Fanfics Brasil - Capítulo 19 MEU ROMEU

Fanfic: MEU ROMEU | Tema: Vondy


Capítulo: Capítulo 19

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Capítulo Dezenove


Elenco Corajoso


P.O.V Dulce


Hoje


Nova York


Quarto dia de ensaio


O café está barulhento, mas eles têm wi-fi de graça. Um lugar perfeito para pegar o iPad e me perder durante o horário de almoço. Tenho escrito no meu diário na maioria dos dias. Principalmente porque Christian continua insistindo que vai me manter sã dentro da loucura da minha situação atual. Como de costume, ele está certo. Claro, nesses dias eu uso um diário on-line com uma senha criptografada e mais segurança do que um comboio presidencial, mas não é bem o mesmo que escrever em papel de verdade. Todo dia, Anahi e Christopher pedem para eu me juntar a eles para o almoço, mas não tem como. Vou para o trabalho, faço meu serviço e tento ficar o mais longe possível dele no tempo em que estamos fora do palco. Ele continua tentando me pegar para uma conversa, mas aprendi a me abaixar e driblar melhor do que um boxeador campeão do mundo. Conversar não vai levar a nada além de um passeio pela Via das Lembranças Dolorosas. Nenhum de nós precisa disso. Estou no meio da minha entrada mais recente no diário quando uma salada Caesar gigante é colocada ao meu lado. Prestes a protestar que não pedi isso, levanto o olhar e dou de cara com Anahi.


— Você está ficando magrela demais — ela comenta, sentando-se ao meu lado com seu próprio almoço. — Uma mulher não pode sobreviver só de cafeína e nicotina, certa?


— Errado. — Sorrio para ela. — Sou um exemplo notável.


— Bem, sua diretora de palco acha que você está começando a parecer uma boneca cabeçuda, então coma isso. Por minha conta.


Olhando para a salada, eu percebo o quão faminta estou.


— Sim, senhora.


Enquanto guardo o tablet reparo em Christopher do outro lado do café, sozinho numa mesa. Droga. De todas as lanchonetes em todas as cidades do mundo, ele veio à minha. Isso deveria ser uma zona Ucker-free.


Como se antecipasse minha próxima pergunta, Anahi anuncia:


— Vou almoçar com você porque estou cheia da companhia dele. Sempre que pergunto como as coisas estão indo entre vocês ele se fecha.


Dou de ombros e continuo comendo. Desisti a muito de tentar descobrir as motivações de Christopher.


— Vocês mal trocam uma palavra nos ensaios. Você nem olha para ele, mas ele passa o tempo todo te olhando. Quer me dizer o que está rolando?


Dou uma olhadinha para Christopher, que está em outro mundo, lendo e petiscando suas batatinhas.


— Não está rolando nada — respondo, tomando um gole da minha bebida. — Só estou trabalhando pesado.


Ela inclina a cabeça e me estuda por vários segundos.


— Está trepando com meu irmão?


Tusso e rio ao mesmo tempo. Um filete de coca escorre pelo meu queixo e cato um maço de guardanapos para me limpar. Christopher parece alheio à nossa conversa. Graças a Deus.


— Claro que não — cochicho. — Acha que eu tenho zero noção de autopreservação?


Ela lança um olhar para Christopher antes de cochichar de volta.


— Acho que, quando se trata do meu irmão, não dá para raciocinar direito. Porque, se ele quisesse te levar para cama, você estaria com as pernas para o ar em menos de três segundos.


— Bobagem.


— Sério?! Porque eu poderia iluminar metade de Nova York com o calor que vocês dois geram nos ensaios. Os dois parecem culpados. Se não estão trepando, então o quê?


Essa não é mesmo uma conversa que eu queria ter hoje. Ou alguma vez na vida. Suspiro e balanço a cabeça.


— Olha, eu estaria mentindo se dissesse que não me sinto mais atraída por ele. Mas, Deus, Anahi, é só isso. Não tenho intenção de voltar com ele. Nunca.


— Mas você ainda deve ter sentimentos por ele. Achei que você ia fugir milhões de quilômetros quando ficasse sabendo que ele seria o protagonista. Por que não fugiu?


Dou de ombros.


— Não faço idéia.


Isso não é totalmente verdade. Eu tinha de vê-lo. Precisava que ele me dissesse que cometeu um erro e que lamentava, mas estou começando a duvidar de que isso vai acontecer. Agora acho que só estou passando por isso para provar que posso seguir sem ele.


— Bom você tem colhão, com certeza — Anahi comenta. — Amo meu irmão, mas se alguém tivesse feito comigo o que ele fez com você... — Ela limpa a boca com o guardanapo. — Vamos apenas dizer que entendo por que você parou de atender minhas ligações. Quando Christopher disse que você tinha sido escolhida, achei que essa era nossa chance de eu refazer nossos laços.


