Fanfics Brasil - Procura-se uma amante - vondy

Fanfic: Procura-se uma amante - vondy


Capítulo: 30? Capítulo

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Dulce ficou pasma com o e-mail que acabara de receber. Era um pedido, ou melhor, uma exigência de Christopher, insistindo que ela se apresentasse em Grasse para que "pudessem conversar e resolver as dificuldades atuais".

Só de saber que Christopher havia mandado o e-mail, seu coração deu um pulo. Se um simples e-mail tinha o poder de enchê-la de um misto selvagem de desejo, dor e raiva, o que ele em carne e osso não seria capaz de fazer?

Ela ficou tentada a ignorar a mensagem. Mas obviamente ela sabia que não podia fazer aquilo.

Enquanto ela ainda estava olhando para a tela do computador, o telefone tocou.

Ao atender, ouviu a voz de Raul exclamando com urgência:

— Dulce, preciso muito falar com você!

— Eu recebi o e-mail de Christopher, Raul, e se você quer tentar convencer-me a conversar com ele... — começou Dulce.

Mas Raul a interrompeu.

— Dulce, você precisa me ajudar! Se você não me ajudar, Christopher pode levar-me ao tribunal e reclamar o dinheiro que ele me havia pago como adiantamento da Francine. E se ele fizer isso, estarei encrencado!

Então Raul tinha mentido para ela e sobre ela, pensou consigo mesma. Mas ainda assim era seu primo e o que era mais estranho é que parecia ser mais fácil perdoar Raul do que perdoar Christopher. Porque Christopher a havia machucado muito mais?
Ou porque ela amava Christopher muito mais?

Pare com isso, pensou ela.

— Raul, nada mudou — disse ela ao primo. — Eu não deixarei Christopher pôr as mãos na fórmula do Myrrh, como também não criarei um perfume sintético para ele.


 


— Mas, Dulce, ele só quer conversar sobre a aquisição da Francine — assegurou-lhe Raul. — Só isso. — E se você não concordar em vendê-la a ele, Dulce, eu estarei perdido!

— Se você estiver mentindo para mim de novo, Raul... — disse Dulce sabendo que já estava amolecendo e cedendo à vontade do primo.

Ao desligar o telefone, ela já estava decidida a voltar à França.

* * *
— O que houve? — perguntou May a Dulce enquanto sua sobrinha adolescente, Any, explorava a sala de trabalho de Dulce. — Ainda chateada por causa de Christopher? Você não conseguiu deixar para lá o que aconteceu entre vocês, não é?

Dulce havia contado a May tudo o que acontecera na França com Christopher. Bem, quase tudo! Ela estava tão triste quando voltou a Pembroke que teve que desabafar com sua amiga. Ela ficou falando que fingiria que nem havia conhecido Christopher e nunca havia se apaixonado por ele. Mas como May havia acabado de falar, esquecer Christopher era impossível!

— Não interessa como me sinto, May. Eu lhe contei o que ele me disse. Ele só quer que eu crie uma essência sintética para ele. Nunca farei isso! Nunca! Concordei em ir à França para vê-lo, mas só por causa do Raul. Se Christopher acha que pode fazer-me mudar de idéia...

May lançou-lhe um olhar perspicaz.

— Por favor, não me interprete mal, Dulce. Você é minha amiga e a última coisa que quero fazer é machucá-la ou ofendê-la, mas por tudo o que você já me falou de Christopher parece que vocês são perfeitos um para o outro, e têm a mesma teimosia, pelo visto! — afirmou ela docemente.


 


Enquanto Dulce contorcia-se por dentro sem querer aceitar as palavras de sua amiga, May continuou.

— O amor por si só não basta, você sabe. É necessário que os dois queiram se entender e aceitar o ponto de vista um do outro. Nenhum de vocês dois ouviu falar na palavra conciliação?

Antes que Dulce pudesse responder, Any juntou-se a elas.

— Dulce, este perfume que você está usando é delicioso! Não há como você criar algo parecido, mas que fosse mais barato? — perguntou ela. — Algo que uma estudante sem dinheiro como eu possa comprar?

