Fanfics Brasil - Capítulo 10 MEU ROMEU

Fanfic: MEU ROMEU | Tema: Vondy


Capítulo: Capítulo 10

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Capítulo Dez


Antes – Part.2


P.O.V Dulce


Quando o reitor termina o discurso, o auditório esvazia rapidamente e nós seguimos para o primeiro dia de aula. Ruby acena se despedindo de mim e Connor quando seguimos para o bloco de teatro e ela, para sua aula de direção de palco. Conforme andamos, Connor joga seu braço sobre meus ombros. Apesar de ser esquisito que ele esteja tão confortável invadindo meu espaço pessoal quando mal nos conhecemos, também é meio legal. Não estou acostumada com meninos colocando seus braços lindamente musculosos sobre meus ombros, mas posso me acostumar à idéia. Andamos para uma grande sala vazia com paredes de tijolos e um carpete áspero. Seguindo o exemplo daqueles que já estão lá, jogamos nossas bolsas pela sala e nos sentamos no chão. Olho ao redor do resto da nossa sala. Tanta gente nova para conhecer e agradar. Minha necessidade patética de fazê-los gostar de mim toma vida. Um suor tenso surge em minha testa.


— Tudo bem com você? — Connor pergunta, com a mão nas minhas costas.


— Sim, tudo bem. Só um pouco nervosa.


— Peraí. — Ele vai para trás de mim e massageia meus ombros. — Vou te ajudar a relaxar.


Ele aperta meus músculos tensos e eu quase gemo. Já entendi qual é a do Connor. Ele quer ser o menino cuidadoso, que te apoia, e eu quero ser apoiada. Nós dois ganhamos. Não atrapalha ele ter mãos realmente talentosas. O restante da turma conversa e ri, mas só vejo alguns rostos que conheço. Ali perto está Zoe e a menina de cabelo laranja que vi no primeiro dia de testes. Acho que o nome dela é Phoebe. Como de costume, elas estão conversando em voz alta e dizendo um monte de “aimeudeus”. No canto estão Troy e Mariska, dois irmãos que parecem bizarros e caladões. Há uma menina de cabelo espetado chamada Miranda, que estou bem certa de que deu em cima de mim durante os testes, e um cara moreno numa jaqueta de couro chamado Lucas. Está sentado ao lado de um palhação de cabelo encaracolado chamado Jack, que fez todo mundo gargalhar na segunda etapa. Lucas está se mijando de rir com o beatbox de vozes de personagens da Disney que Jackestá fazendo.


Enquanto examino o salão, Christopher chega e para quando me vê com Connor massageando minhas costas. Ele revira os olhos antes de se colocar o mais longe de mim possível. Não entendo Christopher. Geralmente entendo o que as pessoas querem de mim em poucos minutos. Quer que eu ria de suas piadas? Tudo bem. Ah, por favor, me conte sobre suas esperanças e sonhos! Isso seria ótimo! Um ombro para chorar? Sem problemas. Mas com Christopher... É como se ele quisesse que eu não existisse. Isso é algo que não sei como fazer. Eu devia ficar magoada com o comportamento dele, mas não estou. Isso só o transforma em um enorme quebra-cabeça mal-humorado e bem perfumado que estou determinada a resolver.


Logo Erika entra na sala e todo mundo fica em silêncio.


— Tudo bem. Isso aqui é teatro avançado, também conhecido como deixe-ababoseira-fora-da-sala-ou-vou-chutá-lo-para-fora-da-turma. Aqui eu não me importo se você está cansado ou assustado ou de ressaca ou chapado. Espero cem por cento de atenção e esforço cem por cento do tempo. Se for incapaz de corresponder a essa expectativa, então nem apareça. Não quero ter de lidar com isso.


Algumas pessoas olham ao redor, nervosas, inclusive eu.


— Estão todos aqui porque vimos algo em vocês que merecia ser desenvolvido, não paparicado ou mimado. Pensa-se que esta aula vai ser fácil por poderem dizer algumas frases com um mínimo de emoção, pensem de novo. É aqui que vocês vão descobrir exatamente onde suas fraquezas estão. Vou despi-los até o osso e então recompor, camada por camada. Se soa doloroso, é porque vai ser. Mas, no final, vocês vão conhecer cada pessoa nesta sala melhor do que a sua própria família. E, acima de tudo, vão se conhecer de verdade.


Ela diz isso e olha para mim. Tenho uma vontade repentina e irracional de correr da sala e nunca mais voltar.


