Fanfics Brasil - Capítulo 24 MEU ROMEU

Fanfic: MEU ROMEU | Tema: Vondy


Capítulo: Capítulo 24

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Capítulo Vinte e Quatro


Ponto sem Volta – Part.4


P.O.V Dulce


Sua atenção está fixa na minha boca e ele pigarreia antes de murmurar.


— Se a minha mão profana esse sacrário, pagarei docemente o meu pecado: meu lábio, peregrino temerário, o expiara com um beijo delicado.


As palavras são formais e arcaicas, ainda assim, a maneira como meu corpo reage a elas é atemporal. Seus dedos ainda estão na minha bochecha quando ele se inclina, tão lentamente que mal reparo que ele está se movendo. Posso ver seus lábios, abertos e suaves. Sei que Julieta iria se afastar, mas eu não quero.


Lembro por que estou ali e tiro sua mão do meu rosto. Eu a seguro e acaricio suavemente seus dedos.


— Bom peregrino, a mão que acusas tanto revela-me um respeito delicado; juntas, a mão do fiel e a mão do santo palma com palma se terão beijado.


Pressiono nossas mãos uma contra a outra, e minha voz é etérea. Estou fora de compasso. Não consigo pensar direito. Ele está tão próximo de mim que posso sentir seu cheiro: sabonete e perfume. Pelo o cheiro, deve usar clear. O doce aroma do chocolate em seu hálito. Posso senti-lo em cada parte de mim, e minhas mãos tremem. Ele traz a outra mão para cobrir a minha, acariciando-a. O suave silêncio de pele se movendo contra pele é a coisa mais íntima que já experimentei. A intensa corrente que passa entre nós vibra em meu sangue.


Deve afetá-lo também, porque ele baixa e acalma o tom da voz.


— Os santos não têm lábios, mãos, sentidos?


Sinto as ondas sonoras de sua voz contra meu rosto.


— Sim, peregrino — respondo enquanto ele acaricia e enrosca seus dedos nos meus, tocando a parte mais macia da pele e me fazendo estremecer — Ai, têm lábios apenas para a reza.


— Ó querida santa — ele foca na minha boca novamente —, fiquem os lábios, como as mãos, unidos; rezem também, que a fé não os despreza.


A energia intensa está tomando conta de mim. Eu mal tenho ar para falar.


— Imóveis — sussurro —, eles ouvem os que choram.


— Não se mova, então — ele murmura quando se aproxima —, que eu colha o que os meus ais imploram. Seus lábios meus pecados já purgaram.


Prendo a respiração enquanto seus lábios estão suspensos sobre os meus, tão longe de onde quero que estejam. Estou prestes a fechar os olhos e saborear o momento quando ele para bem antes de me tocar. Ele pisca e balança a cabeça. Segura minha mão com mais força.


Christopher, não.


Ele fecha e aperta os olhos, e solta um ruído frustrado, sufocado.


— Sr. Christopher? — Erika chama da platéia. — É sua deixa para beijá-la. Algum problema?


Ele me solta e se afasta. O medo que ele se esforçava tanto para reprimir está livre. Toma seu rosto e contrai seus músculos.


— Eu disse que não ia conseguir. — Há pânico na sua voz. — Disse a vocês duas.


— Sr. Christopher?


Ele balança a cabeça e enfia as mãos nos bolsos. Ombros caídos.


— Por que ninguém escuta porr/a nenhuma do que eu digo?


Ele avança para a coxia e, apesar de Erika chamá-lo, ele não para. Eu começo a segui-lo, mas Erika faz sinal para que eu espere.


— Dulce — ela começa quando vem ao palco se juntar a mim —, tome cuidado com ele. Ele acha intimidade emocional um confronto. Creio que seja um gatilho para questões muito mais profundas. Não tenho dúvida de que ele pode fazer esse papel, mas ele precisa ser convencido disso. Na realidade, você é a única que pode ajudá-lo.


— Não acho que possa. Nossa forma mais comum de comunicação é gritar um com o outro.


Ela sorri.


— Não notou que você é a única pessoa de toda a turma com quem ele se esforça? Ele mal conversa com os outros.


Eu me sinto mal por não ter registrado o quão sozinho Christopher está. No almoço, ele desaparece enquanto me sento com Connor e Miranda. Quando uma aula termina e todo mundo está se levantando e conversando, ele é o primeiro a sair. Sozinho.


