Fanfic: Destiny - Laliter | Tema: Laliter

Finalmente o dia do exame chegou!! Nada como descobrir o que eu tenho afinal!! Terminei de me vestir e sai do quarto.

–Pronta?- perguntou Nico quando cheguei no quarto.

–Sim- respondi enquanto acompanhava os dois até a porta, entramos no táxi que já estava a nossa espera.

–Bom dia Lali- disse doutor Marcos me observando- como passou?

–Mal- eu respondi me sentando, Nico e Peter deram risada- esses dois não me deixavam fazer nada, foi péssimo.

–Foi necessário- disse Nico ainda rindo.

–Então vamos aos exames?- perguntou o Médico.

Depois de umas três salas de exames, voltei pro consultório, junto aos meninos.

–E então?- perguntou Peter todo nervoso, segurei sua mão.

–É Doutor o que a Lali tem?- perguntou Nico.

–Felizmente, ou infelizmente não sei- disse ele coçando a cabeça- não é um bebê.

Nico suspirou aliviado, e eu mais uma vez não sabia o que sentir, ou pensar, olhei pra Peter, e ele estava com cara de nada, exatamente, ele não demonstrava felicidade ou alegria, como eu.

–Mas então- eu perguntei, obrigando minha voz a sair- o que eu tenho?

– Desde a morte de seus pais- ele fez uma pausa, não era um assunto que a gente gostasse de comentar, ele era amigo de infância dos dois, viu toda a vida deles, viu o casamento, e acompanhou nosso nascimento, acho que o Doutor Marcos é o mais próximo que eu e meu irmão temos de família- em fim, desde esse acontecimento, você desenvolveu uma crise nervosa, correto?

–Sim- isso eu já sabia- mas e dai? O que eu tenho agora?

–Na verdade nada de diferente- disse ele suspirando- a sua crise nervosa fica cada vez mais forte, ela vem se desenvolvendo, ficando mais grave, não sei ao certo o por quê, talvez por não temos a tratado quando era pouca coisa.

–Mas o que podemos fazer agora?-disse Nico.

–Tratar- disse doutor Marcos- nada sério, alguns remédios. Só isso.

–Que remédios?- perguntei- quantos? Eu vou precisar parar de dançar?

Sem a dança eu sinceramente não sei o que faria da vida, quer dizer eu não pensava em carreira, faculdade, nem nada assim, pensava em dançar, e só.

–Esses remédios- num papel haviam dois nomes de remédios- são apenas dois como pode ver, e não, você não vai precisar parar de dançar.

–Ah- eu disse suspirando aliviada.- Ainda Bem.

–Mas precisa se cuidar, e se cuidar muito, não pode ficar nervosa, não pode ficar preocupada ao extremo, e na época da sua apresentação, vamos ter que aumentar as doses do remédio.

–Aumentar as doses- eu repeti, Peter estava de cabeça baixa na cadeira ao meu lado, parecia ter dessintonizado do que acontecia ali.- Ok, eu respirei fundo, mais alguma prescrição?

–Não querida- disse ele sorrindo pra mim, apertei o braço de Peter o fazendo voltar a vida, assim que me levantei junto a Nico- Bom me ligue caso sinta alguma coisa.

–Pode deixar- sorri e sai com os dois, Peter estava distante- aconteceu alguma coisa?

–Não- ele disse ainda distante- eu vou comprar um negócio na banca e já volto.

–Ok- disse Nico- a gente chama o Táxi enquanto isso.

Peter atravessou a rua e entrou na banca, não demorou nada pra sair de lá, e pra mim ele estava sem nada nas mãos.

–Vamos?- perguntei observando Peter, que assentiu e entrou no Táxi.

Chegamos em casa e eu fui tomar um banho, Nico foi pro treino, e Peter estava na sala.

–Amor?– perguntei assim que sai do quarto, já vestida, ele não estava lá, nem no quarto de hóspedes, nem no quarto de Nico- Amor?- por quê ele não respondia, cheguei na varanda, e ele estava apoiado na grade com um cigarro na mão- você não tinha parado de fumar?

–Tinha- ele respondeu sério.

–O que você tem?- perguntei o olhando, ele não olhava pra mim!- Peter por quê você ta assim? Por quê do nada voltou a fumar? Por quê não ta falando comigo direito?

Ele não respondeu, e me deu uma vontade súbita de chorar, por quê ele estava me tratando assim?

–Lali- ele respondeu, finalmente me olhando, eu já estava com lágrimas no rosto- eu estava pensando.- ele respirou fundo, e ficou quieto, secando as minhas lágrimas.

–Pensando em que?- perguntei, por quê sinto que isso não é bom? Por quê essa sensação ruim?

–Se eu continuar aqui- ele parecia medir as palavras- se continuar te vendo, a sua saúde pode ficar pior, então- ele respirou fundo- eu acho melhor ir embora.

–O que?- ele já havia ficado em pé e se dirigia até o portão- você vai voltar mais tarde não é? Vai voltar amanhã?

–Não Lali- disse ele sem me olhar- eu não vou voltar.