— Any, você nunca desfez nenhum laço. Seu irmão sim.


— Eu sei. Mas fico feliz de estarmos conversando de novo. Senti saudade.


Pego a mão dela e aperto.


— Eu também.


Eu não havia notado o quanto até agora.


— Então, Marco vai trabalhar no beijo depois do almoço, hein? — ela informa enquanto passa uma batatinha no ketchup. — Nervosa?


— Não. Essa não é a primeira vez que sou escalada para contracenar com seu irmão e não posso agüentar nem olhar para ele.


— É verdade. Mas da última havia rolado menos coisa entre vocês.


— E eu era bem mais nova e menos capaz de separar a realidade da fantasia. — Encho o garfo de salada, mesmo que eu não esteja mais com fome.


Anahi termina o resto do seu queijo quente.


— Então não vai ter problema em beijá-lo? Não vai trazer de volta antigos sentimentos?


Dou de ombros.


— Não há antigos sentimentos para trazer. Morreram há muito tempo.


Ela olha para mim por alguns segundos, então balança a cabeça.


— Claro que morreram. Continuamos com o papo furado, sem nenhuma das duas mencionar Christopher novamente. Nossa amizade orbitou tempo demais em torno dele, quando deveria ser apenas nós duas. Conforme conversamos, noto um trio de meninas reunido ao redor da mesa do Christopher. As fãs dele. Sempre há algumas delas esperando por ele do lado de fora do teatro. Elas parecem ter um sexto sentido sobre onde ele vai estar. É irritante. Elas berram e pedem uma foto e autógrafo. Olham para ele como se ele fosse um presente dos deuses. Empinam seus peitos como se tivessem uma chance com ele. Se ao menos elas soubessem a verdade. Apesar do rosto de anjo, ele é um canalha malvado que abandonou a Mim. Espeto o resto da minha salada com entusiasmo demais quando um bombardeio de risinhos toma o café. Maldito rostinho de anjo dele.


Anahi se despede quando terminamos de comer:


— Te vejo lá de volta. Não se esqueça de passar um brilhinho nos lábios.


Christopher não se barbeou. Não quero que você fique arranhada. — Ela me dá um abraço rápido antes de levar a comanda para o caixa. Quando ela se vai, eu solto um longo suspiro.


Tinha quase me esquecido do beijo. Bem, não tanto esquecido quanto bloqueado. Como Christian pode atestar meu talento para negação é impressionante.


Estou guardando as coisas quando sinto algo nas minhas costas. Não estou surpresa que meu corpo reaja antes de eu ver quem é.


— Então, você conversa com minha irmã, mas não comigo? — ele comenta quando me viro para encará-lo.


— É porque ainda gosto da sua irmã.


Ele está usando sua testa franzida marca registrada.


— Vamos ter de conversar alguma hora, Dulce.


— Não vamos mesmo. — Pego minhas coisas e passo por ele rumo à saída. Claro que ele me segue.


— Você acha que conseguiremos fazer essa peça da forma como estamos agora? Que não vai afetar nosso desempenho?


Eu saio na rua e os ruídos do trânsito me fazem elevar a voz.


— Não vou deixar isso afetar meu desempenho. É o emprego dos meus sonhos. E, apesar de o universo fode/r comigo colocando você no elenco, vou fazer dar certo. — Eu me viro para ele: — Se você não consegue, então faça um favor a nós dois e vá embora.


Ele se inclina, invadindo de propósito meu espaço só para ferrar comigo.


— Dulce, não se engane pensando que pode fazer justiça a esse papel contracenando com outra pessoa, porque sabemos que é bobagem.


— Estou disposta a tentar. — Dou a ele meu sorriso mais doce.


Ele está prestes a protestar quando mais fãs aparecem. Estão todas prontas para me empurrar para longe e chegar mais perto dele. Elas podem ficar com ele. Quando me afasto, ele chama meu nome. Eu não paro.


Seis anos antes


Westchester, Nova York


Grove


Sexta semana de aula


Ele está me encarando. Mantenho o foco em Erika e tento me concentrar. É difícil. O olhar dele me dá um arrepio elétrico que começa na minha nuca e se espalha por todo meu corpo. Eu diria a ele para parar com isso, mas seria como reconhecer a existência dele e não há a menor chance de isso acontecer num futuro próximo. Desde que leu meu diário, uma semana atrás, o evitei a todo custo. Sempre que olho para ele, sou inundada por uma gran-de onda de humilhação, seguida rapidamente por uma raiva enorme, que acaba numa forte vontade de me esfregar nele. Achei que ele ia me beijar. Parecia que ia. Então ele foi embora, e não tenho idéia do que se passa na cabeça dele. Só de pensar no nosso quase beijo minhas partes íntimas ficam todas excitadas. Não tenho coragem de dizer a elas que vamos morrer sem nunca experimentar um orgasmo. Ficariam muito deprimidas, e não posso me dar ao luxo de ter uma vagin/a triste.