Achei que ele estava só evitando a mim, mas talvez ele estivesse evitando todo mundo.


— Vou conversar com ele.


Ela sorri.


— Às vezes as pessoas constroem muros, não apenas para manter os outros fora, mas para ver quem se importaria o bastante para destruí-los. Entendeu?


Faço que sim e deixo o palco. Conforme sigo pela escuridão dos bastidores, escuto um ruído e sigo em direção a ele.


—Christopher?


Ele está num dos camarins, largado numa cadeira com a cabeça nas mãos. As luzes ao redor do espelho brilham por trás dele como uma auréola. Passo pela porta sem saber o que dizer.


— Só me deixe desistir — ele diz, sem levantar o olhar. — Você precisa de outra pessoa. Não de mim.


— Não quero outra pessoa — respondo, me movendo em direção a ele. — Só acho que, se você confiar em si e em mim, podemos criar algo realmente incrível.


— Dulce... — Ele sai da cadeira e vai para a janela. — Conheço meus limites e já cheguei até eles.


— Apenas tente. — E me coloco atrás dele. — É só o que estou pedindo. Sei que a coisa é pesada para você, mas não desista sem pelo menos tentar.


— Tem algum sentido tentar quando eu sei como vai terminar? Vou me sufocar e trazer você comigo. Melhor diminuir os danos enquanto ainda há tempo de ensaiar com outra pessoa no papel.


— Já é tarde demais para isso. — Observo como os músculos do seu ombro se comprimem contra a camisa e quero tocá-los. — Tem de ser você. Não consigo imaginar mais ninguém fazendo isso.


Ele coloca as mãos no peitoril da janela. Seus ombros caem quando ele abaixa a cabeça.


— Por que você tem de dizer merdas assim?


— Assim como?


— Coisas que me fazem gostar de você. É irritante pra caralh/o.


Não consigo mais me controlar, então coloco a mão sobre suas costas e as massageio suavemente. Seus músculos tensionam sob meus dedos. Sua respiração sai alta e entrecortada.


— Vai e pega o Connor para isso. — Ele se vira para me encarar. — O cara provavelmente vai se melar todo assim que você o beijar, mas vai cumprir o papel.


— Não quero beijar o Connor. Quero beijar você.


Ele congela. Tenho a impressão de que parou de respirar. Então me estuda por um momento antes de dar o menor passo para frente.


 



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Autor(a): coxinha

Esta é a unica Fanfic escrita por este autor(a).

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Capítulo Vinte e Cinco Ponto sem Volta – Part.5 P.O.V Dulce Mantenho o foco nele, apesar de cada instinto meu gritar para eu correr. Ele poderia muito bem me rejeitar novamente, mas eu cheguei longe demais. Não posso recuar agora. — Por favor, Christopher, me beije. — Você não sabe o que está pedindo. Suas sobrancelha ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 45



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  • Hels Postado em 03/04/2016 - 03:08:40

    PARA TUDO! Eu AMO esse livro, até tinha pensado em fazer uma adaptação vondy. Não acredito que você fez, acho que vou chorar - de felicidade obviamente - quero ver as treta se formarem, sempre achei Ethan e Cassie muito vondy hahahaha.

  • cmsvondy Postado em 20/03/2016 - 22:03:35

    Eu tenho mais tempo para ler aos finais de semana mas o máximo que você conseguir postar é ótimo !!!!

  • lalah Postado em 20/03/2016 - 19:56:07

    para mim, vc postava todo dia :)

  • lalah Postado em 20/03/2016 - 19:55:52

    Amei, continua!

  • cmsvondy Postado em 20/03/2016 - 02:38:56

    Continua sim, concerteza !! Estava arrasada achando que você tinha abandonado a fic, fiquei muito feliz que voltou !!!!!!

  • lalah Postado em 19/03/2016 - 20:45:00

    continua baby

  • cmsvondy Postado em 19/03/2016 - 16:53:00

    Continuaaaaaa

  • thaysaantana Postado em 19/03/2016 - 15:44:55

    Começando hj!

  • cmsvondy Postado em 04/01/2016 - 22:25:02

    Volte a postar por favor !!!!!!

  • cmsvondy Postado em 08/11/2015 - 01:07:07

    Continua


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