Depois que May e Any foram embora, Dulce foi para sua sala de trabalho. O comentário de Any a fez pensar no assunto e fez com que ela se sentisse um pouco culpada também. Claro que toda mulher quer poder usar um bom perfume, mas a pergunta inocente de Any fez Dulce pensar melhor no assunto e fez com que ela se perguntasse se não havia mesmo uma forma de misturar ingredientes sintéticos para criar um perfume que poderia ser usado por todas as mulheres.

Não era por causa de Christopher que ela estava pensando nisso, em uma forma de tornar um perfume tradicional e caro em um mais acessível financeiramente, pensou consigo mesma. É que o olhar de Any fez com que ela visse as coisas por outro ângulo. Certamente seria um desafio para ela!

Mas não era um desafio tão grande quanto o de conquistar o amor de Christopher. Mas que tipo de mulher era ela que queria tanto conquistar o amor de um homem que a havia humilhado e rejeitado?


 


Ela tentou concentrar-se no seu trabalho, mas ela só conseguia pensar em Christopher e naquela última e destrutiva cena que ocorreu com os dois.

Será que ele fazia idéia do quanto a havia machucado? Acusando-a de... Dulce ergueu as sobrancelhas lembrando-se das palavras de Christopher: "você é outra Belinda Schull ”. Quem era Belinda Schull ? E o que ela tinha a ver com a rejeição de Christopher em relação a ela? Dulce olhava fixamente para a tela do computador.

Começou a escrever, seus dedos tremiam levemente.

Quando Dulce acabou de reler pela terceira vez o resultado da busca que fez no computador, ela teve que se conter para segurar as lágrimas de compaixão.

A história do que havia acontecido fora exposta bem diante dela por meio de artigos de jornal antigos arquivados. Mas lê-los não a deixou tão chocada quanto ver uma foto de Christopher com quatorze anos de idade, tão alto que já era quase da altura de seu pai, seu olhar fixo no rosto dele.

Que período difícil deve ter sido para toda a família! Que coisa horrível aquela Belinda
Schull havia feito!

E que insulto horrível cometeu Christopher ao compará-la com aquela mulher! Dividida entre irritação, raiva e um amor profundo, Dulce não sabia se saía correndo para a reunião na França com Christopher ou se fugia dela.
 

O sol podia estar brilhando no céu, mas seu calor não era suficiente para derreter o frio glacial da desesperança e da dor que se alojavam em seu peito, pensou Dulce ao sair do táxi e olhar para a fachada do hotel Mougins, que foi o lugar escolhido por Christopher para a reunião.

Dulce desejou que ele tivesse escolhido qualquer lugar, menos aquele que foi onde ela começou a se apaixonar por ele e onde ela uma vez achou que ele também havia se apaixonado por ela.

Ela chegou cedo para a reunião com Christopher e Raul, e ela estava cansada. Ela não vinha dormindo direito em casa e na noite anterior, antes de chegar no pequeno hotel em Cannes onde estava hospedada, sempre que caía no sono, sonhava com Christopher! E que sonhos eram aqueles! Seu rosto ficou pegando fogo só de lembrar.

Ela tinha quase meia hora até o início da reunião, então Dulce pensou em dar uma volta pelo jardim do hotel. Mas ela não faria o caminho que havia feito no dia em que Christopher beijou-a pela primeira vez.

Na varanda de sua suíte, Christopher ficou tenso ao olhar pela janela e ver Dulce passeando pelo jardim. Ele tentou bloquear o efeito que aquela visão provocava em sua cabeça e em seu coração, mas era impossível! Seu corpo já tinha deixado bastante claro o que ele sentia.

De repente, ele viu Dulce virar-se e começar a andar na direção contrária.

Incapaz de se conter, ele deixou a varanda e saiu correndo pulando os degraus de dois em dois que levavam ao jardim e gritando o nome dela.

Quando Dulce ouviu Christopher chamando seu nome, gelou. Nem ela sabe como, acabou conseguindo virar-se para encará-lo.


 


Isto seria uma reunião de negócios, só isso. Se ela tinha sonhos e esperanças que não se concretizariam, a única e exclusiva culpada era ela.

Ela se preocupou em manter uma certa distância entre seus corpos enquanto ele a levava até sua suíte.

— O Raul está aí? — perguntou ela um segundo antes do seu celular tocar.

