Fanfic: MEU ROMEU | Tema: Vondy
Capítulo Dois
Juntos de novo, cedo demais – Part. 2
P.O.V Dulce
Felizmente, a risadinha para, mas ainda posso sentir seu olhar perfurando minha pele. Eu o ignoro e reviro a bolsa. Encontrei o cigarro, mas meu isqueiro sumiu. Preciso seriamente esquecer esse otário. Jesus existe alguma coisa que eu não tenha aqui? Chiclete, lencinhos, maquiagem, analgésicos, ingressos velhos de cinema, frasquinho de perfume, absorvente íntimo, chaves, um bonequinho em forma de panda da wwf de uma perna só... Que diabos?
— Com licença, srta. Dulce? Eu levanto para ver um garoto negro bonitinho estendendo o que se parece demais com meu macchiato favorito. — Uau, você parece estressada — ele comenta com a quantidade certa de preocupação para evitar que eu arranque suas orelhas com meus dentes. — Sou Cody. O estagiário da produção. Café?
— Oi, Cody. — Olho o copo de papelão. — O que tem aí, campeão?— Um macchiato duplo com creme extra. Balanço a cabeça em sinal positivo, impressionada. — Foi o que imaginei. É meu favorito.— Eu sei. Procuro me familiarizar com o que você e o sr. Ucker gostam e não gostam, para poder antecipar suas necessidades e proporcionar um ambiente agradável de ensaio.
Um ambiente agradável de ensaio? Comigo e Ucker? Ah, pobre criança iludida. Pego o café dele e sinto o aroma enquanto continuo escavando os Recônditos de Merda.
— Isso é sério? Que porra/ aconteceu com meu isqueiro? — Sim, senhorita. — Ele tira um isqueiro do bolso e passa para mim com um lindo sorrisinho de louco. Jogo a cabeça para trás com um suspiro. Jesus, o garoto foi enviado pelo próprio Deus. Eu pego o isqueiro e resisto à vontade de abraçá-lo. Christian diz que sou um pouco grudenta demais. Na verdade, o termo dele é pegajosa, mas modifiquei para eu me sentir um pouco melhor.
Em vez de abraçá-lo sorrio para o moleque.
— Cody, espero que você não entenda errado, porque sei que acabamos de nos conhecer, mas... Acho que estou apaixonada por você. Ele ri e abaixa a cabeça. — Se quiser dar uma saidinha, eu vou te buscar quando eles estiverem prontos para começar. Se ele não parecesse ter dezesseis anos, provavelmente lhe daria um beijo de língua. — Você arrasa Cody.
Vejo uma forma escura na minha visão periférica, esparramando-se numa cadeira do lado oposto da sala, então ajeito os ombros e me empino como se não desse a mínima. O calor do seu olhar me segue até eu chegar à escadaria, aí esmoreço. Digo a mim mesma que não sinto falta desse calor. A escadaria é íngreme e mal iluminada, e leva a um beco atrás do teatro. Antes mesmo de a porta se fechar atrás de mim, acendo um cigarro. Eu me recosto nos tijolos frios, inspiro e levanto o olhar para a linha fina de céu entre os prédios. A nicotina faz pouco para acalmar meus nervos. Tenho certeza de que nada menos do que sedativos cirúrgicos vai me ajudar hoje. Termino o cigarro e me encaminho de volta para a entrada do palco, mas, antes de poder segurar a maçaneta, a porta se abre, e o gatilho de todas as minhas raivas é apertado. O jeans escuro modela seu corpo de uma forma que eu realmente não devia sequer notar. Os olhos são como os que eu lembrava. Azul-pálidos, hipnotizantes. Cílios escuros espessos. Ardentemente intensos. Mas o resto... Ai, Deus, esqueceu. Eu me forcei a esquecer. Até hoje ele é o cara mais bonito que já vi. Não, bonito não é suficiente. Atores de novela são bonitos, mas de uma forma completamente previsível, sem graça. Ucker é... Cativante. Como uma rara pantera exótica. Beleza e poder em partes iguais. Enigmático sem nem mesmo tentar. Odeio como ele é bonito. Sobrancelhas arqueadas e marcantes. Queixo definido. Lábios carnudos na medida certa para serem lindos, que no contexto de seus outros traços parecem poderosamente masculinos. Seu cabelo escuro está mais curto do que na última vez que o vi, e o faz parecer mais maduro. E mais alto, se é que é possível. Sempre fui muito menor que ele. Um e sessenta e sete meu contra um e noventa e dois dele. E pela largura dos ombros, ele está malhando desde a faculdade. Não em excesso, mas o suficiente para o desenho dos músculos saltar sob a camiseta escura. O sangue sobe para minhas bochechas e quero me dar um tapa por essa reação. Confie nele para parecer mais atraente do que nunca. Idiota.