— Srta. Dulce?


— Me desculpe, o quê?


Erika está olhando para mim. Assim como todo mundo. Exceto ele. Oh, a ironia.


— Eu te perguntei por que você acha que nos tornamos atores — Erika repete. — O que nos leva a buscar essa profissão?


Ta, fique fria. Responda à questão corretamente. Não dê a ela simplesmente a resposta que você acha que ela quer ouvir.


— Srta. Dulce, prometo que essa não é uma pegadinha. Por que acha que atuamos?


— Bem — começo, respirando fundo e tentando ignorar os olhos em mim —, acho que é uma forma de comunicar idéias e conceitos. Acho que somos como médiuns. Canalizando diferentes personas e personagens para dar vida ao trabalho dos outros.


Erika assente.


— Você não acha que é colaboradora nesse trabalho? Que as escolhas do seu personagem acrescentam algo à visão original?


— Bem, sim. Mas só se minhas escolhas não forem uma droga.


As pessoas riem.


Christopher bufa.


— Sr. Christopher? Suas reflexões.


Ele se inclina de volta em sua cadeira.


— Somos atores porque queremos atenção. Ficamos por aí dizendo palavras de outras pessoas e tentando não estragar tudo.


Erika sorri.


— Então você não acha que exista algo artístico no que faz?


Ele dá de ombros.


— Não particularmente.


— E quanto ao músico, interpretando a música de outro? Você o considera um artista?


— Bem, sim...


— E um artista visual? Um pintor que interpreta imagens através de suas pinceladas? É artístico?


— Claro.


— Mas atores, não.


— Não exatamente. Somos papagaios, não somos? Aprendemos frases e as repetimos.


— Então, se você não acha que interpretar é uma ocupação artística, por que interpreta, sr. Christopher ? Por que atua, se você é meramente um fantoche e não tem investimento pessoal no que está fazendo? Por que dedicar três anos de sua vida para aprender a fazer isso? Com certeza você pode encontrar algo pelo qual tenha mais paixão.


— Eu não disse que não tinha paixão. Só acho que estamos nos iludindo se achamos que é difícil.


— Talvez não seja difícil para você. Mas para a maioria subir no palco na frente de centenas ou milhares de pessoas seria impossível.


Ele ri.


— Sr. Christopher — Erika diz pacientemente. — Sabia que, numa pesquisa recente, quase noventa por cento dos participantes disseram que prefeririam entrar num prédio em chamas a falar em público na frente de um grande grupo de pessoas?


— Quê? Isso é ridículo.


— Não quando você olha para os dez maiores medos das pessoas e “medo de falar em público” é o número dois. Outros itens da lista relevantes ao teatro são “medo de fracassar”, “medo de rejeição”, “medo de se comprometer” e “medo de intimidade”.


— Coincidentemente — Jack intervém —, são as razões exatas pelas quais Christopher  não tem uma namorada.


Christopher olha feio para ele.


— Correr para um prédio em chamas requer muito mais coragem do que ser rejeitado ou ter intimidade.


Erika o observa como uma aranha estuda uma mosca.


— Mais coragem, você diz?


Ele concorda, sem perceber que está prestes a ser devorado.


— Acho que é mais certo dizer que é um tipo diferente de coragem, e as escolhas que você faz decidem a profundidade dessa coragem.


Christopher não parece convencido. Erika o estuda novamente.


— Humm.


Ele revira os olhos. Ele odeia esse som contemplativo. Erika caminha para  frente da sala e escreve algumas palavras na lousa.


— Sr. Christopher? — Ela o chama para que ele fique ao lado dela. Ele se levanta da cadeira e faz o que ela pede. — Você poderia ler essas duas palavras na lousa?


— “Me desculpe”.


— Tá. Sou a dramaturga. Essas palavras são minhas. Qual é minha intenção?


Christopher dá de ombros.


— Me diga você.


— Não, sr. Christopher, não é meu trabalho. Como uma dramaturga meu trabalho é dar a você as palavras. Como ator, seu trabalho é interpretá-las. Então...


Ela indica que ele repita a frase.


Ele coloca a mão na orelha e finge que não a ouviu.


— Me desculpe?


Ela assente.


— Viu? Você fez uma escolha. Uma escolha bem segura e sem graça, mas mesmo assim foi uma escolha.


— Mas não é sempre papel do ator fazer a escolha — ele discute.