Era Raul.

— Dulce, achei melhor deixar você e Christopher conversarem sobre suas divergências a sós. Christopher sabe que eu sou completamente favorável às idéias dele e à aquisição. E você sabe o quão importante é este acordo para mim. Como seu primo, imploro que você se lembre disso e...

— Raul, já estou com Christopher — Dulce interrompeu-o. — Onde você está? Por que você não está...?

Ela deixou escapar um leve suspiro ao desligar o telefone.

— Era Raul — disse a Christopher. — Ele...

— Posso imaginar o que ele disse — afirmou Christopher. Eles haviam chegado à escada de pedra agora e Christopher ficou de lado para que Dulce passasse na frente dele, e foi o que ela fez.

— Raul quer que eu concorde em vender minha parte nos negócios para você — disse ela a Christopher. — Sei que você adiantou um dinheiro para ele e que, legalmente, você tem o direito de reclamar esse dinheiro.

— E para proteger Raul de tal destino você está querendo...?

— Estou querendo vender minha parte na Francine para você, Christopher. Isso é tudo que posso oferecer, nada mais que isso!

Ela ia começar a subir os degraus, mas parou de repente, virando-se para olhar para ele. Ele ainda estava alguns degraus atrás dela e Dulce percebeu que seus olhos estavam exatamente na mesma altura.


 


Sem graça, ela percebeu que o olhar dele fixou-se em sua boca. E que sua boca de repente ficou ansiosa com a memória dos beijos dele. Dulce pôde jurar sentir seus lábios ficando quentes e entreabrindo-se.

Enquanto a atenção de Christopher estava tão fixa em sua boca, nada podia fazer com que Dulce parasse de olhá-lo. Seu rosto, sua pele, sua boca...

Ela estava perdendo o controle. Estava perdendo totalmente o controle, reconheceu ela ao dar um suspiro e ao se inclinar em direção a ele.

— Dulce!

Seria aquilo um aviso para que ela ficasse longe dele ou um aviso de que ele não podia...?

— Dulce?

— Christopher... — Dulce ficou chocada ao ouvi-la murmurando o nome dele e ao perceber que de repente já estava envolta em seus braços másculos. Ela tinha certeza de que se virasse a cabeça assim...

Uma corrente quente de prazer percorreu seu corpo enquanto retribuía a paixão ardente do beijo de Christopher. De algum jeito, conseguiu soltar os próprios braços e começou a acariciá-lo e a abraçá-lo com a mesma intensidade que ele o fazia.

A excitação firme e espontânea dele contra o seu corpo lembrou-a do sonho que tivera com ele na noite anterior. Mas isso não era nenhum sonho! Isso era incrível e maravilhosamente real!

Com os olhos fechados, Dulce pôde ver uma cama, grande e confortável em um quarto só deles. E nessa cama estava Christopher, nu, excitado, querendo tocá-la... Sua imaginação voava longe. Christopher, que a havia rejeitado e comparado a uma mulher que ele odiava. Uma mulher que...

— Não!

Violentamente, Dulce afastou o corpo de Christopher do dela.


 


— Não é para isto que estou aqui, Christopher! — disse ela, decidida, virando a cabeça para que ele não pudesse olhá-la nos olhos e perceber o quão vulnerável a ele ela era.

Afinal de contas, ela tinha seu orgulho, não tinha? Ele não daria a ele a oportunidade de rejeitá-la uma segunda vez, daria?

— Como disse anteriormente, estou disposta a vender minha parte nos negócios para você, Christopher. E agora que você tem o que queria, se não se importa, eu...

— Tenho o que eu queria? Mas e se eu ainda não tiver tudo o que quero? — provocou Christopher.

Dulce sentiu o coração dando pulos em seu peito. Isso não era nenhuma introdução verbal a uma declaração de amor ou um apelo por compreensão e perdão, disse ela a si mesma. Então não tinha porque seu coração idiota achar que podia ser.

Christopher não era esse tipo de homem. Christopher não a queria. Ele queria...