— Oi. — Ele me cumprimenta como se eu não tivesse passado os últimos três anos sonhando em socar a linda cara de canalha dele.
— Olá, Christopher. Ele me encara, e, como de costume, sinto o calor dele no fundo dos meus ossos.
— Você está bonita, Dulce.
— Você também.
— Seu cabelo está mais curto.
— O seu também.
Ele dá um passo à frente. Odeio a forma como olha para mim. Elogiando e aprovando. Faminto. Essa atitude me atrai contra minha própria vontade, como se ele fosse um papel pega-mosca. E tudo dentro de mim está zumbindo e tentando se soltar.
— Faz muito tempo.
— Sério? Nem notei. — Estou tentando soar entediada por fora. Não quero que saiba o que está fazendo comigo. Ele não merece essa reação. Mais importante: eu também não.
— Como você está? — ele pergunta.
— Estou bem. — Resposta automática. Não significa nada. Tenho estado tudo, menos bem. Seu olhar permanece em mim, e eu realmente sinto vontade de estar em outro lugar. Porque agora ele parece com o que costumava parecer, e dói lembrar.
— E você? — pergunto com uma polidez exagerada. — Como está?
— Estou... Bem. — Há algo em seu tom de voz. Algo enterrado. Ele deixou uma pontinha de fora para atrair minha curiosidade, mas não quero escavar isso para descobrir mais porque sei que é o que ele quer.
— Uau, que ótimo, Christopher — respondo, controlando a animação para apenas irritá-lo. — Bom saber.
Ele olha para o chão e passa a mão pelo cabelo. Sua postura fica tensa com a forma familiar do babaca que conheço tão bem.
— É isso, então. Três anos e é tudo o que você tem a me dizer. É claro.
Meu estômago revira. Não, seu merda, não é tudo o que tenho a dizer, mas qual é a questão? Tudo já foi dito, e fazer rodeios não é minha idéia de diversão.
— É, é isso — confirmo com a voz leve e passo por ele. Abro a porta e desço as escadas batendo os pés, ignorando a comichão na pele, onde nos tocamos. Há um “porra/” abafado antes de eu escutá-lo correr atrás de mim. Tento ser mais rápida, mas ele pega meu braço antes de chegarmos lá embaixo.
— Dulce, espere.
Autor(a): coxinha
Esta é a unica Fanfic escrita por este autor(a).
Prévia do próximo capítulo
Capítulo Três Juntos de novo, cedo demais – Part. 3 P.O.V Dulce Ele me puxa e acabo me virando para encará-lo, e espero que ele pressione o corpo contra mim. Para me destruir com sua pele e cheiro como fez tantas vezes antes. Mas ele não se move. Apenas fica ali parado, e todo o ar da estreita escadaria fica espesso como algodão. Si ...
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 45
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Hels Postado em 03/04/2016 - 03:08:40
PARA TUDO! Eu AMO esse livro, até tinha pensado em fazer uma adaptação vondy. Não acredito que você fez, acho que vou chorar - de felicidade obviamente - quero ver as treta se formarem, sempre achei Ethan e Cassie muito vondy hahahaha.
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cmsvondy Postado em 20/03/2016 - 22:03:35
Eu tenho mais tempo para ler aos finais de semana mas o máximo que você conseguir postar é ótimo !!!!
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lalah Postado em 20/03/2016 - 19:56:07
para mim, vc postava todo dia :)
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lalah Postado em 20/03/2016 - 19:55:52
Amei, continua!
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cmsvondy Postado em 20/03/2016 - 02:38:56
Continua sim, concerteza !! Estava arrasada achando que você tinha abandonado a fic, fiquei muito feliz que voltou !!!!!!
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lalah Postado em 19/03/2016 - 20:45:00
continua baby
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cmsvondy Postado em 19/03/2016 - 16:53:00
Continuaaaaaa
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thaysaantana Postado em 19/03/2016 - 15:44:55
Começando hj!
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cmsvondy Postado em 04/01/2016 - 22:25:02
Volte a postar por favor !!!!!!
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cmsvondy Postado em 08/11/2015 - 01:07:07
Continua