— Certo. Todo mundo de pé. É hora de conhecer uns aos outros.


Ela nos coloca em duas filas.


— As regras são simples. A fila perto da janela faz a seu parceiro uma pergunta, qualquer pergunta, e o parceiro deve responder honestamente. Então, vocês trocam. Vão continuar o padrão até o tempo acabar e seguir em frente. O desafio aqui é saber o máximo possível sobre o outro no devido tempo, e não estou falando sobre nome, idade e cor favorita. No final deste exercício, vocês devem ser capazes de me dizer um fato interessante sobre cada um nesta sala. O tempo começa agora.


Eu me viro para a pessoa à minha frente. É Mariska. Ela tem um cabelo preto liso escorrido caindo ao redor do rosto. Seus olhos são igualmente negros. Olha para mim em expectativa. Ah, certo. Devo fazer uma pergunta. É difícil pensar em algo. Ela é meio intimidante.


— Hum... O que faz para se divertir?


— Eu me corto. Você?


Pisco por cinco segundos enquanto processo isso.


— Hum... Eu leio. Por que se corta?


— Curto dor. Por que lê?


— Eu... Hum... Curto palavras.


Nos próximos dois minutos e meio falamos sobre livros e filmes, mas ainda estou parada no “eu me corto por diversão”. Quando o tempo acaba, fico feliz em seguir para a próxima pessoa. O ciclo continua, e aprendo um monte de coisas interessantes sobre meus novos colegas. Miranda sabe que é lésbica desde que tem oito anos e acha que tem belos seios. Lucas foi preso por roubo à mão armada quando tinha dezesseis anos porque era viciado em crack, mas agora está livre das drogas pesadas e só fuma maconha. Uma menina alta de pele escura chamada Aiy ah imigrou para os Estados Unidos com a família quando tinha doze anos, depois que seus avós e dois tios foram massacrados em sua vila na Argélia. Zoe conheceu Robert De Niro numa deli há dois anos, e está certa de que ele a paquerou. E Connor tem dois irmãos mais velhos no Exército que pensam que ele é gay por querer ser ator. Eles metem porrada nele em todas as reuniões de família. Eu me sinto uma idiota. Uma inútil sem sal desperdiçando espaço. Antes de hoje, eu nunca tinha conhecido uma lésbica. Ou um viciado. Ou alguém que perdeu metade da família. Estava ocupada demais em me manter segura e confortável na minha cidadezinha minúscula, pensando que minha vida era dura porque meus pais esperavam muito de mim. Deus, eu sou patética.


Quando fico na frente de Christopher, minha mente começa a pulsar com meu novo complexo de inferioridade aguçado. Levanto o olhar e ele está franzindo a testa. Talvez a cabeça dele doa também.



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Autor(a): coxinha

Esta é a unica Fanfic escrita por este autor(a).

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Capítulo Onze Antes – Part.3 P.O.V Dulce — Sua cabeça dói? — pergunto suspirando. — Não. A sua dói? — Sim. Por que ao seu lado pareço não ter nenhum filtro verbal? — Não faço idéia. Mas sinta-se livre para corrigir isso. Está surtando porque comparada &agrav ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 45



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  • Hels Postado em 03/04/2016 - 03:08:40

    PARA TUDO! Eu AMO esse livro, até tinha pensado em fazer uma adaptação vondy. Não acredito que você fez, acho que vou chorar - de felicidade obviamente - quero ver as treta se formarem, sempre achei Ethan e Cassie muito vondy hahahaha.

  • cmsvondy Postado em 20/03/2016 - 22:03:35

    Eu tenho mais tempo para ler aos finais de semana mas o máximo que você conseguir postar é ótimo !!!!

  • lalah Postado em 20/03/2016 - 19:56:07

    para mim, vc postava todo dia :)

  • lalah Postado em 20/03/2016 - 19:55:52

    Amei, continua!

  • cmsvondy Postado em 20/03/2016 - 02:38:56

    Continua sim, concerteza !! Estava arrasada achando que você tinha abandonado a fic, fiquei muito feliz que voltou !!!!!!

  • lalah Postado em 19/03/2016 - 20:45:00

    continua baby

  • cmsvondy Postado em 19/03/2016 - 16:53:00

    Continuaaaaaa

  • thaysaantana Postado em 19/03/2016 - 15:44:55

    Começando hj!

  • cmsvondy Postado em 04/01/2016 - 22:25:02

    Volte a postar por favor !!!!!!

  • cmsvondy Postado em 08/11/2015 - 01:07:07

    Continua


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