— Eu não mudei de idéia sobre a fórmula do Myrrh, Christopher. Essa fórmula foi confiada a mim pela minha avó. Sua história significava muito para ela. Se eu fosse vendê-la ou alterá-la de alguma forma... — fez uma cara triste. — Mas é claro que você não pode entender como me sinto, não é mesmo? Afinal, a seu ver eu sou outra Belinda Schull . Eu sabia pelo seu tom de voz que você estava me xingando, Christopher, mas não achei que fosse um xingamento tão perverso até eu ler nos jornais o que essa mulher fez. Posso entender o quão vulnerável e assustado você deve ter se sentido quando ela...

— Não senti nada disso!

A aspereza na voz dele fez com que ela virasse a cabeça para olhá-lo. É claro que ela havia achado uma brecha na armadura emocional que ele parecia usar, mas saber sobre aquilo a deixou mais triste do que triunfante.


 


— Você tem alguma idéia de como me senti sabendo que você me comparou a ela, Christopher? Uma mulher sem moral, sem escrúpulos, uma mulher que sente prazer em machucar os outros, em passá-los para trás para se dar bem.

Cada palavra pronunciada por Dulce estava deixando Christopher mais e mais desconfortável e com raiva. Ele havia passado o dia anterior inteiro conversando com um dos químicos mais famosos da indústria de perfumes da França, tentando descobrir se havia um jeito de ele e Dulce chegarem a um acordo quanto à criação do novo perfume, para que então ele pudesse propor-lhe... Mas, pelo visto, o que ela queria era mexer em uma ferida antiga sobre a qual ele não queria mais falar.

— Dulce, eu sei que você não é como a Belinda. Eu... -Ele passou a mão pelo cabelo e respirou fundo antes de continuar.

— Ah, agora você me diz isso, Christopher, agora que você quer que eu concorde em vender minhas ações da Francine a você — disse Dulce friamente. — Mas não há a menor necessidade de você mentir para mim. Eu já lhe falei que...

— Mentir para você! Como assim? Meu Deus, Dulce, eu estou esforçando-me ao máximo para conseguirmos chegar a um acordo em relação a tudo isso, mas parece que quanto mais eu tento, mais você dá para trás.

— Já chega para mim — exclamou Dulce. — Não sou uma idiota como você pode estar pensando, Christopher. Entendo um pouco de matemática, e sei que dois e dois são quatro. Você acha que todas as mulheres com quem cruza no trabalho são Belindas em potencial e eu posso até entender porque você tem tanto medo que a história se repita, mas...

— Oh, Dulce! Eu não estou com medo de nada, nem de ninguém — rosnou Christopher. — E eu não estou mais pensando nisso, Dulce!

— Você está com medo, sim, Christopher — rebateu Dulce. — Você está com medo agora e continuará com medo por toda a sua vida! A não ser que você consiga esquecer o que aconteceu no passado e...



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Autor(a): natyvondy

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Dulce quase engasgou ao se ver nos braços de Christopher e ao ver que as palavras que ela estava prestes a dizer foram sufocadas pela pressão quente da boca dele, grudando violentamente na dela.Ela tinha que fazê-lo parar. Ela sabia disso. Ou pelo menos sua cabeça sabia. Seu corpo também devia saber, mas mesmo que soubesse ele parecia n&atil ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 456



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  • stellabarcelos Postado em 18/12/2015 - 00:03:13

    Amei

  • jessikavon Postado em 29/12/2009 - 15:42:17

    Ameiii a wn...uma pena q vc não vá mais postar suas wn aqui eu amoo elas...espero q um dia vc volte!!!!!!!!!!!!!!


    :)

  • luan Postado em 27/12/2009 - 02:03:39

    pq naty?

  • luan Postado em 27/12/2009 - 02:03:39

    pq naty?

  • luan Postado em 27/12/2009 - 02:03:39

    pq naty?

  • luan Postado em 27/12/2009 - 02:03:38

    pq naty?

  • luan Postado em 27/12/2009 - 02:03:38

    pq naty?

  • luan Postado em 27/12/2009 - 02:03:37

    pq naty?

  • letyvondy Postado em 27/12/2009 - 01:59:20

    pq naty ????
    naum faz isso naum por favor
    >.<

  • letyvondy Postado em 27/12/2009 - 01:59:10

    pq naty ????
    naum faz isso naum por favor
    >.<


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