Fanfics Brasil - Capítulo 1 MEU ROMEU

Fanfic: MEU ROMEU | Tema: Vondy


Capítulo: Capítulo 1

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Capítulo Um


Juntos de novo, cedo demais


P.O.V Dulce


Hoje


Nova York


Teatro Graumann


Primeiro dia de ensaio


Corro pela calçada movimentada e um suor nervoso surge nos meus lugares menos glamorosos. Escuto a voz da minha mãe na minha cabeça: “Uma dama não transpira, Dulce. Ela brilha”. Nesse caso, mãe, estou brilhando como uma porca.Enfim, nunca me considerei uma dama. Digo a mim mesma que estou “brilhando” porque estou atrasada. Não por causa dele.


Christian, meu colega de apartamento/conselheiro, está convencido de que nunca deixei de gostar dele, mas isso é besteira. Deixei totalmente. Deixei há muito tempo. Atravesso a rua com pressa, desviando do trânsito frenético de Nova York.Vários motoristas de táxi me xingam em diversas línguas. Saio mostrando o dedo do meio alegremente, porque estou bem certa de que isso significa “vai se foder” no mundo todo.


Olho para o relógio quando entro no teatro e sigo para a sala de ensaios. Droga. Cinco minutos atrasada. Quase posso ver o olhar de prazer na cara do canalha, e fico aterrorizada por estar com uma vontade avassaladora de dar uns tapas nele antes mesmo de colocar os pés na sala. Paro do outro lado da porta. Consigo fazer isso. Consigo vê-lo e não desmoronar. Sei que consigo. Suspiro e pressiono a testa contra a parede. Quem diabos estou enganando? Sim, claro, posso fazer uma peça romântica com o ex-namorado que partiu meu coração não uma, mas duas vezes. Sem problemas. Bato a cabeça contra a parede. Se houvesse um Reino de Gente Idiota, eu seria a rainha. Respiro fundo e solto o ar lentamente. Quando minha agente ligou com as novidades dessa grande chance na Broadway, eu devia ter imaginado que não seria tão simples assim. Ela vibrou comigo por causa do ator que também havia sido escolhido. Christopher: o atual “It Boy ” do mundo do teatro. Tão talentoso. Vencedor de prêmios. Adorado por fãs histéricas.


Insuportavelmente lindo. Claro que ela não sabia sobre nossa história. Por que saberia? Nunca falei sobre ele. Na verdade, eu me afastava quando outras pessoas mencionavam o nome dele. Era mais fácil de lidar quando ele estava do outro lado do mundo, mas agora ele está de volta e ameaçando o trabalho dos meus sonhos com sua presença. Típico. Canalha. Jogar esse jogo não vai ser fácil, mas é preciso. Tiro meu pó compacto e confiro meu reflexo. Droga, estou brilhando mais do que o edifício Chry sler. Passo mais pó e retoco o gloss enquanto me pergunto se ele vai achar que estou diferente depois de todos esses anos. Meu cabelo ruivo, que na faculdade costumava chegar até o meio das costas, agora está na altura do pescoço, com camadas irregulares e desfiadas. Meu rosto está um pouco mais magro, mas acho que sou basicamente a mesma. Lábios decentes. Estrutura óssea razoável. Olhos que não são nem castanhos nem verdes, mas uma estranha combinação dos dois. Mais oliva que castanho. Fecho o pó e o jogo de volta na bolsa, irritada de chegar a cogitar ficar bonita para ele. Será que não aprendi nada? De olhos fechados, penso em todas as formas como ele me magoou. Suas razões idiotas. Suas desculpas esfarrapadas. A amargura toma conta de mim, e suspiro, aliviada. É desse isolamento que preciso. Traz à tona minha raiva. Envolvo-me com ela como ferro e me consolo com o fervor da agressividade. Vou aguentar. Abro a porta e entro. Antes mesmo de vê-lo, posso senti-lo me observando. Resisto em olhar para ele porque é o que quero, e uma coisa que aprendi com Christopher é afastar meus instintos naturais. Seguir minha intuição estragou as coisas entre nós. O instinto dizia que eu podia ter algo dele, quando, na verdade, ele não me oferecia nada. Eu me direciono a mesa de produção onde nosso diretor, Marco Fiori, está tendo uma discussão com os produtores, Ava e Saul Weinstein. Ao lado deles, há um rosto familiar: a diretora de palco, irmã de Christopher, Anahi.