— Verdade — Erika concorda. — Diretores freqüentemente pressionam os atores para fazer escolhas mais corajosas, arriscadas, então vamos explorar isso.


Ela caminha para o outro lado dele e cruza os braços.


— Desta vez quero que você fale como se estivesse falando com alguém importante para você. Alguém da família, ou namorada.


Uma sombra escura passa pelo rosto de Christopher.


— Estou me desculpando pelo quê?


— Me diga você. — Erika sorri.


Ele solta o ar e esfrega as mãos no rosto.


— Apenas me diga o que fazer e eu faço.


— Não, não é assim que funciona. Seu trabalho é criar algo, uma idéia, uma emoção dentro dos parâmetros que te dou. Os parâmetros são aquelas duas palavras ditas para alguém que significa algo para você. Você tem suas instruções. O que vai fazer com elas?


Ele olha ao redor da sala, perdido e desconfortável.


— Sr. Christopher?


— Estou pensando — ele retruca.


— Sobre o quê?


— Para quem estou me desculpando.


— Quem vai ser?


Ele olha brevemente para mim antes de dizer.


— Uma amiga.


— E pelo que está se desculpando?


Ele para de se remexer.


— Por que você precisa saber? Isso importa?


Ela balança a cabeça e aponta para ele começar.


— Não preciso. Quando estiver pronto.


Ele fecha os olhos e enche o pulmão de ar antes de soltar num longo e constante exalar. Há uma sensação de expectativa na sala. Quando ele abre os olhos, ele aponta para um ponto no fundo da sala e foca nele. Seu rosto muda. Está mais suave. Arrependido.


— Me desculpe — ele diz, mas ainda não é sincero.


— Não é bom o bastante. Tente novamente.


Ele se mantém focado no mesmo ponto conforme seu rosto se retorce.


— Me desculpe — ele dá a fala de novo, mas está segurando a emoção.


— Vá mais fundo, sr. Christopher — Erika pede. — Você é capaz de mais. Mostre para mim.


Ele pisca e balança a cabeça. Seus olhos cada vez mais vidrados.


— Me desculpe! — Sua voz fica mais alta, mas ele ainda se protege. Faísca sem chamas.


— Não é o suficiente, Christopher! — A voz de Erika se eleva com a dele. — Pare de lutar com a emoção. Revele a emoção. Toda. Não importa quão complicado seja.


Ele engole saliva e aperta a mandíbula. Suas mãos se fecham enquanto ele oscila de um pé para o outro.


Ele fica em silêncio.


— Sr. Christopher?


Ele pisca algumas vezes e baixa o olhar para o chão.


— Não — ele sussurra. — Eu... Não consigo.


— Pessoal demais?


Ele assente.


— Vulnerável demais?


Ele assente novamente.


— Muito... Assustador?


Ele olha feio para ela. Não precisa responder.


— Sente-se, sr. Christopher.



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Autor(a): coxinha

Esta é a unica Fanfic escrita por este autor(a).

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Capítulo Vinte Elenco Corajoso- Part.2 P.O.V Dulce Ele segue para seu lugar e se senta pesadamente. — Então, você gostaria de mudar sua opinião de que atuar é fácil e não requer coragem? — Erika pergunta suavemente. Ele engole em seco. — Obviamente. Erika olha para o restante de nós. — Atu ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 45



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  • Hels Postado em 03/04/2016 - 03:08:40

    PARA TUDO! Eu AMO esse livro, até tinha pensado em fazer uma adaptação vondy. Não acredito que você fez, acho que vou chorar - de felicidade obviamente - quero ver as treta se formarem, sempre achei Ethan e Cassie muito vondy hahahaha.

  • cmsvondy Postado em 20/03/2016 - 22:03:35

    Eu tenho mais tempo para ler aos finais de semana mas o máximo que você conseguir postar é ótimo !!!!

  • lalah Postado em 20/03/2016 - 19:56:07

    para mim, vc postava todo dia :)

  • lalah Postado em 20/03/2016 - 19:55:52

    Amei, continua!

  • cmsvondy Postado em 20/03/2016 - 02:38:56

    Continua sim, concerteza !! Estava arrasada achando que você tinha abandonado a fic, fiquei muito feliz que voltou !!!!!!

  • lalah Postado em 19/03/2016 - 20:45:00

    continua baby

  • cmsvondy Postado em 19/03/2016 - 16:53:00

    Continuaaaaaa

  • thaysaantana Postado em 19/03/2016 - 15:44:55

    Começando hj!

  • cmsvondy Postado em 04/01/2016 - 22:25:02

    Volte a postar por favor !!!!!!

  • cmsvondy Postado em 08/11/2015 - 01:07:07

    Continua


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