o carro mais cinco vezes até conseguir fazê-lo pegar.

No entanto, quando Christopher finalmente destravou o capo, saiu do carro e levantou-o, Dulce sentiu uma grande vontade de perguntar:

— O que houve? Algo errado?

— Sabe-se lá! — Foi a resposta de Christopher. — Não sou mecânico, mas suspeito que seja a bateria. Vou ter que ligar para a empresa que me alugou o carro e pedir que eles resolvam esse problema para nós.



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Autor(a): natyvondy

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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 456



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  • stellabarcelos Postado em 18/12/2015 - 00:03:13

    Amei

  • jessikavon Postado em 29/12/2009 - 15:42:17

    Ameiii a wn...uma pena q vc não vá mais postar suas wn aqui eu amoo elas...espero q um dia vc volte!!!!!!!!!!!!!!


    :)

  • luan Postado em 27/12/2009 - 02:03:39

    pq naty?

  • luan Postado em 27/12/2009 - 02:03:39

    pq naty?

  • luan Postado em 27/12/2009 - 02:03:39

    pq naty?

  • luan Postado em 27/12/2009 - 02:03:38

    pq naty?

  • luan Postado em 27/12/2009 - 02:03:38

    pq naty?

  • luan Postado em 27/12/2009 - 02:03:37

    pq naty?

  • letyvondy Postado em 27/12/2009 - 01:59:20

    pq naty ????
    naum faz isso naum por favor
    >.<

  • letyvondy Postado em 27/12/2009 - 01:59:10

    pq naty ????
    naum faz isso naum por favor
    >.<


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