Christopher e Anahi são uns pacotes fechados. Está em seu contrato que ela cuida de todos os espetáculos em que ele trabalha; o que é estranho, considerando que eles brigam feito cão e gato. Eu diria que Anahié seu cobertor de segurança, mas, imagine! Por que ele precisaria de um? Ele não precisa de nada ou ninguém, certo? Ele é intocável. É uma porcaria de um Teflon. Anahi aponta para um modelo em escala do cenário que vamos usar, enquanto fala da mecânica do palco. Os produtores escutam e concordam. Não tenho problemas com Anahi. Ela é uma diretora de palco fantástica, e trabalhamos juntas antes. Na verdade, há um milhão de anos costumávamos sendo boas amigas. Na época em que eu ainda achava que o irmão dela era nascido de uma mãe humana e não diretamente do cu/ de Satã. Eles levantam o olhar quando eu me aproximo.                                                                                                    


— Eu sei, eu sei. Sinto muito — digo, soltando minha sacola na cadeira. — Tudo bem, minha cara — Marco responde. — Ainda estamos cuidando dos detalhes da produção. Relaxe. tome um café. Vamos começar daqui a pouco. — Bacana. — Reviro a mochila atrás do material de ensaio. — Ei, oi. — Anahi sorri calorosamente. — Oi, Any. Por um momento minha raiva é aplacada por uma onda de nostalgia, e percebo o quanto senti saudade dela. Ela é tão diferente do irmão. Ela baixa e ele alto. Curvilínea e anguloso. Até as cores são diferentes. Loira e lisa contra moreno e caótico. E, ainda assim, vê-la novamente me lembra de por que não nos falamos há anos. Sempre vou associá-la a ele. Muitas lembranças ruins. Quando tiro a garrafinha d’água, minha bolsa escorrega do banco e cai com um estrondo no chão. Todo mundo para e olha. Ranjo os dentes quando escuto uma risadinha.


Vai se foder, Christopher. Não vou nem olhar para você. Pego a bolsa e jogo de volta na cadeira. A risadinha vem de novo e eu juro ao todo-poderoso Deus do Homicídio Justificado que vou matá-lo com as próprias mãos. Apesar de estar do outro lado da sala, ele poderia estar bem ao meu lado, porque sua voz vibra pelos meus ossos. Preciso de um cigarro. Lanço um olhar para Marco, resplandecente em sua echarpe enquanto ele descreve a peça, espalhafatoso. É tudo culpa dele. Foi ele que quis Ucker e a mim nesse projeto. Eu me convenci de que esse seria um grande passo para minha carreira, mas no fim será o último show que vou fazer, porque, se o idiota no canto não parar de rir, vou ter um ataque assassino a qualquer segundo e vou passar o resto da vida presa.



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Autor(a): coxinha

Esta é a unica Fanfic escrita por este autor(a).

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Capítulo Dois Juntos de novo, cedo demais – Part. 2 P.O.V Dulce Felizmente, a risadinha para, mas ainda posso sentir seu olhar perfurando minha pele. Eu o ignoro e reviro a bolsa. Encontrei o cigarro, mas meu isqueiro sumiu. Preciso seriamente esquecer esse otário. Jesus existe alguma coisa que eu não tenha aqui? Chiclete, lencinhos, maquiagem, ...



Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 45



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  • Hels Postado em 03/04/2016 - 03:08:40

    PARA TUDO! Eu AMO esse livro, até tinha pensado em fazer uma adaptação vondy. Não acredito que você fez, acho que vou chorar - de felicidade obviamente - quero ver as treta se formarem, sempre achei Ethan e Cassie muito vondy hahahaha.

  • cmsvondy Postado em 20/03/2016 - 22:03:35

    Eu tenho mais tempo para ler aos finais de semana mas o máximo que você conseguir postar é ótimo !!!!

  • lalah Postado em 20/03/2016 - 19:56:07

    para mim, vc postava todo dia :)

  • lalah Postado em 20/03/2016 - 19:55:52

    Amei, continua!

  • cmsvondy Postado em 20/03/2016 - 02:38:56

    Continua sim, concerteza !! Estava arrasada achando que você tinha abandonado a fic, fiquei muito feliz que voltou !!!!!!

  • lalah Postado em 19/03/2016 - 20:45:00

    continua baby

  • cmsvondy Postado em 19/03/2016 - 16:53:00

    Continuaaaaaa

  • thaysaantana Postado em 19/03/2016 - 15:44:55

    Começando hj!

  • cmsvondy Postado em 04/01/2016 - 22:25:02

    Volte a postar por favor !!!!!!

  • cmsvondy Postado em 08/11/2015 - 01:07:07

    Continua


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